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Mensagem por Wings of Despair Sex Nov 05, 2021 1:20 am


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primavera // ensolarado // tarde // hahle

Esta RP se passa entre KEITH MILDENHALL & AMELIE MILDENHALL & AMY BEAUFORT[/b], e se passa em uma taverna, dando início à nova tripulante do navio Blackmore.

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amelie Mildenhall Sex Nov 05, 2021 1:40 am





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Hahle // com Keith Mildenhall & Amy Beaufont // primavera

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Amelie não estava nem um pouco entusiasmada com o fato de ter que dar as boas vindas à mais nova integrante do navio, mas Flint falava que aquilo seria necessário. Depois do que aconteceu no ataque contra o Walrus, ela já se sentia recuperada o suficiente para participar de qualquer festividade que Flint a obrigasse a ir, embora ainda quisesse socar sua cara toda vez que o via, o fato de o ter como pai não apagava o que ele fez com Keith ou a conversa que teve com ele. Ela respirou fundo enquanto se vestia e via Keith fazer o mesmo, afinal de contas não conseguiam ir para lugar nenhum separados, não depois do que aconteceu no mercado com aquele homem, ele prometeu nunca mais soltar sua mão, mas Amelie era impaciente e explosiva demais, talvez aquilo fosse se tornar um problema num futuro próximo. Quando saíram da estalagem onde estavam, ela segurava sua mão sem não muito entusiasmo, era visível que Amelie não estava feliz com aquela situação, por que ela teria que ir afinal, se todos do navio estariam naquele bar... Quando mais perto chegavam mais ela apertava a mão de Keith e talvez por isso ele soubesse que ela estava com raiva.

— Amelie. — Flint a surpreendeu na entrada da taverna, com um copo de vinho na mão, dois piratas estavam em cada parte ao seu lado, para proteger e garantir que caso algum vigilante aparecesse, eles saíssem dali antes que fossem capturados. Ela conseguiria passar por aquela tortura novamente, mas não queria que Keith tivesse que passar por nada daquilo, estava nervosa, mesmo aquela taverna sendo conhecida por abrigar bem os piratas. Apenas ignorou Flint ainda com ressentimento enquanto entrava no recinto, procurando por novas cabeças. Haviam novos tripulantes que iriam se juntar a eles e ela sabia que eles iriam precisar treinar, mas uma lhe chamou a atenção, uma mulher de cabelos loiros.

— Pelo menos uma mulher.  — Ela murmurou para si mesma, embora soubesse que Keith a ouvia, entrando no estabelecimento segurando sua mão, mas logo a soltou, sentando-se à frente da mesma.

— Então, soube que você é de Fries. O que faz tão longe do próprio reino?  — Colocou os pés sobre a mesa e os cruzou, com pouca cordialidade, se era o que se esperava de Amelie nunca iriam ter. Era o que ela era afinal. Pediu um copo de vinho a um dos homens que passavam, que logo a serviu e ela bebeu tudo em um gole sem sequer fazer careta. Sua expressão e voz estava séria, encarava a mulher com o mesmo olhar que encarava um inimigo tentando intimida-la, era o que sempre fazia com novos tripulantes. — Eu sou Amelie Mildenhall, deve ter ouvido falar de mim, muitos querem minha cabeça, os próprios vigilantes me caçam, sou bem famosa por aqui, um tipo de filha adotiva do capitão. E meu marido, Keith Mildenhall, ele pode parecer inofensivo, mas não se engane, ele não é. Agora me conte sobre você. Parece que Flint gosta que eu resolva os problemas que ele precisa resolver.  — Era assim que a via, como um problema, ainda guardava ressentimento de Flint pelo que fez com Keith, mesmo tendo o socado duas vezes e mesmo após a conversa depois do Walrus, ela pediu outro copo de vinho que logo lhe foi entregue e novamente bebeu tudo de uma vez, como se fosse água, colocando o copo de volta na mesa com certa força. Embora fosse apenas uma humana, Amelie tinha uma personalidade difícil de lidar. Encarava a loira tentando olhar através do que ela era, era boa nisso, em descobrir sobre as pessoas sem que elas falassem, um sorriso fosco brotou em seus lábios, era como um sexto sentido para Amelie. Balançou os pés na mesa esperando uma resposta.








Última edição por Amelie Mildenhall em Sex Nov 05, 2021 4:12 pm, editado 2 vez(es)
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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amy Beaufort Sex Nov 05, 2021 2:45 am


So dark the con of man

“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”



Quinze anos em uma universidade não teriam preparado Amy para o que enfrentava. Beirava a meia-idade, mas seu sangue impregnado de magia a fazia passar por algo muito mais próximo da adolescência. Seu corpo macilento, pálido e esguio lhe conferia ainda mais o ar de juventude. Contudo, não havia sido sua juventude que fora roubada, mas todas as perspectivas que gastou todas as primeiras décadas de sua vida para construir. Abriu mão de tantos momentos de felicidade para se tornar uma bruxa que pudesse ser respeitada e agora não possuía nada além da roupa do corpo, sujeira incrustada na pele e a benevolência de terceiros que acharam por bem recrutá-la.

Em uma taverna imunda, que em nada se parecia com os estabelecimentos elegantes que costumava frequentar, ela se mantinha de cabeça baixa, respirando pesadamente como se desejasse simplesmente deixar de existir. Ouvia as risadas dos homens inebriados e virava o rosto para as tentativas deles de chamar sua atenção, seu corpo estremecia sob a possibilidade de ser forçada a se deitar com mais homens como aqueles. Na parte frontal do corpo, sob uma das costelas, sentia uma dor fantasma. Era como se ali tivessem introduzido um punhal enferrujado e o deixado ali para arder. Mais do que qualquer incômodo físico, era a agonia de saber que tudo pelo qual havia batalhado ao longo de sua vida se perdera.

Tendo chegado a Hahle, distanciou-se da pérfida tripulação que a trouxera até o reino humano e procurou por alguns dias até encontrar um capitão que fosse respeitável. Oferecera-se a Flint para a tripulação de seu navio, mas tivera que revelar sua origem gwrach. Temia que assim como no navio anterior, ele a apenas aceitasse para que fosse uma distração para os tripulantes masculinos. Magia era a única coisa que tinha a oferecer além do próprio corpo, mesmo que a ofendesse naquele momento ter que vender uma arte tão nobre por um prato de comida. Em sua mente, era como pagar uma estalagem com um quadro de um artista famoso. Por isso, cercada por outros recrutas e mesmo quando lhe foi oferecido cerveja, ela se recusou a trocar alguma palavra com eles ou dar um único gole que fosse na bebida, afastando-se para uma mesa que não tivesse que dividir.

Mesmo que seu futuro fosse rebelde, tão cedo após sua fuga, queria acreditar que era estoica o suficiente para aguentar tudo calada.

Ficar quieta, no entanto, não era exatamente uma dádiva que o destino lhe fornecia. Não demorou para que fosse abordada por um casal. A mulher parecia a mais perigosa, com olhos claros e ferozes. Era como estar diante de um animal selvagem. Ela não possuía qualquer requinte e sua aparência despojada era revestida por elementos que apenas acentuavam sua ferocidade. Os cabelos bagunçados, um casaco puído e um calçado pesado, sujo com a lama escura das ruas, que ela colocou sobre a mesa sem cerimônias. Amy se questionou se era sangue que estava vendo em uma das manchas da bota.

— Estou procurando pelo meu irmão. Ele era um marinheiro nesta rota. — Mentiu, sabendo que não podia dizer os reais motivos de estar tão longe de casa. Se aquela pirata descobrisse que Amy era uma fugitiva, qual seria a dificuldade que teria para tentar sequestrar e vender a bruxa de volta para seus perseguidores.

Aquele olhar intimidador, construído com uma postura ameaçadora de fato funcionava em Amy. Sentia como se aquela mulher dominasse o ambiente em que estava. Mesmo com todo o treinamento que recebera, Amy não sabia como lidar com pessoas tais quais aquela. Por isso, sua postura se tornou de imediato evasiva, evitando o contato visual e afastando-se o máximo que podia até que o encosto da cadeira lhe barrasse as costas.  O rapaz que acompanhava a mulher tinha ares mais gentis, mas mesmo assim, havia algo na forma que olhava que a fazia se sentir como se estivesse diante de um caçador. Uma constante avaliação. O nome dela, no entanto, foi o que mais despertou espanto.

— Muito prazer, Amelie. — Respondeu como lhe era possível, algum grau de cordialidade, mas sem corresponder a apresentação. — Ouvi falar de você quando me falaram sobre o seu capitão. Não dei muita atenção às opiniões. Gosto de formar minhas próprias convicções. — Então, ofereceu sinceridade. Era fato que os relatos nos poucos dias que esteve ali eram divididos entre medo e desprezo. Mesmo assim, surpreendeu-se de tão cedo ser abordada por uma figura tão perigosa. Amy imaginava que poderia passar despercebida por entre tantos tripulantes. — Muito prazer, Keith. — Saudou também o rapaz, sem oferecer sorrisos e nem mesmo contato visual. — Não há o que falar sobre mim. Apenas estou procurando por alguém e preciso sobreviver até encontrar. Sou gwrach e talvez por isso seu capitão possa ter pensado algo, mas não sou problema e nem quero problemas com ninguém.

 

Amy Beaufort
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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Sex Nov 05, 2021 4:59 pm

Keith
Keith vestia sua roupa de costume, camisa preta, calça preta, botas e um sobretudo pesado, também preto. Acompanharia sua amada para uma tarefa que ela parecia estar aborrecida de ter que fazer. O problema é que ela e o capitão ainda não estavam se dando tão bem como de costume.

Sentiu Amelie apertando mais a sua mão quando chegaram ao local. Era bom saber que mais uma mulher entraria para a tripulação. Seria bom quando lutassem contra as Sirens. Quando passaram por Flint, ele cumprimentou o capitão rápido antes que ela o puxasse:

— Capitão, bom dia.

Ouviu ela murmurar que pelo menos era um mulher. Diminuía as chances de ser um pervertido.

— Calmo amor, vai ser rápido. - Tentou dizer.

Quando sentaram em frente a nova tripulante, a sentiu soltar sua mão infelizmente. Fez um aceno com a cabeça para Fries e não impediu que Amelie começasse, afinal a tarefa era dela. Nem se surpreendia com a pose de sua amada e o seu jeito intimidador. Diferente dela, o impuro sentou de forma normal, nem elegante, nem despojado demais. Não tinha rosto de pirata, embora suas vestes fossem de um.

Logo a esposa o apresentava de maneira bem direta, não achava que ela precisava enfatizar que ele parecia inofensivo, mas tudo bem. Também pegou um copo de vinho para si enquanto a nova tripulante começou a falar. Keith não achou que ela estivesse mentindo. Procurar alguém parecia bem plausível. Não tinha ideia do que uma gwrach poderia fazer, mas deveria ajudar.

— Hum... Oi...  - Respondeu ao cumprimento dela.

Olhou para a bebida, depois para sua esposa aborrecida e em seguida comentou para tentar quebrar a tensão:

—Deve ajudar nas lutas com as sirens, não é amor?

Lembrava como se fosse ontem o dia que conheceu Amelie. Ela tinha o ameaçado com a adaga "sem querer", mas depois pedir para entrar na tripulação não foi assustador. Na verdade achava sua esposa um amor e bastante gentil, mas os outros não podiam dizer o mesmo.


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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amelie Mildenhall Sex Nov 05, 2021 5:32 pm





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Hahle // com Keith Mildenhall & Amy Beaufont // primavera

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Amelie ouvia o que a mulher loira falava, mas em seu âmago sentiu que tinha algo errado, ela desviou o olhar dos dois mesmo falando com eles, um claro sinal de que havia algo mais ali. Amy, esse era seu nome então e sua razão para entrar para o navio era uma razão nobre, mas Amelie sentia que algo não estava certo, se ela procurava por seu irmão, pirataria deveria ser sua última opção. Era inteligente, embora não soubesse ler ou escrever ainda, já que Keith insistia que ela aprendesse. Tirou os pés da mesa, terminando a taça de vinho e a colocou do lado sem muita cerimônia, se apoiando na mesa para olhar mais perto para Amy.

— Sabe, Amy, se você está aqui é porque o meu "pai" viu algum potencial em você, não é fácil entrar pra tripulação do navio mais temido dos mares de Hahle, nossa tripulação é muito bem conhecida por aqui... Temida, posso dizer. Eu te aconselharia a aprender a lutar o mais rápido possível antes de sua primeira incursão, eu sei que você usa magia e essas merdas, mas no meio de uma batalha, não é só uma batalha pra nós, é uma luta pela própria vida. Ter habilidades com armas, de fogo ou à mão, é algo que você vai ter que precisar aprender. Eu posso te treinar se quiser, ou você pode escolher outra pessoa que te treine, mas cá entre nós, eu sou a melhor daqui. — Ela continuou segurando o olhar na mulher, que não a olhava de volta, talvez estivesse com medo dela, geralmente era isso que as pessoas sentiam quando falavam com Amelie, até mesmo Elliot não superou seu medo só porque ela quebrou uma garrafa de vinho na cabeça de um homem na última festa que tiveram no navio.

— Ah, e outra coisa... Eu tenho essa coisa, pode chamar de sexto sentido, eu consigo ver além do que as pessoas demonstram ou falam e eu sei que você está mentindo pra mim, mas tudo bem, podemos resolver isso depois que nos conhecermos melhor.  — Ela sorriu para Amy, um sorriso mais cordial, antes de pedir dois copos de vinho. Quando o homem voltou ela pegou um para ela e arrastou o outro pela mesa até Amy. — Pra você ser pirata, você vai ter que aprender a beber.  — Ela disse rindo enquanto bebia mais um copo de vinho, fazendo sinal com a mão para Amy fazer o mesmo. Era até cômico como o humor de Amelie era maleável dependendo do que acontecia ao seu redor, imprevisível. Quando Keith falou finalmente, Amelie virou-se para ele e acariciou seu rosto, com um sorriso que ela só mostrava para ele. — Sim, amor, vai ser útil. Talvez ela até saiba alguma magia que possa quebrar o encanto daqueles monstros, vamos ver. — Quando olhava ou falava com Keith, se derretia completamente, sua pose de durona se desfazia, ele era como o sol e ela era como a lua, lembrou-se então de onde estava e o que estava fazendo e limpou a garganta, embora até poucos segundos atrás estivesse falando de Amy como se ela não estivesse ali, sempre que falavam um com o outro entravam em um mundo só deles, como se nada mais existisse, mas Keith a acalmava, era o único que conseguia, então Amelie tentou ser simpática, embora nunca tivesse sucesso com isso. — E você vai ter que parar de usar vestidos também, posso te emprestar umas roupas caso queira, não acho que trouxe nenhuma calça, blusa de algodão e sobretudo preto de Fries pra cá. Nos saques o kham é dividido para todos da tripulação, depois do seu primeiro, você vai poder comprar roupas pra você, mas precisa ser tudo preto, é uma regra nossa, pra reconhecerem quem somos sem precisarmos falar nada. Acredite, eu não sou simpática assim com outros novos recrutas, mas você é mulher, então é diferente. — Amelie colocou os pés na mesa novamente, sem se importar com nada, bebendo mais um longo gole de vinho enquanto balançava a cadeira pra se divertir.






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Mensagem por Amy Beaufort Sáb Nov 06, 2021 1:40 am


So dark the con of man

“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”




A presença de Keith parecia fornecer um ar apaziguador. A tendência natural de Amy era pender para a evasiva, evitar problemas, pois sabia que em seu interior tinha uma tendência explosiva. Imaginava que Amelie fosse perigosa e se arranjasse algum problema com ela poderia encontrar um triste destino naquela taverna.

A necessidade de se manter na linha tornava Amy muito mais comedida do que seria. Outrora em seu reino fora uma arrogante gwrach introvertida, consciente de seu poder e disposta a comprar qualquer conflito. Naquele reino tão distante, cercada por águas, navios de guerra, homens brutos e uma cultura totalmente diferente se sentia completamente ilhada. Por isso, sua postura era muito mais de facilitar uma fuga do que de comprar uma briga.

— Eu... — Hesitou por um momento, refletindo em suas palavras, tentando escolher com cuidado o que diria. Seu primeiro ímpeto seria dizer que sabia lutar, que a magia era mais que suficiente para sobreviver, mas isso não seria de todo verdade. Naquele mundo estranho, ela se sentia acuada, visto que nunca se focou em força física. — ...agradeceria se pudesse me treinar. Eu nunca disparei uma pistola antes. Eu costumava competir em torneios de arco... acho que era decente nisso, mas nunca precisei lutar pela minha vida. Até agora.

Diante da afirmação de Amelie de que possuía um sexto sentido, a jovem gwrach apenas ficou calada e olhou para baixo. Não era uma boa mentirosa e nem gostava de mentir, mas que pelo menos aquilo lhe fornecesse cobertura o suficiente para se proteger até que pudesse se estabelecer, seria alguma vantagem. Perguntava-se que tipo de honra poderia haver entre ladrões, mas aqueles ladrões pelo menos a haviam estendido a mão sem exigir que abrisse as pernas.

O sinal para que bebesse foi atendido com um acenar da cabeça. Ela bebericou o copo de vinho e fez uma careta. Era fato que não estava acostumada com uma bebida tão... rústica. A qualidade do vinho naquele estabelecimento não era das melhores. Parecia mais que haviam misturado vinagre à bebida e adicionado um tonel extra de álcool para deixá-la mais forte. Não se lembrava de ter bebido nada parecido. Deu mais alguns goles, na esperança de que se bebesse um pouco mais o sabor ficaria menor pior.

— Qual o problema de vocês com as sirens? — Indagou, um pouco intrometida talvez, mas agora aquele também era um assunto dela. Se havia de ajudar a enfrentar sereias, gostaria de entender o que elas tinham contra o Blackmore e sua tripulação.

Alguns goles mais, ela assentiu com a cabeça quanto ao vestiário. Passou a mão no próprio torso, observando o vestido puído e rasgado que estava usando. Ele outrora fora bastante bonito, mesmo que não fosse tão luxuoso. Agora, era só um trapo. Assim como Amy.

— Não tenho outra roupa. — Disse, ressentida com o fato de o capitão do navio que a levou até Hahle ter lhe roubado toda a bagagem. — Darei o meu jeito. — Sua voz era um pouco mais convicta nisso. Agora, as coisas eram assim. Ela tinha que dar um jeito ou morreria. — De onde vem a fama de vocês? Quero dizer... saques e roubos, sim, sim ... mas o que realmente enche as pessoas de medo?

 

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Mensagem por Amelie Mildenhall Sáb Nov 06, 2021 4:56 am





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Hahle // com Keith Mildenhall & Amy Beaufont // primavera

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Amelie balançava a cadeira, brincando com ela enquanto ouvia a gwrach falar, suas mãos coçavam para tirar sua adaga e ameaçá-la para saber a verdade, mas até o atual momento ela parecia inofensiva, embora Amelie tivesse um pressentimento estranho sobre ela.

— Com um arco e flecha eles te matam até que você consiga focar em algum oponente, nessa questão temos o Bones pra isso, ele é um ótimo sniper, foi engraçado da última vez, os filhos da puta não sabiam de onde os tiros estavam vindo e ele estava no topo do mastro. Bom, eu levei um tiro, talvez tenha quase morrido de novo, mas foi pra proteger o Keith, estavam mirando nele. Não se assuste, é a vida de um pirata, você nunca sabe quando vai morrer. Enfim, você vai ter que aprender a usar uma espada, apenas usamos armas de fogo quando elas são necessárias, tipo em uma batalha contra sirens.  — Ela bebeu mais um gole do vinho sem dificuldade. Amelie riu alto quando Amy fez careta bebendo o vinho, na verdade ela começou a ter uma crise de riso. Era realmente uma figura, uma hora estava pensando em ameaçar a mulher, outra hora estava rindo sem parar por causa de uma careta. Tentou se recuperar, buscando oxigênio para responder à próxima pergunta.

— Sirens? Bom, não sei se já ouviu isso, mas elas gostam de derrubar navios e afogar tripulantes, como o Blackmore é imenso, não é fácil de ser derrubado, acho que nunca será, depois do que aconteceu no festival de Hahle...  — Amelie revirou os olhos, pendendo a cabeça para trás e depois voltando a olhar para Amy. Merda de pescadores. — Bom, eu não acho que você estava aqui no nosso último festival do vinho, eles pescaram uma siren e a torturaram em praça pública, depois rasgaram seu abdomen e seu intestino caiu pra fora. Eu não vi muito do que aconteceu depois porque puxei Keith pra fora daquele lugar, odiei ver aquilo, você não mata uma criatura só por matar, meio irônico isso, vindo de uma pirata... Mas você mata por um motivo, aquilo não teve motivo além de ser atração pública. O sofrimento de um ser, apenas por atração pública. Quase vomitei. Depois disso as sirens que estavam escondidas usando magia gwrach decidiram se unir no mar, um barulho do caralho, elas conseguem fazer muito barulho, e juntas então... Parece que depois do que aconteceu no Festival do Vinho, elas se tornaram mais violentas com as embarcações. Nós não as caçamos, elas simplesmente aparecem às vezes e temos que lutar contra elas pra que não afundem a tripulação inteira. Elas tem um tipo de encanto, só funciona em homens, elas cantam, você vai e elas te puxam pra dentro do oceano até você morrer afogado. Keith tentou salvar um imbecil da última vez e acabou sendo pego, eu tive que salvar ele, mas não percebi que estava muito perto da borda e elas me puxaram pra dentro do mar, minha sorte foi que ela estava puxando apenas um dos meus sobretudos, eu gostava daquele, consegui me desfazer e voltar pra superfície, não antes de matar uma dentro da água quando ela tentou me prender com as garras, consegui subir de volta ao navio pelas cordas, estava tudo uma bagunça.  — Ela relembrou daquele dia e de como Keith ficou quando ela caiu no mar, olhou para ele com um pequeno sorriso no rosto, como se dissesse que não tinha sido sua culpa e depois voltou a falar com Amy, mudando pra uma expressão mais séria. — Elas aparecem, precisamos matá-las de longe, por isso as armas de fogo, nem todos os homens que vão pra borda conseguem sobreviver, mas é mais fácil quando se é mulher, temos algumas mulheres na tripulação, mas não são muitas, a maioria é composta de homens.  — Amelie continuou se balançando na cadeira, encarando aquela gwrach, tentando desvendar os segredos que ela trazia consigo. Não sabia se era perigosa, ainda tinha muitas dúvidas sobre ela, mas se Flint havia decidido colocá-la na tripulação, ela não iria ir contra a palavra do capitão. Viu ela olhando e falando sobre suas roupas e riu novamente, uma risada mais curta dessa vez.

— Amy... A partir do momento que você entra para o Blackmore você faz parte de uma família e cuidamos da família. Eu posso te emprestar algumas roupas, você devolve depois. Pra que as coisas deem certo cuidamos uns dos outros aqui, ninguém passa despercebido. Sei que parecemos apenas ladrões e assassinos, mas com o tempo você vai ver que somos bem mais do que isso.  — Embora fossem ladrões e assassinos, o que fez Amelie rir consigo mesma como uma esquizofrênica. Qualquer pessoa se perguntaria qual era o problema dela, mas talvez Keith já estivesse acostumado com sua esposa excêntrica pra dizer o mínimo. Ela ria sozinha se balançando na cadeira até que ouviu a última pergunta, seu semblante fechou. Parou de se balançar como se ela tivesse feito uma pergunta absurda, mas precisava se lembrar que ela era de terras distantes e não era dali, claro que não saberia.

— Reputação. Algo que não é fácil de se construir.  — Amelie abriu um sorriso amargo antes de virar-se para trás e ver quem estava na mesa atrás dela, nenhum dos piratas, apenas três homens bebendo vinho e conversando, Amy escolheu uma mesa bem distante de onde o resto da tripulação estava. Amelie deu um sorriso travesso para Keith e depois colocou sua caneca de vinho na mesa. — Acho que é mais fácil se eu te mostrar.  — Então ela voltou a balançar a cadeira, só que dessa vez mais rápido, de maneira mais violenta. até que apenas os pés de trás da cadeira estavam no chão e ela sentiu a vertigem de cair. — Woo!  — Amelie exclamou, estava se divertindo com aquilo, não era tão ruim quanto pensava. Caiu por cima de um dos homens que estavam na mesa, que logo se virou e começou a reclamar, Amelie tinha quase caído no chão, mas em segundos se colocou de pé, era habilidosa demais, esguia como um gato. O homem levantou ainda reclamando, mas ao se virar e ver Amelie, sua face ficou pálida. Aquelas roupas eram familiares demais. Ele ia começar a recuar, mas Amelie o puxou pela roupa, o colocando à sua frente e puxou a adaga, colocando no pescoço do homem, achava que ele iria se mijar a qualquer momento. O segurava pelo cabelo fazendo ele olhar para Keith e Amy.

— Por que as pessoas tem medo da tripulação do Blackmore?  — Amelie perguntou, num tom quase teatral. O homem que estava de olhos arregalados ficou confuso.

— O-O que? — Ele gaguejou sem entender muito bem, Amelie puxou tanto seu cabelo que jurava que tinha conseguido arrancar alguns fios. Pressionou mais a adaga contra o pescoço do homem antes de perguntar novamente.

— Por que... as pessoas... tem medo... da tripulação do Blackmore?  — Ela deu algumas pausas fitando o rosto do homem que brevemente olhou para ela e voltou a olhar para os outros dois na mesa.

— P-Porque v-ocês são o m-maior navio pirata de Hahle e a tripulação é-é muito b-bem treinada. — Ele engoliu em seco. — Eles te matam antes que você perceba, se você os irritar. E... Tem uma reputação... Por terem feito coisas... São muito perigosos. — Amelie sorriu satisfeita e largou o homem que se apoiou no chão tossindo. Ela guardou sua adaga e os dois amigos dele não tiveram bolas para intervir ao ver do que se tratava.

— Você fala sobre isso sobre qualquer pessoa, você fala que estamos aqui para os vigilantes e vamos caçar você e toda a sua família, mataremos um por um e faremos você assistir.  — A forma que falou aquilo para ele era uma forma feroz e raivosa enquanto o homem se recompunha, ele levantou e assentiu para ela, seus amigos já estavam de pé e eles foram para uma mesa mais afastada. Amelie levantou sua cadeira e sentou novamente, colocando os pés na mesa com as botas sujas de novo e pegando seu copo de vinho e bebendo enquanto ria. Olhou para Keith dando risada da situação como se fosse uma brincadeira casual que se fazia todo dia. — Aposto 10 khams que ele se mijou. — Ela gargalhou olhando para ele e voltou a olhar para Amy novamente, bebericando o vinho enquanto balançava os pés. — Acho que isso responde sua pergunta. Se não, posso pegar outra pessoa, não tem problema pra mim. — Com Amy falava em um tom mais sério, pois não tinha a mesma intimidade que tinha com Keith, na verdade ninguém tinha com ela a mesma intimidade que ela tinha com Keith. Era algo que as vezes eles nem precisavam dizer uma palavra. Talvez Amy fosse pensar que Amelie era insana, às vezes Amelie pensava que era insana, mas ela não se importava em ser vista assim, na verdade achava legal pensarem isso dela, talvez causasse mais medo.



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Mensagem por Keith Mildenhall Sáb Nov 06, 2021 9:11 am

Keith
Keith não interrompeu a conversa das duas, pediu que enchessem mais o seu copo e bebeu devagar enquanto Amelie explicava as coisas para a novata. Imaginava que devia ser difícil para alguém que não estava acostumado a lutar saber que agora teria que enfrentar as sirens. Ainda se lembrava daquele dia, que sua amada mencionou sobre.

Ao menos se ela conseguisse aprender bem a lutar, não seria encantada. No seu caso foi diferente, porque não entrou para tripulação para combater, mas para fazer a parte mais administrativa. Só depois que se viu envolvido nas lutas. Ficou em silêncio bebendo enquanto as informações eram passadas até que Amelie o lançou um olhar travesso. Sabia que ela iria se empolgar.

Apenas observou a cena desenrolar, achou que ela estava se divertindo mais do que havia pensando, entrou para fazer a tarefa das dar as boas vindas a nova tripulante. Ele tentava não se envolver na conversa das duas para não atrapalhar ou dizer algo que tirasse a reputação de Amelie, porque a via de uma forma diferente. A pirata foi na verdade a primeira pessoa a trata-lo como gente.

Quando ela gargalhou, Keith sorriu e comentou em voz baixa perto do ouvido dela:

— Alguém está se divertindo aqui... Não está sendo tão ruim não é...

Deu um beijo de leve na bochecha dela. Depois olhou para a novata acrescentou:

— Eu também fui treinado no navio, antes eu não lutava, mas acabou se tornando necessário, eu não queria deixar Amelie sozinha e me esconder enquanto ela corria risco de vida. Meu trabalho é fazer os serviços mais administrativos. Se alguém não te respeitar, é só falar com a Amelie.


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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amy Beaufort Ter Nov 09, 2021 12:43 am


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“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”




Quando se chega em um determinado ponto da vida, onde os traumas se acumulam como os destroços de navios nas praias de Fries, sabe-se que confiar em alguém deixa de ser algo involuntário e se torna um ofício. Trabalho. Confiar custa esforço e algum grau de superação das próprias angústias. Naquele momento, Amy se sentia em um estado deplorável, quase como uma pedinte e mesmo assim o mecanismo de confiança de seu cérebro não parecia ceder ao companheirismo da tripulação do Blackmore. Sabia que havia dado sorte, que havia encontrado um navio que serviria como um esconderijo perfeito, com uma tripulação perigosa e temida, assim como ela queria ser, mas mesmo assim ainda tinha pelo menos dois pés atrás e mais um passo.

Estranhou por um momento Amelie contar a história sobre Bones, um assassino com arco que havia vitimado homens sem que eles mesmo conseguissem enxergar a morte chegando. Era muito diferente ver o assassinato ser tratado como algo digno de louvor. Era diferente por ela ser uma bruxa, por tanto ler e ouvir sobre o valor da vida. A sensação de estranhamento, no entanto, não lhe causou nenhum sobressalto ou cara feia, seu rosto se moveu mais em um sorriso curioso do que em uma expressão de ultraje. As regras de seu mundo haviam mudado. Ali, ela não seria julgada por assassinar um de seus familiares enquanto ele tentava tomar sua casa. Talvez, fosse admirada por aquilo.

Se aquela história curiosa sobre o assalto de Bones havia causado um sorriso, a história sobre uma sereia tendo suas tripas derramadas em frente a uma multidão era algo bem menos agradável. Sentiu o vinho que bebia quase ficar entalado na garganta. Não entendia quais motivos levariam alguém a fazer algo desse tipo, mas talvez Hahle fosse muito mais perigosa do que Fries, se era isso que faziam em meio aos seus festivais.

— Os responsáveis nunca foram punidos pela morte dessa siren? — Amy indagou, questionando-se até que ponto aquela seria uma guerra justa a se travar. O Blackmore a estava abrigando e por isso, ela o defenderia, mas quanto mais sirens morressem, maior teria de ser a carnificina até que aquele conflito acabasse. Será que estava disposta, como gwrach, a ajudar a ceifar tantas vidas? Sua mente era um mar de incertezas e dúvidas. Não sabia mais quem era, nem quem viria a ser. Contudo, os traumas que lhe infringiram mereciam uma retribuição e ela não poderia ser mais uma jovem doce se desejava de fato a vingança. Aquela batalha das sirens era uma lição a se aprender. Um ato de maldade jamais deve ser deixado impune e toda vingança verdadeira exige uma trilha de cadáveres. — Se é o que precisam para defender a casa de vocês, então, aprenderei a manter as sirens longe de vocês, com magia, pólvora ou com as minhas próprias unhas se for necessário. É um preço justo por me abrigarem.

Amy sabia que se tornaria em algo sombrio. Negro era a cor do Blackmore, afinal.

Então, a confirmação para isso veio pouco depois. Amelia falou sobre reputação. Reputação verdadeira. O Blackmore não era temido unicamente por conta de sua indumentária obscura, mas pelos seus corações negros. Em um ar de diversão, Amelia intimidou um homem com a mesma facilidade com a qual intimidaria um cão de rua assustado.  As palavras que saíram da boca dele soaram como uma revelação para Amy. A jovem gwrach havia sido tripudiada, humilhada, acusada de fraqueza e descartada da liderança de seu coven por conta de sua condição... feminina. Amelie, no entanto, não apenas não era limitada por aquilo, como era capaz de inspirar medo genuíno.

Amy decidiu naquele momento que queria ser como ela.

Seus olhos chegaram em Keith, aquele que parecia ter a cabeça um pouco mais no lugar.  Viu que de certa forma ele também parecia concordar com os métodos de Amelie e não só isso, tinha um visível respeito por eles. Amy bebericou um pouco mais do vinho.

— O jeito que ela fala de você, me parece que tem algum talento escondido. — Amy se dirigiu a Keith, como se a postura dele mais branda não a pudesse enganar de fato. Talvez, ele fosse tão perigoso quanto Amelie, apenas... mais tímido?

Amy havia gostado daquela nova dinâmica. Sua vida estava sofrendo uma virada. Durante toda sua viagem de Fries até Hahle ela havia se considerado uma vítima. Uma coitada. Uma desafortunada. Agora, isso lhe parecia uma tolice. Queria experimentar aquela forma de inspirar medo. Apenas um pouco. Apenas para não se sentir mais tão fraca.

— Escolha outra pessoa e deixe por minha conta. — Amy respondeu Amelie, mas seu ar não era de desafio, mas de uma certa cumplicidade. Esvaziou o copo de vinho e o pousou na mesa. — Escolha alguém mal, alguém que não gosta de você ou simplesmente alguém que não mereça estar aqui. Vou mostrar a vocês o meu talento escondido. O motivo pelo qual o seu capitão me escolheu.

 

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amelie Mildenhall Ter Nov 09, 2021 6:27 pm





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Amelie riu quando Keith disse aquilo em seu ouvido e seu coração esquentou, ele era tão puro, como uma luz em sua vida. Ela o olhou travessa, ele sabia bem que ela estava se divertindo. Em seguida ouviu a pergunta de Amy e ficou pensativa por um segundo, bebendo o vinho, a olhando novamente em seguida. 

— Foram. Se fosse com o antigo rei que morreu recentemente, nada seria feito, afinal, ele que fundou o mercado negro junto com os reis de outros reinos e por isso Hahle virou um caos. Mas o filho dele, Ernoul, está fazendo algumas coisas pra tentar recuperar a dignidade desse reino de merda, aqui é muito difícil ser humano, você tem que ser perigosa e saber se proteger, porque pra todas as outras raças somos cascas vazias pra serem usadas. É muito fácil pra eles, afinal, eles tem magia, licantropia, vampirismo, essas merdas todas, nós não temos nada, então tem que ser na base da violência.  — Respondeu a pergunta de Amy com um olhar meio cabisbaixo, queria que Hahle prosperasse algum dia, mas era tão perigoso quanto antes, ser humano era perigoso demais e qualquer um podia entrar naquelas terras. Esperava que o novo rei fosse diferente, embora ele já estivesse sendo, mas parecia um sonho distante ver Hahle com defesas. Então a ouviu novamente, seu peito ardeu em excitação.

— É assim que se fala!  — Amelie bateu o copo na mesa, se sentando, tirando os pés e colocando no chão de novo e olhou ao redor. Claro que haviam homens na tripulação que haviam a incomodado no passado, mas não iria escolher sua própria tripulação para algo assim, eram família afinal. — Não posso escolher ninguém da tripulação, tem alguns homens no bar, siga seu instinto e escolha o que acha que seria um homem ruim, tipo aquele com a cicatriz no rosto. — Apontou para um homem que bebia sozinho numa mesa, parecia intimidador, ou pelo menos queria parecer, mas com a tripulação do Blackmore ali, imaginava que era difícil ser mais intimidador do que eles. — Ele parece não se deixar intimidar com nossa presença, faça ele mijar nas calças.  — Ela riu, cruzando os braços num olhar desafiador para Amy, queria ver o que a gwrach tinha escondido entre aqueles olhares evasivos e silenciosos. Estava muito curiosa e tinha a sensação de que iria ser divertido. Já tinha visto usarem magia antes, mas não com alguém tão perto. Não sabia muito sobre magia, sequer sabia ler ou escrever, embora Keith insistisse que ela aprendesse, então isso só deixou tudo mais divertido. A curiosidade, a antecipação, tinha um sorriso no rosto enquanto bebia mais alguns goles de vinho.




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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Ter Nov 09, 2021 7:03 pm

Keith
Quando Amy perguntou se os responsáveis não foram punidos, Keith percebeu que ela realmente encontrava-a perdida do lugar onde estava. Não era como as coisas funcionavam em Hahle, infelizmente. Ali era a lei do mais forte e do mais violento. Amelie tratou de explicar sobre isso, Keith ficou em silêncio e aproveitou para beber mais um pouco. Existiria algum lugar seguro para viver? Era um droga mesmo, mas se ao menos tivesse sua amada por perto e segura... Só que não era assim que as coisas aconteciam.

Arqueou um pouco as sobrancelhas quando a novata disse sobre ter um talento escondido. Bom, não achava adequado contar que ele se transformava em licantropo agora. Era melhor ela ver quando chegasse a hora, não era algo confortável de dizer.

—É... Um dia vai descobrir...  - Disse tímido.

Ficou surpreso também com a determinação dela de querer que Amelie escolhesse alguém para ela tentar intimidar. Queria ver essa cena. Gostou de ver sua amada também empolgada com isso, ela precisava se distrair com algo que a fizesse sorrir. Tinha uma esposa que ficava animada com isso. Ele não era bom em ameaçar ou assustar ninguém, só ficava assustador naquela forma ou quando estava realmente irado.

— Será que ela vai conseguir?  - Cochichou com a esposa.

Se a novata fizesse Amelie sorrir mais e tornasse o ambiente mais empolgante para ela, já seria ótimo. Eles tinham passado por muitas coisas ruins ultimamente e ás vezes não sentia que era suficiente para proteger a pirata. Quem sabe com magia eles conseguiriam se sair melhor. Não entendia de magia nem o que ela podia fazer, só do que ouviu falar e isso era totalmente não confiável.



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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amy Beaufort Ter Nov 09, 2021 9:56 pm


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“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”



Uma vida inteira para magia.  Três décadas onde sua única existência se resumiu a aperfeiçoar suas capacidades mágicas. Uma vida inteira para construir uma estrutura de conhecimento e capacidade mágica que a permitisse alcançar horizontes novos. Seu maior desejo era alcançar novas descobertas, expandir a magia para que fosse usada de maneira responsável e com maior eficiência por todos. Uma vida inteira que se desfez, como se alguém puxasse um fio de uma manta de seda e a tornasse em nada.

Havia sido aceita no Blackmore e agora, estaria cercada sempre de pessoas ferozes, cujo a vida dependia de sua capacidade de intimidar e de lutar.  Amy havia vivido uma vida para ajudar os demais e seu coven tirou isso dela. Descartaram-na, pois disseram que não era forte o suficiente.  Não inspirou medo o suficiente. Agora, tinha em seu peito um novo tipo de sentimento que surgia das ruínas de sua vida destruída. Um sentimento que não sabia descrever, mas parecia uma labareda de fogo bruxuleia na escuridão, ansiosa por alcançar algo que possa queimar.  

— Você faz o que é necessário para sobreviver. — Disse com um suspiro. Outrora aquela frase lhe pareceria abstrata. Agora, era uma verdade absoluta. Amy não sabia o verdadeiro motivo de ter fugido, de ter tentado sobreviver e se rebaixando tanto para conseguir. Contudo, agora, ela sentia aquela chama em seu coração e faria o que fosse necessário para deixá-la queimando. — Eu lamento pelo rei de vocês. Ele recebeu uma herança maldita. Uma vida inteira para conviver com os erros dos antecessores. — Disse e seus olhos voltaram para baixo. Ela tinha uma herança maldita. A liderança de um coven masculino que jamais a aceitaria.

A animação de Amelie com a possibilidade de uma brincadeira com um dos homens daquela taverna era algo curioso. Incentivava ainda mais Amy em sua nova proposta de vida. Os gwrach proibiam explicitamente o uso de magia para ferir alguém sem que fosse em auto-defesa. Contudo, Fries a havia expulsado. Lá, ela era uma fratricida, injustamente acusada pelos homens de sua família. Eles haviam ficado com tudo. O coven, sua casa, seus livros, seu dinheiro, seu reino e até mesmo sua irmã menor. Não estava mais em Fries, agora ela podia fazer o que quisesse.  A única condição para sua liberdade agora era respeitar o Blackmore.

Esquadrinhou a taverna e seus olhos alcançaram o homem indicado por Amelie. Ele tinha cada uma das características masculinas que denotariam força. Era alto, musculoso, tinha as mãos grandes e calosas, além de um olhar homicida adornado por uma cicatriz, provavelmente conquistada em sua busca por violência.

— Difícil seria encontrar algum homem bom. — Amy disse e deu um breve sorriso. — O que deve ser mais temível para um marinheiro do que ser dragado até o fundo do mar e se afogar? Eu tenho uma hipótese: afogar-se em terra firme.

Seu rosto se tornou profundamente sério. Respirou lentamente, deixando a mente se acalmar ao ponto de que podia sentir seu próprio coração batendo no peito. Uma concentração profunda alcançada em poucos segundos. Então, estabeleceu contato visual com o homem. Era tudo que precisava.

Não estava plenamente descansada e nem tivera acesso a tanto alimento nos últimos tempos, isso seria um problema, mas ela tinha suas tatuagens e sua longa experiência com feitiços para conseguir realizar qualquer coisa. Quando a calmaria se fez, deixou que o sentimento em seu peito extravasasse na forma de poder.  Uma sequência de poucas palavras antigas e seus olhos brilharam quando o poder encontrou o fluxo. Sua primeira tarefa foi remover a visão do seu alvo, nada mais do que um truque de ilusão. Escuridão total.  O homem se assustou imediatamente. Cego, ele seria incapaz de ver a origem de seu tormento e isso era o primeiro passo. Quando um mal desce sobre uma pessoa e ela é incapaz de direcionar sua origem, a confusão se instala abrindo espaço para o medo.

A energia que usava ali era aplicada de maneira complexa, então, as tatuagens em seu braço direito começaram a se acender. Símbolos místicos foram surgindo das costas da mão e foram descendo pelo seu antebraço, conforme ela canalizava poder através deles. A luz era a mesma que iluminava seus olhos. Então, mais uma sequência de palavras antigas. A segunda ilusão foi auditiva, o homem ouviria o mar ao seu redor. O som surdo da água quando invade as orelhas, tão alto como um grito.  Então, as palavras finais do feitiço, sussurrados pela bruxa como se conjurasse uma praga.

Dessa vez, um complemento simples, onde controlando o ar Amy esvaziaria as vias aéreas do homem deixando nelas um vácuo. Ela não precisava de muito poder, apenas um bolsão pequeno de vácuo ao redor das narinas e da boca impediriam o homem de puxar o ar e também de gritar por ajuda. Ele agora estava cego e sufocando, incapaz de ver o que estava ao seu redor e sem nem mesmo ser capaz de pedir por ajuda. A única forma que cabia a ele de se expressar era chacoalhar o corpo.  

Amy começou a fazer o vácuo fluir, removendo o ar dos pulmões daquele homem como se operasse um sifão. Mais das suas tatuagens foram se acendendo. O corpo dele era grande e pesado, os movimentos rapidamente o fizeram chutar a mesa para longe de si, derramando copos e bebida pelo chão. Ele caiu da cadeira estendendo o braço para todos os lados afastando ainda mais qualquer objeto que pudesse estar ao seu alcance. O movimento excessivo e desesperado o fazia gastar ainda mais rapidamente o pouco oxigênio que havia em seu sangue.

A apneia o levou ao total pânico. Um dos homens da taverna tentou se aproximar para ajudá-lo, mas o homem sem conseguir enxergar acabou por repeli-lo com violência assim que foi tocado. Sua boca se abria e fechava como se ele estivesse desesperado pelo ar. Toda sua força, toda sua masculinidade, todo seu esforço para ser intimidador não significava absolutamente nada. Ele imaginou que sua cara de mal o deixaria seguro. Ele imaginou que estar em terra firme o deixaria seguro. O mar, no entanto, alcançou-o mesmo ali e em um frio julgamento  sentenciou o homem a se afogar.

Então, ele se urinou. Uma mancha escura em suas calças.

Amy então olhou para baixo e viu que havia gotas de sangue sobre a mesa. Interrompeu o feitiço. O esforço que usara a fizera sangrar pelo nariz. Apenas algumas gotas, mas o sinal claro do preço que pagava. A falta de alimento e descanso a haviam enfraquecido muito e as tatuagens fizeram a maior parte do trabalho. Contudo estaria bem, assim que pudesse de fato descansar.

Limpou a narina com as costas da mão e observou as tatuagens se apagarem lentamente, deixando para trás apenas sua pele pálida e macia.

— Eu achei que seria mais sutil. Ele fez uma bagunça. — Disse, um sorriso quase travesso no rosto.




 

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Qua Nov 10, 2021 6:37 pm

Keith
Keith bebeu um pouco de vinho do seu copo depois da frase de Amy, era complicado viver em Hahle. E sim, eles faziam o que era necessário para sobreviver. Estava curioso para saber como um bruxa agia. Franziu as sobrancelhas quando ela mencionou sobre afogar em terra firme.

Do lado de Amelie assistiu o desenrolar das coisas. Era algo bem sinistro de se ver, a mulher falou algumas coisas estranhas enquanto o homem começou a se assustar. Além disso, as marcas da mulher começaram a acender, isso era realmente muito doido.

Arregalou os olhos ao ver o que acontecia com o homem, era humilhante, ele parecia um doido. Então bruxos podiam controlar assim a mente de alguém? Pensava enquanto via o homem em pânico ao mesmo tempo que parecia buscar o ar. No fim aquela criatura literalmente... Urinou nas próprias calças. Keith ficava aliviado de saber que não era ele. Bom, aquele homem provavelmente mereceu isso também. Voltou a beber o vinho.

Levantou o olhar para Amy, sangue saia do nariz dela, mas pela reação da bruxa, não devia ser algo incomum. Realmente parecia promissor ter ela na tripulação, promissor e perigoso talvez. Isso machucava os bruxos quando realizavam magia?

— Então, pode controlar a mente das pessoas... ? Foi isso que fez? Pode também ler pensamentos? -   Perguntou pasmo.

Ele não entendia o que era ilusão ou controle mental. Voltou a olhar para sua esposa querendo saber a reação dela.



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Mensagem por Amelie Mildenhall Qua Nov 10, 2021 7:24 pm





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Amelie deu de ombros sem se importar muito ao ouvir Amy dizer que sentia muito pelo novo rei. Ela era uma pirata, afinal, não tinha porquê se importar com assuntos como esse, mas Amy parecia mais estudada e muito mais inteligente em outros aspectos, embora Amelie fosse inteligente e tivesse qualidades de outras vertentes e em seu âmago ela quisesse que um dia Hahle fosse um reino não tão inóspito.

— É, é... Todos temos nossos carrascos pra carregar. Honestamente eu não dou uma foda pra o novo rei, se os vigilantes nos pegam, tenho certeza que ele mandaria nos enforcar em praça pública por sermos piratas. Ele tem as lutas dele, nós temos as nossas, que é sobreviver até o dia de amanhã sem ser torturado por informações.  — A memória de quando foi pega pelos vigilantes e a tortura que sofreu atingiu sua mente como uma bala, seu olhar se desfocou enquanto se lembrava de toda a tortura e humilhação, conseguia sentir as cicatrizes em suas costas coçarem, o flagelo após não terem as informações que queriam, o espetáculo que produziam no meio da praça central de Terus, apenas para ver uma pirata perigosa sendo morta, completamente desnuda, banhada em seu próprio sangue, sem conseguir se defender. Se não fosse pela tripulação que a salvou desse destino, ela não estaria ali agora, mas as marcas em suas costas seriam uma vergonha que ela carregaria pelo resto da vida. Quando Amy começou seu feitiço, Amelie a observou por alguns segundos enquanto seus olhos começaram a brilhar e as tatuagens em sua pele lentamente se acendiam. Então virou o rosto até o homem, sentindo os efeitos das palavras desconhecidas que ela pronunciava. Amelie observava aquilo com um brilho no olhar, quase sádico, quando ele se urinou ela começou a gargalhar e se virou para Amy que agora limpava o sangue que saía de seu nariz. Amelie gargalhava tão alto que chamou a atenção de algumas pessoas, inclusive de alguns tripulantes, mas ela não se importou.

— Isso foi a coisa mais incrível que eu já vi, depois de ver o Keith pelado, é claro.  — Ela tinha um sorriso tão extenso no rosto que suas bochechas logo começariam a doer. — Isso foi do caralho! Você consegue fazer isso com mais de uma pessoa quando estiver mais forte?! Cacete, isso foi incrível! — A excitação de Amelie após ter assistido aquilo era quase palpável no ar, era estranho como seu humor mudava de repente, Amelie tinha certeza que tinha algo de muito errado com ela, mas isso pouco a importava.  Ela bebeu mais um longo gole de vinho e viu que sua caneca tinha acabado, o que a fez bufar e grunhir de raiva, até ouvir a pergunta de Keith. — Amor, ela não pode ler mentes, se pudesse, acabaria se tornando insana ao ler a minha. Sem falar que iria acabar se apaixonando por você também. — Ela deu uma piscadela para Keith com um sorriso sádico no rosto e se virou para procurar o homem que ficava passando servindo as pessoas, colocou os pés sobre a mesa de novo e virou a cadeira para trás o suficiente para conseguir encontrá-lo, ele parecia meio chocado com o que tinha acabado de acontecer, Amelie estava pouco se fodendo para isso, então apenas gritou "EI SEU MERDA, MEU VINHO ACABOU" e o homem pareceu sair do transe, vindo rápido ao encontro da mesa que estavam, embora fosse um pouco afastada, ele se desculpou, ela conseguia ver que ele estava chocado com o que havia acontecido, o que a fez rir mais ainda, mas ele não entendeu. Ao encher sua caneca, ela voltou a beber e fez sinal para ele sair, confuso.




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Mensagem por Amy Beaufort Qua Nov 10, 2021 11:26 pm


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Amy havia batalhado uma boa parte de sua vida para conquistar a aprovação de pessoas que nunca lhe forneceram nada. Os anciões de seu coven jamais lhe deram abrigo, segurança ou até o benefício da dúvida. Na realidade, eles a haviam sentenciado a uma vida de subserviência apenas por sua própria natureza. Agora, ela tinha a chance de alcançar uma vida diferente e se havia necessidade de ferir aqueles homens perversos, para receber sua passagem, então ela o faria.

Naquele momento, aprendeu como era o gosto verdadeiro do poder. Por maior que seja o potencial mágico de alguém, isso não é poder verdadeiro. O poder verdadeiro está na mente dos homens. Suas próprias projeções do que esperam da realidade. Amy sabia que precisava transformar seu nome no sinônimo da própria morte se quisesse um dia se vingar.

A reação de Amelie a fez sorrir. Um sorriso genuíno. As gotas de sangue haviam sido um preço pequeno a pagar por aquela diversão. Observou o sangue espalhado pelos dedos que limparam seu rosto. Nada de bom naquele mundo podia ser conquistado com mãos limpas.

— Divertido, não? Um pouco cruel, talvez, mas eu tenho que provar o meu valor. — Disse tanto para o casal a sua frente, quanto para si mesma. É claro que a crueldade não havia se instalado totalmente nela. Aquilo nunca fizera parte de quem era. O problema é que tudo que fora no passado havia ficado para trás em Fries. — Se eu tiver auxílio de talismãs e outras formas de preparo, eu posso fazer muito mais. Eu tinha alguns artefatos prontos, mas o capitão do meu último navio decidiu que minha bagagem precisava ser o complemento do meu pagamento para chegar até aqui. — Falou aquilo e cerrou os dentes, olhando para o lado por um momento para afastar a própria raiva.

Keith havia reagido um pouco mais assustado do que entusiasmado, mas era natural aquela relação. Enquanto a magia gwrach era um lugar comum para Amy, para aqueles navegantes de tão longe, deveria ser algo muito estranho e incompreensível. Contudo, Amy sabia que tudo aquilo não passava de uma forma de ciência, aliada com a devida criatividade e inteligência.

— Amelie está certa. — Amy deu de ombros como se estivesse quebrando o "encanto" de sua prática. — Eu não controlo mentes, apenas posso projetar certas ilusões e alterar algumas propriedades físicas. — Amy esperou que o homem que servia o vinho também enchesse seu copo antes de continuar. — O que eu fiz com ele foi escurecer a visão com uma ilusão de escuridão, então usei uma ilusão auditiva para simular o som da água. A última parte foi apenas alterar a pressão do ar ao redor do rosto dele, criando um vácuo nos pulmões dele que transmitiu uma sensação de sufocamento. Eu poderia tê-lo feito inalar água de verdade, mas isso iria causar um dano letal e acredito que o seu capitão não quer chamar atenção demais.

Bebeu mais alguns goles fartos de vinho. Não estava acostumada a beber daquela forma, tão rápido. Mesmo assim, entendia que precisava se tornar uma dos Blackmore por inteiro, se quisesse permanecer por ali.

— Assim que eu tiver meus talismãs de volta, vou poder fazer muito mais. Isso vai demorar um tempo, mas bem, acho que precisamos ir um passo de cada vez.


 

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Qui Nov 11, 2021 6:11 pm

Keith
Keith observou também a empolgação de sua esposa e corou quando ela falou esse comentário dele. Ainda bem que a outra pareceu não se incomodar com isso. Não se achava tudo isso, mas ficava feliz de ouvir esse elogio embora fosse na frente de uma estranha.

—Amor...   - Resmungou.

Era bom ver Amelie empolgada e sorrindo, mesmo que fosse depois de ver um homem sendo torturado. De qualquer forma, era só mais um vagabundo. Não era como se fosse um inocente, esses homens eram cruéis e achavam que podiam fazer o que queriam. Sabia como era esse tipo de pessoa. Talvez por isso achava que sua esposa ficava tão animada, ela passou por muita coisa e sentiu na pele muitas coisas.

Até sorriu fofo por vê-la feliz desse jeito. Arqueou as sobrancelhas quando a pirata o respondeu explicando que ela não podia ler mentes. Sorriu quando o elogiou, apesar do sorriso sádico dela. Não achava isso sobre si mesmo, mas gostava ouvir de Amelie. Colocou a mão sobre a dela.

—Não... Se ela pudesse ler mentes, ia entender porque eu te amo.  

Depois prestou atenção nas palavras de Amy explicando que poderia fazer melhor com talismãs e que usou ilusão e não controle mental. Isso era bem diferente, não compreendia como alguém podia manipular as coisas assim, mas era incrível e perigoso também. Bebeu mais um pouco enquanto a novata terminava de explicar.

—Hum... E como faz para ter esses talismãs de volta? Pretende pegar do outro capitão ou achar no mercado?    - Perguntou.

Também pensava em possibilidades:

—É possível fazer algum tipo de magia de proteção? Como impedir cortes de serem mortais?  

Ele perguntava isso pensando em sua esposa, não esqueceu dos últimos ferimentos dela. Isso era algo que sempre o preocupava e se houvesse algum tipo de proteção seria interessante.


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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amelie Mildenhall Qui Nov 11, 2021 6:55 pm





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Amelie riu quando Amy falou sobre crueldade, era uma palavra que conhecia bem, muito bem até. Contra outros e contra si, era uma palavra familiar. Ela bebeu mais alguns goles do vinho, precisaria de muitos para que começasse a fazer efeito, era uma alcoólatra naquela altura, tinha certeza disso. Limpou a boca quando terminou e colocou o copo vazio na mesa, embora acabassem de enchê-lo, fez sinal para o homem que servia novamente e quando ele chegou, ela simplesmente lhe deu algumas moedas de kham que guardava no sobretudo.

— Três garrafas de vinho pra essa mesa.  — Poderia pedir "por favor" no final, mas Amelie não tinha a fama de ser educada, era bem o contrário disso. Esperou o homem voltar, ele parecia atendê-la mais rápido, talvez porque tinha medo, era algo comum para Amelie, já estava acostumada em colocar medo em outras pessoas apenas por ser quem era e em sua cabeça distorcida ela achava aquilo muito divertido. Percebeu que as mãos do homem tremiam enquanto ele colocava a última garrafa na mesa e soltou uma gargalhada alta por aquilo, provavelmente nenhum dos dois iria entender, mas para ela era muito engraçado. Pegou uma das garrafas para si e desceu o vinho garganta abaixo, sem fazer uma careta sequer, ao terminar ficou segurando a garrafa como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Álcool. E só depois disso olhou para Amy, que agora sorria, ela não parecia mais tão reclusa como antes, o que Amelie gostou.

— Cruel, sádico. Eu gosto disso. Nesse mundo é o que temos que ser.  — Ouvindo sua explicação, continuou bebendo e sentiu uma fina linha de vinho sujar seu queixo, quando ela terminou, Amelie apenas gargalhou novamente, tirando os pés da mesa e batendo a garrafa de vinho nela, junto com sua mão. — CARALHO! — Sua excitação apenas aumentava, ela estava tão animada que gritou, fazendo alguns olharem para ela, mas a maioria já estava acostumada com Amelie e como ela era. Então ouviu sobre o que aconteceu com seus pertences, o que a fez rir por dentro porque se aquilo fosse alguns anos atrás, seria Amelie quem teria a roubado, mãos leves, passos mais leves ainda. Ela era uma pequena ladra desde o início, mas não falou nada sobre isso, apenas riu sozinha como uma lunática. Sentiu a mão de Keith sobre a sua e a frase que ele disse a seguir, então não pensou duas vezes antes de encurtar a distância entre os dois e o beijá-lo, não se importava se Amy e a tripulação inteira estava ali, se importava bem menos com Flint, levou a mão que segurava o vinho ao seu rosto, aprofundando o beijo e se desfez de súbito, apenas lançando um olhar malicioso para ele e voltando à sua posição anterior. Ela sabia porquê ele tinha perguntado aquilo sobre algum feitiço que impedisse cortes e essas merdas, não era difícil para Amelie se machucar quando atacavam outro navio, mas novamente, todos se machucavam de alguma forma. Suspirou, ainda sorrindo e bebeu mais uma vez, agora a garrafa estava pela metade. Era impressionante como Amelie bebia tão rápido e não ficava bêbada, seu fígado devia estar completamente comprometido àquela altura. Ela voltou a colocar os pés na mesa, sem muita cerimônia e se balançar na cadeira. — Amor, não precisa disso. Ninguém pode me matar, eu sou imortal! — Brincou olhando para ele, embora soubesse que sua preocupação era genuína. Ela sabia que todas as vezes que se machucava, por menor que fosse o machucado, ele ficava louco de preocupação, ela também ficava quando era ele que se machucava, mas esta era a vida de um pirata, se você não saísse de uma batalha sem um arranhão, não tinha motivos para ter entrado nela para começo de conversa.



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Mensagem por Amy Beaufort Qui Nov 11, 2021 7:47 pm


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“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”



Havia algo naquele casal estranhamente funcional. Parecia que um complementava o que faltava no outro. Se em Keith faltava certa desenvoltura e audácia, Amelie o complementava, mas parecia possuir uma mente que se desviava do que seria considerado são. Mesmo assim, Amy preferia não julgar. Aquele mundo parecia excessivamente duro, violento e volátil para alguém se manter completamente são por muito tempo. Estava lá há poucos dias e já sentia que uma parte de sua sanidade já havia sido dragada.

A forma como Amelie se divertia com o que a gwrach falava era engraçado de ver. Amy pensara muito tempo que aqueles assuntos eram lugar comum para todos. Vivia em Fries, todos sabiam o que era magia. Ali, no entanto, era um terreno misterioso, inexplorado e isso tornava cada uma de suas falas cheias de informações novas para aquelas pessoas. Isso era curioso, mas sabia que o que atraía Amelie deveria ser a possibilidade de causar o caos.

— Não tenho dinheiro para recomprá-los. Nem mesmo conseguiria retomar isso agora, sem a ajuda de outros talismãs. Terei de refazê-los e assim que estiver com poder suficiente, tomarei-os de volta. Alguns daqueles talismãs pertenciam a meu pai e minha mãe, não vou perdê-los. — Ela disse, suspirando ao fim daquilo. — Todos eles estão ligados a mim, então poderei encontrá-los, mas é perigoso para mim deixá-los por aí, porque quem os tiver também pode me encontrar.

A pirata não se demorou a demonstrar seu amor por Keith. Amy apenas deu de ombros e bebeu um pouco mais de seu vinho. Nunca havia se dedicado muito aos afazeres românticos. Ela sabia que nunca seria ela a escolher o próprio par romântico, já que sua posição nobre a faria se casar por algum arranjo mágico e provavelmente dentro do próprio coven. Agora, no entanto, lhe ocorria que nada mais daquelas coisas lhe impedia. Será que haveria alguma possibilidade para um romance agora? Naquele mundo estranho? Bem, primeiro ela tinha que descobrir o que era, antes de poder ceder a tais pensamentos. Contudo, o exemplo de Amelie e Keith era quase inspirador. Já que haviam encontrado o romance mesmo em um lugar cruel e sádico como aquele.

— Sim, posso encantar um talismã para proteger alguém, poderia até mesmo impedir um corte de acontecer por inteiro, mas estaria longe da invulnerabilidade. Magia consome energia e se a pessoa se arriscar demais, corre o risco de esgotar a proteção. — Disse e bebeu um pouco mais do vinho. — De maneira contrária, posso encantar uma arma, tornar seus cortes mais letais e... — refletiu um pouco antes de dizer, — talvez o motivo pelo qual o capitão de vocês me tenha recrutado. Com bastante tempo livre, materiais condutores e tudo o mais, posso encantar o próprio Blackmore. Torná-lo invisível por um curto tempo. Fazer seu casco defletir bolas de canhão. Aumentar sua velocidade. Tudo isso exigiria trabalho, mas bem... o único limite existente para um gwrach é a energia. Se eu gastar energia demais, posso desmaiar ou até morrer. Por isso, tudo precisa ser feito aos poucos e por isso... eu preciso de talismãs. — Ela pensou por um momento, precisava refletir se não estaria abusando da hospitalidade deles ou pedindo coisas demais. Por isso, não podia pedir algo diretamente para si ou soaria muito mais folgada. Então, tinha que oferecer algo ao Blackmore. — Se me ajudarem a pegar de volta meus talismãs, eu posso retribuir com um encantamento para cada e começar a trabalhar no Blackmore mais cedo.



 

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Qui Nov 11, 2021 8:51 pm

Keith
Keith retribuiu o beijo de Amelie esquecendo por um momento onde estava, até que ela interrompeu de súbito o despertando novamente para a realidade. Gostava de ver esse sorriso dela. Sorriu em seguida apaixonado, desviou o olhar para baixo sem jeito.

Depois de fazer as perguntas sobre proteção, franziu os lábios com o comentário de Amelie sobre ser imortal. Quem dera se ela fosse mesmo. Suspirou e disse:

—Amor... Quem dera se fosse imortal. Não consigo aceitar te ver quase morrer... Quanto mais nos protegermos, mais tempo ficamos juntos.

Olhou para Amy ouvindo com interesse a resposta. Ficou animado ao saber que sim, era possível fazer um tipo de proteção com magia. Se isso deixasse Amelie um pouco mais segura, já era ótimo.

A bruxa prometia e fazia grandes planos para o Blackmore. Era de fato empolgante e Flint deveria realmente estar com grandes ambições para eles. Porém Keith só conseguia pensar em um jeito melhor de proteger sua amada. Além disso, parecia bom demais para ser verdade, com certeza seria difícil de conseguir isso tudo, como a mulher falava.

— Isso é ótimo, se protegesse ao menos um pouco do que é ficar sem nada, já é bom suficiente - Disse.

Cruzou os braços animado com a possibilidade, bom, só não podiam se tornar inimigos. Encheu o copo mais uma vez e bebeu devagar. Não estava com pressa de ficar bêbado.  Pensava que era uma pena não ser um impuro meio bruxo, talvez conseguisse proteger melhor Amelie assim e evitar os vigilantes melhor.

Imaginava também como seria o reino deles, seria seguro? Bom imaginava que não, pois a bruxa estava ali e entrando para os piratas. Só os perdidos tornavam-se piratas.

—Imagino que tenha que sempre estar perto para as magias funcionarem... Vai ser bom poder se pudesse estar com Amelie nos combates. Eu tento, mas meu modo de resolver as coisas é mais... Com a força bruta.... Mata,  mas não é bom de proteger.  

Keith achava que Amelie já encontrava uma amiga, torcia para que fossem amigas. Desde que Amy não tirasse também sua esposa de perto dele.

— Bom.... Tomara que goste do Backmore. Como eu disse, qualquer coisa se algum tripulante te perturbar é só falar com Amelie, ela resolve tudo, com violência, mas resolve, não é amor?


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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Amelie Mildenhall Qui Nov 11, 2021 9:16 pm





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Amelie engoliu mais uma grande dose de vinho, acabando inteiramente com a garrafa que tinha em mãos, resmungou, colocando a garrafa vazia na mesa e pegando a outra antes que alguém o fizesse. Seu plano naquela noite era estar completamente bêbada e ela não iria falhar. Ouviu o que Amy disse sobre proteção, reforçar ataques e tudo mais, enquanto bebia grandes goles da outra garrafa. Ela deveria achar que Amelie era insana à esse ponto, mas o fato era que além de insana, Amelie era uma alcóolatra incurável. Ela colocou a garrafa na mesa, já conseguindo sentir os efeitos depois de beber a garrafa inteira num gole só. Sentia o corpo meio dormente, limpou a boca com a manga do sobretudo e decidiu responder Amy primeiro, num tom mais sério.

— Tudo o que fazemos no navio, qualquer modificação, seja boa ou ruim, precisa passar pela aprovação de Flint primeiro. Sem falar que precisamos resgatar esses... Talis... Tal... Talismãs, sei lá. E apenas uma gwrach pra fazer tudo isso...  — Amelie sabia pouco de magia, mas o que sabia sobre o que Amy havia lhe contado era que poderia demorar muito para que ela conseguisse fazer algo naquele calibre. Meneou a cabeça para o lado, já bêbada, ela ficava ainda pior quando estava bêbada, dez vezes mais insana. Decidiu se sentar e tirar os pés da mesa, pois sabia que naquela posição não iria conseguir processar bem o álcool.

— Podemos tentar, mas novamente isso teria que ser discutido com Flint, que é meu pai por assim dizer, não estou falando com ele no momento, então teria que ser você. Se ele aprovar qualquer modificação que seja, podemos sair em buscar desses... Tal... Talismãs... Sei lá o nome dessa merda.  — Embora fosse um tom sério, Amelie ainda conseguia enfiar um palavrão no meio. Suspirou e pensou no que Keith havia dito, virando-se para ele agora. — Amor, você se preocupa demais comigo. Eu já passei por muita coisa, você sabe disso e tô aqui. Não vai ser um corte qualquer que vai me matar. — Da outra vez não havia sido bem um corte, antes mesmo do tiro, talvez aquela vez tenha sido o motivo pelo qual ele se tornou tão protetor em relação a ela, quando rasgaram-na por dentro, mas ela sobreviveu. Ela entendia completamente sua preocupação, quando ele levou um simples corte no braço, Amelie sentia que iria enlouquecer, imagine se fosse algo daquele tipo, sem mencionar as sirens e tudo o que passaram juntos. Mas eles fariam de tudo para proteger um ao outro, não importa o que custasse. Ela abriu um sorriso novamente quando ele mencionou sobre ela resolver os problemas, bom, sua forma de resolver problemas não era a forma mais gentil que existia. Ela gargalhou, já estava quase fora de si, se o que existia de sanidade na cabeça de Amelie era pouco, quando ela estava bêbada, sumia completamente.

— É difícil ser mulher em uma tripulação onde a maioria é composta de homens, só deixaram de encher meu saco quando me casei com Keith e ainda assim, ainda tem alguns que se atrevem. Quando eu tinha quinze anos, eu estava dormindo em um dos aposentos e como era nova na tripulação, não havia trancado a porta. Um dos homens entrou e colocou as bolas na minha cara, tenho certeza que ele iria tentar mais coisas se eu não tivesse arrancado elas fora e o matado ali mesmo. Flint tentou me dar um esporro quando descobriu que eu tinha matado um tripulante, mas eu mandei ele se foder. — Amelie tinha um certo orgulho daquela história, aos quinze anos já tinha mandado o capitão do navio, que logo a adotaria como filha, ir à merda e matado um homem duas vezes maior do que ela. Isso já demonstrava que ela era muito mais perigosa e inconsequente do que os outros achavam e de certa forma ela gostava disso, de ser vista assim, fazia se afastarem e quem ficasse perto, fazia a temerem. — Mas como eu disse, você precisa de roupas, pode voltar com a gente pra nossa "casa" e te empresto algumas, você não pode sair na rua assim. — Ela olhou novamente as roupas de Amy e meneou a cabeça, voltando a olhá-la.



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Mensagem por Amy Beaufort Sex Nov 12, 2021 3:20 am


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“And Seneca says in his Tragedies: A woman either loves or hates; there is no third grade. And the tears of a woman are a deception, for they may spring from true grief, or they may be a snare. When a woman thinks alone, she thinks evil.”



Amy tinha uma orientação diferente agora. A bebida entrava em seu corpo e sua cabeça ficava mais leve. Isso poderia nublar seus pensamentos de uma certa forma, mas na verdade os deixava mais claro, removia alguns impulsos excessivamente protetivos. Sua visão quanto ao mundo havia mudado e ela sabia, de forma que agora teria que aprender a lidar com ele na forma como o podia ver. Um pouco de bebida talvez fosse a fuga perfeita para todos aqueles infortúnios que se abateram sobre ela e era mais compreensível agora porque por vezes as ruas se enchiam de alcoólatras e párias desse tipo.

— Não é algo para o presente. Não tenho planos de usar minha força ao menos que realmente necessário. Como eu disse, magia drena energia e eu posso morrer se for levada a situações muito extremas. Para mim, é importante manter a discrição, por enquanto. — Amy sorriu, não podia dizer com precisão todos os seus motivos. — Primeiro, eu preciso de fontes de poder. Mais do que fazer talismãs, o ideal seria roubá-los de outros bruxos... Só que as águas de Fries são hostis e não tenho certeza se eles transportam isso de um lugar para outro. Tenho certeza, no entanto, que algum capitão rival de vocês pode ter um artefato mágico que possamos roubar. Além, do próprio capitão que me sacaneou, é claro.

A preocupação de Keith para com Amelie era algo realmente bonito. Um parecia se importar com outro, mas mergulhados em uma vida tão perigosa, tudo que tinham para aproveitar era o presente. Deveria ser difícil planejar o futuro quando cada vez que se lançam aos mares correm o risco de nunca voltar. Intrigou-se, no entanto, com os métodos de Keith. Um jovem com aparência tão comum, que tipo de segredo escondia que era tão letal?

— Não estou acostumada a combates, mas ajudarei. Com o tempo, serei tão letal quanto qualquer um. Será a retribuição devida pela proteção que me oferecem. — Disse, um sorriso se formou em seu rosto, refletindo sobre as perspectivas que haveria no futuro. Poderia se vingar não apenas daqueles que lhe fizeram mal, mas também dos gwrach que sustentavam o coven e alimentavam a opressão.


A explicação de Amelie a deixou reflexiva, mesmo que ali no Blackmore enfrentaria ainda homens que achariam por bem abusar dela. Seria necessário provar não apenas para Amelie e Keith, mas para toda a população que era uma gwrach perigosa. Teria que pensar em um ato de extrema crueldade em seu primeiro combate. Algo para chocar a mente dos tripulantes permanentemente. Precisaria se preparar.

Ela teria que recorrer ao roubo. Em uma cidade portuária como aquela, poderia encontrar um barômetro de mercúrio a venda. O mercúrio é treze vezes mais pesado que a maioria dos líquidos, o mais denso entre todos. Envolto em um invólucro de chumbo que poderia conseguir facilmente derretendo balas de pistolas, o mercúrio se tornava um bom receptor do Fohat e o chumbo um bom isolante. Pretendia colocar o suficiente de Fohat para matar um grupo pequeno de homens.

Sua atenção foi trazida de volta para Amelie, diante do convite e da possibilidade de roupas novas.

— Está bem, eu vou com vocês. Eu agradeço. Assim que puder, irei retribuir.


 

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(RP FECHADA) New Flesh Empty Re: (RP FECHADA) New Flesh

Mensagem por Keith Mildenhall Dom Nov 14, 2021 9:34 am

Keith
Keith havia sido acolhido pela vida pirata, lá ninguém se ele era um impuro ou qualquer coisa. Porém isso queria riscos de vida, principalmente de sua amada. Claro que ela já vivia assim antes, mas parecia pior para ele, ainda mais depois daquelas vezes que quase a perdeu. O queria faria sem o seu sentido de vida?

Ficou em silêncio bebendo enquanto a esposa conversava com a novata sobre como era ser mulher por ali. Keith odiava isso, mas pelo menos sabia que Amelie conseguia se defender muito bem disso. Ainda assim não a largava mais sozinha, principalmente por causa daquela vez.

Então Amelie a convidava para ir a "casa" deles, o quarto da estalagem. As coisas realmente haviam progredido, agora a pirata chamava a novata até para a casa deles. Keith gostava de vê-la distraída assim e animada. Depois de beberem mais um pouco voltaram os três juntos.

Keith tratou de ir na frente. Quando chegaram, subiram as escadas e foi na frente parar abrir a porta pra elas. Nunca tiveram visitas antes e ele queria ser um bom anfitrião.

A casa estava arrumada para um quarto de estalagem. Keith logo disse:

—Fiquem a vontade, vou fazer um lanche para vocês. Vocês tem algum pedido que posso fazer?

Amelie nunca pedia nada em especial e sempre gostava do que cozinha. Porém tinha visitas e era bom sempre perguntar. O impuro possuía habilidades em cozinhar, por causa dos dias que era praticamente escravo do senhor Hamish. Foi para a cozinha e as deixou sozinhas para verem as roupas. Separou alguns pães folha em um prato, em seguida preparou o uma salada com verduras, ovos, cebola, pimenta e pedaços de frango assado que ainda tinham em casa.

Grelhou também umas anchovas e separou em outro prato. O cheiro da comida invadia o quarto inteiro. Não olhou para trás, pois imaginou que a outra poderia estar trocando de roupa ou algo assim, então era melhor evitar. O impuro era bastante respeitoso com essas coisas e nem era porque alguém o educou assim. Talvez por ter sido sozinho por um tempo, prestava mais atenção as pessoas, em sua expressões e suas emoções, era fácil para ele se colocar no outro. Embora fosse um pirata,  não gostava de atacar fracos ou pessoas que não ofereciam risco.  

Como um caçador ético,  matava o mais rápido possível. Claro que tinha suas exceções, ás vezes ele queria que o outro sentisse dor, quando este era alguém que causou dor despretensiosamente a outro sem qualquer respeito.


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Mensagem por Amelie Mildenhall Dom Nov 14, 2021 10:45 am





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Antes de saírem Amelie simplesmente furtou a outra garrafa de vinho sem que o homem que os servia percebesse e foi bebendo todo o caminho de volta para a estalagem, onde a dona olhou para eles com o mesmo olhar de desprezo de sempre, mas ela apenas girou os olhos. Ver Keith guiando as duas fez uma chama se acender e não foi no seu coração, ela gostava quando ele demonstrava dominância, foi um pouco difícil subir as escadas porque sua visão estava turva pelo álcool e ela teve que olhar para baixo para evitar cair da escada, seria uma cena engraçada, mas ela poderia acabar quebrando o pescoço já que era uma escada muito alta, então foi se segurando na parede até chegarem no local, era uma estadia um tanto simples, mas próxima do porto, o que era algo essencial para ela, tinha rotas de fuga planejadas em sua mente caso algo desse errado e todas elas levavam ao navio. Assim que entraram, ela se jogou na cama, com as botas e tudo sem nenhuma cerimônia rindo sobre a pergunta de Keith.

— Tudo o que você faz é uma delícia, amor.  — Tinha um sorriso travesso no rosto, levantou uma das pernas, apoiando o pé na cama a balançando. Sabia que tinha bebido demais e uma hora iria, ou vomitar, ou simplesmente apagar. Foi quando simplesmente do nada se deu conta de que Amy estava ali, como se ela não houvesse vindo com eles durante todo o caminho, então de repente, enquanto Keith se dirigia para cozinhar, Amelie se levantou, sentando num pulo, era impressionante como seus movimentos eram rápidos.

— AH É, VOCÊ TÁ AQUI! HAHA!  — Amelie era muito pior do que o normal quando estava bêbada, chegava até a ser cômico. — Pode abrir o guarda-roupas e escolher o que quiser, minhas roupas estão do lado esquerdo, é tudo preto, tem umas blusas brancas que eu costumo usar embaixo do sobretudo, mas de resto, tudo é preto. Pode pegar o que quiser, acho que cabe em você, exceto por meu sobretudo de couro preto, foi um presente do Flint, esse não posso emprestar, mas após nossa primeira incursão, você vai ter bastante dinheiro pra comprar suas próprias roupas e vai poder me devolver, não se preocupa, aqui somos família. — Ela deu uma piscadela para Amy e se jogou na cama de novo, de repente começou a rir sozinha olhando para o teto. Não se importava que Amy mexesse em suas coisas ou trocasse de roupa no quarto, embora fosse bem possessiva com seus próprios itens e roupas principalmente, a partir do momento que ela entrou para tripulação, para Amelie ela era parte de uma grande família de mais de 100 tripulantes, se fosse qualquer outra pessoa, ela mataria antes que entrasse no recinto.

— AH, CARALHO, EU TÔ MUITO BÊBADA! — Amelie continuou rindo sozinha olhando ao redor às vezes, mas tudo girava e seu cérebro funcionava de uma maneira extremamente estranha, se perguntava às vezes se era mais insana que o Gallant, afinal de contas ele só era insano comprovado, ela era insana em suas ações e isso ficava bem claro para qualquer pessoa que passasse mais do que 20 minutos do lado dela, principalmente se ela não conhecesse a pessoa. Foi diferente com Keith por algum motivo, motivo que ela só descobriu depois quando admitiu para si mesma que o amava. — AMOR, VOCÊ SE LEMBRA QUANDO A GENTE SE CONHECEU?! — Ela sabia que não precisava gritar porque ele ouviria de qualquer forma, mas por algum motivo, alguma coisa na sua cabeça a forçava a elevar a voz, Amelie realmente não era normal. Logo o cheiro de comida começou a invadir o recinto inteiro, para ela, que estava acostumada a comer comidas de recintos não confiáveis de origem duvidosa e nunca cozinhava para si, a comida dele era maravilhosa, todas as vezes era a melhor comida que provara.



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