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QUEST - Atlas

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Mensagem por Wings of Despair Ter maio 17, 2022 9:13 pm




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ATLAS
QUEST


Diferente do usual, o sol não brilhava no céu como o usual no litoral de Hahle, desta vez estava coberto por uma densa massa de nuvens cinzas que anunciavam uma chuva torrencial. Dado os ocorrentes acontecimentos, Ernoul Cullough, o rei mais jovem que Hahle já teve, assumindo o cargo após a morte súbita de seu pai, prometendo mudanças visíveis e uma melhora significativa na vida dos moradores do reino, anunciou que qualquer ato de roubo contra os navios de seu próprio reino seriam vistos como atos irreparáveis de crimes puníveis com a morte, vendo que os atos de pirataria eram notáveis no litoral de Hahle. Como se os piratas já não fossem tratados como monstros e menos do que humanos pelos vigilantes, se tornou ainda pior após Ernoul anunciar seu decreto: qualquer tipo de crime e qualquer tipo de tripulação pirata nos mares de Hahle seriam punidos com tortura e morte, pois o reino já era fraco e pobre demais para ter que lidar com ataques de sua própria população.

Entretanto, isto não parou o navio pirata mais conhecido e temido dos mares, Flint Mildenhall possuía planos que iam muito além da pequena mente burguesa de Ernoul, ele precisava sustentar uma tripulação inteira e continuar sendo digno de sua confiança, trazendo recompensas cada vez maiores, mesmo que isto significasse a perda de muitos tripulantes. Era uma luta política entre excluídos por uma sociedade já dispersa de qualquer tipo de dignidade e ladrões marítimos que apenas conseguiam sobreviver roubando seu próprio povo.

Naquele fim de tarde, com o sol escondido entre as nuvens, não demorou para que Flint avistasse seu objetivo: Atlas.

As ondas eram violentas, pois o mar alertava uma tempestade, porém todos os homens e mulheres no Blackmore não pareciam afetados por este fato, alguns pintavam o rosto com tinta preta, outros se preparavam para armar suas espadas, o mais próximo que Blackmore chegava de Atlas, mais a tripulação se tornava inquieta. A grande e extensa maioria eram humanos sem nenhum tipo de habilidade ou poder que se destacasse dos demais, além da força física.

Flint, entretanto, não se importava, já havia ganhado muitas batalhas marítimas com apenas humanos em sua tripulação, mesmo que agora fosse diferente.

Objetivos: Saquear Atlas {K$ 5,000}
Local do objetivo: Terus, terras de Hahle.




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Mensagem por Amelie Mildenhall Ter maio 17, 2022 9:32 pm



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Talvez nunca fosse se sentir completa em nenhum lugar, não se sentia parte de Vollbrecht e agora muito menos de Hahle, todos os seus esforços para ter um nome e uma reputação haviam ido água abaixo depois que se tornou o que mais odiava. Ainda era difícil lidar com o cheiro de sangue vindo de todos os lados, o cheiro de Keith não era tão agradável às suas narinas, pois ele cheirava como um cachorro molhado, mas seu amor a cegava de qualquer incômodo. Estava feliz por finalmente se livrar de Ivan depois de tanto tempo em suas garras, ainda sentia uma conexão imensa com o vampiro, já que ele havia sido o homem que havia a tornado o que ela era agora, mas não passava de uma conexão instintiva, nada parecido com o que sentia em relação à Keith. Era desconfortável caminhar no meio de todos aqueles tripulantes cheirando à sangue e não poder fazer nada, sequer beber uma gota e nem mesmo podia beber o sangue de Keith, já que ele possuía sangue lycan em suas veias muito mais fortes do que seu sangue humano.

Havia aprendido como controlar certas transformações que provavelmente seriam úteis em batalha, mas não pôde deixar de se preocupar com a nova realidade dos mares de Hahle. É claro que os vigilantes e as autoridades sempre haviam visto seu povo como criminosos imperdoáveis, seres sem nenhum tipo de humanidade ou remorso, monstros. Monstros, esta era a palavra perfeita para descrever quem eram perante a sociedade cega de seu reino. Olhou para o céu por alguns segundos, apreciando as nuvens negras que cobriam o sol, caso isto não fosse sua realidade, ela estaria queimando como se houvesse sido jogada em uma fogueira.

— Não tenho certeza se irei arruinar os planos de Flint com minha inexperiência ou se irei ser útil. 

Virou os olhos vermelhos como seus cabelos para Keith por alguns segundos e em seguida voltou a olhar para a tripulação que se movia freneticamente no navio.


 

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Mensagem por Keith Mildenhall Sex maio 20, 2022 8:41 pm







VOLLBRECHT


Keith só se sentiu aliviado depois que saíram de Vollbrecht, era muito tenso ter Ivan sempre na cola de sua amada. Mas felizmente os meses se passaram e voltaram a Hahle.

Era bom para eles e para o pequeno Tristan. Só que agora eles teriam que ser mais noturnos, e Keith tinha o receio de que Amelie bebesse o sangue de inocentes. Tiveram que adaptar o horário de saque para de noite.

No navio, Keith estava com as bochechas rosadas por causa do frio. Ouviu sua amada e olhou para ela apreciando o quanto ela era linda.

— Pelo menos você poderá se alimentar com os inimigos. Só tome cuidado, sempre escolha inimigos.

Ele segurou a mão de Amelie, a mão dela estava gelada como sempre.

— Pensa que estamos juntos, eu tô aqui. Vai dar tudo certo e agora você é mais forte do que nunca.

Então Keith segurou na cintura dela e a beijou.




Última edição por Keith Mildenhall em Qua Jun 01, 2022 8:06 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Keenan Silbern Qua maio 25, 2022 9:14 pm




Ship's  Destroyer.
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— Depende muito do que você considera inexperiência. — Keenan falou, caminhando por poucos passos antes de parar próximo do casal. Sua espada, estava apoiada com a bainha do lado sem corte da lâmina, carregando ela como se fosse um pedaço de papel. Mas na realidade, todo espadachim que se preze, sabia que essas espadas eram muito mais pesadas do que qualquer outra arma, para impedir que estas caíssem sobre mãos erradas, e sempre eram feitas, de uma maneira ou de outra, para com o próprio espadachim, de modo que somente ele poderia usar.

— Cada vida nossa, é como um progresso para nossa própria inexperiência, mantida pela próxima vida, para a qual você deverá suceder, mesmo que ela seja uma vida eterna, sem nunca mais poder reencarnar. — E então, ele respirou fundo. — Fiquem tranquilos, o Aether não veio. Ele disse que dessa vez, precisava resolver umas coisas.... Algo sobre livros mágicos, e aquela coisa de bruxaria. — Exibiu um sorriso pequeno para os dois, sobretudo buscando tranquilizar Amélie sobre o garoto. No fim, estendeu o braço e tocou o ombro do amigo, Keith.


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Mensagem por Amelie Mildenhall Qua maio 25, 2022 10:16 pm



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Entendia a preocupação de Keith em relação ao seu descontrole, Amelie ainda era uma vampira jovem, sequer fazia um ano que havia se transformado, então seu descontrole era perceptível, precisava se alimentar com mais frequência, precisava ficar mais isolada de humanos, até mesmo de Tristan, para não cometer algum erro irreparável. Conseguia ouvir todos os corações que batiam ali, o de Keith, talvez por ser mais lycan que humano, batia bem mais rápido do que os corações dos outros tripulantes, ela gostava de ouvir seu coração bater, era como uma bela música que não se cansava de ouvir, porém muitas vezes divagava sobre o dia em que aquela melodia parasse, como iria continuar vivendo, fadada à viver eternamente, sem o homem que amava? Pensava sobre isso com mais frequência do que deveria, ele iria envelhecer ou morrer em batalha, ela iria continuar existindo eternamente, parecia o contrário agora. Não era ele quem se preocupava obsessivamente com sua saúde.

Parecia que todos os seus sentidos estavam mais despertos e o que sentia por Keith havia se multiplicado milhares de vezes, de maneira incontrolável, então sentir seu beijo e seu toque era melhor do que sangue. Era como uma hipnose, estava completamente rendida e obcecada por aquele homem de uma maneira não natural. Ao ouvir a voz de Keenan se aproximando, uma súbita raiva surgiu em seu peito, não queria que ele houvesse os interrompido. Levou os olhos escarlate até ele ao ouvi-lo e depois voltou a apreciar o mar. Havia sentido tanta falta daquilo, do cheiro, das ondas, do balançar do navio... E do sol que nunca poderia apreciar novamente.

— Honestamente, tenho medo de acabar machucando pessoas que não deveria com essa inexperiência. Tem muito sangue aqui, corações pulsando pra todo lado, não fazem ideia de como eu tô me contendo agora. 

Suspirou, mesmo que não precisasse e logo viu Atlas ao longe, sua visão estava muito melhor agora. Flint também avistou o navio e avisou para se prepararem para atracá-lo.

— Precisamos de uma estratégia, eu posso ir na frente, posso tentar corromper a visão deles usando a névoa negra, então vocês entram no navio com o resto da tripulação. Alguém tem uma ideia melhor? 

Entreolhou os dois, mas teimosa como sempre, agora mais do que nunca, apenas meneou a cabeça e começou a caminhar pelo convés, vendo que Atlas ficava cada vez mais próximo. Sentiu os primeiros pingos de chuva, provavelmente teria uma tempestade, o mar estava agitado. A tripulação a olhava de maneira estranha agora, ninguém gostava de vampiros. Ela se destacava facilmente no meio dos outros piratas por sua pele branca de maneira não natural e os cabelos vermelhos que contrastavam perfeitamente com sua derme. Tentou não respirar para não perder o controle no meio de todas aquelas pessoas.

A madeira de ambos os navios se chocaram, Amelie pôde ouvir cada "crack" de ambos, cada canhão sendo disparado, cada tiro acertando os alvos. Olhou para Keith uma última vez antes de tentar cobrir o rosto com o chapéu para não saberem o que ela era e serem pegos de surpresa, sacou as espadas apenas para fingir que estava lutando de maneira natural e se pôs na frente de todos, sendo a primeira a pular dentro do Atlas.
 

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Mensagem por Keith Mildenhall Qua Jun 01, 2022 8:05 pm







VOLLBRECHT

Keith estava preocupado porque não se transformaria, somente se muito necessário e isso ainda seria arriscado demais porque ele ficava vulnerável por um tempo considerável.

Amelie estava preocupada, logo Keenan também apareceu com um discurso. Franziu as sobrancelhas não entendo muito o que ele quis dizer.


—Keenan sendo Keenan.... Bom o plano é ficar na retaguarda de Amelie.

Então tentou acalmá-la:

—Eu confio em você amor, vai conseguir distinguir os inimigos. Acredite em si mesma também, como acredito em você.

Concordou sobre o plano dela da névoa, porém não podiam também eles ficarem cegos.

— Só cuidado para não tirar nossa visão também meu amor.

Sempre tinha nervoso quando ela pulava na frente, empunhou a espada e foi atrás dela animando Keenan a fazer o mesmo:

— Vamos Keenan!




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Mensagem por Keenan Silbern Dom Jun 19, 2022 11:48 am




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— Nada. Vai dar tudo certo… — Keenan ergueu as sobrancelhas com o que havia acabado de dizer. Ele percebeu que havia dúvida em sua voz, mas, como o coração frio que ela, aquilo não pareceu lhe afetar nem um pouco. Mas, o único olhar que tinha analisou Amélie rapidamente e ele pôde ficar mais tranquilo. Era só Amélie sendo mais Amélie do que já fora um dia.

Por isso, tirou uma das katanas da bainha, colocando a mesma sobre seu ombro da área sem corte da lâmina. — Nenhuma objeção e nenhum plano melhor. Sempre fora assim desde antes de você virar um Vampyr, vamos seguir assim como os velhos tempos. — Comentou, com a expressão séria. Assim, seu olhar apenas foi para o alto, de modo que poderia ver as nuvens cinzas dos céus. Iria chover. Se tinha algo que ele e Aether gostavam, eram da chuva. Ambos concordavam e diziam que a chuva era uma maneira de acalmar os ânimos, sobretudo, o filho dizia que era melhor estudar um Codex bruxo complexo com chuva do que no verão.

Aquele garoto era estranho. Mas, com certeza, após um ano de treinamento ele já havia mudado bastante. Era crescente seu orgulho com o seu desenvolvimento, estava até mais poderoso no negócio da bruxaria, mas a verdade era que Keenan não entendia das coisas de bruxo nem um pouco. Com o filho permeando seus pensamentos, ele jurou que iria voltar para casa vivo, só para vê-lo mais uma vez. Assim, Amélie pulou quando o Atlas se chocou com o navio deles. Keith seguiu logo atrás.

— Não me dê ordens! — Gritou, irritado, soltando um bufo. Em seguida, correu rapidamente para a borda do navio, pousando sobre a mesma e tomando impulso no ar, para cair na direção do Atlas, de modo a cair dentro dele.


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Mensagem por Wings of Despair Sáb Ago 13, 2022 11:32 pm




II.




As nuvens negras moviam-se lentamente no céu, anunciando chuva. Usualmente isto era visto como um mal "omen", um aviso, uma profecia cravada nos céus de que algo muito ruim aconteceria.
A batalha começara antes mesmo que o grupo vestido de negro conseguisse entrar dentro do navio inimigo, a bandeira negra dançando ao vento enquanto o céu clareava por curtos segundos anunciando uma tempestade. Estavam bem no meio de uma tempestade marítima, uma "matadora de navios" como eram conhecidas, as ondas ficavam cada vez maiores e mais altas, o vento forte levava os desavisados  que não se seguravam em alguma coisa, talvez esta fosse a única inimiga naquela tarde.
Porém as asas do destino tinham outros planos para aquela incursão, espadas se travavam, flechas eram disparadas, armas de pólvora cantavam um soneto obscuro na batalha que era travada no convés de Atlas. O vento forte e as trovoadas, juntamente com o cheiro salgado do mar, distraíam os sentidos do cheiro de morte momentaneamente, parecia apenas algo comum que marinheiros lidavam constantemente.
De repente, como uma faísca, sutil demais para a maioria perceber, o mar ficou calmo.
Havia apenas o zumbido do vento e eventuais trovoadas no céu, mas a água escura se acalmou.
Se pudessem parar de lutar por suas vidas por um breve momento, teriam percebido que algo estava errado, que estranhamente a água parecia mais escura, que breves ondas ao redor não eram nada além de uma resposta para o movimento embaixo.
Por um breve segundo, talvez houvesse a esperança de conseguir escapar daquele cruel destino, porém antes que percebessem, tentáculos gigantescos e negros abraçaram o navio, esmagando velas, mastros e parte do convés, juntamente com marinheiros e piratas desatentos que foram esmagados como pobres insetos.
Logo outros braços vindos das fendas do mais profundo oceano surgiram, desta vez jogando o que encontrasse dentro do mar, independente se era uma criatura viva ou pedaços de madeira.
Agora desatentos, também não perceberiam que o mar voltou à sua fúria anterior, trazendo consigo o horror do desconhecido.

Desta vez o único impuro à bordo não teve tanta sorte como das outras vezes, o destino parecia ser cruel quando se tratava de sua felicidade, hora lhe dava algo, hora lhe tirava com 10 vezes mais crueldade, então  assim que os outros tentáculos pesados caíram dentro do convés novamente, foi arremessado com uma força abismal contra mastros, quebrando a madeira com a força distinta do próprio corpo e a velocidade com a qual foi jogado, sentindo pequenos pedaços de madeira no caminho rasgarem sua carne, parando apenas quando encontrou um pilar de madeira grossa, batendo contra o pilar e caindo no chão como um saco de estrumes, sem a espada e lhe faltando ar nos pulmões por conta do impacto, com um pedaço de madeira muito próximo da costela lhe rasgando a pele. Do seu lado direito um grito gutural foi cantado no ar, rápido demais e assim que lhe trouxesse a visão poderia ver um homem vestido de preto quase alto demais para conseguir ser visto por olhos humanos, sendo completamente esfarelado por um tentáculo apenas, se tornando uma sopa de carne e vísceras enquanto os ossos eram quebrados e jogados de maneira que o sangue e os órgãos dilacerados voassem pelo ar, manchando os mais próximos com a cor escarlate. A espada deste pirata, entretanto, caiu como uma bomba, girando no ar várias vezes antes de cair com a lâmina para baixo, cravando-se na madeira do piso do convés.

Algo similar aconteceu ao espadachim, mas este parecia ter mais sorte, um tentáculo extremamente pesado lançou seu oponente dentro do mar, apenas para ser devorado pelo monstro faminto que agora balançava o navio furiosamente.

Alguns perplexos, mesmo após uma vida inteira no mar, muitos mortos, outros confusos e desconcertados.
Era a primeira vez que algo das profundezas marítimas era visto tão próximo da costa marítima.
Haviam outros monstros com o qual a humanidade precisaria se preocupar, escondidos nas sombras ou nas profundezas daquele planeta machucado.



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Mensagem por Amelie Mildenhall Dom Ago 14, 2022 1:37 am



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Vozes ecoavam freneticamente por seus ouvidos, às vezes captava frequências de conversas específicas, como frequências de rádios ecoando nos ouvidos de um morcego.
Eram horas antes de encontrarem as velas de Atlas no meio do oceano, o navio negro havia acabado de deixar um dos portos de Hahle, todo o barulho, os tilintares de brincos ou copos, cada minúsculo barulho parecia irritar Amelie profundamente, como um tiro em seus sentidos, de maneira que machucava fisicamente. Ainda era inexperiente e muito jovem como uma vampira, então não conseguia controlar seus sentidos, constantemente tudo era confuso e desnorteador. Sem pensar, sem cogitar qualquer outra pessoa, não suportava os ecos dilacerando sua audição e sua linha de raciocínio, então rápido demais para ser percebida, ainda sem conseguir controlar sua velocidade, desapareceu nos confins do navio, deixando no caminho apenas uma porta de madeira balançando furiosamente.
Pateticamente se chocou contra uma parede de madeira e caiu para trás, desconcertada. Estava dois andares mais baixo, agora as coisas pareciam menos caóticas, pela fresta de luz que entrava dentro do navio conseguia ver com nitidez alguns grãos de poeira voando no ar. Segurou-se na parede, começando a levantar lentamente, até que percebeu alguns corações batendo próximos à onde estava. Sua respiração desnecessária travou, não conseguia não assimilar aquela situação aos dias em que havia sido pega pelos Vigilantes, mas logo sua atenção confusa foi fisgada por vozes à alguns metros de si. Eram vozes não muito familiares, dois homens, conversando enquanto faziam seus deveres.

— Eu vou ser bem honesto com você, não gosto da ideia daquela "coisa" dentro do navio. Quem sabe o que pode acontecer?! Somos um monte de bolsas de sangue ambulantes nos olhos dela agora. — Um deles confidenciou ao amigo, então Amelie percebeu que estavam se referindo à ela.

— Eu acho que é algo que todos pensam, mas ninguém diz. — O outro respondeu rapidamente, quase num sussurro.

— Não, eles dizem sim, mas em segredo. Pelo menos metade do navio pensa que ela deveria ter morrido. — O primeiro deu de ombros, numa conversa casual.

Amelie também pensava o mesmo, que seria mais fácil se houvesse morrido aquele dia. Aquele lugar não era mais sua casa, não iria conseguir viver no verão quente ou nos bares amigáveis, não poderia dormir numa rede no convés assistindo o céu estrelado, não se sentia bem-vinda no lugar onde nasceu e viveu toda uma vida. Conseguia sentir os olhares de repulsa e hostilidade sobre si estando em qualquer lugar, agora mais nítidos em seus sentidos do que antes. Não queria ser um monstro, nunca quis ser um monstro, mas parecia que não possuía controle sobre sua própria existência, sobre seu próprio destino. Por vezes se via refletindo uma ideia perigosa: deixar Keith e tudo o que conhecia e retornar para Ivan. Mesmo que houvesse fugido, ainda sentia a conexão inquebrável, como um laço invisível conectando ambos, que iria desaparecer apenas quando um deles morresse. A ideia de desaparecer de Hahle completamente era tentadora, não porque queria, mas por pensar que sua ausência seria um destino mais doce que sua presença, principalmente para as pessoas que amava. Não queria ver Ivan novamente, o vampiro lhe trazia repulsa, alguns dias antes de irem embora de Vollbrecht, ele havia a chamado para uma das imensas salas em sua mansão e mostrado no que estava trabalhando recentemente: uma pintura dela, completamente idêntica à pintura da própria filha, porém com cores diferentes. Era algo que lhe trazia um gosto amargo na boca, aquela era sua filha, ele estava criando laços românticos não correspondidos com alguém extremamente similar à sua filha. Entretanto, não conhecia nada em Vollbrecht, não conhecia como aquele reino funcionava, não conhecia tudo sobre si mesma nesta nova forma, se sentia à deriva em um mar violento.
Antes que pudesse pensar qualquer coisa, passos e batimentos cardíacos foram ficando mais próximos, vindo do corredor adentro, o homem quase teve um infarto ao vê-la grudada à parede, os olhos vermelhos brilhando na escuridão do corredor. Deu dois passos para trás, como se estivesse com medo, mas Amelie apenas se encolheu. Conhecia aquele homem, já havia conversado com ele uma vez enquanto o mesmo demonstrava a um grupo de piratas sua paixão por flauta em uma das confraternizações, então talvez por um momento houvesse esperado um olhar amigável, talvez um sorriso rápido, ela abraçou o próprio corpo se encolhendo no breu, abaixando o olhar que agora parecia ameaçar qualquer pessoa que olhasse dentro deles e o homem engoliu em seco de olhos brevemente arregalados, tomando passos largos para fora do corredor.
Sentia que conhecia tudo, mas ao mesmo tempo não conhecia mais nada. O único grupo que a acolheu desde a adolescência estava a rejeitando, a única vida que conhecia estava a rejeitando, então fez a única coisa que sabia como fazer: violência.
O olhar melancólico e aflito deu lugar ao ódio, não entendia porquê não confiavam nela, depois de todos os anos, depois de tudo o que vivenciou ao lado deles, depois de quase morrer várias vezes para salvar aquela tripulação, tudo o que tinha de volta era hostilidade, medo e rejeição.
Conseguia ouvir os dois homens conversando sobre outro assunto agora, dentro de uma cabine, enquanto terminavam suas tarefas pendentes. Não pensou duas vezes antes de quase quebrar a porta de madeira com a própria força e surgir da escuridão, como um monstro em um pesadelo infantil. Suas presas cravaram no pescoço de um deles, o que se encontrava mais próximo da porta, rasgando suas veias e as cuspindo no chão. O pobre homem levou a mão ao pescoço, porém caiu ao chão em questão de segundos, agonizando no próprio sangue. O outro, de olhos arregalados, com a respiração irregular, tentou puxar sua pistola de pólvora, aquele era seu melhor amigo, mas não conseguiu ser rápido o suficiente e sentiu uma mão gelada abrindo seu peito, encontrando seu coração que batia e o esmagando com os dedos. Ele grunhiu de dor, com os olhos claros arregalados, fitando as íris vermelhas que pareciam queimar em fúria. Estavam quebrando seu coração, então iria pagar com a mesma moeda.

...

Era fácil matar, mais do que imaginava que seria. Sua força era gigantesca em comparação aos homens naquele navio, não era difícil se livrar de uma estocada ou pensar rápido, tentava se conter aos homens da tripulação inimiga, cravando os dentes em suas peles e sugando o sangue quando conseguia, mas não conseguia tirar da cabeça o que havia ouvido dentro do navio: ao menos metade de sua própria tripulação a queria morta.
Era mais fácil do que lidar com algo que odiavam, como se não a conhecessem, então hora ou outra surpreendia alguns distraídos e arrancava cabeças rápido demais para gritarem ou enfiava a espada em seus torsos quando estavam de costas para ela.
Havia acabado de arrancar a espada do peito de um deles quando percebeu algo estranho, como um eco vazio, o mar não respondia mais. Franziu as sobrancelhas, confusa, apenas percebeu isto quando era tarde demais.
Seus olhos vermelhos acompanharam os primeiros tentáculos lentamente, incrédulos. Se seu coração batesse teria explodido em seu peito. Assim que sentiu o impacto e assistiu à destruição caótica, tentou encontrar pessoas que conhecia antes que fosse tarde demais. Já havia ouvido histórias sobre coisas assim, coisas que viviam no fundo do oceano e vinham à superfície para afundar navios, porém, embora vivesse ao redor de monstros, nunca havia levado à sério.
Começou a correr pelo convés, procurando Keith com os olhos, aquilo era extremamente angustiante, sua respiração desnecessária estava travada, os olhos frenéticos buscavam os cabelos loiros e ondulados bagunçados, mas não encontrava. O nariz buscava seu cheiro de cachorro molhado que parecia próximo, mas ao mesmo tempo distante demais. Sentia uma aflição indescritível tomar conta de seu peito, o balançar do navio ou o impacto e seja lá o que fosse aquilo dentro da água, não eram capazes de desviar sua linha de raciocínio, mas sentiu o cheiro de sangue familiar, engoliu em seco ao assistir o pirata sendo completamente esmagado no ar, mas a espada que dançou seu caminhou até o chão lhe trouxe o que procurava.
Tão rápido quanto podia, o lugar onde estava se tornou uma névoa escura, poluindo o ar em uma dança elegante até chegar do outro lado, há um metro de onde Keith estava. Ainda sem conseguir controlar a própria velocidade ou força, envolveu os braços gelados e mortos ao redor do impuro, o trazendo à um abraço forte demais que lhe tirou o ar por um breve segundo, afrouxou o aperto ao recordar-se disto e em seguida segurou seu rosto com as duas mãos, fixando o olhar escarlate em seus olhos azuis. Sem conseguir se controlar, o envolveu num abraço novamente, mais leve desta vez, ao menos para ela.

— Eu não sei o que tá acontecendo, mas não sai do meu lado! 

A voz vacilante e cheia de preocupação saiu rasgando, mais como uma ordem do que um pedido.
O libertou de seu abraço, se afastando o suficiente para olhá-lo nos olhos mais uma vez, então aproximou o rosto do seu, apoiando a testa na sua, levando uma mão gelada até uma das mãos de Keith, segurando com uma força controlada, enquanto a outra foi até o pedaço de madeira de tamanho mediano que estava cravado em seu torso, o puxando para fora rápido demais para que Keith percebesse.
Desde que morreu, mal se atrevia ao tocá-lo de maneira menos cordial, como um beijo ou um abraço demorado, não se atrevia, não sabia como seria, não sabia se também sentia repulsa dela, se sua pele gelada e sem vida era agora desconfortável, se ainda existia a mesma necessidade de sua afeição que outrora pulsava no peito do homem que amava. Sua garganta, embora pintada de sangue de outros, parecia seca, engoliu com uma certa dificuldade e afastou o rosto, levando a mão vazia à ferida aberta, tentando trazer algum alívio com a pele gelada.

— Talvez ser gelada como um cadáver em decomposição e completamente paralisada no tempo não seja tão inútil às vezes. 

Um sorriso pequeno que na superfície parecia genuíno surgiu em seu rosto pálido e azulado, mas logo desapareceu. Tirou parte da blusa de dentro da calça de tecido e a rasgou na barra, pegando uma quantidade razoável e logo amarrou ao redor da ferida, dando mais alguns nós na parte da frente. Suspirou, mesmo que não precisasse e seu olhar pareceu perdido por um momento, enquanto buscava algo que ele pudesse usar para se proteger, avistou a espada que havia caído próximo de onde estavam e o ajudou a ficar de pé novamente, o apoiando na madeira do pilar.

Sentiu uma tontura anormal ao ficar em pé, havia se locomovido utilizando suas sombras, o que fez com que sua força houvesse diminuído subitamente, precisava se alimentar novamente, o que não seria problema em um lugar como aquele.

— Talvez não seja a melhor hora, mas a aflição de não existir outra chance no futuro tá me consumindo. — Suspirou brevemente, abaixando o olhar agora apagado. — Eu matei alguns membros da tripulação. Propositalmente. — Sua expressão ficou mais acuada, como se sentisse uma culpa profunda, mas ao mesmo tipo não se arrependesse. Os olhos medrosos procuraram os de Keith por um breve segundo, ela abraçou o próprio corpo novamente, se sentindo desnorteada. — Se encontrarem os corpos no andar inferior do navio ou perceberem o que tô fazendo aqui, não vai existir veneno poderoso suficiente pra me trazer de volta dos mortos... Mas... — Como se buscasse uma justificativa plausível, seu olhar ficou perdido por um segundo e encontrou os de Keith no próximo. — Tão falando que queriam que eu tivesse morrido, eu ouvi, mal olham pra mim, mal falam comigo, pessoas que eu conhecia fingem que eu não existo mais, todos me olham com nojo! O que eu deveria fazer?! Quando sinto dor, eu devolvo da mesma forma... — Não sabia se iria fazer sentido para mais alguém além dela.

Respirou fundo e soltou os braços, olhando rapidamente para a espada caída no chão.

— Acho que vamos ter que abandonar esse navio antes que ele afunde, mas antes eu preciso tentar alguma coisa. — Segurou Keith pelo braço, o puxando para trás, algum lugar mais distante dos tentáculos negros, tentando ser cuidadosa com os passos dele, pois o navio balançava freneticamente.
 

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QUEST - Atlas Empty Re: QUEST - Atlas

Mensagem por Keenan Silbern Seg Ago 15, 2022 3:02 pm




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"No one can surpass my blade cut."



Keenan corria por entre os homens. Seus pés estavam descalços, permitindo se mover melhor pelo campo de batalha. Em um rotacionar de seu próprio corpo, ele buscou mover as lâminas de suas duas espadas em movimentos de meia lua, visando estraçalhar l inimigo em sua frente, mas, parecia que o homem detinha habilidades suficientes para que pudesse erguer sua lança e bloquear todas as investidas. Metal com metal se chocaram provocando faíscas. Até que um balanço repentino fez com que Keenan perdesse o equilíbrio e rolasse para o lado. As águas do mar pareciam agitadas, mais do que o normal e o céu escuro de l ok nge, soltava raios roxos poderosos o suficiente para fazer fumegar a água à distância. Então, um tentáculo se fez presente dos céus e levou seu oponente embora. Foi aí que ele viu.

Se apoiando com os dedos na borda do navio, o homem se viu diante de uma criatura marítima, tão colossal quanto o próprio navio. Ela estava emaranhada na beirada do navio com suas próteses horrendas, soltando um grande berro enquanto buscava vir do fundo do mar. Silbern deu uma olhada para o campo de batalha, e em seguida, colocou o pé sobre a borda.

— Bem… Eu sou um Pirata. De nômade a isto. Então um dia eu teria trombar com tamanha desgraça. — O homem então, vendo a gravidade da situação, embainhou suas duas espadas, pegando a terceira com uma das mãos, colocando na boca. Depois, novamente aprumou os dedos contra o cabo das armas anteriores. — Vamos nessa… — Keenan percebeu que poderia ser sua última vez nesse mundo. Se ele escolheu acabar com aquele monstro em prol do navio. Então, ele desejou adeus aos amigos, e seu filho. Momentos depois, ele flexionou o joelho e partiu em um impulso colossal. Forte o suficiente para dar um leve balanço na borda do navio. Ele caia em direção ao bicho do mar, caindo como o único homem no céu. Sozinho, contra aquele ser, ou talvez não tão sozinho assim, se soubesse.

— Estilo de Três Espadas: Rugido da Hydra de Três Cabeças! — Gritou ele, começando a girar o próprio corpo. As lâminas estavam apontadas e posicionadas de modo que ele parecesse envolto por uma anel de lâminas, até o espadachim começar a girar, se tornando algo como um turbilhão perfurante. O impacto foi forte o suficiente para ele passar rasgando em direção ao bichano. Percebendo tal atitude, o bicho buscou estender um dos seus tentáculos na direção do homem. E então um impacto aconteceu ali, culminando no rasgo quíntuplo de seu tentáculo em quatro pedaços distintos. Pousando sobre o que restou daquele lugar enquanto o monstro ululava de dor, Keenan correu.

Vários tentáculos focaram nele, para evitá-los, ele começou a correr pelas protuberâncias que chegavam,chegando inclusive a deslizar por um, para evitar ser acertado de lado.


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Mensagem por Keith Mildenhall Seg Ago 15, 2022 8:14 pm







VOLLBRECHT


Quando tudo ficou em silêncio, Keith lutava contra os tripulantes do outro navio. Sempre preocupado com Amelie é claro, porém agora ela era muito mais forte. Isso pelo menos o deixava menos aflito pelo lado da segurança, mas ainda muito preocupado.

Assim que os tentáculos apareceram, tentou desviar, conseguiu não ser atingido na primeria vez, porém foi arremessado na segunda vez. Gritou de dor por causa dos ferimentos. Doía muito, muito. Enquanto agonizo viu um homem ser triturado pelo monstro.

Era o fim? Keith pensava sobre isso enquanto sofria cheio de dor. Onde estaria sua amada? Era a primeria que via um monstro desse, agora ferido nem podia ajudar em nada. Arrependia-se de não ter se transformado em lobo antes da luta. Pensava em Amelie, no Tristan, não podia deixá-los sozinhos nesse mundo.

Sua visão ficou turva até que Amelie apareceu. Notou o abraço gelado dela, era tão estranho, parecia o toque de um cadáver. Mas ainda era sua amada, estava aliviado por vê-la.

— Amor....

Keith suava e agonizava de dor pelos ferimentos. Mal conseguia se mexer, se sentia tão inútil. Soltou um gemido de dor quando Amelie arrancou de surpresa o pedaço de madeira do seu torso. Respirava ofegante, sentiu a mão gelada dela no ferimento e a ouviu. Mesmo com dor respondeu:

— Você nunca será inútil.

Keith sorri fracamente, ficou quieto a deixando cuidar do seu ferimento. Ainda tinha esperança. Só que seu rosto fica pálido quando a ouviu dizer que havia matado membros da tripulação. Keith só conseguiu sentir culpa, ele que a transformou em vampira. Percebia o quanto ela esta perturbada com isso. Ele sabia como Amelie era e seu gênio e ainda tinha dado muito poder a ela, poder descontrolado.

— Amelie.. Não é culpa sua... Se alguém tem culpa sou eu...

Concordou quando Amelie disse que iriam ter que sair do navio. Agora a vida deles precisaria mudar de novo. Só que ele fica confuso ao ouvir sua amada que ela queria tentar alguma coisa. A acompanho, mas pergunto preocupado:

— Tentar o que Amelie? Para onde a gente vai com esse monstro ai fora?





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Mensagem por Amelie Mildenhall Ter Ago 16, 2022 12:45 am








since you're so convinced that i'm yours, i will be it

"We're all monsters to someone"

Amelie sentia que até mesmo Keith tinha algum tipo de aversão por ela agora, notava a forma diferente que ele a tratava. Em noites frias parecia que se colocasse a cabeça em seu peito, como outrora fazia, em um passado que agora parecia distante, iria acabar culminando em uma péssima noite de sono e desconforto. Agora parecia o oposto, ela era obcecada por ele de maneira doentia, os sentimentos se tornavam extremamente fortes depois de sua transformação, então era inevitável que durante a noite se encontrasse na penumbra o assistindo dormir ou sua obsessão territorialista a fizesse sentir um gosto amargo na boca e um ciúmes anormal quando o via conversando e sorrindo com outras pessoas. Era algo que iria diminuir eventualmente, mas no momento era como estava.  Em contraparte sentia como se todos ao seu redor a hostilizassem e não a tratassem como antes, incluindo o impuro. Havia sido um destino pior que a morte, pensamentos intrusivos e descontrolados invadiam sua mente todos os dias e em momentos de adrenalina como aquele, não desapareciam, apenas a deixavam confusa e sem saber onde focar, eram muitas coisas de uma única vez. Também se tornou muito mais observadora e detalhista, o fato de não ter seu abraço retribuído foi como se houvessem cravado centenas de adagas em seu coração, embora não houvesse cogitado que poderia ser por estar ferido e sentindo muita dor.

Ele ainda a amava depois do que ela se tornou? Seu toque lhe era repulsivo agora? Ainda existia a mesma necessidade de afeição que existiu durante todo o tempo que estiveram juntos? Não sabia dizer, o que a deixava profundamente miserável. Seria este o amor não correspondido que teria de lidar depois de tudo o que aconteceu?

Fazia sentido em sua mente, ele era mais lobo que homem e as raças sempre se odiaram. Enquanto Keith era mais quente que um humano comum, agora Amelie era fria como um inverno impiedoso. Enquanto Keith se corava facilmente com o sangue pulsando em suas veias, agora Amelie tinha a derme azulada e pálida como um cadáver, com veias mortas se destacando sobre a porcelana de sua pele. Completamente opostos, isto queria dizer que agora eram incompatíveis? Tudo isso consumia os pensamentos da vampira enquanto ela guiava o impuro pelo convés, tentando encontrar um lugar menos agitado e perigoso.
Então decidiu guiá-lo e ajudá-lo a subir na extremidade esquerda do navio, onde embaixo havia um buraco enorme que havia sido aberto pelos braços animalescos e impiedosos da criatura.

Por conta de tudo que estava em sua mente, soltou a mão de Keith assim que lá chegaram, não queria atormentá-lo com seu toque indesejado. A forma que falou com ela enquanto subiam não ajudou seus pensamentos inquietos, mas novamente não cogitou que poderia ser pelo estresse, desespero e dor que o mesmo estava sentindo.

Não deixe a espada cair. — Disse, com a voz vacilante. Engoliu em seco ao se aproximar de Keith novamente, tirando sua arma à pólvora da bainha de sua calça. Sentia um certo receio em tocá-lo e principalmente em partes mais baixas. <

— Tá tudo um caos, não acho que estão dando muita atenção à batalha agora, mas caso alguém suba aqui, você precisa se defender. 

Colocou a arma em sua mão, o ajudando a segurar como se fosse uma criança inexperiente, queria ter certeza de que ele conseguia segurá-la embora estivesse ferido. Assim que se certificou disto, afastou-se alguns passos, sua mente estava mais caótica que a situação ao redor dela.
Olhou para frente, onde as ondas altas e furiosas se chocavam contra a proa e em seguida para Keith novamente. Nesta altura já estava molhada com a água salgada que salpicava em ambos.

— Respondendo sua pergunta: você não vai a lugar nenhum. — Precisava fazer alguma coisa, era o que pensava. De todos os anéis em seus dedos, tirou com rapidez e delicadeza o único que importava, o anel que ele havia lhe dado ao se "casarem" e o entregou, guardando no bolso de sua calça. Sabia que era forte agora, mas não sabia o que iria encontrar embaixo da água ou que iria acontecer, talvez não retornasse. — Eu sou a mais forte daqui agora e não preciso de oxigênio... — Começou após se certificar de que o anel estava bem guardado.

— Não preciso respirar mais, consigo esfarelar qualquer coisa com as mãos, preciso tentar. Ninguém mais teria chance contra essa... Coisa... — A palavra "coisa" era difícil de dizer, já que algumas horas atrás, homens agora mortos haviam se referido à mesma desta forma. — Fica aqui, por favor. Você tá machucado demais. Não sai daqui a não ser que o Keenan ou Flint te levem de volta ao Blackmore. 

Seu olhar tentava ser autoritário, mas sua voz vacilava.

— Bom, não faz diferença agora, faz? Nós dois sabemos que não. Não se preocupe comigo, vou voltar, mas se eu não voltar... — Franziu os lábios, sem saber bem o que dizer em seguida. — Obrigada por ser parte da minha vida e ter cuidado de mim por todo esse tempo, por ter me amado, pelos momentos bons e felizes antes de toda aquela merda acontecer... Dói muito saber que tudo acabou de maneira tão trágica. 

Sentiu o líquido frio e vermelho, que antes seriam lágrimas, lacrimejar em seus olhos. Uma lágrima de sangue teimou em cair e ela enxugou com as costas da mão. Levantou o olhar para Keith novamente e esboçou um sorriso triste, meneando a cabeça como se estivesse se despedindo.

— Tenho que ir agora, tome cuidado, é menos doloroso ter você vivo longe de mim do que morto. — Tirou uma das espadas da bainha enquanto falava. — Eu volto, Keith, mas preciso fazer algo antes que essa coisa afunde o navio com todos nós aqui dentro. — Antes que ouvisse qualquer palavra de repreensão, Amelie subiu na proa de madeira, olhou para baixo, para a água escura fruto do monstro colossal que estava embaixo e se jogou.

A primeira coisa que percebeu foi que a água estava congelante por conta da tempestade que se anunciava, embaixo da superfície não estava tão diferente, a corrente marítima estava frenética.

Algumas bolhas de ar subiram enquanto seu corpo descia, ainda não havia se acostumado a não respirar, então às vezes havia oxigênio em seus pulmões que não havia percebido. Aos poucos sua visão vampírica foi se acostumando com o a água salgada, conseguia ver tudo com muita nitidez, então não foi difícil enxergar a criatura mais horrenda que já havia visto em toda a sua vida. Era preto como piche, a cabeça era de um animal das profundezas abissais, porém deformado pelas mutações que sofreu, os olhos brancos e cegos, com tentáculos enormes que agarravam o navio por baixo e assustadoramente possuía duas cabeças e dentes grotescos afiados.
Sem perder tempo para apreciar o quão aterrorizante aquele monstro era, começou a nadar em direção a ele, nadava agora mais rápido que um humano, então encurtou a distância com facilidade. Segurando uma de suas damas com a mão direita, assim que chegou perto o suficiente percebeu que a água do mar era pintada de vermelho, levou os olhos atentos até a boca da criatura e teve a aterrorizante revelação de que ele estava mastigando duas pessoas.

Foi então que, de repente, percebeu que havia perdido muita força ao usar suas sombras sem pensar, apenas porque queria se teletransportar até onde Keith estava e não havia se alimentado antes de se jogar no oceano. "MERDA!", pensou para si. Porém, apesar disto, ainda continuava sendo a mais forte naquele convés, então se sentia responsável de fazer algo que os outros não teriam como fazer. A superfície do monstro era escorregadia, como uma enguia, então precisou cravar suas garras de vampira para conseguir escalar o monstro, que se contorceu de dor enquanto suas garras cravavam e lhe tiravam alguns filetes de sangue escuro. Como se o incômodo fosse demais para suportar por mais tempo, levou um tentáculo até Amelie e envolveu o torso da mesma, começando a apertá-la com uma força absurda, a segurando e puxando para longe de seu "corpo". Ela tentou se desvencilhar usando sua própria força e quando estava quase conseguindo, o monstro abissal a jogou contra a parte de baixo do navio, que quase quebrou. Em seguida levou o tentáculo até ela novamente e desta vez envolveu-a e começou a trazê-la para perto de sua cabeça, assim que chegou bem em frente, Amelie estava horrorizada com a feiura daquela abominação, os olhos pareciam perdidos e desfocados, já que não enxergava, possua uma boca enorme cheia de dentes e pequenos olhos também cegos no centro do "rosto".

Sentiu o tentáculo esmagá-la com uma força anormal, enquanto tentava se desvencilhar. Duas costelas quebraram, perfurando seu pulmão e ela gritou de dor, porém não havia sequer uma bolha de ar saindo de seu grito.

Tentou perfurar o tentáculo com sua espada, mas o monstro abriu sua boca enorme mais rápido que antecipara e a jogou dentro de sua boca. Conseguiu se segurar nos dentes e rastejar o suficiente para que quase metade de si estivesse do lado de fora, ainda segurando sua espada.

Rápido demais para que percebesse, ainda distraída pela dor horrível que sentia, o monstro fechou a boca e os dentes gigantes perfuraram seu torso. O grito silencioso escapou de seus lábios novamente, conseguia sentir os dentes dilacerando seus órgãos internos, mas apesar da dor excruciante, usou toda a sua força para enfiar sua espada no monstro, repetindo o movimento quatro vezes, vendo o sangue escuro subir acima de ambos. Seu próprio sangue também era mais escuro que o sangue de outros seres, por estar morta, então a água se pintava com os dois.

De repente pareceu que a criatura sentiu nojo do gosto de Amelie, o que era esperado, já que ela não era humana, a cuspindo de maneira estranha e lenta para fora de sua "boca". Os dentes haviam rasgado as roupas de Amelie em certos pontos e aberto buracos em seu torso, expondo seus órgãos que agora tinham cores mais escuras, como se estivessem podres. Ela sentiu uma vertigem, havia perdido muito sangue, sentia tanta dor que não conseguia raciocinar direito, sua visão ficou turva. O monstro lhe deu um tapa forte, como se ela fosse um inseto e bateu novamente na parte de baixo do navio, desta vez abrindo um buraco pequeno, que logo começou a encher de água. Aquele navio iria afundar, iria demorar se ninguém estivesse embaixo e conseguisse tapar o buraco, mas iria afundar eventualmente.

Segurou forte a espada, ao mesmo o mais forte que conseguira, tentou focar na criatura à sua frente, a visão estava agora turva e embaçada, o próprio sangue que subia até a superfície manchava sua visão.
Se perguntou se iria morrer ali, porém se morresse, estava determinada a levar aquela criatura horrenda junto com ela. Então empunhou sua outra espada e pegou impulso na madeira do navio, indo mais uma vez ao encontro da criatura de tentáculos.
 

com keith & keenan - terus - outono

 


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Mensagem por Keenan Silbern Sex Ago 19, 2022 1:03 pm




Ship's  Destroyer.
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Keenan corria, seus passos eram céleres, tão velozes quanto poderia ser um humano comum. Sobrehumano após anos treinando, parecia alguém intocável. Não parecia que aquele homem havia perdido um olho. Não parecia que havia ganhado uma cicatriz no meio do peito porque sofreu um corte profundo em formato transversal em seu busto. Não parecia ser alguém que agora tinha um filho avançado temporalmente o suficiente para ser uma versão número dois dele, só que mais irritante e rebelde.

As lâminas passaram rasgando os tentáculos, jorrando sangues negros para o alto. Silbern saltou no ar, girando o corpo, pousando sobre outro tentáculo e deslizando sobre o mesmo. Molhado como era, a superfície lisa permitia que o espadachim pudesse deslizar livremente. Claro que o monstro já havia notado sua presença, era por isso que parte de seus tentáculos estavam focados em tentar acertar o pirata. Keenan jogou o tronco para trás, evitando uma leva de tentáculos de uma vez. Movendo os braços, ele fez um arremate de espadas, dando um giro com o corpo, sem sair do lugar.

As armas, paralelamente com suas armas, partiram o tentáculo. Mas, discretamente, outro o pegou pelo seu ponto cego. Ser cego tinha suas desvantagens, ficar com um olho só treinado como se fossem dois era um modo de superar isso, porém, nem sempre era possível se fazer o que queria. O mesmo se enroscou na perna de Keenan, o jogando para o alto. — Droga! Ah não! Não! — Gritou, quando um outro tentáculo o segurou pela cintura, e algum outro acertou seu estômago, fazendo com que vomitasse sangue. E depois, foi lançado ao ar novamente, onde quatro ou três tentáculos o acertaram com força, fazendo seus ossos estalarem. Keenan cuspia sangue pela sua boca, enquanto seus olhos pareciam momentaneamente oscilar para uma ausência de vida.

Foi novamente segurado por uma daquelas caudas negras, enquanto outro, que acompanhava este, se envolveu em sua perna, apertando e apertando, e cada vez que se apertava, a dor era crescente, fazendo com que o humano se contorcer de dor, arregalando o único olho que tinha, até que seu osso se partiu e ele cuspiu mais sangue, sendo largado em seguida. Mesmo caindo, mesmo com a dor em sua perna, ele girou o corpo enquanto despencava. Seu impulso permitiu cravar a espada em um local do monstro, se mantendo sem consciência nenhuma, mas forte o suficiente para continuar segurança suas espadas e ficar despendurado ali, com uma espada nas estranhas daquele colosso. Sangue escorria pela boca de Keenan, bem como sua perna estava com alguns cortes e rasgos em sua perna por inteira.



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Mensagem por Keith Mildenhall Ter Ago 23, 2022 9:52 pm







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Keith tentava segurar a espada como Amelie havia dito. Mas era doloroso por conta do ferimento, ela parecia muito mais pesada agora. Era muita coisa para Keith pensar ao mesmo tempo, suas preocupações com Amelie...

Keith olhou para ela assustado quando Amelie disse que ele não iria a lugar nenhum. Mas e sua amada? Onde ela iria? Seu rosto ficou pálido com medo. Ficou ainda com mais medo quando ela lhe deu o anel, tentou então por juízo na cabeça dela:

— AMELIE...Não faz isso.. Amelie por favor... Eu não vivo sem você... Amelie!

Paro para ouvir ela ainda aflito. Algumas lágrimas caíram de seus olhos ao ouvir as últimas palavras dela.

— Não amor.. Deve ter um jeito... Vamos fugir... Amor...

Mas ela estava certa de fazer isso, Keith sabia que as chances deles eram mínimas.

—Então volta por favor, se não eu morro, todos vamos morrer. Nos encontramos no pós vida se você for, então por favor, volta.

Chorava também e notava as lágrimas de sangue dela. Esperou então apreensivo. Minutos pareciam durar horas e nada de Amelie.

— Por favor Amelie...

Chorou rezando por ela. Senti o baque no navio e se segurou o máximo que podia. Lembrou então de Keenan e gritou pelo amigo, se iam morrer, que fossem morrer perto de quem conheciam. Estaria ele vivo?

— Keenan!!

Só não pulei atrás porque eu sabia que morrer, Amelie tinha alguma chance lá, eu não. Além disso, se ela não conseguisse, íamos morrer todos de qualquer maneira mesmo. Será que era esse o fim? Depois de toda luta morrer pra um monstro desse? Eu nem tinha beijado minha amada de novo, não queria que tudo acabasse aqui. Mas eu só podia esperar e eu odeio esperar sem poder ajudar Amelie. Mais uma vez ela teria lutar sozinha.





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Mensagem por Flint Mildenhall Qua Ago 24, 2022 1:58 am





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"When the king brands us pirates, he doesn't mean to make us adversaries. He doesn't mean to make us criminals. He means to make us monsters."
Em momentos como aquele, Flint cogitava rezar para os deuses, como seus pais e sua falecida esposa faziam costumeiramente, antes de serem mortos de maneira brutal.

Sua consciência retornava lentamente, enquanto os gritos ofuscavam sua audição e então de uma vez só, como um soco no rosto. Sentiu uma dor excruciante em sua perna esquerda, seus olhos azuis apagados foram recebidos por um céu raivoso, logo uma das ondas se chocaram contra o convés, o ensopando completamente. Tentou se mover, mas não conseguiu, algo estava o segurando ali e ao sentar-se, viu o que era. Havia um enorme pedaço de madeira, talvez um dos mastros que haviam caído, em cima de sua perna esquerda, talvez houvesse esmagado sua carne e osso. Olhou ao redor tentando buscar rostos conhecidos, porém tudo estava um caos sem precedentes. Onde caralhos estava Elliot quando se precisava dele? Pensou seriamente em demiti-lo ou simplesmente matá-lo de uma vez, porém a última ideia acarretaria um motim desnecessário.

— Mas que caralho! — Xingou com um ódio notável, gruhindo de dor em seguida ao tentar tirar sua perna de baixo do mastro pesado.

Parecia, entretanto, que ninguém dava a mínima para a invasão no navio, o que era uma vantagem. Tentou novamente e novamente e novamente até que, com muito esforço e usando a outra perna para afastar, conseguiu remover a madeira. Agora sentia a água lavando sua pele, porém esta vinha de cima. Era uma tempestade que facilmente destruiria qualquer navio e aquela desgraça embaixo da água também. Conseguiu se levantar com muita dificuldade, agora mancava notavelmente, provavelmente teria que remover aquela perna antes que apodrecesse e se espalhasse por todo o seu corpo. Pegou uma espada que estava cravada em um cadáver, a sua havia desaparecido também, para melhorar a situação por assim dizer. Que tipo de chance teriam contra aquilo? Talvez a única solução fosse recuar, naquela altura, antes que o próprio navio cedesse àquela coisa também.

Avistou um de seus tripulantes no convés, quando tentou ir em direção ao mesmo, algo se chocou contra seu corpo, o derrubando novamente, desta vez sobre dois corpos. Era um rapaz, relativamente jovem, da tripulação oposta, os olhos escuros carregados de ódio enquanto sua espada era segurada pelas duas mãos, a lâmina em direção ao rosto do ruivo, que também usava as duas mãos para tentar pará-la.

— A culpa disso é sua! — Ele não sabia quem Flint era, mas sabia que haviam interditado o navio em seu caminho para Gilnas, ao sul de Hahle. Seu ódio notável, talvez houvesse perdido alguém importante ou estivesse apenas desesperado por toda aquela situação. Quem não estava, afinal? A mão direita do capitão teve que segurar a ponta da lâmina, o que abriu um corte horrível na palma, porém conseguiu desviar o ataque, fazendo a espada do rapaz cravar na madeira ao invés de seu rosto. Não aceitava morrer ali, não daquela forma, não depois de tudo. Ele era relativamente mais magro, então conseguiu derrubá-lo e pegar sua adaga, num movimento rápido e esguio, quase como uma dança, cravando no peito do rapaz, que tinha idade para ser seu filho.

— Quando você nem sabia cagar sem sujar as calças, eu estava na porra da marinha, seu bosta! — Sim, era uma situação triste e desesperadora e assistir aquele adolescente morrer por suas mãos só tornava tudo pior, porém precisava manter o ritmo, o que era melhor do que descontar sua raiva xingando uma criança?

Levantou-se novamente assim que conseguiu, agora apenas com sua adaga e a arma de pólvora no bolso, não sabia se iria funcionar naquela tempestade. Assim que chegou perto do tripulante que havia visto antes de ser atacado, tocou seu ombro tentando chamar sua atenção, mas teve uma adaga colocada em seu pescoço, que foi tirada quase de imediato ao notar quem era. Os olhos dele estavam arregalados, desesperados.

— Avise aos outros para recuarem! — Os que sobreviveram, ao menos. Ele assentiu com a cabeça e começou a correr pelo convés, segurando o braço direito com a mão esquerda, este que estava em frangalhos.

Até que a visão de Flint foi capturada por uma cena caótica e surpreendente, ao mesmo tempo. Gallant havia pulado dentro do navio, completamente ensopado agora e com um corte na testa, que sangrava, usava as mãos para criar uma esfera negra, quase tóxica. Desde quando ele sabia fazer aquilo?! Desde quando Gallant utilizava magia negra?! Era por isso que metade de seu rosto era deformado? Não sabia mais de nada àquela altura, de sobrancelhas erguidas e olhos levemente arregalados, assistia a cena que se desenrolava perto de si.

— Erh... Enfim... — Murmurou para si mesmo, tirando a arma de pólvora da bainha, ajustando-a para poder utilizá-la caso precisasse.

Se as coisas não melhorassem nos próximos vinte minutos, daria a ordem de recuar e salvar o que havia restado, tudo estava tão caótico que sua mente não conseguia formar planos melhores além daquele. Tentou buscar rostos conhecidos novamente, mas o único que conseguia encontrar era feio demais para se olhar por muito tempo.




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Mensagem por Wings of Despair Seg Set 05, 2022 12:08 am






III.





QUEST - Atlas NJdmCAz


Não havia nome ou descrição para aquela criatura, ao menos não uma que lhe fizesse justiça.
Sequer podiam imaginar quanto tempo a criatura se escondeu nas fendas do oceano para desenvolver tamanha monstruosidade, as alterações sofridas pelo declínio lhe fizeram um monstro digno de histórias de terror de um mundo que já não mais existira. Sua "pele" escorregadia e preta como piche lhe trazia uma aparência horrenda, os tentáculos gigantescos e a ferocidade daquela besta faria qualquer pirata ou marinheiro, por mais experiente que fosse, paralisar em completo terror, porém ainda assim lutavam bravamente contra o monstro das profundezas, por suas próprias vidas. Já não existia mais a diferença entre piratas e navegantes, embora os que sobreviveram ainda tentassem inutilmente lutar contra os invasores.

O monstro estava, aos poucos, destruindo Atlas com seus braços monstruosos, parte do deck já estava corrompida, havia um buraco no navio que logo iria fazê-los afundar naquele mar tempestuoso e impiedoso. Flint já não possuía mais esperanças e tentava resgatar os sobreviventes de sua tripulação para recuarem de volta ao Blackmore antes que a besta atacasse seu navio da mesma maneira, alguns tripulantes do Atlas imploravam para serem resgatados também, mas estes acabavam sendo mortos sem piedade. Muitos, extremamente machucados, recuavam para o navio negro em busca de refúgio, outros estavam machucados demais para se mover.

Ao sentir a espada cravada pelo espadachim, o monstro, ou ao menos uma de suas cabeças, rugiu de maneira colossal, tentando se livrar daquele humano como se fosse um simples inseto que o incomodava, porém sangrava ainda assim, o que fez com que começasse a se jogar de um lado para o outro tentando se livrar do ataque, sem sucesso.

A vampira, ainda embaixo da água, tentava atacá-lo igualmente, ao menos atrasá-lo para que conseguissem sair do navio à tempo, não se importaria se morresse para salvar sua tripulação e as pessoas que amava, era a única capaz de fazê-lo enquanto ele ainda estava submerso. Mas novamente, como se tentasse se livrar de um inseto que o incomodava, seus tentáculos tentavam afastá-la de si, de modo que, por puro instinto, começou a recuar seus tentáculos, levando-os para dentro da água novamente, pintando o mar com seu sangue escuro. Como consequência o espadachim acabou sendo levado para baixo igualmente e a vampira viu isto como oportunidade para atacar, cravando uma de suas espadas no olho cego da criatura, que se remexia de dor e agonia enquanto a lâmina era pressionada contra sua carne, porém, em um ato instintivo, a jogou para longe novamente, desta vez mais fundo dentro do mar.

Enquanto isto a tripulação recuava de volta, não poderiam esperar a criatura morrer para salvarem suas vidas. O que não esperavam, de maneira alguma, era que os tentáculos iriam alcançar Blackmore também, começando a envolver o navio, este muito maior, com seus braços negros e bestiais. A criatura emergiu da água, de maneira faminta, como um animal caçando uma presa, lançando o espadachim dentro de Atlas novamente, este que já estava quase sem oxigênio por ter estado dentro da água por uma quantidade significativa de tempo. Desta vez a criatura não apenas envolveu seus tentáculos, mas começou a rastejar para dentro do navio, quebrando tudo o que encontrava pela frente, matando os que ainda estavam vivos sem conseguir se mover no caminho, suas duas cabeças rugindo um som gutural enquanto seu sangue manchava a madeira do deck de uma cor escura, havia tanto sangue que se misturava com a água do mar que entrava dentro do navio por ondas tempestuosas.

Agora estava atacando, não apenas dando o ar de sua graça. Os dentes afiados e as bocas enormes devoravam tudo o que encontrava pela frente, independente se fossem pessoas vivas, mortas, pedaços de madeira ou canhões. Estava furioso, impiedoso, instintivo como um animal irracional, assim como o mar ao redor dele. E como se tudo isto não fosse o suficiente, a tempestade que antes apenas se apresentava como um aviso de um destino cruel, despencou do céu de súbito.

Teriam que tomar uma decisão: recuar para o Blackmore e fugir da criatura colossal e da tempestade antes que fossem pegos por ela também ou lutar contra aquela criatura, que já estava razoavelmente comprometida por seus ferimentos.



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Mensagem por Aether O'Ceallaigh Qua Set 07, 2022 2:32 pm


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AETHER SILBERN.
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O dia estava chato. Desde que havia chegado em Hähle, Aether nunca mais havia enxergado o sol. Não importava o quão alto fosse, ele sempre veria um amontoado de nuvens negras e relâmpagos. Aquele era o lar dos Humanos, era assim que as coisas funcionavam. Seu pai havia saído cedo de casa, mas não havia muito o que pudesse fazer. Ele sempre ia em missões perigosas com Keith e Amélie. Aquele louco. O garoto suspirou fundo e passou os dedos sobre o livro que estava lendo: Encathum. Folheou mais algumas vezes, observando aqueles códigos e respirou fundo, ajustando seu óculos redondo. A expressão carrancuda do loiro ficou ainda pior quando sentiu um arrpeio na espinha, e ele se ajustou no sofá para tocar a própria medula espinhal. — Hm? — Foi o que saiu de seus lábios enquanto erguia uma das sobrancelhas.

O híbrido então se sentou no sofá em posição de lótus, fechou os olhos e começou a procurar. Uma espécie de anel brilhante surgiu ao redor de seu corpo enquanto ele ativava seu sensor de rastreamento, utilizando o seu próprio Kundalini para achar o Prana do seu pai. E os indícios dizem que ele está em um estado de pré-morte. Por quê? Porque quando uma pessoa está morrendo ou morta de fato, a primeira coisa que acontece é o seu próprio Prana enfraquecer ao ponto de se tornar inexistente. Isso indica que a pessoa já transpassou o mundo terreno para o próprio Cosmo, podendo ou não, ter ido parar no Akasha. — Aquele velho de merda! — Um soco foi direcionado para a pequena mesa de estar,produzindo um impacto poderoso o suficiente para partí-la em pedaços. Aether estava irritado.

— Desgraçado. Treina tanto para simplesmente chegar perto da morte! Qual é o seu propósito?! — Gritou ao vazio, para em seguida, ficar de pé e correr para fora da casa, fechando a mesma com a chave e parando próximo da rua. Olhou para ver se não tinha ninguém próximo e então respirou fundo. Como se o vento se curvasse perante o seu soberano, o mesmo começou a rodopiar, levando suas roupas e fios dourados ao esvoaçar. Algumas runas brilhavam por algumas partes do seu corpo, provendo o auxílio necessário. Idiota é o bruxo que não se utiliza de apetrechos mínimos de suplemento. Então, Aether moveu os dedos e algo o impulsionou para os ares como um foguete, mas ele havia apenas impulsionado seus pés para que pudesse voar.

O vento era muito forte contra seu próprio corpo, fazendo com que seus fios ficassem para trás, mas ele iria salvar Keenan, custe o que custasse. Irritado estava, mas ele teria que agir. Algum tempo passou, e ele pôde perceber que estava no lugar certo, quando viu que uma tempestade se fez presente, e ele se viu ensopado. As ondas do mar estavam selvagens, raios caiam do céu, eletrizando a água como se fossem uma punição do caos, diretamente do Akasha. — Esses bostas! Onde eles foram se meter?! Caralho! — Xingava o garoto, arregalando os olhos, tendo que manobrar seu próprio corpo e evitar os raios roxos que atingiam as águas bem como as ondas quilométricas. — Saco! — Aether chegava a tremer de irritação, mas ele tinha de continuar. Foi quando ele percebeu a gravidade da situação.

Um monstro abissal, diretamente do inferno marinho, onde a luz não prospera, onde a pressão é tão grande que é capaz de esmagar uma Baleia, onde os monstros mais temiveis do mar, monstros cegos, colossais por sua própria natureza, que usam de artifícios luminosos para atrair suas vítimas, tão conectados com a escuridão, que são mais mortais do que o animais do mar da superfície. Como aquilo havia chegado ali? Talvez houvesse uma perturbação que estivesse reverberando da própria natureza, trazendo uma desconstrução da ordem natural das coisas?! O que importava naquele momento era que o dito monstro similar a um Kraken tentacular estava afligindo o navio que reconheceu sendo o Atlas, e o Blackmore. — Esses palhaços! — Xingou outra vez, e por sua descrição elemental,  pediu para que os ventos o impulsionassem mais ainda.

Aether então mergulhou diretamente no mar, utilizando dessa vez a água para lhe guiar, provendo impulso necessário, era hora de usar o lado do mar, o domínio das águas, conhecido como Hidrocinese. Se o vento dominado era chamado de Aerocinese, a água se subvertia a esse termo. Alguns outros também se estendiam a isso, como Eletrocinese, dos relâmpagos e trovões, Geocinese, da terra, e Pirocinese, do fogo. Lá embaixo, no mar, Aether entendeu do que se tratava: Amelie estava lutando incessantemente contra a criatura, e seu pai, estava preso à sua espada, inconsciente. Amelie não teria muita chance de prover seus ataques com 100% de sua força, porque a água é uma inibidora natural de movimento, uma vez que se existe na física o chamado Peso Aparente.

O Bruxo se direcionou para os dois, movendo a mão, e em alta velocidade enquanto ia até os dois, um turbilhão de água envolveu seu braço, e com a sua vontade, Aether afinou a água e aumentou a sua vazão, transformando a água em uma lâmina cortante impecável. Com isso, ele partiu alguns tentáculos de uma vez só, jorrando muito sangue preto. Com isso, moveu o braço e segurou Amelie pela cintura, e guiado para fora dali e com tamanho impulso por um momento, Amelie veria o mar ficar minúsculo, antes de Aether pousar no chão e colocá-la sobre o chão do navio. Seu olhar dizia "Você é estúpida." Mas sem tempo para conversas, ele saltou novamente na água, onde era possível ver o ulular de dor da criatura do abismo.

No mar novamente, Aether se moveu pelo mar como um demônio, pegando seu pai pelo braço ao mesmo tempo que com a outra mão, segurou sua espada, colocando na boca. Ele observou que os tentáculos tentariam o pegar, então rapidamente segurou seu progenitor e subiu em alta velocidade para a superfície, emergindo em um turbilhão, e com o domínio do vento, Aether pousou sobre o chão, colocando o velho sobre a madeira. — Esse filho da puta. — Xingou, observando os ferimentos de Keenan. Rapidamente fechou os olhos e estendeu as mãos abertas para a direção dos ferimentos: Uma esfera de energia verde envolveu o Espadachim, o curando. Aquilo era chamado de Abjuração. Keenan não iria acordar tão cedo, mas isso afastaria o risco da morte.

Com isso, Aether disparou pelo meio do navio, passando por Amelie e tocando seu ombro, a curando rapidamente de seus ferimentos também. Molhado como estava, ele saltou do barco novamente, deixando muitas gotículas de água espalhadas no ar. As runas brilharam em seu corpo em azul, e ele trouxe para si o domínio do vento, ao mesmo tempo que trazia para si o domínio da água. As runas brilhavam em branco e azul, água e vento. Para se manter flutuando no ar e o outro, para exercer a sua vontade sobre o mar. Uma enorme água, se levantou dali, tomando a forma de uma mão gigante, Aether estava concentrado, trazendo todo o seu poder após anos de estudo e de sofrimento. A mão envolveria a criatura abissal, afastando a mesma do navio, e a atirando como se ela fosse uma bola de tênis estragada. Ao se chocar contra a água, uma grande poça foi levantada ao ar, provocando uma chuva. O impacto seria tão forte que causaria um balanço incondicional do mar. Mas o melhor já estava feito: Havia afastado o barco do monstro.

Aether exibiu um sorriso. O monstro percebeu a sua presença e logo evocou seus tentáculos contra o jovem, que desviou deles com maestria. — Que merdinha! Você é gigante, mas é incapaz de derrotar um homem?! — Questionou enquanto fazia seus movimentos evasivos. E o bicho parou, percebendo que não estava conseguindo acertar aquele humano. Aether então ergueu uma das mãos para o alto. Se estava chovendo, tudo estava um caos, as ondas estavam ferozes, e os relâmpagos… Com a mão para o alto, no meio do mar, as runas que estavam azuis, começaram a brilhar em roxo. Alguns relâmpagos começaram a causar um estrondo, caindo como uma cadeia de eventos. Até o momento em que começaram a cair sobre o mar distante, incessantemente. Então, um grande estrondo, como se mil tiros de canhões pipocassem sobre os céus, um enorme clarão roxo estourou contra a negritude do ambiente e como um feixe subordinado de Aether, atendeu ao seu chamado.

Sua mão faíscava de eletricidade, logo, como um condutor, o raio partiu dos céus, atingindo diretamente o monstro em cheio, e as faíscas de eletricidade se espalharam pela água, causando um vibrar potente. Aquilo fazia a água farfalhar enquanto a eletricidade atingia o monstro com força, causando um brilho roxo que envolvia todo o seu corpo enquanto o sangue negro jorraria aos montes pelos rasgos em seu corpo causados pelo raio. — Relâmpagos, venham a mim! — Gritou Aether erguendo o punho novamente para o céu, e faíscas de eletricidade se fizeram presentes em seu punho, e como um brado de um estouro colossal de canhão, outro raio atingiu a criatura em cheio, e o brilho do clarão roxo se fez presente. Depois dessa, a criatura estava fumaçando após ser atingida por um raio com voltagem ampliada, não era um raio comum. Aether respirou fundo, enquanto gotículas de suor escorriam pela sua bochecha. Havia dado certo?




Aether O'Ceallaigh
Religião :
Politeísta

Sexualidade do char :
Heterossexual

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Nômade

Aether O'Ceallaigh
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QUEST - Atlas Empty Re: QUEST - Atlas

Mensagem por Keith Mildenhall Qua Set 07, 2022 10:47 pm







VOLLBRECHT


Keith estava ali desolado esperando sua amada voltar. Ferido, tentava pensar no que fazer. Transformação completa era invivável, poderia acabar morrendo com um ataque. Mas se conseguisse parcial, já ajudaria um pouco.

Então se concentrou para uma transformação parcial, ele tinha treinado quando esteve na terra de suas origens. Bastou pensar no quanto queria salvar Amelie e conseguiu uma transformação parcial. Sua feridas melhoram.

Foi quando viu o filho de Keenan trazer Amelie. Então correu na direção dela:

— Amelie! Você tá viva!?

Ele estava com características da transformação parcial. Em seguida foi a vez de trazer Keenan. Keith viu que Aether realmente era poderoso e que sorte eles tinham por tê-lo com eles.

— Obrigado Aether, muito obrigado!

Disse quando este curou sua amada. Mas ainda era pouco.

—Amelie, me responde? Como você tá? Do que precisa??

Keith então viu Aether despencar do ar até o mar. Não podia deixar quem salvou seus amigos ir embora assim, ainda mais depois de atacar o monstro desse jeito.

— Eu já volto!

Mergulhou então com sua forma parcial atrás de Arther, o agarrou com seu braço agora mais forte e meio peludo e o levou para cima do barco.




Keith Mildenhall
Religião :
Agnóstico

Sexualidade do char :
Heterossexual

Ocupação :
Pirata

Inventário :
Pistola de luxo à bala

Keith Mildenhall
Impure

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Mensagem por Amelie Mildenhall Ter Set 20, 2022 9:30 pm



since you're so convinced that i'm yours, i will be it

"We're all monsters to someone"

Uma onda gelada acertou Amelie bem em seu rosto, a despertando de seu transe. Sua mente estava desconcertada, desnorteada, confusa. Sequer percebeu que havia sido Aether que havia a tirado do oceano ou que Keith havia "tentado" falar com ela. Havia perdido tanto sangue que seu rosto começava a tornar-se cadavérico, uma tonalidade azulada, os olhos escarlates haviam perdido o brilho e seus glóbulos oculares estavam completamente vermelhos, um vermelho escuro que fazia sua aparência ainda mais aterrorizante. Seus sentidos estavam mais sensíveis e aguçados, então a dor dos cortes profundos em seu torso era excruciante, levou as mãos trêmulas até a barriga, tentando segurar suas tripas apodrecidas e os órgãos para que estes não caíssem no piso de madeira do navio, porém mal conseguia fazer isto. Sua garganta queimava pela sede, suas mãos tremiam como um alcoólatra que foi privado de seu precioso álcool, o cheiro de sangue fresco fazia sua mente se tornar feroz, como um animal e não um ser pensante. Sua sede era tão excruciante que suas presas já estavam prontas, rasgando seu lábio inferior, em busca de algo para cravar e sugar.

Amelie viu, então, o cadáver mais próximo de si, com metade do corpo dilacerado, havia sido esmagado pelos tentáculos da criatura, então virou-se de barriga para baixo e começou a se arrastar pelo chão do navio em direção ao corpo do homem, que havia morrido de olhos abertos. Cravando as unhas na madeira até conseguir chegar perto o suficiente, puxou um dos braços do homem, rasgando sua roupa de maneira feroz, como um animal irracional esfomeado que acaba de encontrar sua presa, e cravou os dentes em seu braço, rasgando suas veias. Cuspiu o pedaço de pele e carne no chão ao seu lado e enfiou o rosto no buraco que fez sem pensar duas vezes, começando a sugar o doce líquido vermelho que outrora pulsava no corpo daquela pobre criatura.

Porém, antes que pudesse beber o suficiente, sentiu uma dor excruciante em suas costas. Uma espada foi cravada tão fundo que atravessou seu corpo até sair do outro lado, em sua barriga que já estava praticamente aberta ao meio. A espada subiu rasgando suas costas e pulmão, o que fez Amelie tossir sangue. Havia tanto sangue em seu rosto que estava praticamente irreconhecível, tanto dela quanto do cadáver a qual se alimentava.

— Destruam o monstro! — O homem gritou, puxando a espada para fora e enfiando em suas costas novamente. Nesta altura Amelie já gritava de dor como nunca havia antes, o sangue de seus pulmões saía por seu nariz, por sua boca, ela apenas vomitava o conteúdo sem conseguir pausar para se recuperar.

Mas não iria morrer assim, era o que dizia à si mesma. Novamente seu corpo começou a secar, como se estivesse tomando sua verdadeira forma: um cadáver. Porém era forte e estava faminta. Sua garganta ardia, pois o sangue apenas saía e não entrava, mas apesar de estar completamente debilitada e fraca, ainda era mais forte que um humano comum, então usou a força que tinha e virou-se para cima, desta forma seu corpo apenas deslizou pela espada, atravessando completamente seu torso, até chegar na bainha, quando finalmente parou e o homem, atônito, assistiu aquela cena de olhos arregalados, até que Amelie o puxou pela calça, o fazendo cair em cima dela e a mesma espada que a atravessava, o atravessou também, como uma dança macabra. Enquanto o homem agonizava até a morte, Amelie cravou os dentes em seu pescoço e começou a sugar seu sangue sem piedade, com uma ferocidade e rapidez indescritível, enquanto ouvia seu coração lentamente parar de bater e seus gemidos agonizantes em seu ouvido.

Como todos estavam distraídos com tudo o que acontecia, a vampira conseguiu sugá-lo até a última gota. Mas era jovem demais, fraca demais compara aos outros, então o processo de restauração iria ser mais demorado. Entretanto, conseguiu ter forças o suficiente para quebrar a lâmina da espada com facilidade, usando as próprias mãos, desvencilhando o cadáver do homem de si mesma e em seguida retirando a espada de seu torso. Então retirou o casaco que o mesmo vestia, amarrando ao redor de sua barriga para segurar seus ferimentos enquanto se regenerava.

Foi quando pôde ter uma noção do que acontecia ao seu redor. Sentia o cheiro de Keenan, mas quando o achou estava desacordado. Flint parecia estar fazendo a tripulação recuar para fora do navio, de volta ao Blackmore. Porém não conseguia encontrar Keith, o que fez seu coração apertar de aflição, sentia seu cheiro, mas era como uma memória. Até mesmo o cheiro de Gallant estava presente, porém ele não se encontrava mais ali.

— PORRA! 

Sua frustração era evidente, seu ódio mais ainda. Se possuísse força o suficiente acabaria matando todos os que ainda estavam vivos naquele navio, porém precisaria se alimentar e se recuperar mais para usar seus poderes ou voltar a ter a mesma força que outrora possuía. Cambaleava sem saber exatamente para onde ir ou o que fazer, tudo estava um caos. Era como um cadáver que ainda estava de pé. Então cambaleando, devagar e com uma aparência horrenda, chegou até Flint, que arregalou os olhos ao ver seu estado.

— CADÊ A PORRA DO ELLIOT?! ESSE FILHO DA PUTA NUNCA TÁ AQUI QUANDO SE PRECISA DELE, KEENAN TÁ LITERALMENTE APAGADO ALI! ONDE ESTÁ O KEITH?! POR QUE CARALHOS CONSIGO SENTIR O CHEIRO DO AETHER?! QUE MERDA TÁ ACONTECENDO?! — Flint apenas segurou seus ombros para que ela não caísse no chão, com um olhar preocupado.

— Tivemos muitas baixas, creio que Keenan está vivo... Keith... Bem... — Desta vez Amelie apenas o segurou pela gola de seu sobretudo, o erguendo do chão com um olhar feroz, sem raciocinar suas ações. — Amelie... — Levou, ao menos, três minutos para que ela entendesse que estava o machucando com sua força descontrolada, então o soltou, que segurou-se na madeira de um dos mastros que ainda estava de pé enquanto a outra mão segurava o próprio pescoço, que quase foi esganado.

— CADÊ A PORRA DO KEITH?! — Então o capitão apontou com a cabeça para o mar e Amelie sentiu uma onde de ódio e agonia queimar em seu peito. Se Keith estivesse ali, provavelmente lhe daria um soco que o faria escorregar no chão por três metros. Já não controlava mais suas emoções. — CHAMA A PORRA DO ELLIOT PRA TIRAR O KEENAN DAQUI, EU TÔ POUCO ME FUDENDO PRA O RESTO. SE ESSE DESGRAÇADO MORRER POR CAUSA DAQUELE QUATRO OLHOS COVARDE DO CACETE, EU ARRANCO A CABEÇA DELE COM MEUS PRÓPRIOS DENTES! — E então se afastou, apoiando-se no que encontrava, sem forças suficientes para fazer algo além disto.

As ondas furiosas chocavam-se contra ela, quase a tirando de seu equilíbrio.

— "Se você pula, eu pulo", seu cachorro infeliz! Burro do cacete! — Talvez fosse até algo positivo Keith não estar no navio, pois Amelie estava completamente descontrolada e a única coisa que conseguiu fazer foi avançar em cima de um dos tripulantes do Atlas que agonizava morrendo e cravar as presas em seu pescoço, tentando recuperar a força de antes.
 

com keith & keenan - terus - outono

 





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