[EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
ᴡɪɴɢs ᴏғ ᴅᴇsᴘᴀɪʀ :: reinos :: Hahle
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[EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
A folha foi pega de repente por uma correnteza de ar, girando alta no céu azulado, antes de mergulhar em um rasante por entre os becos da cidade. A folha parou por um instante diante de um rosto moribundo, de barba seca e olhos fundos, e voltou a girar antes que sua grande mão gorda pudesse acertá-la em um tapa desajeitado. A folha soprou e girou mais uma vez, e quando parecia que a brisa acabara, que ela finalmente repousaria no chão, os passos rápidos de um grupo de crianças passaram correndo em volta da folha, que girou com o sopro repentino de ar, sendo puxado em direção às ruas iluminadas da praça central de Terus. A folha subiu, desviando das carroças sendo puxadas por cavalos fortes, carregando centenas de caixas preenchidas com mercadorias de todo tipo. Em algumas, cabos de espadas eram visíveis através de fendas na madeira, em outras, um aroma suave de rosas ou de frutas recém-colhidas se misturava no ar com o odor forte de peixe e carne. Em um solavanco rápido, a folha afundou por entre as várias pessoas de todos os reinos que se reuniam pela praça central da capital. Seus rostos ansiavam pelo menor preço possível para a fruta mais exótica colhida das florestas de Dungeloff, para os talismãs mágicos misteriosos e as características poções afrodisíacas de Fries, entre tantos outros produtos que os olhos curiosos buscavam a medida que as barracas eram levantadas e os produtos montados em bancadas. O grande espaço de ladrilhos brancos que se estendia por toda a extensão da praça estava lentamente sendo coberta por uma massa incontável de compradores e mercadores. A folha então deu um último giro no ar, pousando no alto do pilar de madeira no centro da praça. O verão havia começado, e com ele, O Festival do Vinho estava aberto.
O Festival do Vinho, o momento mais esperado do ano, finalmente havia começado. Era verão, no segundo mês do ano (que é brevemente composto por dez meses, cada um com quarenta dias) e o clima estava tão quente que as pessoas se protegiam do sol usando um lenço na cabeça ou se escondiam embaixo das sombras das árvores. Os preparativos começaram pela manhã, assim que o Sol nasceu, e ainda não acabara, mesmo após horas de preparo algumas barracas de vendas ainda estavam sendo montadas, afinal, eram centenas delas com vendedores esperançosos em conseguir uma renda extra. Não havia com o que se preocupar naquele momento, era apenas o primeiro dia, e o festival durava incansáveis três giros do Sol, sem pausa alguma.
No Festival do ano anterior, foram encontradas pessoas de todos os reinos dormindo por todos os lugares da praça assim que o Sol nasceu. Não é de costume a festa parar quando anoitece, embora o perigo de encontrar algum vampiro traiçoeiro seja maior, as pessoas não parecem se importar quando estão bêbadas.
No meio da praça estava sendo montado um palco de madeira, à frente do pilar, onde, no fim da tarde, iria começar uma competição de bardos durante os três dias, o ganhador levaria uma quantidade significativa de Kham e muita fama, sendo reconhecido à partir dali em diante.
Também estavam sendo montadas mesas de degustação das comidas que seriam servidas em tavernas que se situavam próximas ao Festival, para viajantes ou moradores que ficassem com fome. Na maior parte das vezes precisa-se de vigilantes próximos à estas mesas de degustação, pois muitas pessoas que se acham espertas acabam tentando furtar comida dos banquetes. É uma boa época para anunciar seu negócio de estalagem, caso você tenha um, pois muitos viajantes precisam se alojar em algum lugar ou irão passar a noite pelas ruas.
A quantidade de pessoas que se aglomeram no meio da praça deixa quase impossível o ato de se mover dentro da massa de corpos que se movem freneticamente de um lado para o outro, então, caso queiram assistir a apresentação de música, terão de escolher seus lugares mais cedo.
Às duas da tarde os preparativos já estavam finalizados e tudo estava pronto para receber os civis e visitantes. O sol estava ainda mais quente, era notável o aroma dos perfumes e colônias que estavam sendo vendidos por comerciantes em carrinhos de madeira, embora o cheiro seja fraco, comparado ao dos peixes e frutas dispostos em barracas. O barulho de vozes, infantis, adolescentes e adultas, femininas, masculinas, graves ou finas, se confundiam no ambiente, trazendo um desconforto para pessoas que não suportam a agitação do festival.
Alguns comerciantes, vendedores ou donos de negócios costumam fechar seus estabelecimentos para se misturar à mistura de pessoas que preenchem o centro de Terus durante o período do Festival.
Não podemos esquecer, de forma alguma, do que dá nome ao Festival. Grandes baldes de madeira estavam dispersos ao redor da praça, com vigilantes, para qualquer um que quisesse pisar em uvas - com pés limpos, é claro - e produzir seu próprio vinho, ou até mesmo vendê-lo à um preço barato. Barris de vinho com copos de madeira também são uma grande atração, já que qualquer um pode simplesmente se servir e se divertir, apesar de que os mais bêbados, às vezes, precisam ser retirados das proximidades dos barris para que todos possam usufruir desta delícia de Hähle.
Carnes de tubarão estão disponíveis à degustação por todas as áreas, às vezes assada, às vezes cozida ou até mesmo em forma de sopa, com verduras e um caldo delicioso.
O Festival do Vinho foi iniciado, e irá surpreender quem marcar presença, dos mais assíduos frequentadores à aqueles que pela primeira vez participam, sejam como mercadores ou compradores.
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
Festival Do Vinho Hahle |
Aproximando-me de Beladona, envolvia-a com meu braço, inclinando meu rosto, sussurrava, — Perdoe-me por atrapalhar teu momento com Ragar..., porém, sinto que seria melhor não demorar muito mais para ir embora... – Soltando-a ouvia um grito.
Uma sirene era carregada por um velho homem, mesmo de longe notava como seu corpo estava debilitado, aos poucos começando a imaginar o que era tudo aquilo.
Ela lutava por sua vida, mas como esperado, não seria suficiente, vendo o martelo com os pregos, entendia o que era tudo aquilo. Lembrava-me de quando vi a primeira vez, era apenas um moleque, assim como esperado, já não sentia nenhuma magoa.
— Logo a dor vai passar... Como você é sortuda, podendo partir... – Cochichava para mim mesmo, sentindo certa inveja.
Era surpreendido com a aparição de Stelian, cumprimentava-o, em seguida percebendo que ele estava acompanhado, estendia minha mão esperando pelo cumprimento da mulher ao seu lado, — Prazer, me chamo Viktor Constantine... Acredito que tenham chegado em um momento não muito feliz.
Notava a reação forte e triste de Callum, — Primeira vez assistindo? Os humanos... eles... – Preferia por não completar a frase, pois outros poderiam ouvir.
Sua pequena Irmã que ainda não havia conhecido, parecia passar mal e rapidamente estendendo meus braços a segurava, — Você está bem garota? – ouvindo sua resposta, sorria acalmando-me, aos poucos a levantava de meus braços, ficando preparado para segura-la novamente caso a mesma caísse novamente.
— Vendo-a mais de perto, um rubi combinaria perfeitamente com você... Fale com Anastasia, diga a ela que mandarei um rubi em especial para ser fabricado pela mesma e então entregue para você senhorita. – Sorrindo, finalizava, minha fala, — Será um presente de seus novos amigos.
(1) REMANESCÊNCIA DE UMA KATANA (Katana)
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
As palavras do enorme lobisomem certamente haviam sido humilde, apesar de seu bárbaro ego destemido, ele sabia que precisava responder adequadamente, pois, não havia necessidade de ele ser arrogante ou muito menos estupido com uma mulher encantadora como Beladona.
A resposta da atraente vampira, tão educada quanto sincera, havia feito Dragnar se tornar a presa, ao invés do caçador. O que para ele era algo raro, mas não impossível. Tratar pessoas selvagens para ele era muito mais fácil, e prático, do que elucidar uma conversa formal e intelectual. Um homem do porte dele, com a força dele, nada adiantam quando colididos com a força das palavras de uma dama requintada, assim como Beladona.
O gigante havia ficado um tanto confuso, sobre o final das palavras da vampira, mas logo entendendo a indireta da mulher. ~ Faço tuas palavras das minhas, jovem dama! A selvageria aplicada da forma correta em momentos propícios, realmente pode trazer um prazer sem igual. Talvez a bela dama possa ensinar a este espirito indomável, que através da dor possa ser domado... se é claro você conseguir! Ragar proferia enquanto expressava um rosto sério e mais intenso, flertando com Beladona sem formalidades.
As pupilas do lobisomem estavam fixadas na pequena mulher, apreciando e cortejando abscôndito sem mudar a direção em nenhum momento. Apesar de ele não se importar em ser a presa, uma vez que outra, isso não significava que ele não poderia mudar suas posições, mesmo diante uma conversa.
O grande homem poderia ter um semblante intimidador e primitivo, mas isso não quer dizer que ele não sabia conversar ou se portar, Dragnar sabia muito bem, só preferia não ter que exercer tais comportamentos adequados.
O tempo havia mudado, Ragar nem se quer havia notado até um relampejo seguido de um estrondo ecoar por toda cidade. Um céu escuro repleto de raios era avistado por seus olhos numa fração de segundos, tão calmo antes, mas agora tão atroz quanto um pirata pilhando. Não que fosse novidade, já que, em grande parte Dragnar estava habituado a dormir pelas florestas e locais a ar livre, cujo tempo inconstante é algo normal para ele.
O estrondo poderia assustar os fracos e intimidar os fortes, mas para ele? Cuja essência destemida, cujo os músculos reforçados pela experiência e a morte lhe rondando quase sempre, mais sendo tratada como uma amante do que como uma desconhecida, para ele se quer teve qualquer efeito, exceto um enorme prazer ao escutar a excepcional melodia de relâmpagos.
Logo então, Callum se pronunciava ao falar com o enorme lobisomem. Seu elogio era sincero e amistoso, agradando descaradamente Dragnar. ~ Háh! Háháhá! O gigante indomável ria ao fintar agora Beowulf. ~ A bebida sempre tem um gosto melhor, logo após uma vitória.
Se Dragnar pensava que o dia estava entediante, ou que assim continuaria, estava ele totalmente enganado. Aquele dia estava longe de continuar estagnado, já que, um grito aguçaria seus sentidos tão rápido quanto o clarão de um trovão sobre céu. ~ Huumm? Sua sobrancelha arqueada e seus olhos direcionados ao ponto de origem do grito, levou-lhe a prestar atenção no que viria a acontecer.
A situação era óbvia, dado certo ponto, pois, para Dragnar que já atuava como um Mercenário alguns anos, entender aquela situação não era nem um pouco difícil. Entretanto, já engolir aquela tortura era outra história.
O grandalhão nunca teve problema de ver chacinas ou de até mesmo participado de umas, devido sua história passada como também por ser um Lycan que tem como sombra de seus pés uma demasiada selvageria difícil de lidar. Mas se pudesse escolher, certamente ele não sentirá nenhuma prazer em torturar uma mulher. Mesmo que a cruz estivesse sobre as costas da mulher, ele optaria por ser rápido.
Apesar da proza com a atraente vampira ter sido apreciada por ele, inesperadamente, seu humor mudaria em revolta a situação. ~ Nenhuma criatura deve ser abatida dessa forma. *Pffth. Cuspirá no chão, anojado e bastante irritado. Ragar não era o tipo de homem que escondia suas emoções.
Os punhos já estavam cerrados, sua face enfurecida, talvez imaginando que pudesse ter sido alguma amiga ou até mesmo sua irmã, só de ter isso em mente o sangue fervia e sua zanga só acumulava. Demorou um pouco para notar Callum se apressar para tentar intervir na situação, mas logo falhando devido as incontáveis pessoas lá.
~ Beowulf! Não adianta mais, ela já foi morta. A estatura de Dragnar facilitava a visualização e logo pode confirmar a morte da prisioneira. Apesar de que nessa altura do campeonato, Callum certamente já estava ciente da morte, sem necessidade de Ragar contestar.
~ Se as moças me dão licença, acho que vou rasgar umas gargantas. O enorme homem proferia ao lado da vampira Beladona e a irmã de Callum, Dhuma. A face do lobisomem expressava fúria e ao mesmo tempo um sorriso maquiavélico, quase dizendo: hoje o gosto da carne será justo e aceitável.
Ragar era um homem justo e honrado, mas quando diante daqueles sem moral ou dignidade, nada mais restava nele do que um monstro impetuoso. Claro que talvez aquela Sirene tivesse motivos para acabar daquele jeito, mas sem saber disto, ou talvez até mesmo aceitando a cruz dela, ele não era o tipo de homem que olharia para o lado quando diante a uma execução medíocre como esta.
Logo então Dragnar notava a apreensão de Callum tentando passar daquela multidão, que aplaudia aquele ato indigno e maligno. ~ AFASTEEMMM-SSEEEEE! Ragar vociferava em um som alto, imponente e bastante chamativo, logo batendo seu pé no chão para enfatizar suas palavras. De imediato, proporcionando a liberdade para que Beowulf pudesse chegar até o que havia restado da moça.
Apesar do que Dragnar aparentava, devido seu enorme tamanho quanto reputação, sua capacidade em ser compassivo era bastante notável. Dito isto, sua mão havia ido ao ombro do rapaz Mercenário junto a um breve frase. ~ Levante-se, Beowulf! Apesar da enorme sede de justiça, atrelada a uma fúria corrosiva, Dragnar havia se segurado naquele minuto. Talvez seja pelo fato de Callum precisar de seu apoio, porque senão fosse por isso, ele já haveria despedaçados aqueles humanos.
Era perceptível aos olhos de Ragar o quanto Callum havia ficado indignado com aquele purgatório, ocasionado pelo grupo de homens humanos. E de fato, Ragar concordava sem dizer nenhuma palavra. Mas logo isso viria mudar, quando seguiu junto de Callum até ouvir ele falar com sua irmã, Dhuma.
A mão de Dragar havia ido até sua boca, enquanto os olhos arregalados e a testa franzida, entendendo de onde havia vindo a carne e pelo fato de não ter percebido, o que apenas agregou no estopim de sua raiva. ~ O que? Esses desgraçados! Dragnar expressava um rosto em fúria, tanto que sua pupilas estavam quase dando início a sua transmutação animal.
~ Beowulf? Ele chamava por seu amigo Mercenário em um tom de voz baixo, mas poderia ser percebido um tom diabólico. ~ Se tu quiser justiça... eu lhe acompanharei fielmente até os portões da morte e chutarei a entrada! Mas antes disso, dezenas de milhares caíram em consequência! Poderia ser notado um pouco de grunhido nas palavras de Dragar, ele estava na corda bamba, estava prestes a tomar a forma que muitos odiavam; que muitos temiam; muitos tentaram fugir e principalmente, poucos resistiram ao gigantesco e monstruoso lobisomem conhecido como: O gigante Indomável.
Licantropo
• [Ativo] Forma-Humana.• [x] Forma-lobisomem Completa.
• [x] Semi-Transformação Lobisomem.
• [x] Transformação Lobo-de-Caça.
• [x] Transformação-Licantropa descontrolada.
Informações
• Nome: Ragar Dragnar.• Título: Mercenário.
• Alcunha: O Gigante Indomável.
• Players: @Callum Beowulf @Dhumavati @Anastasia Beladona
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
Vinho & Sangue
Ragar parecia lançar um desafio em suas palavras, junto com um olhar penetrante que poderia até intimidar, se não fosse o que sou. Tal fato me arrancava um sorriso malicioso e um breve comentário. - Bem, seria interessante fazermos o teste. Por quê não continuamos outra hora? - Devolvia seu olhar de forma intensa, deixando a possibilidade pairar. O acaso diria se nos encontraríamos novamente e, apesar de esperar que sim, não daria esse poder a ele.
Ouvia a resposta de Callum e concordava com ele. - Os bêbados são criaturas extremamente sinceras, caro lobo. Não existem meias verdades proferidas de suas bocas... Logo, seus feitos são, de fato, impressionantes. - Assim que terminava a fala, no entanto, Viktor se aproximava, enlaçando-me com seu braço e cochichando em meu ouvido.
Antes que pudesse replicá-lo, porém, um estrondoso trovão, seguido por um ensurdecedor grito gutural me interrompia. Meus olhos carmesim procuravam arregalados pela fonte de tal som, e me deparava com uma sereia sendo carregada tal qual um saco de batatas. Na verdade, acho que o saco teria sido melhor tratado. Aproveitava o silêncio sepulcral que se seguia para falar com meu acompanhante. - Sim, Viktor, teria sido melhor nos retirarmos... Agora é tarde, aparentemente.
Um efeito dominó de eventos bizarros começava, e eu acompanhava o quanto conseguia. Beowulf corria entre a multidão para tentar parar o show de horrores, enquanto Dhuma, de forma suspeita, era acometida por um mal súbito, caindo sobre Viktor. Desviava brevemente meu olhar para ela, percebendo se estava bem, e assim que ela parecia melhor, continuava notando o que acontecia.
O enorme lobisomem com quem flertava antes, agora parecia bem contrariado com a situação, chegando até a expressar seu descontentamento com um cuspe no chão e, em seguida, anunciava sua saída para "rasgar gargantas". Enquanto isso, minha reação se limitava a cruzar os braços e desviar o olhar da cena macabra. Claro que não me agradava ver alguém, independente da espécie, ser tratado de tal forma brutal. Contudo, o que me fazia desviar o olhar verdadeiramente, era o desejo incontrolável que tomaria conta de meu corpo com a visão de sangue, ainda mais o de Sirene. Uma iguaria, sem dúvidas.
O cheiro do líquido escarlate invadia meus sentidos, fazendo a parte sombria que habitava em mim lentamente despertar. Por sorte, já havia vivido por muitos anos, e aprendi a controlar meus instintos, por isso, desviar meu olhar e ocupar-me com outra coisa, se provava eficaz.
A descoberta que fazíamos sobre a carne de sereia ser servida no festival, dividia, em muito, a opinião popular. Alguns horrorizados, outros salivando por mais. Eu apenas achava revoltante ingerirmos algo sem saber da origem, mas eu não comia, então não me importava muito.
Prestava atenção em Ragar novamente, que agora anunciava quase que uma guerra. - Temo que esta não seja a hora certa para derrubar dezenas de milhares, caro Senhor Dragnar. Por quê não damos continuidade a esse assunto em um local mais privado? - O encarava com certo apelo, afinal, ali estávamos cercados.
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
Warm me with your touch |
Muitos eventos ocorreram...
Permita-me terminar.
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
CAPÍTULO 1 Lady de Wonuir Werewolf | No meio de tanta gente perdemos o grupo de vista. Um vento frio acompanhado de relâmpagos rastejava pelo céu e o tempo em nossas cabeças começava a se fechar, eu sabia que essa era a hora que o festival iria acabar, ou assim pensei, as tendas estavam sendo recolhidas pelos comerciantes. Mas, na realidade, um momento depois, Carmela e eu ouvimos uma voz cheia de lamentações e era diferente de tudo que eu já tinha ouvido em minha vida. Um Eu fiz uma careta. — Era eu quem caminhava na minha frente e, dessarte, Carmela e eu abrimos nosso caminho no meio da multidão. Metade da população da cidade e o restante dos visitantes se reuniram como um rebanho de ovelhas para ver algo no centro da praça principal. Eu ouvi a multidão exclamar em um couro animador. Fiquei curiosa. Espremendo-nos entre as pessoas, os olhos vermelhos de Carmela brilharam em reconhecimento as duas crianças e eu a deixei ir, libertando seus dedos dos meus. Menos de um minuto senti um toque frio na minha mão esquerda e dessarte os dedos entrelaçados nos meus novamente. Meu cabelo longo e ondulado ainda úmido estava na frente quando girei minha cabeça para o lado, era Outro relâmpago disparou acima de nossas cabeças e algo cheirou estranho, não, eu reconheceria muito bem o cheiro de ‘sangue fresco’ soprado pelo ar. Eu congelei, meus olhos se arregalaram e minha mente parecia girar. Observei o que estava acontecendo naquele círculo como se estivesse paralisada. Depois de não lembro-me quanto tempo, meus olhos se ajustaram ao que acontecera a menos de quinze pés. As crianças de Carmela ficaram muito assustadas. Ela as trouxe para mais perto e o homem que se autodenominava A mão de Camila apertou a minha novamente... Minha boca ficou seca, meus lábios tremeram, e para ser sincera, quando o pescador ergueu o punhal eu sabia muito bem o que aconteceria a seguir. Tentei dar um passo à frente e iria reagir para impedir o ato, o menino Carmela voltou-se para mim e me abraçou com força, agarrando meu vestido para esconder seu rostinho banhado em lágrimas. Eu lutei contra meu interior selvagem ao ver o sangue até que minha visão turvou e ouvi o som de meus dentes rangendo enquanto eu rosnava. Um longo e doloroso minuto depois, o homem que acreditei ser um pescador esticou o punhal sob a carne do estômago de A besta em mim rugiu mais uma vez, mas eu não pude deixar ela vir, não quando uma criança buscava refúgio e proteção em minhas pernas apertando-se em meu vestido. — Apertei o calcanhar e olhei para a Carmela e para a gêmea do menino, ela estava chorando, compreensível porque a cena era forte e deixaria lembranças ruins para quem tinha bom coração, até para mim... dessarte quando o pescador puxou o rabo do sereia e todos os seres humanos os humanos aplaudiram, notei que alguns não-humanos estavam agitados e enfurecidos, mas ninguém pôde se mover, não estávamos em nossos respectivos reinos, por tanto não havia muito o que fazer. Eu não poderia começar uma rebelião a troco de nada. Carmela se virou para mim, eu a encarei, seus olhos estavam pretos como carvão. Ela sentia cede? Carmela me puxou para um abraço como se estivesse controlando algo dentro dela. E naquele momento eu tinha as duas crianças agarradas à minha cintura e Camila em seu corpo esguio em meus braços segurando-me com força. — Os dedos delicados de Carmela se entrelaçaram com os meus e escapamos da festa na praça principal. Não fora uma noite tão agradável, acabávamos de ver uma maldita execução a sangue frio, estava cada vez mais inquieta sobre isso. Não entendia por que estava emocionalmente abalada, talvez porque odiava a maneira como os humanos celebram a morte de outro ser vivo. Lembrei-me do dia em que tirei Wonuir de Lorde Alphonse. Passei quase um mês esperando a lua de sangue para que assumisse a forma de fera e degolasse aquele bastardo. Minha mente era um borrão de ações que tive quando acordei na manhã seguinte com o título de nobreza. Eu fui acolhida por aquelas mulheres e tentei o meu melhor para mudar o estilo de vida naquela cidade. Mas sem estar na minha forma licana, eu me sentia da mesma forma que me sentia quando pensava que era um ser humana fraca. Entramos no porto, que ficava ao norte. Descemos um caminho de degraus até pisar na divisão que sustentava o forte. Os sons de passos pesados no porto chamaram minha atenção. Muitos despediam-se de a Hähle naquela época com um gostinho de raiva revelada pela verdade por trás do horror. Comemos carne sem conhecer a origem... A brisa do mar bagunçou meu cabelo úmidos, soprando em meu rosto enquanto meu olhar se perdia enorme navio onde as crianças esperavam por Camila em cima da uma prancha. Eu estendi a mão para pegar a mão de Carmela e me confortar. Embora eu não quisesse me separar dela e desejasse plantar minhas mãos em seu corpo, eu precisava deixá-la decidir o que fazer naquele momento. Havia um sorriso pequeno em seu rostinho perfeito, e eu soube o significado por trás dele quando ela começou a falar. Meu olhar vagarosamente percorreu seu rosto, sua voz tinha um tom calmo, mas ela estava séria. Meu coração derreteu com a sua revelação, sentindo como se pudesse envolvê-la pela cintura a qualquer momento porque eu queria muito beijá-la. — Carmela não respondeu, em vez disso, desviou o olhar do meu. Ela tinha um noivo com quem estava comprometida, e se ela o amasse? — Ela levou seus lábios ao meu rosto, eu acidentalmente me virei e ela traçou seus lábios macios em um beijo no canto da minha boca. Apenas seu beijo fora o suficiente para enviar todos os tipos de pensamentos à minha cabeça... se Carmela quisesse nos dar um pouco mais de tempo... Ela pressionou as mãos frias contra minhas bochechas e eu queria chorar. Carmela olhou nos meus olhos com tanta adoração que me fez bambear as pernas, antes dela segurar a manga do meu vestido e jogar os braços em volta dos meus ombros. Recebendo-me com seu corpo, entre seus braços magros. Meu coração estava batendo forte, quase em níveis humanos, se assim podia dizer. — Eu tive tantas aventuras ao longo desses meses, meus parceiros me olhavam com luxuria, mas ninguém nunca me olhou assim, como Carmela me olhava. Por isso ela era especial. O olhar de Carmela cintilou para mim quando ela me deu seu último sorriso ao se afastar e embarcar no navio. — Eu olhei ao redor e encontrei Sefina e Byrne se aproximando. — Estivemos o dia comendo carne de sirene, estou querendo vomitar. – disse Byrne, parando ao meu lado, seu rosto estava verde de náusea. — Por que suas vestes estão encharcadas? Seu penteado está um nojo, se me permite dizer. Desde quando milady tem amizade com vampiros? E desde quando mostra esta cara de besta por alguma mulher? Percebi que um lado da boca de Sefina se curvou em um sorriso malicioso. — — A sua primeira mulher? Espere milady, a sua primeira mulher era uma vampira? — — Que história de amor mais desanimadora. Ambas são o oposto uma da outra, é por isso que a milady parece triste? — Fiquei olhando para a lua, banhando-me na luz que se refletia nela a quilômetros de distância. 「 Verão / https://youtu.be/kz3MEd1Jr0Q 」 |
Última edição por Noel-Boeve Montgomery em Seg Nov 08, 2021 1:45 am, editado 1 vez(es)
(1) O ESPELHO DA LUA (Anel Mágico)
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
Re: [EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO
Quando o pé dela afundou na poça, a garota parou por um instante. Seus olhos reluziram um tanto opacos, ainda vermelhos pelas lágrimas que seu organismo não acostumou-se completamente à derramar.
Então ela ouviu. Uma vez, duas vezes, um grito distante e fino. Um lamento profundo que vibrava em frequências muito além das que os ouvidos daqueles desprezíveis seres que arrastavam-se pelos becos, embriagados, conseguiam sequer apreciar.
Ela ergueu a cabeça para o céu negro e retomou sua caminhada apressada.
...
Quando chegou à praia, o oceano a recebeu com estrondos. Parecia que o próprio mar expulsava, de suas profundezas abissais, esquifes espumantes de água negra.
Ela caiu de joelhos na areia, sentindo-a arranhar-lhe a pele fina, e permitiu-se realmente chorar.
Ela gritou e jogou os braços em volta de si, acertando o chão com socos que erguiam nuvens de areia tão altas quanto as ondas do oceano. Ela rodopiou na areia, erguendo uma onda de pó ao ar úmido. E então parou, exausta, de joelhos e punhos sangrentos. Uma espessa gota de sangue escorreu por entre seus dedos retorcidos de forma grotesca, pintando a areia do que, naquele escuro, era como piche.
Por um momento, houve silêncio.
Então, a medida que ela erguia o rosto tomado pelo cabelo molhado, atrás de si surgiam outras como ela, andando juntas em direção ao oceano. Elas não olharam uma para as outras e nem sequer dirigiram uma palavra. Não havia necessidade. Não restara nada a ser dito.
Ela suspirou profundamente, segurando o ar pelo que pareceu ser uma eternidade. Então deixou ir, levantando-se, sem retirar os olhos do oceano tempestuoso.
Alinhadas diante da areia, as sirenas despedaçaram seus rostos humanos, escancarando a boca em um grito tão profundo que, pela primeira vez, parecia que a terra respondia às ondas do mar. Uma forte onda partiu da praia em direção ao oceano, quebrando e engolfando as que vinham na direção contrária, para então dissolver-se distante, em uma grande explosão espumante de água salgada, como em um mergulho.
...
Nas profundezas abissais, uma única silhueta de uma sirena flutua no grande e vazio azul.
Do alto, uma grande onda sonora atravessa pelo seu corpo, acentuando sua sombra como um pulsar de luz .
No mesmo instante, incontáveis cardumes de sirenas rasgam o oceano à sua volta, deixando um rastro distorcido de bolhas e espuma pela velocidade perturbadora.
O lamento fora atendido.
[Evento Finalizado]
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