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[QUEST - AULA] Thérèse Saint-Jean; Allanon Kashadalf

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Mensagem por Wings of Deepest Roots Sex Mar 10, 2017 4:43 pm


O sol não havia aparecido naquela manhã ainda. Nuvens densas e escuras cobriam o céu completamente, e respingos aleatórios de chuva demonstravam uma inquietante indecisão das nuvens entre banhar Asprem ou não.
No meio da capital, estendendo-se acima de qualquer telhado ou abóboda dos prédios, uma vasta torre cortava os céus, marcada em seu centro com um gigantesco relógio em cada face, ponteando com sua luz fantasmagórica o toque final no clima sombrio da manhã.
No interior do dantesco prédio, inúmeros estudantes moviam-se entre os corredores, alguns carregando pilhas de livros, com seus semblantes cansados, mas marcados por uma centelha de determinação enquanto sobem e descem as escadarias, saindo e entrando dos andares da enorme biblioteca do subsolo. Outros carregavam nada mais do que seus próprios cadernos de anotações, movendo-se entre uma aula e outra, e graças aos espaços enormes entre os corredores, o fluxo dos alunos mais parecia com um oceano de cabeças subindo e descendo, ondulando. Era o começo do ano letivo, o vigésimo dia do segundo mês do ano, e havia muito a ser feito.
A medida que os alunos entravam em suas respectivas primeiras aulas do ano e escolhiam seus lugares, os professores chegavam logo após, prontos para dar início às aulas.
Porém, uma sala de aula em especial, no décimo andar da Universidade Arcano, estava preenchida de alunos confusos, alguns novatos que só conseguiram entrar na Universidade recentemente, mas comprovaram que estavam prontos para entrar no segundo ano de estudos, outros estavam iniciando suas aulas. Para todos os casos, essa era a primeira vez que a recém-formada turma, que conversava entre si, conhecendo-se, teria aula com o professor que mais ouviram falar: Henry Norwood. Todos ali sabiam muito bem sobre os boatos da excentricidade do professor, e alguns arriscavam fazer piadas sobre o que ouviram falar. Mas quanto mais tempo passava, mais os alunos moviam-se inquietos a medida que o assunto acabava e o professor não chegava. Começaram a perguntar-se se deveriam sair da sala ou se estavam sequer na sala certa. Alguns chegavam a colocar a cabeça para fora das grandes janelas do ambiente, procurando pelo pátio interior alguns andares abaixo por algum sinal do professor.
Depois de um tempo, o som forte da chuva que punia o mundo lá fora tornou-se mais alto do que o burburinho das poucas conversas que sobraram, e alguns alunos começavam a se preparar para sair da sala, reclamando que poderiam ter realizado as inscrições em atividades extracurriculares nesse meio tempo perdido.
Foi quando, de longe, no começo confundindo-se com as gotas da chuva, um som constante começou a ecoar cada vez mais forte pela sala de aula, vindo do corredor em direção à porta fechada:

Toc. Toc. Toc. Toc.


Horário: Manhã.
Objetivos: Concluir as aulas introdutórias de Encantamento ministradas pelo misterioso arcanista.
Professor: Henry Norwood.
Local do objetivo: Salão de aulas ministradas por Henry Norwood, décimo andar da  Universidade Arcano, Asprem - Fries.


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Mensagem por Thérèse Saint-Jean Ter Mar 14, 2017 9:36 pm


i put a spell on you

You better stop the things you do, I tell you

Droga. Thérèse sempre gostou da chuva. A sensação da brisa fria acalentando sua bochecha era tão boa quanto um abraço e, como se fosse um bônus, ainda podia usar a água para irritar sua mãe: quem iria querer mais? Apesar disso, quando viu as nuvens negras formando um grosso tapete sobre Asprem, não se sentiu muito satisfeita com a cena. O temporal seria mais que bem vindo durante a tarde ou, talvez, no meio da noite, mas não de manhã. Desde o seu primeiro dia na capital, a bruxa executava um curto ritual. Após acordar e se arrumar, colocava o rosto fora da janela, fechava os olhos e simplesmente sentia a ação dos raios solares. Aquilo sim poderia ser considerado perfeição: nem muito quente, nem muito frio e incrivelmente reconfortante. Após fitar a escuridão profunda pela última vez, voltou para a mesma rotina de sempre e foi tomar o café da manhã de forma apressada. Geralmente admirava o boldo que crescia perto de sua casa - o mesmo boldo que via nos arredores da universidades -, porém o seu estado de ânimo cegou-lhe para tudo. Adorava as folhas do bordo, no entanto, gostava ainda mais de aprender.

Saiu de casa com uma euforia mal contida. Aquele seria o seu primeiro dia de aula como estudante do segundo ano e também seria sua primeira aula com o estimado arcanista Henry Norwood. Antes de colocar os pés na universidade, observou com calma a longa torre que ascendia para o céu. - Ei, Morgan, nunca vai se cansar de babar por essa torre todos os dias? - Assim como na sua infância em Dubra, logo conseguiu um grupo razoável de amigos. Não muitos, apenas o número suficiente e ainda tinha o luxo de poder conversar com pessoas inteligentes. Bem, não muito, apenas o suficiente para que criassem um bom disfarce. - O que posso fazer? Eu sou um legítimo apreciador da arte. Há mais nesses tijolos do que nossos sentidos podem captar. - A partir disso, houve uma série de cumprimentos desengonçados e uma agitação pequena, mas que certamente incomodou quem estava por perto. Como era o primeiro dia letivo, ninguém soube muito bem o que fazer e a delicada masculinidade dos membros daquele pequeno grupo de bruxos fez com que não houvesse vivalma capaz de demonstrar carinho e saudade - ou pedir ajuda após todos se olharem, sem saberem o que fazer. A situação, apesar de parecer cômica, poderia ser melhor descrita como embaraçosa.

Depois que um dos funcionários flagrou a cena constrangedora e aproveitou o curto instante de descontração, os estudantes conseguiram instruções do que fazer. Foram informados imediatamente de que seriam ensinados por Henry Norwood, um dos mais estimados arcanistas de Fries e considerado louco por boa parte da sociedade. Aproveitando-se do fato de ainda estar totalmente controlada, Thérèse apressou os outros e entrou junto de mais três amigos. Apesar de já ter pisado naquele chão duro por mais de um ano, teve a impressão de que os seus pés estavam tocando em uma superfície diferente da do ano anterior. E o ar então? Nenhum outro lugar tinha um cheiro tão nítido de pergaminhos velhos e de lar. “Só seria melhor se eu não precisasse vestir um par de calças para ser vista.” A cena familiar de alunos correndo por todos os lados causou uma nostalgia tão fascinante que colocou a seguidora de Ocuna em transe.

- Ora, Henry Norwood. Que surpresa desagradável.

Thérèse, travestida de Morgan, concordou com um aceno rápido de cabeça. Permaneceu taciturna durante um longo período, ainda deleitando-se com o doce som daquelas palavras. Não tinha o direito de arriscar chamar atenção demais. Todo o destaque que podia ter era redirecionado para seus feitos acadêmicos, que também eram rigorosamente controlados. Uma opinião contrária quando o assunto é algo tão polêmico quanto Henry Norwood? Não, arriscado demais. Teria que concordar com a maioria, para não atrair olhares indesejados. O interior ia pela contramão: os batimentos cardíacos aceleraram-se levemente e uma linha de tensão se formou na testa da garota vestida de homem, logo depois veio uma diminuição ligeira do ritmo respiratório e as bochechas doeram com as tentativas de controlarem um sorriso. “Finalmente!” O lendário professor era alguém digno do verdadeiro esforço da bruxa. Exatamente o tipo de pessoa que lecionava aulas em que a menina não fingiria ser menos inteligente ou menos audaciosa do que é. Tinha certeza de que valeria a pena se arriscar.

Seguiu para a sala de aula, enquanto gerenciava seu tempo entre carregar livros enormes e realizar comentários irônicos sobre os relacionamentos fracassados de um de seus “grandes amigos de longa data”. Após concluírem a árdua tarefa de subir dez andares, encontraram uma sala um tanto barulhenta com muitas mesas e cadeiras ocupadas. Algumas pessoas do grupo se dispersaram e encontraram-se com amigos que não viam há meses, outros apenas procuraram um lugar isolado que fosse mais propício ao aprendizado. Thérèse foi uma desses últimos. Apenas com os olhos, visualizou todo o local e após alguns minutos, encontrou um espaço vazio com uma ótima vista para o professor, então ocupou tal local antes que alguém surgisse do nada. Sentou-se, organizou seu material da melhor maneira possível e esperou. Os primeiros cinco minutos passaram rápido. Os próximos cinco deixaram um gosto amargo de preocupação. Os cinco subsequentes causaram preocupação compartilhada por outros. O tempo de atraso multiplicou-se e, à medida que aumentava, a agitação dos alunos crescia - assim como o nervosismo de Thérèse com uma oportunidade aparentemente perdida. Após mais alguns momentos, alunos começaram a abandonar a sala e a bruxa decidiu fazer algo também. Começou se levantando e elevando sua voz.

- Vocês não podem sair, o profes… - De supetão, todos ouvem um som na porta ecoando pela sala - Professor Norwood?


//Agradecimentos à Roxanne, por esse template que está matando vocês de inveja//
Thérèse Saint-Jean
Religião :
Atéia

Sexualidade do char :
Heterossexual

Inventário :
LETRAS QUEIMADAS (Runas)

Thérèse Saint-Jean
Gwrach

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Mensagem por Allanon Kashadalf Ter Mar 14, 2017 10:43 pm

Allanon Kashadalf, Gwrach
A universidade jazia adormecida. Todas as luzes da universidades estavam apagadas, exceto uma. Apesar de ser uma das menores janelas do castelo ela se destacava das demais. Uma luz fraca deixava os aposentos e irrompia para fora do quarto encontrando a escuridão da noite. No interior do quarto iluminado, um bruxo adolescente estava sentado em uma cadeira posta ao centro do quarto, com os olhos fixos a sua frente. A sua frente jazia uma escrivaninha e acima desta um livro. O livro muito surrado pelo tempo e uso. Os olhos do garoto acompanhava o percurso de seu dedo que marcava as últimas palavras lidas. A medida que o tempo era consumido, as páginas dos livros eram passadas. O garoto engolia as palavras do livro com velocidade, sua meta para aquela noite era ler todo aquele livro. Estava a véspera do vigésimo dia do segundo mês do ano, e em algumas horas o ano letivo finalmente começaria. Ele estava nervoso, conseguiu se destacar no exame e ingressar na universidade. Mas ele sabia que a partir daquele momento seria diferente, ele teria que lidar com pessoas experientes e possivelmente mais fortes, pois assim como ele, cada estudante se destacara em seu exame garantindo sua matrícula. Carregava sobre seus ombros uma vontade de se provar, conhecido por ter sido filho de um dos professores, buscava seu próprio mérito. Mas não era só por causa disso, desde que seu pai fora assassinado, toda vez que ouvia o nome do mesmo escapar por entre os lábios das pessoas com intuito de alcança-lo, seu coração apertava. Todos na universidade eram suspeitos, afinal seus pais foram assassinados por sua culpa. Por ter “roubado” a vaga de outra pessoa. O jovem bruxo tentava não pensar nisso, mas era só olhar para qualquer funcionário daquela universidade que este fato penetrava sua mente. Existia bruxos mesquinhos capazes de tudo para saciar seu ego. E esse ego fora a razão de ter parado ali. Sua casa era a universidade, sua vida era a universidade.

- Kundalini o ponto do Prâna – a projeção do corpo físico no plano – que situa-se na base da coluna do corpo, criando uma ponte de conexão entre o Prâna e o Fohat.  – Pronunciava Allanon enquanto escrevia em um papel de pergaminho o que entendera do livro.  Ele sabia a prática, sabia como manipular seu Prâna para controlar o Fohat, e atribuir ao mesmo seus atributos.

Ele tornou a ficar de costa para o livro e fixou seus olhos na vela que jazia acesa. Com o Kundalini de seu corpo ativado conectou-se ao Fohat. Sentindo o fluxo de energia do Prâna identificou suas vibrações e o enviou para o tecido do Fohat. Adentrando com o Fohat nas chamas da vela consumiu-as distorcendo o tecido de seu Fohat apagando-a.  No momento em que a vela apagou, sentiu sua energia sendo sugada, apesar de pouca, sentira o preço para o feitiço. Olhou para a vela novamente e desta fizera com que seu Fohat adentrasse a estrutura da vela liberando sua força sobre a mesma, fazendo com que o oxigênio dentro desta em combustão incinerando seus átomos e direcionando-os para a ponta da vela, acendendo-a. Olhou satisfeito para o feito e curvou-se novamente para frente do livro a qual recomeçou a ler.

Leu as próximas páginas e sentiu o cansaço apoderar do seu corpo. Sentiu sua pálpebras pesadas e aos poucos sua visão escurecer. Ele tornou a abrir seus olhos e forçou a ler, não resistiu por muito tempo, logo fechando o livro. Se jogou contra a cama posta a abaixo da janela e observou a vela queimar. A magia era impressionante, mas havia um preço.  Sentiu o consumo de sua energia ao apagar e acender a vela, seu corpo não aguentava controlar o Prâna por muito tempo. Lembrou-se de sua apresentação no dia do exame. Utilizou de quase todo o seu Prâna para estabelecer uma proteção de duas camadas. Ousou mais ainda ao controlar o ar a sua volta. Lembrou-se da rajada de ar que começara, ele perdera o controle, e sabia que os inspetores percebera isso. Mas o marco para sua apresentação fora sua defesa que sustentou e absorveu a rajada de ar. Fora um feito grande para um iniciante, mas para um adulto aquilo não era nada. Pegou-se lembrando de seus pais e o dia que foram assassinados. Ouvira os gritos de seu pai. Pelas janelas da cabana de sua casa vira seu pai criar uma barreira protetora envolvendo a casa. Mas não demorou muito até o Prâna de seu pai vacilar e perder o controle e…

- Chega! - Gritou. Desde sempre ele se pegava lembrando da pior noite de sua vida, ele tentava não pensar, mas era quase impossível. Olhou uma última vez para vela e usou de seu Prâna para controlar seu Fohat e extingui-lá. Sorrindo deixou o cansaço apoderar de seu corpo e o envolver na mais completa escuridão.

Acordou no outro dia cedo. Após se arrumar pegou o seu livro de estudo e seguiu para fora de seu quarto. Ao deixar seus aposentos deparou com a multidão de estudantes. Desde que viera morar na universidade não a vira tão cheia como naquele dia. Estudantes de todas as idades passava por sua frente. Era visível os alunos novatos, pois estes apontavam para tudo que viam. Allanon viu-se no lugar dos novatos. Ele também era um novato, porém seu exame fora tão satisfatórios que o fizera pular um ano. Ele conhecia a universidade como a palma de suas mãos, afinal era sua casa. Se postou no meio da aglomeração dos alunos e apontou a direção que deveriam seguir. Os novatos agradeceram e partiram na direção indicada. Teria sua primeira aula com o professor, Henry. Henry tinha um ar egocêntrico e impaciente. Sempre coberto pelo capuz,  fora rara as ocasiões que fora visto falando com alguém além do necessário.

Seguiu o corredor que o levaria para a sala do professor. Não demorou muito até encontrá-la. Muitos alunos já jaziam sentados em suas respectivas cadeiras, ao fundo vira um lugar vago, e ao lado uma menina de cabelos escuros sentava-se. Sentiu muitos olhares a sua costa quando passou. Allanon era o mais novo da turma. Timidamente sentou na cadeira vaga e esperou o professor chegar observando a tempestade pelo janela da sala de aula. O professor estava atrasado, à medida que o tempo passava os alunos a sua volta começavam a ficar inquietos e agitados. Por outro lado Allanon permanecera sentado, não queria testar a paciência do professor em seu primeiro dia. Quando os alunos ameaçaram de deixar a sala o som de passos fora ouvido em meio ao som da chuva caindo.

- Henry Norwood - Disse observando a porta a espera de seu professor.
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Teísta

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Homossexual

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