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[EVENTO DE REINAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO

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Mensagem por Wings of Despair Qui Set 23, 2021 4:45 pm

Relembrando a primeira mensagem :




W


EVENTO DE RETORNO
FESTIVAL DO VINHO


A brisa quente de verão soprou a folha velha para longe da árvore, que girou no ar algumas vezes antes de passar por cima dos telhados das casas de Hähle. O calor, já rotineiro no começo das manhãs, parecia duas vezes pior naquele dia. Os sons de vozes apressadas, também já tão comum quanto o calor, pareciam três vezes mais altos naquele dia. Aquele dia, tão comum em Hähle, não era um dia como qualquer outro.
A folha foi pega de repente por uma correnteza de ar, girando alta no céu azulado, antes de mergulhar em um rasante por entre os becos da cidade. A folha parou por um instante diante de um rosto moribundo, de barba seca e olhos fundos, e voltou a girar antes que sua grande mão gorda pudesse acertá-la em um tapa desajeitado. A folha soprou e girou mais uma vez, e quando parecia que a brisa acabara, que ela finalmente repousaria no chão, os passos rápidos de um grupo de crianças passaram correndo em volta da folha, que girou com o sopro repentino de ar, sendo puxado em direção às ruas iluminadas da praça central de Terus. A folha subiu, desviando das carroças sendo puxadas por cavalos fortes, carregando centenas de caixas preenchidas com mercadorias de todo tipo. Em algumas, cabos de espadas eram visíveis através de fendas na madeira, em outras, um aroma suave de rosas ou de frutas recém-colhidas se misturava no ar com o odor forte de peixe e carne. Em um solavanco rápido, a folha afundou por entre as várias pessoas de todos os reinos que se reuniam pela praça central da capital. Seus rostos ansiavam pelo menor preço possível para a fruta mais exótica colhida das florestas de Dungeloff, para os talismãs mágicos misteriosos e as características poções afrodisíacas de Fries, entre tantos outros produtos que os olhos curiosos buscavam a medida que as barracas eram levantadas e os produtos montados em bancadas. O grande espaço de ladrilhos brancos que se estendia por toda a extensão da praça estava lentamente sendo coberta por uma massa incontável de compradores e mercadores. A folha então deu um último giro no ar, pousando no alto do pilar de madeira no centro da praça. O verão havia começado, e com ele, O Festival do Vinho estava aberto.  



O Festival do Vinho, o momento mais esperado do ano, finalmente havia começado. Era verão, no segundo mês do ano (que é brevemente composto por dez meses, cada um com quarenta dias) e o clima estava tão quente que as pessoas se protegiam do sol usando um lenço na cabeça ou se escondiam embaixo das sombras das árvores. Os preparativos começaram pela manhã, assim que o Sol nasceu, e ainda não acabara, mesmo após horas de preparo algumas barracas de vendas ainda estavam sendo montadas, afinal, eram centenas delas com vendedores esperançosos em conseguir uma renda extra. Não havia com o que se preocupar naquele momento, era apenas o primeiro dia, e o festival durava incansáveis três giros do Sol, sem pausa alguma.
No Festival do ano anterior, foram encontradas pessoas de todos os reinos dormindo por todos os lugares da praça assim que o Sol nasceu. Não é de costume a festa parar quando anoitece, embora o perigo de encontrar algum vampiro traiçoeiro seja maior, as pessoas não parecem se importar quando estão bêbadas.
No meio da praça estava sendo montado um palco de madeira, à frente do pilar, onde, no fim da tarde, iria começar uma competição de bardos durante os três dias, o ganhador levaria uma quantidade significativa de Kham e muita fama, sendo reconhecido à partir dali em diante.
Também estavam sendo montadas mesas de degustação das comidas que seriam servidas em tavernas que se situavam próximas ao Festival, para viajantes ou moradores que ficassem com fome. Na maior parte das vezes precisa-se de vigilantes próximos à estas mesas de degustação, pois muitas pessoas que se acham espertas acabam tentando furtar comida dos banquetes. É uma boa época para anunciar seu negócio de estalagem, caso você tenha um, pois muitos viajantes precisam se alojar em algum lugar ou irão passar a noite pelas ruas.
A quantidade de pessoas que se aglomeram no meio da praça deixa quase impossível o ato de se mover dentro da massa de corpos que se movem freneticamente de um lado para o outro, então, caso queiram assistir a apresentação de música, terão de escolher seus lugares mais cedo.
Às duas da tarde os preparativos já estavam finalizados e tudo estava pronto para receber os civis e visitantes. O sol estava ainda mais quente, era notável o aroma dos perfumes e colônias que estavam sendo vendidos por comerciantes em carrinhos de madeira, embora o cheiro seja fraco, comparado ao dos peixes e frutas dispostos em barracas. O barulho de vozes, infantis, adolescentes e adultas, femininas, masculinas, graves ou finas, se confundiam no ambiente, trazendo um desconforto para pessoas que não suportam a agitação do festival.
Alguns comerciantes, vendedores ou donos de negócios costumam fechar seus estabelecimentos para se misturar à mistura de pessoas que preenchem o centro de Terus durante o período do Festival.
Não podemos esquecer, de forma alguma, do que dá nome ao Festival. Grandes baldes de madeira estavam dispersos ao redor da praça, com vigilantes, para qualquer um que quisesse pisar em uvas - com pés limpos, é claro - e produzir seu próprio vinho, ou até mesmo vendê-lo à um preço barato. Barris de vinho com copos de madeira também são uma grande atração, já que qualquer um pode simplesmente se servir e se divertir, apesar de que os mais bêbados, às vezes, precisam ser retirados das proximidades dos barris para que todos possam usufruir desta delícia de Hähle.
Carnes de tubarão estão disponíveis à degustação por todas as áreas, às vezes assada, às vezes cozida ou até mesmo em forma de sopa, com verduras e um caldo delicioso.
O Festival do Vinho foi iniciado, e irá surpreender quem marcar presença, dos mais assíduos frequentadores à aqueles que pela primeira vez participam, sejam como mercadores ou compradores.


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Mensagem por Noel-Boeve Montgomery Qua Out 06, 2021 12:46 am



CAPÍTULO 1

Lady de Wonuir
Werewolf

  • FESTIVAL DO VINHO


  • A antecipação e a excitação nervosa de ouvir a voz de Carmela novamente me despojaram de minha sanidade, a ponto de me empurrar para onde ela estava escapulindo, embora na época tenha sido fatídico que um estranho tivesse se metido em meu caminho e agora estivéssemos entrelaçados, entre uma pequena lacuna que me permitia ver as bainhas de vestidos e mantos andando do outro lado, mesmo que, ainda estivesse sob o braço grosso dele apoiado contra o pavimento ao lado do meu rosto.

    Não tive tempo para torturar-me por tê-la perdido de vista. Não era hora para estas distrações, eu tinha que lidar com a situação atual, lidar com o homem que fora colocado em meu caminho e sua carranca que havia sido lançada em minha direção. Honestamente, todo este enredo parecera uma grande piada. Suspirando para mim mesma, eu não deveria estar ali, deitada no chão como uma garota patética e assustada, mas era ele tão intimidante que eu simplesmente não conseguia manter minha íris esmeralda presa nele. Uma coisa era debater com um homem a menos de um metro e meio de pés, outra bem diferente era estar embaixo de um.

    A adrenalina cantava fortemente em mim fazendo-me estremecer, porque mesmo que não tivessem passado-se muitos minutos naquela posição, estava ficando cada vez mais difícil não olhar para ele, então encontrei um resquício pequeno de coragem para fazê-lo a tempo de estreitar os olhos quando o vi abrir os lábios e dirigir seu comentário ácido em resposta a mim e depois rir, mas fora uma risada crua e ainda estávamos no chão... Em definitivo descontentei-me de seu comentário, no entanto, não usei mais de minha voz naturalmente rouca para discutir em torno disto. Os homens pensavam que eram tão brilhantes e inteligentes, se ele era tão inteligente, como ele nos deixou cair? Divaguei um pouco, mas cheguei à conclusão que realmente não valeria a pena, afinal, estava acostumada com a intransigência da assembléia de Edelweiss para com as mulheres.

    Meu nariz identificou algo no ar ao nosso redor e fora o cheiro do corpo dele que senti, podia não conseguia controlar minha transformação muito bem, nem ter herdado a herança sanguinária de meus ancestrais licanos porque passaram-se apenas quatro estações desde minha primeira transformação, estava aprendendo a lidar com as mudanças em meu próprio corpo, mas não precisava de muito para rastrear cheiros. A compreensão atingiu-me e minha respiração ficou presa na garganta. A voz de Roodie relatou em minhas memórias como era sentir o cheiro de um semelhante licano, eu não sentia nada naquele tempo, ainda assim era tão ansiosa para viver tudo que ela me dizia, mas reforçando, eu não sentia... Eu não sentia nada. A lua cheia antes da minha primeira transformação não causava-me nada além do cansaço noturno de um dia inteiro de trabalho no campo.

    Esperava que ele não tivesse os mesmos pensamentos que eu porque estávamos próximos fisicamente e eu não queria que nós dois nos concentrássemos na presença um do outro assim com metade de seu torso pesando em meus quadris.

    A cabeça do homem loiro virou para o lado quando ouvimos uma voz masculina iminente de onde havíamos caído. Antes que eu pudesse completar qualquer linha de raciocínio, o dono da voz deu um passo à frente. Senti braços fortes e musculosos envolverem meu corpo enquanto ele cuidadosamente usava suas grandes mãos enrolando seus dedos na lateral de minha cintura para me levantar do chão.

    O homem desconhecido que acidentalmente arrastei comigo endireitou-se, suas sobrancelhas grossas convergiram para o nariz, ele torceu os lábios e a cabeça inclinou para ver seu próprio corpo, e então sua mandíbula reta e olhos claros atingiram-me como uma adaga afiada. O estranho proferiu aquilo que só tomei conhecimento naquele momento. Havia eu acidentalmente manchado sua túnica com vinho. Era também por isso que minhas mãos pareciam pegajosas, no entanto, de todos os pensamentos que poderiam vir à minha cabeça, o único que me ocorreu foi que... ele era um homem grande, bonito e dourado, das sobrancelhas à baba peluda, e seu grande cabelo bagunçado caindo sobre os ombros.

    Podia ouvir as vozes abafadas, pessoas gritando, pessoas rindo, eu podia ouvir a música de Hähle ao nosso redor, então percebi minha desatenção para com o homem que havia me ajudado, precisava agradecê-lo direito, mas antes de girar os calcanhares para ele, o senti andar para o meu lado e cutucar levemente a parte de trás do meu braço, deixando-me ouvir sua voz novamente. Seu rosto se iluminou enquanto ele me estudava e minhas entranhas se agitaram com igual intensidade. Algo a mais se iluminou em seus olhos que também eram claros. Algo como curiosidade e entusiasmo, o que não era o que eu, Noel-Boeve Ross, esperava. Por algum motivo, ele queria saber meu nome. Ele olhou para meu rosto, como se fosse encontrar sua resposta desta forma, e eu vacilei o suficiente por estar sob seu olhar.

    Que momento estranho.

    Fugindo de minha estranha timidez, meus olhos verdes encontraram os do outro homem, que nos fitou em silêncio até abrir a boca novamente. Parte do meu fogo se apagou ao ver que ele era tão frio quanto perigosamente atraente, mas a irritação ainda estava visivelmente gravada em seu rosto. Ele murmurou sarcasticamente. Eu o vi espalhar seus braços tonificados na frente de seu peito e apontar enquanto falava a grosseria que soou como uma insinuação para mim que ricocheteou no homem que havia me ajudado. Eu até agarrei a bainha do meu vestido para diminuir o dano que causei em sua túnica, mas vendo o homem revigorar-se tão rudemente, eu imediatamente parei meu gesto e voltei minha atenção para o cavalheiro ao meu lado.

    Estudei seu perfil forte, ele também era loiro, porém rolando os olhos por todo o seu tronco vi que ele era diferente do outro. Um pouco menor que o outro, eu observei, mas ainda assim enorme para o meu tamanho mediano. O cabelo loiro era mais claro e estava trançado para trás no centro da cabeça. Ele também era um pouco mais bronzeado e perfeitamente definido.

    Desta vez, estava olhando para o homem rude, a sua testa franzida em concentração; prestando mais atenção acabei vendo que a mancha de vinho me dava mais detalhes e o homem era incrivelmente tonificado e forte, tanto os músculos dos ombros e quanto os bíceps. Ele também era lindo.

    Ainda um pouco nervosa, olhava de um para o outro. Examinei os sinais visíveis de irritação em ambos os rostos.
    Eu não sabia que estava prestando atenção neles por tanto tempo que só acordei do meu torpor quando o homem que me ajudou colocou uma taça em minhas mãos, mas não ouvi exatamente o que ele dizia antes deste ponto.

    Hãn?!

    Meu coração trovejou em meus ouvidos quando percebi que ele estava me pedindo para derramar o líquido sobre o homem rude. Merda, estou causando discórdias entre estranhos.

    Nós três estávamos em cada extremidade de um triângulo cercado por pessoas, e embora eu pudesse identificar aquele cheiro que estava me deixando intoxicada antes, eu poderia dizer que era o cheiro único dos alfas Edelweiss. O cheiro dos dois era forte, me lembrando do cheiro de terra depois da chuva.

    Ambos eram atraentes e muito bonitos, apesar de serem completamente estranhos para mim.

    Não posso exagerar e dizer que os poucos homens que viviam em VeffWonuir não eram muito atraentes, mas eram simplesmente humanos e não iguais aos homens da minha espécie. Era como se todos nós, licanos, estivéssemos conectados de alguma forma.

    Respirei fundo e fechei os olhos com força. Só de olhar para seus corpos enormes e musculosos me deixava tonta e, em meio a tanta gente, me sufocava. Estava muito quente naquele dia ou era o clima normal da cidade? Eu não lembrava. Depois da minha primeira transformação, tudo parecia diferente. Havia adquirido uma percepção melhor das coisas. Dei uma última olhada na taça entre os dedos e vi o reflexo do meu rosto no líquido espesso do vinho. Não era estranho como as coisas haviam evoluído de forma desastrosa. Num momento estou indo trás de Carmela, no próximo esbarro comum desconhecido, e sou ajudada por outro.

    O homem que me ajudou a levantar e o homem rude franziram a testa um para o outro, depois para mim, esperando o que eu faria a seguir.

    Não vejo motivo para tanto. Sejamos bem mais civilizados, senhores. Diga-me o que posso fazer por vos, visto que lhe devo uma túnica nova e no momento não possuo uma? – perguntei com sarcasmo, erguendo a taça de vinho que me havia sido entregue com um movimento saudoso e servindo-me com ela sorrindo e mostrando minhas lindas covinhas e ao cavalheiro que me ajudou antes, pretendia pronunciar meu nome, porém vi outro homem alto se aproximando. Este era diferente dos outros dois, possuía cabelo castanho e barba bem mais comprida. Primeiro, o homem cumprimentou aquele que me ajudou, que aparentemente se denominava como Callum Beowulf. — Beowulf. – minha voz caiu para um sussurro, deixando escapar a menção do nome antes que pudesse realmente pensar.

    Com um gesto zombeteiro de hospitalidade, o conhecido do intitulado Beowulf se dirigiu a mim, cumprimentando-me, meu estômago revirou e me curvei para saudá-lo enquanto segurava a bainha do meu vestido parecendo minúscula ao lado de homens tão grandes. Estava acostumada com as mulheres e os homens de Wonuir que eram altos, mas não necessariamente grandes. Byrne era alto e se assemelharia ao tamanho de Beowulf, mas ele era uma exceção.

    Virei minha cabeça para frente e consegui fazer contato visual com o homem rude, que naquele momento dividia comigo um sorriso. Ele não parecia tão arrogante quanto antes. O canto de minha boca se contraiu em um sorriso. A expressão confusa que ele tinha em seu rosto me fez rir.

    Éramos quatro, mas o número dobrou quando mais dois conhecidos de Beowulf se aproximaram o suficiente para cumprimentá-lo, mas apenas ele. Olhei por cima do ombro e vi uma mulher incrivelmente bonita. Alta e magra, ela tinha o tipo de corpo que eu considerava sexy como o inferno, apesar de seu vestido pesado. Seu cabelo era sedoso e escuro, minhas órbitas esmeraldas focaram em seu rosto, traços delicados, grandes olhos vermelhos, lábios pequenos, notei também o cavalheiro que a acompanhava, braços grossos, peitoral pesado, esse era o tipo de homem cuja aparência envolvia qualquer pessoa. E, junto com o sorriso amigável e o cabelo sedutor, eu só pude processar um pensamento sobre aqueles dois... que eram vampiros.


    pág.2


    Última edição por Noel-Boeve Montgomery em Dom Out 24, 2021 1:54 am, editado 10 vez(es)
    Noel-Boeve Montgomery
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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Qua Out 06, 2021 8:23 pm

    Vön Wasser
    O céu estrelado deixava a mostra a lua, que prateava todo horizonte. Gregorius caminhava pela praça, experimentando algumas guloseimas - ou outras comidas locais - para, pelo menos nesse sentido, aproveitar a estadia.

    Em certo ponto, o Arquiduque passou a trilhar caminho por uma via bastante movimentada. Seus "seguranças" o vigiavam de longe, para não o atrapalhar no passeio. Distraiu-se por alguns míseros segundos, o suficiente para ser atendido por alguém. Com o baque, deu um passo para trás e a moça, tão veloz quanto um flash, prostrou-se para apanhar os livros que, por culpa da desatenção do Wasser, caíram.

    Gregorius arregalou imperceptivelmente os olhos, olhando a garota nos olhos. Ela não era uma nativa. Podia sentir o Fohat que emanava de seu cerne, a diferenciando da ralé. De toda forma, assim que a moça o reconhecera, confirmou suas suspeitas.

    — Você sabe quem sou, mas quem é você? — O questionamento saiu suave, mas o nobre não removeu os olhos dos dela, estudando cada mínimo movimento que ela fazia. Desde os músculos de seu rosto, até o nervosismo demonstrado ao apertar os dedos. — E não se desculpe, minha cara. A culpa foi da minha desatenção, não de sua pressa. Eu deveria ter mais cuidado por essas terras.

    Deu-lhe as costas, caminhando até um banco bem próximo que acabara de vagar. Sem dizer nada, a olhou sugestivamente, esperando que ela atendesse sua requisição silenciosa e sentasse ao seu lado.

    Assim que ela sentasse, cruzaria sua perna direita sobre a esquerda. — De qual das terras de Fries é, minha cara?



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    Mensagem por Althea Weinstörm Qua Out 06, 2021 8:40 pm



    wild heart
    festival do vinho - com gregorius - vestindo
    Se surpreendeu quando ele pediu perdão por sua desatenção, ouviu suas palavras com atenção, sem conseguir dizer uma palavra sequer, sem conseguir responder suas perguntas, segurando os livros com mais força, assistindo-o se distanciar. Primeiro pensou que ele iria embora, mas logo o viu sentar-se e olhar para ela novamente. Althea caminhou lentamente até o banco ao lado, colocando os livros delicadamente em seu colo, ainda com as mãos os segurando. Engoliu em seco.

    — Eu... Sou apenas uma plebe. Meus pais são médicos, então aprendi o ofício com eles desde pequena, mas...

    Abaixou a cabeça, tentando evitar o olhar de Sir Wasser, se sentia nervosa em sua presença e seu olhar penetrante.

    — Eu nunca quis seguir esta vida de curandeira, ajudo no que posso, mas não é o futuro que quero para mim. Sou apenas uma plebe com pais pobres que juntaram por meses para fazer esta viagem. Me formei na Universidade de Fries com honras recentemente, na capital, mas logo voltei para a casa dos meus pais em Vreth, uma cidade pequena e simples. Dizem que sou inteligente demais para o meu próprio bem, mas eu... Bem, acho que é isto o que sou. Ainda estou em dúvidas sobre minha especialização, não quero parar apenas na graduação, pode-se dizer que sou ambiciosa demais... Mas como disse, não quero a vida que meus pais têm. Perdão se falei demais Senhor Wasser, às vezes perco o controle de minha língua e acabo falando mais do que deveria. — Virou-se para olhá-lo, envergonhada. Seu olhar era de nervosismo, mas sorriu ainda assim, voltando a olhar para seus livros em seguida.
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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Qua Out 06, 2021 8:55 pm

    Vön Wasser
    Gregorius deu uma suave risadinha, mas não de forma desrespeitosa.

    — Bom, que tu és plebeia bem sei. Não esqueço rostos... Minha memória é absolutamente formidável. — Seus olhos viajaram dela para o céu noturno, refletindo, ao ouvi-la. — Você, aparentemente por conta do nervosismo, não revelou-me seu nome... Ou trata-se de um segredo Régio? Embora tenha os olhos de uma princesa, tenho certeza que não é uma das filhas dele. — Voltou seus olhos dos céus para os dela. Não estava flertando. Sua fala saiu com tamanha naturalidade, que era como se constatasse um fato e tão somente um fato, distante de influências subjetivas tão naturais ao ser humano. Gregorius não a viu dessa forma. Mas sorriu, voltando a falar. — Quão boa você é? Quão bons seus pais são? E, sendo da plebe, como vieram para tão longe, à revelia do perigo que os espera em alto-mar?

    Gregorius olhou o ambiente, sentindo o vento gelado acaricia-lo no rosto, vislumbrando os homens, mulheres e crianças que passeavam por todo aquele largo. Criaturas e humanos viviam em tal sintonia e em desatenção ao próximo, que as guerras doutrora pareciam soar como memória de uma era morta.

    Gregorius voltou seu olhar para a plebeia sem nome, abaixando os olhos para o colo da moça, onde, por fim, pôde visualizar o livro que ela trazia.

    — Do que se trata? — Questionou, referindo -se ao livro. Talvez aquela garota tenha, de fato, se destacado com honras na Universidade da capital. Seria um achado brilhante se o fosse.



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    Mensagem por Althea Weinstörm Qua Out 06, 2021 9:23 pm



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    Percebeu que havia esquecido de dizer seu nome, seu déficit de atenção era pior quando ela estava nervosa. Seus lábios entreabriram quando ele falou de seus olhos, ela corou, ninguém nunca havia elogiado-a, muito menos um homem tão importante quanto ele. Limpou a garganta, segurando os livros com mais força e desviando o olhar, não queria mostrar que estava corada, embora ele provavelmente já houvesse percebido.

    — Perdão Senhor Wasser, tenho certas dificuldades em lembrar das coisas quando estou nervosa. Meu nome é Althea Weinstörm, nada especial, sem título.

    Olhou para o horizonte tentando evitar ao máximo olhar para ele, foi quando ouviu-o perguntar sobre os livros que carregava, olhou para os livros e para ele, com o olhar um pouco arregalado.

    — Preciso ler bastante ou fico rabugenta, talvez por isto seja tão inteligente, não sei ao certo. Bem, este primeiro é sobre as leis da conjuração, já li este várias vezes...  — Usou o vento para manipular o livro e levá-lo até as mãos de Sir Wasser, que o pegou. — O segundo é sobre Maestria do Akasha...  — Fez o mesmo com o outro livro, deixando uma risada escapar. Ela amava usar magia. — E o terceiro é... Bem...  — Corou e abaixou a cabeça novamente, envergonhada. — Um romance sobre dois gwrach que se apaixonam, mas o amor deles é proibido e ambos morrem no final, pois não conseguem ficar juntos. São meus livros preferidos, principalmente... O último. É bom ler sobre algo que você nunca vai sentir.  — Virou-se para ele com as bochechas coradas e sorriu, um sorriso gentil e acolhedor, mas seu olhar escondia um pouco de tristeza.

    — Meu pai é um gwrach ferrenho, ele é um ótimo bruxo. Me ensinou muitas coisas desde que era criança, minha mãe não pratica muito a magia. E em relação à mim, bem... Eu impressionei a bancada quando fiz minha admissão na Universidade com um feitiço que meu pai me ensinou. Minha menor nota nas provas técnicas foi 9, o que me irrita até hoje, me considero habilidosa e quero ser útil para Fries algum dia, quando eu tiver mais especializações. É um sonho meu ser uma grande gwrach que protege nossas terras e a melhora.  — Abriu um sorriso simpático ao dizer aquilo. Era a verdade, afinal.  
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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Qua Out 06, 2021 9:40 pm

    Vön Wasser
    Gregorius sustentou o olhar, ouvindo a sonoridade do nome da moça. Era um nome cujo som era agradável, uma boa escolha dos pais da jovem - que não era tão mais jovem que ele, na realidade. O rubor da garota o divertiu.

    — Althea, hm? É um belo nome. — Disse, simplesmente. — E é a primeira vez que o ouço, não é um nome comum. Por isso é interessante. E de toda forma, não se desculpe. Estou acostumado a ver as pessoas se ajoelhando e tremendo os dentes em preocupação, nervosismo ou seja o que for. Você está saindo muito bem, na realidade.

    Gregorius pousou os olhos na via que cortava o largo, vendo a quantidade de transeuntes diminuir. Provavelmente os "seguranças" do Arquiduque agindo pela sua privacidade. Não é agradável falar alto para sobrepor a voz à multidão.

    — Você se apresentou e, ainda que me conheça, agora é minha vez. Eu sou Gregorius vön Wasser, Althea. É um prazer conhecê-la. — Sorriu. — Se o que me diz é verdade, e eu confio que seja, dado os livros cuja leitura é profundamente complexa que carrega, eu gostaria de oferecer a você e a seus pais um lar em Narem. O que acha? A Corte poderia subsidiar seus estudos e sua vivência, em troca você ficaria a minha disposição.

    Sorriu para ela, cortando o contato visual e observando um chafariz há alguns bons metros donde estavam, chafariz esse que não notara anteriormente, mas cujos respingos podiam ser visto entrecortando a luz lunar.


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    Mensagem por Althea Weinstörm Qua Out 06, 2021 10:56 pm



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    Althea ficou ainda mais corada quando ele falou sobre seu nome. Realmente era um nome incomum, saber que ele achava-o belo fez seu coração pulsar mais rápido. Estando em frente à um homem tão imponente e receber elogios deste, fez seu coração bater mais rápido.

    — Sei quem és, Sir Wasser. Creio que toda Fries sabe. Não é necessário se apresentar.

    Disse aquilo um pouco sem jeito, abaixando os olhos. Foi quando se surpreendeu mais ainda, quando ele ofereceu à ela e seus pais um lugar em suas terras. Engoliu em seco, fitando-o.

    — Um lar... Em Nareem...  — Foi mais uma pergunta do que uma afirmação. — Creio que não somos merecedores de tal dádiva, Senhor...  — Estava completamente desconcertada.  — Quer dizer... O que faríamos em Nareem, somos apenas médicos de uma pequena cidade, não vejo como traríamos algo de bom para Nareem, senhor...  — Disse com os olhos arregalados. — Perdoe-me pela minha ignorância Sir Wasser.  — Disse envergonhada.

    Não sabia o que poderia fazer em Nareem, não sabia o porquê ele havia a convidado, quais eram suas intenções e qual vantagem ela poderia trazer às suas terras. Engoliu em seco. Era a primeira vez que não se sentia inteligente.  
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    Mensagem por Viktor Constantine Qui Out 07, 2021 11:38 pm

    Festival Do Vinho

    Hahle

    Sendo levado por beladona, mal prestava atenção durante o caminho, tinha lembranças de minha vida ainda como humano.

    Recordava-me de momentos em que já havia esquecido, o real calor do sol em um dia quente, onde me divertia ao rio com meus amigos, ou as noites em claro após lindos bailes.

    Recobrindo a consciência, olhava de perto agora este que era conhecido como Beowulf e de fato, não encontrava traços que me recordavam de Blaze.

    Levantando a mão e a chacoalhando sorria acalmando-o, — Não te preocupes... tua euforia somente comprova o que diz.

    — De fato conheci teu irmão, na época éramos grandes amigos, porém isso foi a seis milênios atrás... sabe, eu ainda não havia sido amaldiçoado com isto. – Apontava para meus olhos vermelhos.

    Não querendo faltar com o respeito, mas suponho que você não seja irmão de sangue de Blaze certo? Ainda assim... – Estendia minha mão procurando cumprimenta-lo – Me chamo Viktor, Viktor Constantine, é um prazer senhor...? – Dava a deixa para então ouvir seu nome.

    Vendo a reação de seu amigo, sorria calmamente, — Perdoe-me, encontrar um Beowulf depois de tantos anos se tornou por instantes uma grande atração, prazer senhor. – Cumprimentava-o tentando minimizar os possíveis problemas.

    Notava a apresentação de uma jovem, curvava minha cabeça, cumprimentando-a sem falar nada no momento, olhando para Beowulf, perguntava, — Qual foi o fim de Blaze? Em nossa ultima conversa ele planejava abrir um orfanato....




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    Mensagem por Ragar Dragnar Sex Out 08, 2021 12:54 am


     “Se não tiver coragem de morder, não rosne.”

    Uma das belas mulheres que lá se encontrava, próxima de Ragar que havia ido cumprimentar um velho amigo, acabara por ser afrontada pelas palavras do enorme homem. Tanto seu tamanho quanto sua ousadia eram abundantes. Todavia, a suavidade em cada palavra havia sido transmitida com um pouco de cordialidade, apesar de não ser o ponto forte de Dragnar.

    Destemido como um lobo solitário diante de um mamute e voraz quanto um urso sedento pela colmeia recheada de mel, Ragar certamente havia se interessado pela forma que a resposta era proferida da boca da atraente mulher.

    Seus olhos em um tom vermelho intenso, podiam transmitir muito bem a coragem e confiança tal qual aquela jovem emanava. O colossal lobo havia direcionado suas palavras como uma pedra perturbando um rio sereno, exatamente com a mesma intenção de provocar e talvez quem sabe começar um estouro de touros. Entretanto, as palavras da bela mulher quebravam totalmente qualquer intenção provinda de Dragnar.

    Beladona, como a vampira se intitulava, demonstrava toda sua cortesia como uma bela cortesã diante de seus clientes. ~ Háh! Háháhá! A boa risada do grandalhão era expressada com fervor e um pouco de carisma. ~ Dragar... O gigante acentuava suas palavras ao reclinar seu tronco para frente com objetivo de olhar mais a fundo nos belos e misteriosos olhos de Beladona. ~...Ragar Dragnar, minha bela dama! Ele então destacava um sorriso em abonança, além de cortejar um pouco a jovem, apesar de não saber se ela realmente era tão jovem assim.

    Para amenizar a situação, a jovem de madeixas brancas como neve acrescentava em favor de Beladona. “O espirito realmente é de família.” O pensamento era enfatizado na cabeça do grandalhão, devido a mulher ser parente de Callum. ~ Perdoe este feroz selvagem, pequena moçoila Dhumavati Lvuli... as palavras saem as vezes sem pensar, igual um lobo sedento de fome devora até os ossos de sua presa. Dragnar não era muito bom em pedir desculpas, para ele era mais fácil decepar uma cabeça do que absolvição. Contudo, ainda residia uma pequena chama de modos ao qual sua falecida mãe havia lhe doutrinado.

    Após erguer seu corpo e preservar sua postura imponente, sua mão seguia até o topo de seus cabelos bagunçados, mas que continham um certo charme. Apesar de seu semblante primitivo e minaz, naturalmente desenvolvido, de certa forma isso também carregava uma beleza misturada em uma graça divergente de todos.

    Mexendo em seu cabelo como se estivesse arrependido de ter expressado um pouco de selvageria sem necessidade, principalmente pela forma que Beladona havia lhe apedrejado com extrema graciosidade, Ragar acabaria se pronunciando para a dama. ~ Ignore as palavras ditas antes deste bárbaro, bela senhoria, a selvageria as vezes toma conta da boca. Apesar do sorriso durar tão pouco quanto um eclipse lunar, Dragnar havia demonstrado que não era só uma montanha de músculos como muitos pensavam.

    O homem próximo de Beladona, auto dito ser Viktor Constantine, se comunicava de forma respeitosa perante Ragar. ~ Está tudo bem, camarada. Me exaltei sem muitos motivos, provavelmente pelo tédio que ando tendo momentaneamente. As vezes me esqueço que Beowulf é conhecido de muitos, Háháháhá! Acrescentaria com uma bela gargalhada, devido a situação.

    ~ Prazer em lhe conhecer, senhor Constantine. O enorme homem retornaria o cumprimento uma vez que havia percebido a cordialidade do, não mais, estranho vampiro. ~ Ragar Dragnar, pequeno noturno. O gigantesco homem indagava com um pouco de entusiasmo. Afinal, aquela imersão em tédio havia mudado da água para o vinho, desde o momento que vislumbrou Beowulf.
     

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    • [x] Transformação Lobo-de-Caça.
    • [x] Transformação-Licantropa descontrolada.


    InformaçõesNome: Ragar Dragnar.
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    Alcunha: O Gigante Indomável.
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    Mensagem por Apolline D'Aumont Sex Out 08, 2021 6:18 am

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    Mensagem por Anastasia Beladona Sex Out 08, 2021 8:33 am

    Vinho & Sangue


    Enquanto proferia minhas falas, notava, mesmo que de forma lenta, uma mudança na feição do grande homem com quem conversava. A raiva e intenção potencialmente assassina se esvaiam, dando lugar a um surpreendente carismático sorriso, seguido de sua apresentação.

    Ele se aproximava e eu retribuía sua expressão alegre ostentando um sorriso e erguendo minha taça para ele. Parecia que a situação já havia se resolvido, mas Dhuma interviu a meu favor, fazendo-me encará-la da cabeça aos pés.

    - Ora... Parece que encontrei uma defensora. Agradeço o empenho, senhorita Dhuma. - Acenava para ela em agradecimento. Ragar falava sobre ossos e ferocidade, bem o que esperaria de um lobo, de fato, mas ainda assim, mantinha uma postura amigável.

    Tanto que, enquanto todos conversavam entre si, ele novamente dirigia sua atenção a mim. A diferença de alturas era gritante, e realmente precisava olhar para cima para encará-lo nos olhos. - Não se preocupe com isso, caro senhor Dragnar, já lidei com selvageria muitas vezes antes, mas confesso que a prefiro em outras ocasiões... - Com um sorriso carregado de malícia, me virava para encarar os outros, prestando atenção ao redor.

    Aproveitando, olhava o tal Beowulf com sua irmã a frente de seu corpo. - Então... Beowulf? Não posso dizer que lhe conheço, mas seu nome tampouco me é estranho, apesar de tê-lo ouvido apenas nas bocas de bêbados. Um feito marcante, realmente. - Sorria para ele e novamente bebericava meu vinho.

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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Sáb Out 09, 2021 4:00 pm

    Vön Wasser
    O Arquiduque sorriu com as palavras elogiosas da moça. Gregorius, de fato, era conhecido por todo Reino, mas não necessariamente seu rosto. Claro que, eventualmente, aparecia, como no caso da transmissão de sua elevação ao status nobiliárquico que ora ocupava. De toa forma, não pôde evitar de se sentir satisfeito em ser reconhecido.

    — Sim. — Abriu um largo sorriso, fitando-a com força. — Um lar em Narem. Eu realmente vejo certa grandeza em você e, sem dúvidas, seria bem utilizada pelo bem do governo de Fries. E, obviamente, não posso separá-la de sua família. Assim, podemos deixar sua família na Curanderia Geral do Arquiducado, permitindo-os fazer o que eles forem melhores e, você, noutro ponto, ficará ao meu serviço. Tenho alguns planos e alguns estudos que desejo concretizar, legados de meu augusto pai, e você será útil. — Olhou adiante, como se vislumbrasse um futuro, sua visão desviou-se por alguns segundos para os livros sobre o colo dela. — Tenho certeza que é uma ajuda mútua que valerá a pena.

    Gregorius esperou sua resposta, silenciosamente. O Arquiduque tinha certeza do que fazia.


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    Mensagem por Kaylla Carmela Burkevi Sáb Out 09, 2021 9:28 pm



    Warm me with your touch
    Era-se uma vez... usualmente es a forma de se começar uma buena história, sem embargo essa história es um pouco diferente do que sua pessoa tens lido caro leitor, se verdadeiramente quiseres seguir lendo, fique à vontade, acomode-se.
    Posso servir una xícara de chá?
    Entonces tudo bien.
    Uma pequena parte desta história decorre em um período de minha vida e... por onde começaremos?
    Deixe-me recordar...

    Começaremos durante el festival do vinho em Hähle, anos antes...


    Sinto as ondas batendo no casco do navio, en la cama abaixo da janela coberta pela cortina cinza e marcando a tranquila cadência do mar enquanto navegamos. Provavelmente estamos entre 22 lunas para Hähle, essa lua aparentemente está vendo o sol da manhã surgir em sua frente. Ao meu lado, dentro de duas mantas de peles pesadas, estão Elisabeta e Lucian, encolhidos, aconchegados em mim en la cama que divido com eles en la cabine de número 29. Faço todo o possível para mantê-los aquecidos de la corrente marítima, compartilhando tanto calor quanto es possível para seus corpos infantis com a minha temperatura, que es baixa. Confirmo a informação que pela cor incandescente de meus olhos eu não sou humana como eles. Sou um cadáver. Tudo em mim parece cru e visceral, no entanto, minhas emoções são maiores que las de outra espécie.

    Desde pequeña recordo que gostava de escutar histórias de alto mar, este era o meu espaço pessoal, viajar para conhecer lugares imaginava isso, com o passar dos anos meu desejo se havia ido. Esse pensamento me trouxe de volta ao por quê de estar aqui. Acontece mais uma vez o festival do vinho em Hähle, lugar onde se concentra la propagação de humanos e onde qualquer um dos cinco reinos podem entrar livremente. Carrego comigo duas niños humanas que comprei do casal de servientes de um conhecido do meu noivo por razões peculiares. Confesso que me afeiçoei aos pequenos como se fossem meus, queria eles, pero não os tirei dos pais biológicos como uma tirana... ou por capricho. Não. Vieram eles a mim e ofereceram as niños em troca de Kham para pagarem uma dívida que pouco me importava. Os humanos perdem sua humanidade por tão pouco.

    Embora obviamente meu noivo Stelian foi contra de la minha repentina decisão de pegá-las para mim, ele concordou, apesar que não querer assumir nenhum parentesco e achasse la situação ridícula. Porque cria que em um acesso de sede, eu saborearia la sensação divina de jorrar o sangue deles diretamente para minha garganta. Em minha mente, ele tinha razão, não sou mais uma humana e em consequência os colocaria em risco, pero antes estando comigo do que com estranhos que realmente poderiam fazê-los mal. Me pertencem e los cuidarei porque são meus.

    Eu acaricio delicadamente seus caritas, meus dedos suavemente picam la macia pele de cada bochecha rosada. Normalmente, ver a esses niños dormindo me traz uma imensa alegria em mim e me encontro sorrindo para eles. Entendo que eles sentiram menos frio em minha ausência, por isso me levanto com cuidado para não despertá-los. Meu pequeño Lucian balbucia algo. Engulo o suspiro para que ele não acorde. Los dois estiveram enjoados durante a viagem e quero que descansem para desfrutar del día  em Terus.

    Uma vez livre de la cabine, caminho pelos corredores e entro no caminho largo que sei que me levará ao convés do navio. El Galeão não era el tipo de navio senhorial, no entanto, sua estrutura fortificada lhe concedia uma proteção imponente que nenhum outro navio de Ortraud possuía.

    Sem embargo, quando chego a la proa, cada vez que tenho um momento, meus pensamentos divagam enforcados en los olhos verdes da mujer que espreita as cavidades do meu ser, e como não posso tremer diante de las lembranças vívidas em meu corpo? De teus dedos desenhando linhas paralelas na minha pele... de tua boca tomando meus lábios com avidez e ganância. La sensação de me deleitar em teu corpo que nunca mais voltarei a sentir, pero que também nunca la esquecerei enquanto existir.

    Deste ângulo posso ver el raiar do amanhecer e um pouco mais longe um ponto do que creio ser las muralhas del porto de Terus. Sinto uma presença e miro para trás, pisco devagar antes de rastejar minha mirada e chegar as orbes vermelhas desbotada pela escuridão, que me miram com tristeza, Stelian, meu noivo, que surge da escuridão es o único homem que tenho respeito. Lentamente ele caminha em direção a mim. Desfrutava de sua companhia, ele era gentil e agradável, pero não era como se pudesse mudar meus sentimentos por ele.

    Stelian retumba na escuridão mostrando o cabelo castanho penteado, os ombros e peito largos e a roupa elegante. Ele caminha para mais perto, suas botas golpeando contra o chão...

    Com os olhos cerrados, eu fico imóvel e espero que me abrace por detrás, logo firma seus braços ao redor do meu quadril pesado e me segura com força. Ele sabe o que significa voltar para Hähle para mim. Mas lamentavelmente não es este o motivo de meu isolamento, ele desconhece a obsessão que me afligem desde que... vi a Lucian e Elisabeta e como ambos se parecem com "ella". Talvez fosse a razão por eu ter me apegado a essas niños. Poderiam ser nossos filhos. Nego com a cabeça diante de minha própria estupidez.

    Esse foi o meu passado.

    Recordo brevemente da noite em que o conheci, seu controle se desvaneceu, e a criatura sanguinária que vivia dentro dele reivindicou o pequeno espaço em sua consciência, ansiando por um pouco de sangue. Meu sangue. Respirando pelo nariz, inspirou o cheiro do meu pescoço profundamente para seus pulmões e... me segurou entre suas mãos rígidas e encharcadas de sangue que havia deslizado de sua espada de prata. Ele me livrou de las bestas e logo se converteu em minha ruína. "Eu rogo ao senhor, por favor não me machuque." Eu implorei. Notei que uma parte de sua mente entrou em confronto ao meu pedido, ele estalou a língua e grunhiu, pero seu momento de consciência não durou muito. Na curva entre o pescoço, senti duas agulhas perfurarem minha pele. Enviando fogo por minhas veias. Enviando um veneno mortal que me converteu no que sou.

    Uma criatura que necessita de sangue para sobreviver.

    Uma vampira.

    — Creio que saiba o motivo que te trás até aqui. Não deverias temer tanto a seu passado, Kaylla... É uma mulher comprometida, não uma prostituta. — ele começa, com la voz baixinha, no fundo da garganta. Passando la mão da aliança sobre mim até subir ao meu seio, colocando-a onde meu coração deveria palpitar. — Não permitirei que te envergonhem em minha presença.

    Me ponho tensa, administrando suas palavras, até entonces, não havia retornado ao meu pensar la ideia de encontrar Irene ou topar com os homens a quem havia vendido meu corpo por las noites.

    Sim. Me puseram à venda. Me trataram como um objeto. Eu fui colocada a la venda. Irene me vendeu para um... monstro, assassino, hombre lobo. Não posso chorar, nem uma lágrima miserável pela minha maldita existência persiste em não cair,  me recorda que esse foi o meu passado. Mas o sentimento de ira se apoderou de mim nessas lembranças.

    — Esses son temas pendentes, — digo, com a voz dura, reviro os olhos. — mesmo que esteja em minha cabeça, essa mujer me traiu, me vendeu como a um bicho. Minha pessoa havia sido caçada como um animal.

    — Mas já não mais. Não esqueça. Te salvei dessa vida, te dei a vida eterna para viver ao meu lado.

    Seu hálito vaga por la parte do meu pescoço, suas palavras soam tão perturbadoras, la personificação de seu egocentrismo. Eu poderia ser dele como mulher, pero ele nunca ocuparia os meus anseios. Hesitei em dar um passo para o lado, porém o faço, me posiciono com uma delicadeza sarcástica em um de los mastros e me afasto dele.

    Ele levanta as sobrancelhas, se cruza os braços e franze a testa para mim. — Este es seu passado. Esqueça dele. A vida que te dou... es livre de preocupações.

    — Parte do meu passado não pode ser apagado e sua pessoa nunca poderá entender. Não me deixarei levar por las emoções, se esse es seu medo. Nesse momento, a única coisa quero es criar boas lembranças para los niños, não importa quem eu encontre.

    — Independente de suas prioridades, não tenho nenhuma intenção de deixá-la sozinha. Estarei ao seu lado e criaremos memórias. — Stelian murmura suavemente, toma a minha mão, puxando-a, se inclina e a beija.

    Desde aquele momento, meus pensamentos estavam na minha volta a Terus. Não queria voltar a encontrar-me com Irene de novo porque não sei como reagiria, poderia arrancarle la garganta de raiva por sua odiosa pessoa.

    El sol estendeu ao céu e el Galeão alcançou com dificuldade devido as embarcações no caminho do porto de Terus. Miro as imensas  muralhas e logo examino por um breve momento a tripulação e os viajantes que estiveram conosco nestes últimos dias, meus dois pequeños já estão acordados e com suas devidas roupas trocadas parados ao meu lado. Las mãozinhas pálidas de Elisabeta agarram meu vestido, está tremendo, pero não de frio, sei que está assustada com a movimentação, havia muitas pessoas e muitos navios. Eu acaricio o topo de seus longos e finos cabelos negros com todo carinho. Lucian, por outro lado, segura a minha mão com força como um hombrecito. Olhos verdes cristalinos, atentos e cheios de perseverança. Ele era mais grande que sua gêmea pouca coisa e es lo que mais me recorda "dela". Necessitava afastar ella de mim, arrancar ella das minhas recordações, essa es a minha nova vida e ella não tem o direito de estar nela.

    Vejo baixem a prancha de embarque, e Stelian se coloca ao meu lado empurrando o espaço que antes era ocupado por Lucian ao meu lado, seguimos para as entradas. Tomei as mãos dos meus pequeños e cruzamos os portões do porto diagonalmente  detrás de uma fila de pessoas se dirigiam a cidade. Caminhamos nós quatro para que los niños conhecessem el lugar. Em las ruas escuto ruídos de carroçarias e pisadas friccionando contra el asfalto, miro a la gente por toda parte, de diferentes raças e os humanos. Respiro fundo, sinto o cheiro de peixe, lobo molhado e suor humano no ar.

    El lugar que Stelian escolhe para ficarmos não foi ruim, apenas inconveniente porque estávamos no sol esperando por um espaço sombreado, pero me da uma boa visão das várias quitandas que pretendo levar Lucian e Elisabeta.

    Saliendo del sol enquanto caminhávamos, abrindo caminho por entre las pessoas, sinto uma mão agarrar uma banda da minha bunda. Me volto para mirar la pessoa que afetou meu humor, com meu corpo explodindo de raiva.

    — Ei, lembro de você, boneca. — Um homem me mira entre las outras pessoas. — Ainda está uma gostosa, por que não vamos a um lugar privado? Estou com Kham e muito afim de foder.

    Meus hijos se aninham em meus braços, apenas vemos os ombros largos de Stelian bloquearem nossas vistas quando ele passa para mina frente.

    — É recomendável que mantenha a postura diante de uma mulher comprometida.

    — Ela não está comprometida, é uma puta. — diz o homem, passando la língua no que parecia ser el único dente que tinha en la boca.

    — Creo que esteja equivocado, porque refere-se a minha noiva. — Stelian rosna quando sua presa aparece.

    Miro disfarçadamente el lugar e las pessoas que nos miram.

    — Deixe esse bastardo para trás, es um mero humano, sigamo... — las palavras congelam em minha garganta, continuo com la boca aberta para formá-las enquanto deslizo minha mirada para la sombra de uma quitanda de vinho. La mulher que está de lado, me parece familiar, a cintura perfeitamente afilada, pero de onde estou, las pessoas obstruem minha visão de seu rosto.

    Alguém sempre passa na frente, hesito em me aproximar e apenas me concentro que ella tem cabelos negros que descem como cascata em suas costas e são fios vivos muito diferentes dos meus. Isso me faz prestar mais atenção nela. Ella tem um bom ângulo em cada curva e por alguma razão eu sinto que conheço aquela silhueta pecaminosa, eu solo necessito que se dé la volta e es assim que acontece, ella se encosta na parede e recebe uma caneca de alumínio. La mulher bem vestida se personificou na minha perseguidora íntima.

    Os olhos verdes, morena e carrancuda nos lábios grossos e pintados de vermelhos. La estou olhando e não creio que ella seja real.

    Maldita sea. Maldita sea. Maldita sea.

    — Noelie — le sussurro baixinho, soprando entre dente. Houve um formigamento cálido que se espalha do fundo do meu peito até logo abaixo de minha cintura, não era ingênua ou alheia, pero lo que el instinto tentava me convencer era a verdade que meu cérebro foi incapaz de aceitar logicamente. Como humana, Noel foi a única mulher que amei. E não era meu coração martelando no peito, porque era impossível. La miro em seu corpo diferente e mais maduro. Ella mudou em apenas algumas estações.

    — Encontra a algum conhecido, Kaylla? — La voz masculina fala suavemente. Eu a reconheço como a voz de Stelian.

    — Por que não pegamos a los niños e saímos daqui? — respondo embora ainda mire Noel. Não penso muito à frente para darte uma resposta, assim ignoro sua pergunta.

    Necessito me acalmar, vê-la apenas trouxe à tona tudo o que esteve escondido. La alegria de revê-la se converteu em euforia, logo em irritação... transformou-se em uma descomunal raiva e a tristeza me golpeou como uma estaca no peito... em uma avalanche de emoções. Uma agonia insuportável.

    Se tivesse sido ella a me salvar naquela noite, eu estaria com ella e não seria o que sou. Ella se esqueceu de mim... ella não se importa com o que me passou, ella se esqueceu de mim. Las lágrimas me ameaçam, pero fecho meus olhos e me obrigo a manter la calma. Mas piora quando me recordo das vezes em que delirei sobre seu rosto e corpo como se ella fosse la única mulher que existia. Como eu estou atordoada.

    Estou atordoada, pero escondo el fato de que minhas mãos tremem de nervosismo. Já não penso mais. Noel mira adiante e foi certeiro. Doeu quando seus olhos se encontram com los meus. Solo simplesmente queria correr para longe. Largo las mãos das minhas duas crianças humanas e me afasto delas.

    Noel apenas sustenta sua mirada em mim. La sensação de reconhecimento percorre cada fibra do meu corpo e me esqueço de onde estou. Um movimento dela me faz estremecer e por um momento eu fugi dela, sendo seguida por Stelian... Ele me rodeou antes que eu tropeçasse. Não eram esses braços que eu queria no meu corpo, mais uma vez ella me deixou ir. Estávamos tão perto e ella me deixou ir... Nosso vínculo era unilateral, me sinto assombrada por la conclusão. Eu me levanto com dificuldade.

    — Esse homem sem modos não dizia aquilo com seriedade, provavelmente estava bêbado.

    Lo que Stelian sussurra em meu ouvido para me acalmar, não entendo, entonces lembro, minutos antes, quando um dos homens com quem tive que dormir me tocou. Então, outro pensamento me ocorre o que me faz gritar.

    — ONDE ESTÁN MEUS HIJOS?

    Eu procuro desesperadamente por toda parte, tanta gente, não me lembro onde estávamos antes, tudo parece igual. Eu bufei para mim mesma. Bem, isso não tinha corrido bem. La adrenalina me deixa ainda mais trêmula e minha visão se embaça.

    Eu cubro la boca quando me sinto aliviada, enquanto meus filhos humanos mais a frente vêem em nossa direção, Lucian es quem guiava a la irmã. Los agarro a ambos com força em um abraço, me desculpando pelo transtorno que tive.

    Lo que sucedeu um pouco depois de voltarmos a caminhar foi uma situação complicada. Nenhuma das minhas idealizações poderia prever esse terceiro elemento del destino que me surpreende. Stelian vê um conhecido e nos leva a um espaço onde um grande grupo se reúne, entre eles meu olhar paira assustado sobre la mulher de quem eu estava fugindo antes. Noel...

    Oh, definitivamente não está saindo bem.

    — É uma surpresa encontrá-lo aqui, Viktor Constantine! Veio para curtir as festividades ou também está negociando? Oh, vejo a Sra. Beladona com você. Continua deslumbrante, Senhorita. — Stelian oferece um lindo sorriso digno de sua pessoa e depois se vira para los demais, pero como eu, Stelian não os cumprimenta por preconceitos, o lugar fede a lobisomens. Tive que prender la respiração para não precisar sentir.

    Levanto minha visão adiante e miro a Noel. La expressão enrugada em seu rosto bonito não es nada buena, seus olhos parecem quase cinza e me miram intensamente, los cantos apertados quase imperceptíveis me dizem mil coisas, pero ao mesmo tempo nada.

    Sinto la mão de Stelian repousar na parte inferior das minhas costas enquanto seguro meus dois hijos na frente de meu corpo para evitar qualquer insinuação minha de estapear por ser cínica ou beijá-la.

    Demonios, ella continua com os mesmo traços descontraídos e leves, usa roupas alinhadas, porém muito diferente de uma mera plebeia ou prostituta, digo que ella podia estar bem de vida pelo tipo de tecido que traja em sua pele leitosa.

    Noel examina toda la cena ao meu redor, seus olhos astutos como os olhos de Lucian deslizam sobre a figura do homem bem vestido ao meu lado, entre los dois niños que se parecem com ela alinhados na minha frente e param em minha pessoa. Eu engasgo, sibilando por entre os dentes, percebendo que não tenho controle, pois minhas presas agora estão rasgando minhas gengivas sem eu querer. Eu a encaro disfarçada para que ninguém possa ver, mas seus olhos ficam semicerrados... verdes penetrantes quanto eu me lembrava, e estão em mim.

    Eu não consigo me concentrar en la conversa entre meu noivo e seus dois conhecidos, pero eles parecem animados e se entendem bem.

    — Essa dama que me acompanha é Kaylla, minha noiva. — Stelian enche a boca para dizer meu primeiro nome com seu acento vollbrechtiano.

    E como se Noel estivesse esperando ele terminar de me apresentar, não demora muito para soltar uma risada irônica, de novo, seus olhos massageiam a minha pele suavemente e tudo que sentia quando ella me mirava enquanto humana voltou duas vezes pior.

    Eu quero que me mire com seus olhos verdes cálidos, pero ao contrário de lo que quiero, Noel franze os lábios e por um momento creio que ella me diria algo, então dois de seus conhecidas vêm e a chamam de Milady. Eles parecem exaustos e recuperam o fôlego, Noel suspira e os apresenta à roda e, em seguida, apresenta a si mesma como a Senhora de Wonuir(?)

    Minha garganta fecha e meus pés são cimentados no chão, la forma que ella está me olha, prepotente em uma posição social que nunca ouvi falar sobre ela. Seus olhos sombreados e... grandes cor de esmeralda em um aspecto absolutamente perigoso.

    Em um dado momento le sussurro a Stelian para que fique com mis hijos e eu vou pegar vinho. Não imagino que Noel tomaria proveito desse momento de descuido para me encurralar.

    Noel pergunta detrás de mim, me sinto tremendo por escutar sua voz rouca e familiar. Eu me viro lentamente, la vejo caminhar calmamente até mim, com um de seus sorrisos presunçosos no seu lindo rosto travesso. Mas algo nela es diferente, seu perfume doce exala junto com um cheiro horrível que me faz lacrimejar. Ella fede!

    Era um cheiro indiscreto, intrusivo e podre, como pelos sujos lo que me obriga a recuar quando ella dá um passo à frente. Era impossível que ela fosse... não, ridículo. Ella não podo ser... Aquilo que mais tenho preconceito.

    Noel me dá a sua palavra de que não se importa com o que sou e estende a mão para que eu vá por vontade própria até ela. Faz tanto tempo que ninguém me chama de "Carmela" e ella faz parecer tão nostálgico... com essa voz. Quero desesperadamente ir até ella, pero seu cheiro es abominável...

    — No te acerques, a sua pessoa fede!

    De todos os cheiros de lobisomem que cheirei como vampira, o dela era de longe o pior de todos e eu não entendia o por quê. Seus olhos esmeralda se arregalaram com as minhas palavras duras e de repente ella está me empurrando para um beco.
    Hähle, Festival do Vinho


    Última edição por Kaylla Carmela Burkevi em Qui Out 14, 2021 3:03 pm, editado 18 vez(es)
    Kaylla Carmela Burkevi
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    Mensagem por Wings of Despair Sáb Out 09, 2021 11:00 pm




    Os visitantes de todos os cantos do mundo caminhavam pela praça central do festival de Hähle, com suas vozes em altos tons cobrindo todo o ambiente com um véu de burburinhos. Uma folha flutuou pelos céus tempestuosos,
    que pareciam prestes a explodir em lágrimas. Todos estavam ocupados, despedindo-se de Hähle de suas respectivas formas, seja através dos gritos enquanto empacotavam as poucas mercadorias restantes, com o som dos passos apressados em direção à estalagem que estivessem hospedados, ou até com o som das moedas secretamente contadas no fundo de cada tenda. Ventos fortes anunciavam uma tempestade, e naquela época do ano, ninguém gostaria de estar fora de casa quando a tempestade de Hähle começasse.

    A folha desceu pelos céus em um rasante, passando pelas últimas tendas à serem empacotadas, e uma criança entediada a acompanhou com os olhos. Olhou para os lados, e partiu em disparada em direção à folha, fugindo da tediosa contagem de dinheiro do seu pai.  A garota de cabelos escuros saltou por cima de um pequeno caixote de peixes fétidos, desviou por entre uma tenda e outra, por um idoso e um jovem, e continuou a correr, em disparada, o som de seus passos arrítmicos somando à orquestra do barulho. Então ela virou à direita rápido demais, tentando prever o movimento da folha, que voou para o lado contrário enquanto a garota esbarrava com um elfo de cabelos loiros. O elfo abaixou a cabeça em direção a ela, e a única reação que esboçou foi um leve franzir no cenho.

    Então houve um clarão no céu, e toda a praça reluziu em prata.

    Um momento de silêncio.

    E então um trovão.

    Em instantes, todos voltaram aos seus afazeres, com uma pressa maior, e o burburinho da soma de todos os barulhos voltou a dominar à praça.  A  folha soprou pelo céu, alheia à tudo aquilo, sendo levada pela brisa marinha que tornava-se cada vez mais tempestuosa, e a garota olhou para ela, derrotada, enquanto o elfo desaparecia na multidão.  A garota retornou, arrastando os passos, até a tenda do seu pai, que não havia notado seu sumiço.

    As únicas mercadorias restantes eram algumas especiarias marinhas que haviam sido tiradas do caixote apenas agora, no fim do evento. Isso levantou uma certa desconfiança dos presentes, e deu a entender que o festival continuaria por mais alguns momentos. Era um tipo de peixe diferente dos outros, de coloração vermelho forte, com fibras firmes e que resistia na boca, quase como uma carne de corte raro. Esses cortes de peixe foram servidos como um petisco gratuito  para os presentes, e parecera agradar.

    Então houve mais um clarão no céu e a praça reluziu.

    Todos esperaram.

    O trovão não veio.

    Um grito cortante levou a atenção de todos até  o outro lado da praça, onde um grupo de homens altos, corpulentos e encharcados permaneciam em pé, formando um círculo em volta de alguém. Vários sussurros soaram pela praça, alguns defensores levaram a mão até o cabo de suas espadas, imaginando que aquele fora o grito de uma mulher. Mas até eles estavam incertos, pois nenhuma garganta de nenhuma criatura que andasse em terra teria aquele grito.

    Os homens que estavam na frente abriram espaço, e um homem um pouco maior que eles, de barba já grisalha e com um corte ensanguentado no olho direito  deu um passo à frente. Seu olho estava rasgado, a pálpebra e o próprio globo ocular, que derramava um sangue espesso e escuro pelo seu rosto molhado. Ele não expressava dor, pelo contrário, sua expressão era fechada e odiosa como as tormentas anunciadas no céu.

    Em seus braços, carregava não uma mulher, mas uma sirene.

    Os burburinhos deram espaço para vozes apressadas, e todos discutiam entre si enquanto o homem da barba branca caminhava até o pedestal da torre central da praça. A criatura em seus braços estava marcada por inúmeros hematomas, sua cauda estava exposta,
    em carne viva, como se suas escamas houvessem sido arrancadas, uma por uma. A carne por baixo já estava marcada por ferimentos profundos, e seu abdome carregava cortes abertos e recentes, circulando por toda sua cintura, quase como se em uma brincadeira mórbida, algum daqueles homens houvesse tentado arrancar a cauda da sereia.

    O homem parou em frente ao pilar de madeira, e, com toda naturalidade, jogou a criatura contra ele. Ela, que parecia estar desacordada, chiou em um grito fino, que tremeu os tímpanos de todos presentes, e tentou avançar contra ele. O homem reagiu imediatamente, dando um chute forte no peito da sereia, que foi arremessada de costas contra o pilar de madeira. Foi um chute extremamente forte, pois foi suficiente para esvaziar todo o ar que ela havia nos pulmões, e apenas um chiado fino foi ouvido enquanto ele levantava os braços rasgados dela, segurando-os bem alto. Um outro homem aproximou-se rapidamente, trazendo consigo um martelo e pregos.

    Nenhum dos habitantes de Hähle esboçaram nenhuma reação além de um fascínio nos olhos. Um brilho mórbido acompanhado de um aceno de concordância, demonstrando a aprovação diante da captura e tortura da sereia. As outras raças, nem tanto. Um elfo pareceu dar indício de que iria protestar, mas foi rapidamente calado por um olhar frio de outro. Lia-se em seu olhar que não poderiam interferir nos assuntos humanos. Houve também uma grande comoção por parte dos bruxos presentes, e alguns guardas presentes na praça logo marcaram presença, fazendo uma ronda por perto do grupo de bruxos, quase como um alarme sutil de que não é assunto dos gwrach para intervir.

    Mais um grito fino calado por um chute quando o prego foi cravado nas mãos da sereia. Sem o apoio das pernas que não possui, a única coisa que podia fazer era rebater-se inutilmente, sendo completamente suspendida pelo prego grosso em suas mãos juntas. Seus olhos escuros viravam para cima, e sua expressão e lábios trêmulos expressavam seus delírios de dor. O sangue fino escorria por seus braços e pingavam pelo seu corpo exposto, nu, obliterado. Pedaços de sua carne e pele pendiam, e logo seus movimentos foram diminuindo, enquanto a lucidez em seu olhar se perdia em agonia. O pescador sabia que teria que agir rápido ou ela morreria.

    Estendeu a mão para um de seus companheiros, que entregou-lhe uma faca larga e curvada, e o homem grande levantou-a, mostrando à todos na praça. Os habitantes de Hähle rugiram em aprovação e aplausos, pois haveria um banquete.

    O homem puxou a cabeça da sereia para cima em um solavanco, segurando-a pelos cabelos encharcados de sangue, e deu um último olhar em seus olhos escuros. Afastou-se.

    A sirene fechou os olhos.

    O homem, segurando o facão com as duas mãos, fez um brutal corte horizontal com toda sua força. O barulho familiar de vento sendo cortado soou como um estrondo no silêncio da praça, e então o som agoniante de carne rasgando e tripas derramando-se pelo chão. A faca rasgou com facilidade através do abdome fragilizado da sereia, e sua barriga estremeceu enquanto seu intestino obliterado derramava sangue e fezes pelo chão do pedestal. A sereia abriu a boca em um som vazio, sua cabeça e corpo estremeciam, e sua cauda contorcia-se. Suas tripas escorregaram de dentro do seu corpo e alguns pedaços grossos caíram no chão. A criatura abaixou a cabeça,
    em choque, olhando diretamente para seu estômago exposto.

    O som do facão retinindo no chão foi ouvido, e atenção de todos voltou para o pescador rapidamente. Ele voltou até ela em passos largos, quase que como um vulto, envolveu suas mãos grandes na cauda contorcida da sereia, e a puxou em um solavanco.

    O som do trovão finalmente tomou os céus, junto do grito final da sereia, enquanto sua cauda era rasgada do seu corpo e erguida bem alto, acima da cabeça do seu algoz, e o resto de seus intestinos caíam pelo chão.

    A chuva veio e a cor azulada da tormenta contrastava com o sangue no chão tanto quanto os rostos chocados dos que nunca viram a cultural execução de sienes em Hähle contrastava com os aplausos.

    Agora os visitantes poderiam ver pessoalmente a preparação do diferente corte de carne de peixe que fora servido mais cedo.
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    Mensagem por Althea Weinstörm Dom Out 10, 2021 1:48 pm



    wild heart
    festival do vinho - com gregorius - vestindo
    Althea pensou no que ele dissera por alguns longos minutos, em silêncio. Isto mudaria tudo o que conheceu durante toda a sua vida, não conseguia sequer se imaginar naquela posição, ela quis falar algo contestando, mas nada saía de sua boca, que estava entreaberta enquanto ela dissociava. Ela, trabalhando em Nareem com o próprio Sir Wasser, que por algum motivo fazia suas bochechas pálidas corarem quando olhava para ele. Não poderia pensar nisso, era impossível, apenas uma tolice, ele nunca iria olhar para ela da mesma forma, apesar do elogio, que tinha certeza ter sido apenas um elogio amigável, se é que ele estava sendo amigável com ela. Mordeu o lábio, suas mãos tremiam, era uma decisão muito grande que havia sido posta em suas mãos de repente, mas pensou nos seus pais, eles teriam um trabalho também, muito melhor do que o trabalho que tinham em Vreth, algo que nem podiam imaginar. Depois de longos minutos pensando, Althea virou-se para ele, que olhava o horizonte e proferiu:

    — Se assim deseja, Sir Wasser, eu aceito. Acredito que será uma grande oportunidade para minha carreira, não sei como agradecer. Obrigada.

    O reverenciou com a cabeça, segurando os livros com as mãos trêmulas. Estava muito nervosa.

    De repente, começou uma comoção muito grande, todos corriam para a praça central de Hahle para ver o que estava a acontecer. Ela seguiu as pessoas com os olhos, confusa.

    — O que está acontecendo? — Isto a deixou mais nervosa ainda, ela se encolheu no banco, segurando os livros contra o peito. Eram muitas pessoas e muito barulho, tudo de uma vez só. Engoliu em seco, seus olhos lacrimejaram pelo medo, mas ela continuou ali, paralisada, sem conseguir se mover, queria sair dali e voltar para Fries, o sol quente de verão lhe era insuportável, então ouviu um grito que não parecia humano. Se encolheu mais ainda, segurando os livros com tanta força que suas mãos doíam.

    — Sir Wasser... — Virou-se para ele com a voz trêmula, novamente olhando para seu rosto esperando uma resposta. Seu rosto corou, o que a fez ficar mais nervosa ainda. Parecia que seu coração iria explodir dentro de seu peito. Havia ouvido sobre a guerra entre Fries e Dungeloff, e na universidade um dos professores foi tão abalado pela guerra que se tornou uma casca vazia, mas nunca havia presenciado nada deste tipo em toda a sua vida. Seus dedos começaram a doer e ela continuou fitando o homem ao seu lado, esperando uma reação ou uma resposta.
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    Mensagem por Keith Mildenhall Dom Out 10, 2021 4:39 pm

    Keith
    Keith prestava atenção as palavras da pirata que o daria uma chance. Toda ressa realidade de bordeis e vida de pirata era desconhecida para ele. Até agora conhecia poucas coisas além da vida que levava trabalhando para o senhor Hamish. A mulher falava sobre amar e morrer antes de ter um relacionamento romântico.

    Ao que parecia a pirata vivia um tipo de realidade onde todos deveriam ser meio que inimigos. De certa forma o impuro entendia dessas coisas, pois achava que nunca teria algo assim como amor também. Olhou para a própria bebida e respondeu:

    — É... Eu entendo um pouco, eu acho que não nasci para isso, para romance e coisas assim. Também vou morrer sem alguém.

    Bebeu mais um pouco fazendo careta porque ardia sua garganta. Sorriu com o comentário dela de achar que fez a escolha certa. Porém era meio triste ouvir ela dizer que já havia sonhado em se casar. A achava bem bonita, então não entendi porque alguém não iria querer casar com ela. Talvez seria a vida pirata? Sorriu simpático quando a ouviu dizer o que a acalmava, o mar.

    —Não entendo porque não querem casar com você, é muito bonita... - Arrependeu-se do que disse, não sabia se a pirata iria achar ruim então logo consertou — Bonita com todo respeito!

    Depois ele propôs não mentir para ela, desde que não o obrigasse a contar o que não queria. Arregalou os olhos meio receoso por ela olhar nos seus olhos. Amelie era bem séria, não queria perder a confiança, ainda mais depois dela lhe dar uma chance. Tomaria muito cuidado para não mentir.

    Em seguida observou ela brigar com o homem que protestava, arqueou as sobrancelhas quando ela mostrou aquele dedo. Era diferente ver uma mulher tão dona de si mesma. Keith nunca havia conhecido alguma assim, embora não tenha falado com alguma mulher além de trabalho e tirar pragas de suas casas. Isso o deixava curioso e intrigado de certa forma. Continuou tentou beber mais um pouco animado por ter um emprego.

    Entretanto o evento chegou em um ponto crítico. Quando ouviu o grito da sirene, Keith desviou o olhar e encolheu os ombros. Já havia ouvido como elas perigosas, mas não achava que deviam ser tratadas assim, mesmo que fosse cultura de Hahle. Por ele podiam apenas matar de uma vez, assim como qualquer bicho que caçava.

    Não sabia muito mais sobre elas, mas se sentia angustiado para comemorar com os outros. Também porque sempre esteve a margem da sociedade e por ser algum tipo de criatura desprezada. Não como as sirenes, mas sabia que não o olhariam com bons olhos se soubessem o que era. Não saiu do lugar para ver mais perto como os outros, em vez disso ficou olhando para sua bebida com um semblante aflito.  




    by emme


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    Mensagem por Amelie Mildenhall Dom Out 10, 2021 5:02 pm





    sail on the sea

    festival do vinho // com Keith // verão

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    Ela franziu o cenho ao ouvi-lo dizer que também morreria sozinho. Por algum motivo sentia um tipo de afeto por ele, talvez por ele ser frágil, talvez por em seus olhos ele ser... Bonito. Engoliu em seco e tomou mais um gole grande do vinho até que de repente ouviu um grito que conhecia muito bem. A barraca que estavam era próxima demais da praça principal e conseguiram ver o que haviam feito com a sirene. Quando Blackmore era atacado por sirenes que tentavam derrubar o mar, eles apenas matavam as que tentavam afundar o navio e capturavam as outras, para vender no mercado negro. Nunca haviam feito ou torturado de nenhuma forma aquele éspecie, o grito que ela soltou no final fez seus ouvidos doerem.

    A maioria das pessoas estavam indignadas, viu várias raças tentando intervir, estava tudo uma bagunça enorme e ela sabia que logo os vigilantes iriam chegar. Não aguentava mais ver aquela cena.

    — Bastardos! — Cuspiu no chão mostrando sua revolta, em seguida levantou-se com rapidez e puxou sua adaga caso alguém notasse suas roupas de pirata e a acusassem de ter feito algo que ela não fez. Puxou Keith pelo braço, começando a andar rapidamente. — Vem, precisamos sair daqui antes que os vigilantes apareçam. Esses filhos da puta provavelmente vão me ver e me caçar até o fim do mundo de novo. — Puxava Keith pelo braço pelas ruas, na direção contrária à que as pessoas faziam para chegar até a praça principal, quase correndo contra uma corrente contrária. Precisavam sair dali o mais rápido possível. — E respondendo sua pergunta... Ninguém quer casar comigo por causa do meu temperamento. —  Olhou pra trás rindo, mas logo virou para frente e continuou andando, tirando os dois do festival.  


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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Dom Out 10, 2021 6:01 pm

    Vön Wasser
    Gregorius esperou calmamente a resposta vir. Particularmente achava a proposta irrecusável: viver com e para a Corte é uma honra entre as maiores. Poucos eram os chamados ao convívio diário dos Altos Nobres do Reino, sobretudo em Fries, cuja grandeza era necessário requisito para ser minimamente reconhecido. Qualquer daqueles que não fossem grandes, qualquer fosse o sentido, seria marginalizado. Talvez não marginalizado junto à Sociedade, mas a Corte Real pouco lhes daria de atenção.

    Gregorius, ainda que compreendesse seu papel no Reino, não deixava pessoas com potencial passarem despercebidas a seus olhos de águia. Podia sentir a distância o cheiro de quem aspirava crescimento e este era o caso de Althea.

    O Wasser parecia ser um empata. Cada atitude de Althea lhe soava genuína e suas palavras sinceras, ladeadas pelo nervosismo e pelo medo. Não medo de Gregorius propriamente dito, mas medo da situação, digamos, diferenciada em que se encontrava. Um choque com um estranho e todo futuro poderia ser alterado.

    O Arquiduque não acreditava no acaso, nem em coincidências. Pelo contrário, entendia que, nessas intersecções, havia divindade, como se os deuses mudassem as peças do tabuleiro e, como um dado jogado, o ritmo do jogo mudasse e a própria consequência do destino se agitasse.

    Aquele era um dos casos: encontrar Althea não foi acaso. Foram os deuses. Bastava, agora, decidir se por bem ou por mal.

    Com o aceite da moça, Gregorius desviou o olhar do horizonte e fitou-a com tamanha intensidade que o resto do mundo pareceu anuviar. Desviou o olhar do dela quando um trovão ribombou no céu e um grito ensurdecedor invadiu os tímpanos do arquiduque. Imediatamente os soldados que estavam à escolta do Wasser se aglomeraram ao redor do casal.

    Gregorius olhou para um deles, Lorelel Krister, um dos almirantes, e esse imediatamente se prostrou a sua frente. — Vamos zarpar. Preparem as embarcações imediatamente, precisamos voltar para Fries. — Olhou para Althea, suave. — Onde seus pais se encontram? — Logo a resposta dela veio. — Peguem-nos e os levem para o meu Cruzador. Expliquem o que for necessário, mas levem-nos a força se preciso. Qualquer detalhe será resolvido a bordo.

    Gregorius viu o olhar assustado da garota, que outrora passou-lhe despercebido enquanto pensava em dar ordens. Gregorius levantou-se, ajoelhou-se diante da moça e sorriu, a fim de tranquiliza-la. — Não se preocupe. Iremos embora, tudo bem? Não se preocupe com a barbárie adiante, nada podemos fazer em terras estranhas. — Sussurrou. — Quando chegarmos a Fries, pensaremos juntos em, digamos, alguma retaliação à barbárie. Fazerem isso ao público... Humanos bárbaros agindo como se comandassem ou fossem algo além de frangalhos, de insetos. — A expressão de Gregorius se tornou severa por alguns instantes, mas suavizou. — Este não é nosso Reino, por isso nos cabe apenas assistir. Ainda que sejam sirenes, estão acima da ralé humana. — Sua mente apagou-se, triste por dizer o que disse, mas necessário. Sirenes estavam, cada vez mais, marginalizadas. Não gostava daquilo, mas, ao público, nada poderia ser visto fazer.

    Virou-se para os demais oficiais e ordenou. — Abram caminho. Os autorizo a usar o fohat de qualquer maneira necessária, sem punições. — Estendeu a mão direita, ao se levantar, para Althea. — Vamos? — Disse, a convidando a saírem dali.



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    Mensagem por Althea Weinstörm Dom Out 10, 2021 6:23 pm



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    Althea tremia de medo ou talvez de nervosismo, ou talvez os dois. Via a comoção e os gritos, tentou evitar olhar para o que acontecia fechando os olhos com força para evitar a visão tenebrosa que estava sendo mostrada no palco.

    Mas de repente sentiu ele se aproximar dela e se agachar à sua frente, abriu os olhos arregalados enquanto escutava o que ele dizia, sem questionar. Tê-lo tão próximo e tão gentil foi uma surpresa para ela, não sabia o que dizer. Seu coração batia rápido por conta de todas as coisas que estavam acontecendo ao mesmo tempo, mas mais ainda por conta do homem que estava à sua frente. Era um sentimento bobo que nunca seria retribuído, ele era um grande duque com várias pretendentes e ela era apenas uma recém graduada, embora muito inteligente, porém plebe, sem sangue azul.

    Era como os livros de romance que ela lia às vezes, onde a condição financeira do casal não os deixavam ficar juntos, mas não havia nenhum casal ali, apenas duas pessoas desconhecidas, apenas um grande homem e uma pequena mulher que trabalharia para ele. Fez que sim com a cabeça quando ele começou a falar sobre saírem dali e sobre buscarem seus pais, não poderia sair dali sem seus pais, mas confiava que ele iria trazê-los à bordo.

    Ela o seguiu então, enquanto seus homens rodeavam os dois, uma das pessoas que corriam tentava passar por entre eles, assim como muitos, mas seus homens já estavam lidando com eles. Althea não viu outra opção ao não ser usar seu Fohat, envolver o corpo da mulher e jogá-la contra uma tenda que se quebrou com a força que ela usou. Sentiu seu corpo enfraquecer um pouco, sabia que quanto mais usasse e quão mais intensa fosse a magia, mais ela iria enfraquecer mais não se importou.

    Saiu varrendo todos os que corriam em direção à praça e estavam em seu caminho, os jogando para o lado usando magia, às vezes o jogando para uma barraca qualquer que se quebrava.

    Quando chegaram ao porto e ao navio que deveriam embarcar ela sentiu algo molhado em seu nariz e tocando constatou que era sangue. Limpou com as mãos e segurou os livros em seu peito novamente, esperava que ele não notasse o sangue em seu nariz.

    — Sir Wasser, temo que as coisas irão apenas piorar. Precisamos voltar para Fries logo.

    Com os cenhos franzidos, olhou ao redor.

    — Meus pais já embarcaram? — Sentiu seu corpo leve e dormente, como se estivesse caindo em um abismo, mas se segurou na borda do navio.

    — Perdão, Sir, eu não estou acostumada a usar tanto Fohat de uma única vez. — Ofegava, respirando fundo. Tentou se recuperar, passou a mão pelo nariz que ainda sangrava e suas bochechas brancas coraram de vergonha. Estava envergonhada em estar naquelas condições perto daquele homem.
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    Mensagem por Gregorius vön Wasser Dom Out 10, 2021 8:57 pm

    Vön Wasser
    Os olhos de Gregorius arderam em azul e imediatamente um trovão ribombou ensurdecedor, mas sem luz. Ao mesmo tempo, a chuva pareceu parar no ar e, como se o tempo travasse, ardeu em chamas sobre àqueles que ficavam na frente da "comitiva" do Wasser, o plasma irrompendo do atrito das gotas de chuva com o ar.

    Os passos do grupo, protegidos pelos oficiais, logo chegaram à proteção do Cruzador de Gregorius, ladeado pelas outras quatro embarcações de Fries. Não demorou dois minutos e estavam prontos para zarpar.

    A pergunta de Althea sobre os pais não foi respondida pelo Arquiduque, mas por um dos soldados que, após um olhar de ordem do nobre, respondeu imediatamente que os pais da moça se encontravam em segurança nos aposentos de visita.

    Tudo estava bem, então. Com apenas um aceno do capitão, as cinco embarcações zarparam rumo a Fries, abandonando as terras e os mares estrangeiros.

    Althea cambaleou, e Gregorius a segurou com firmeza na cintura, ao mesmo tempo que ela se apoiava. O homem olhou para a moça, cujo nariz sangrava. O Wasser, demonstrando certa preocupação, levantou a mão sobre o rosto dela, fazendo com que chamas verdes surgissem entre seus dedos - chamas que não queimavam - e, com apenas um toque suave, o sangramento estancou.

    — Não se preocupe, Althea. Logo estaremos em casa e tudo ficará bem.


    「R」
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    Mensagem por Dhumavati Seg Out 11, 2021 8:23 am



    Dhuma Lvuli;
    Dentre eles, aquela que uiva silenciosamente.
    A conversa parecia alastrar-se de forma positiva antes mesmo da minha intervenção com toda pompa e educação da senhorita Beladona. Não que fosse suposto que ela precisava de meu auxílio, ao contrário, eu precisava que ela se visse supostamente auxiliada por mim. Quais seriam meus interesses e quão longe eles iriam? Bem, isto era assunto para outra narrativa meus caros, pois hoje a festa parece ser para a carne e o vinho.

    Observo que bem perto dali há algo que aprecio bastante, coisas grátis, carne, para ser mais exata. A degustação de algum peixe mais avermelhado e que, não podendo eu desfrutar do vinho, muito me interesso desvencilhando-me de meu irmão para apreciá-la. Pego um pouco logo vendo uma criança saindo correndo, ela parece bem diferente de mim, fios negros como a noite enquanto os meus alvos são alvos como o dia nevado. O que me importa se nem seu pai se importa?

    Como um dos pedaços enquanto guardo outro entre meus dedos buscando tirar vantagem da oportunidade. O sabor é peculiar, quase como o sangue humano. Não importa, a maioria sequer saberia diferenciar este traço pelas circunstâncias e obviamente não seria um assunto que eu levantaria à tona ao me reunir com os demais que conversavam e flertavam entre si. Em especial aquela senhorita com uma taça de vinho em sua mão, se ela olhasse um pouco mais para o resto, poderia acabar babando. Parecia que apenas eu não lhe despertava interesse algum, o que tinha razões facilmente imagináveis, já que conseguia observá-la tranquilamente sem nem mesmo cruzarmos nossas perspectivas.

    Então, algum alvoroço se faz. - Parece que vai acontecer algo. Digo o obvio observando os arredores enquanto uma balbúrdia faz-se em torno de um homem carregando uma "garota" em suas costas. Os gritos são bem diferentes, e, ao vê-la desposta de suas escamas, a carne é tão similar que sutilmente vislumbro o pedaço de "peixe" em minhas mãos antes de levá-lo a boca.

    Um sorriso sinistro mostra-se por uma fração tão irregular de segundos que duvido que alguém tenha notado logo antes de voltar a face surpresa como todos pareciam fazer. Uma cena violenta que fazem minhas mãos tremerem em desejo começa e os trovões compõe a orquestra intensa daquele espetáculo. Pondero que foi bom comer antes de tudo aquilo, pois provavelmente não poderia depois se quisesse manter a figura de boa moça.

    Fico em silêncio, tentando parecer tão atônita quanto possível. Duvido que conseguiria falar em um tom normal depois de tudo. Como estariam os vampiros? Eles também sentiriam aquela "sede" que eu sentia ao assistir? Observo ambos como se buscasse respostas ou talvez compreensão mútua, apesar de não demonstrar isto em meu semblante. Talvez isto me decepcionasse um pouco, já que pareciam ser tão pacíficos, mas não importava. Havia valido a pena ter ido ali, disso eu tinha certeza.



    Ah, essa sensação, é nela que eu me sinto viva.

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    Mensagem por Callum Beowulf Ter Out 12, 2021 3:08 pm

    Callum Beowulf



    Minha irmã como sempre era “doce” na frente de muitas pessoas, mas eu nunca conseguia sentir que ela era totalmente sincera em suas palavras... Talvez fosse apenas a minha mente me pregando peças.

    A senhorita que eu havia ajudado antes agora parecia estar mais tranquila e infelizmente negava-se a jogar o liquido em cima da roupa do outro homem grosseiro, isso de fato iria melhorar bastante meu dia, mas também entendia seu lado.

    O vampiro de antes agora se aproximava me explicando toda a situação entre ele e meu irmão, eu sempre tive desconfianças de que ele não era um lobo porem agora ela era confirmada pelo tal de Viktor.

    — Desculpe minha euforia momentânea, fico feliz que meu irmão pode ter muitas amizades e momentos felizes em sua vida antes do fim, de fato nós não éramos irmãos de sangue apesar de considerarmos que sim.

    — Perdão não me apresentar, meu nome é Callum Beowulf, bom Blaze meu irmão conseguiu ajudar a abrir o orfanato imagino eu, apesar de que o mesmo não era de fato seu, era de outra pessoa, mas agora muitas coisas fazem sentido ele tendo vivido tanto tempo...

    — Mas bem Blaze viveu sem nenhum arrependimento, e infelizmente seu fim ocorreu em uma grande guerra entre lobisomens, mas seu corpo nunca foi achado, as vezes eu gosto de pensar que ele ainda está vivo hahahaha, mas é só apenas um sonho bobo de uma criança esperançosa.

    Olhava Dragnar citando meu nome dizendo que eu era lá muito conhecido, mas eu sabia que muito provavelmente aquele homem era se não mais tanto quanto eu.

    — Ora meu velho amigo sabemos muito bem que tu deves ser tão conhecido quanto eu, se não nas linhas de frente nas comemorações pôs guerras hahahahahaha.

    A senhorita bela de olhos vermelhos agora se dirigia a mim, supostamente ela havia escutado os meus feitos passados nos dias de luta nas forças armadas do reino, o que me fazia feliz, mas me lembrava de uma época difícil e sombria também.

    — Fico lisonjeado que já tenha escutado meu nome, mesmo que tenha sido pela boca de bêbados hahahahaha, foram dias obscuros tenho de dizer, mas isso me rendeu muitas portas abertas então sou grato por este feito. Apesar de que Ragar tem um feito tão tortuoso quanto o meu eu diria certo amigo?

    Sorria para ele lembrando de suas histórias em campo de batalha, a verdade era que eu e o bárbaro ficávamos muito mais confortáveis em campos de batalha do que em festas como essa, eu sabia disso em meu peito que era verdade por mais estranho que fosse.

    A senhorita que antes eu havia ajudado talvez estivesse um pouco perdida dentre tantas pessoas novas que haviam chegado, eu me aproximava dela lentamente com um sorriso no rosto e perguntava:

    — Está se sentindo desconfortável aqui?

    De repente o céu se fechava completamente e barulhos estrondosos começavam a surgir, algo grande estava por vir e isso a natureza nos mostrava aos poucos, uma tempestade iria possivelmente acabar com o evento.

    Um grito feminino ao longe chamava a minha atenção. Alguém precisava de ajuda? Em um local como este alguém iria passar necessidade com tantas pessoas ao redor? Eram pensamentos que rapidamente inundavam minha mente, porem eu de fato estava correto.

    Bem ao longe eu podia ver uma Sirene totalmente ferida e claramente precisando de ajuda ser levada a um pilar de madeira, eu estava muito longe e havia tantas pessoas em meu caminho, mas sem pensar duas vezes eu começava a ir o mais rápido possível em sua direção.

    — SAIAM DA MINHA FRENTE RAPIDO.

    As pessoas bloqueavam meu caminho como se quisessem que a pobre moça fosse de fato morta por aquele homem, mais que isso eles olhavam aquela barbaridade com um brilho nos olhos esperando algo bom.

    Ela era presa com pregos e logo após isso era praticamente partida ao meio, minhas pernas por um segundo ficavam fracas em ver aquela cena que talvez eu pudesse ter evitado diante de meus olhos.

    As pessoas aplaudiam em euforia a morte de outro ser que não tinha culpa alguma, me lembrava das crianças que viviam no porão só por terem nascido de outra espécie, isso apertava meu coração.

    Quando chegava perto dela já não havia mais nada que eu pudesse fazer, ela já estava descansando em seu sono final... Olhava para o pescador em fúria, mas pela reação do povo eles pareciam fazer isso sempre então não poderia criar uma cena nessa ocasião, mesmo que em meu peito eu quisesse me transformar e fazer o mesmo com cada um ali.

    Segurar minha fera interior não era fácil, eu me contorcia de joelhos no chão, a raiva nunca foi uma amiga minha, ela sempre tentou me derrubar e eu sempre a usei como uma ferramenta, mas tudo tem um preço, depois de tanto me acostumar a usa-la quando a sentia, segura-la dessa forma era excruciante.

    — Descanse em paz pobre moça... M... me perdoe não ter chego a tempo.

    Me levantava tremendo levemente e aos poucos voltava para o grupo, eu respirava fundo, mas então pensava algo, a carne que estávamos comendo e sendo servida era de???

    Apertava meu passo e ia direto a minha pequena irmã que ainda estava por ali.

    — Dhuma tu comeste a carne que eles estavam servindo??

    Nos eramos lobisomens comer carne era algo extremamente natural para nós, porem comer algo sem saber o que é de fato é no mínimo revoltante.

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    Mensagem por Lyria Holimion Ter Out 12, 2021 7:01 pm

    Os novinho é uma uva Não me deixe pra baixo, eu tenho viajado por muito tempo. Eu venho tentado como uma linda música.
    Traje: Clique Acompanhado: NPCs Aonde: Festival do Vinho Nota: Assando entre tantas camadas de roupa Música: Lana Del Rey - Ride
    ✥✥✥

    Os homens que acompanharam Lyria sumiram rapidamente e ela se viu sozinha com o casal sorridente. Como uma lady desacompanhada de seus serviçais ela rapidamente encurtou a distância entre os seus perseguidos e com sua ótima audição conseguia ouvir o que diziam sem problemas, agora sem medo de ferir seus ouvidos com vozes e gritos. Em sua maioria o casal conversava sobre coisas fúteis, discutindo onde passariam a noite e onde iria fazer a refeição noturna.

    A feérica já imaginava que seria daquele jeito, afinal se eles eram alvos de alguém não deveriam ser elfos normais e como tais não falariam de nada sério em público. As mulheres de antes ainda a incomodava um pouco.

    — Gostou, milady? – Um vendedor a abordou. A elfa nem havia percebido o quanto tinha gasto reparando uma cesta de frutas vermelhas. Seu estomago reclamou em resposta, fazia horas que ela não comia nada, mas não poderia arriscar se alimentar de qualquer coisa ali sem se certificar que as histórias contadas daquela cidade eram verdadeiras ou farsas. — Posso fazer uma promoção. A senhora é nova na cidade? Nunca a vi antes. – E o vendedor a inspecionava.

    Lyria colocou o leque entre o rosto e fingiu ficar corada de vergonha diante de tanta interrogação.

    — Me perdoe – Falou ela mansa e delicada. — não irei querer. – Uma brisa soou e ela levou os dedos agilmente ao chapéu que protegia a sua cabeça do sol e mantinha firme o penteado que guardava suas orelhas de olhares enxeridos. — Com licença. – E começou a se afastar gentilmente, a barra do vestido arrastando em uma poça suja. Seu casal estava há poucos metros e era para lá que ela caminhava quando o céu clareou pela primeira vez. O trovão demorou, mas chegou.

    Após alguns segundos depois um novo clarão. Lyria ergueu os olhos para o alto, encarando o céu e sua promessa de algo torrencial. Ela começou a se arrastar para um lugar onde poderia facilmente ser uma taverna mal cuidada. No entanto, seus ouvidos ouviram antes que cena ocorresse por completo, o grito. Ela apressou o passo para deixar as ruas assim como várias mulheres faziam, afinal membros da realeza e moças educadas e distintas não lutavam ou procuravam o perigo. Ela achou um ponto seguro e então começou a assistir a cena grotesca prestes a se desenrolar.

    Um homem carregando entre os braços uma mulher, não uma comum, mas da raça sirene.

    O peito da feérica se aqueceu em ódio e seus dedos apertaram fortemente o leque que mantinha metade do seu rosto oculto. A natureza se revoltou dentro dela, uma mistura de maremoto e terremoto. Lyria não era uma puritana, conhecia a maldade do mundo, no entanto nunca havia visto algo tão escrachado e aberto. A sirena sendo carregada para uma morte certa enquanto humanos assentiam. Que todos aqueles malditos queimassem no inferno. Outras raças pareciam não aceitar e algo parecido como uma pequena confusão parecia se iniciar. Lyria apressou os passos percebendo naquele momento que havia perdido o casal naquela confusão.

    Ouviu o barulho de um machado, um grito feminino ao longe e o cheiro de sangue invadiu suas narinas. Deslizou seus sapatos para uma rua que descia, ciente que em breve algo terrível poderia se instaurar. Se outros sirenes e ou raças resolvessem revidar... o banho de sangue estaria completo. Lyria até poderia ficar e reclamar o crime gratuito contra uma espécie sagrada, mas ela não havia sido paga para tal e desarmada nada poderia fazer. Cada passo que usava para se afastar do contorno da multidão sanguinária parecia uma batalha perdida. Ela jamais conseguiria esquecer aquele crime e em algum momento o vendedor iria pagar. Por suas mãos ou por alguma outra valente vingadora.  


    A espiã de Dardas
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    Mensagem por Dhumavati Qua Out 13, 2021 9:32 am



    Dhuma Lvuli;
    Dentre eles, aquela que uiva silenciosamente.
    Mentir? Isso poderia ser muito descarado. Minha voz ainda tremeria, então, não estava tão certa de minha atuação soar perfeitamente como normalmente estou acostumada. A verdade parcial? Mas como? Eu teria que dizer que sim e me sentir horrorizada? Isso poderia soar hostil para os demais que talvez também estavam sedentos e atrapalhar uma caçada tão interessante e subjetiva como a empreitada que decidi iniciar.

    Lobos tem dificuldade de sentir-se mal, e, isto para mim só pode ser um empecilho para algumas saídas, mas, o quanto seria para uma impura? Era o que eu era para os demais, certo? Além disso, um mal psicológico pode acometer qualquer um. Arregalo meus olhos olhando para meu irmão sem dizer uma única palavra, simulando uma perfeita feição atônica. Se não confiante em minhas palavras, certamente ainda estaria sobre minhas expressões sempre contidas ao longo da minha breve vida.

    Meus olhos viram-se como a sensação de transformar-me sem de fato fazer, alivio a tensão em meus membros calmamente cambaleando sutilmente, colhendo um ultimo vislumbre dos vampiros para onde me direcionaria. Cair em Callum seria difícil pois além de ser frontal ele poderia me analisar com mais tranquilidade, os demais lobos não pareciam também ótimas escolhas. Escolheria aquele que mal me conhecia, o vampiro masculino, caindo sobre sua cintura, segurando o tecido de sua vestimenta "com dificuldade", arfando e piscando lentamente.

    Não iria tão longe em um desmaio completo, uma tontura era o suficiente para tomar algum tempo e esfriar o meu corpo. Minha voz estar trêmula não seria mais um problema assim e aos poucos também voltava a plena confiança de atuar. - Tudo isso mexeu com a minha cabeça. Desculpe senhor. Digo bem baixo, sem força, respirando dificultosamente por um tempo. - Acho que sim irmão.

    Além da atuação não haviam mentiras, apenas afirmações intermediárias cujos ouvintes escolheriam como interpretar. Bem, mal, tudo ia de seus próprios desejos à cerca da minha imagem.


    Ah, essa sensação, é nela que eu me sinto viva.

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    Mensagem por Noel-Boeve Montgomery Qua Out 13, 2021 2:51 pm



    CAPÍTULO 1

    Lady de Wonuir
    Werewolf

  • FESTIVAL DO VINHO


  • Minha percepção achava-se nas pessoas que se moviam próximas. Lentamente fiz um caminho com meus olhos absinto em direção às tendas... e vagando de volta ao grupo onde estava naquela tarde, observei a conversa entre os homens em meio à música animada de fundo. O feitiço da charamela sibilava no ar e o alaúde puxara as pessoas a uma dança contagiante. Prestei atenção em quase, praticamente, tudo, e diferente do que imaginei para este dia em Hähle. Sorrindo, deixei escapar em minha mente que gostei da mudança de rumo e da suavidade daquele momento e da companhia.

    Estava começando a me sentir familiarizada enquanto apreciava minha terceira taça de vinho, não o suficiente para me embebedar, mas o suficiente para me deixar um pouco nervosa, com calor e quase convidando um dos homens bonitos para dançar.

    Havia ouvido antes Beowulf chamar o homem a quem fiz uma reverência de Ragar, não esqueceria deste nome, pois seus traços de personalidade soavam marcantes. Como eu, aquele que assemelhava-se a uma parede não tinha medo de expressar-se e comentou sobre a indelicadeza dos vampiros.

    Um dos vampiros prontamente desculpou-se por sua grosseria e apresentou-se sucessivamente. Sua voz era educada, seu nome era Viktor Constantine, um bom nome para um homem charmoso.

    De onde eu estava parada, enxerguei a vampira que a princípio disse ser Beladona. Ela havia se afastado a pouco tempo e estava acompanhada por uma jovem mocinha com cabelos brancos, tão brancos como a neve do inverno. Observei que ela era alguns centímetros menor do que eu. Uma preciosidade de criança, diferente e peculiar ao meu ver. Beowulf, que havia pedido licença antes de afastar-se, estava entre elas, e os três retornaram para nós.

    As expressões eram cômicas e me fizeram rir. Beowulf manteve as mãos nos ombros da jovem mocinha para que ela se apresentasse como Dhumavati Lvuli. Não era muito comum ver pessoas com heterocromia, me surpreende dizer que vi esta anomalia nos olhos da jovem, e eles eram cristalinos mesmo em suas diferentes cores, pude ver neles juventude e diversão.

    Reconheci que o par era interessante e Beowulf parecia bastante zeloso com ela.

    A vampira, assim como Viktor, desculpou-se pela precipitação de Ragar no momento em que Dhuma interveio a favor da mesma, que apresentou-se com o nome que eu tinha ouvido dela antes.

    Beladona bebericava da taça de vinho entre as unhas belíssimas e esbanjava cordialidade, eu e alguns dos homens igualmente degustávamos do gosto da safra que bebíamos de graça. A adorável Dhuma, Beowulf e o homem que sujei a túnica e os demais, todos nós conversávamos trivialmente, até que à minha esquerda, um homem em uniforme militar com rosto viril e cabelos grossos enrolados na testa distraiu a atenção dos nossos dois vampiros. Este também era um vampiro e mal educado, por falar nisso. Sua voz masculina fora alta o suficiente para que todos nós ouvíssemos.

    Mudei o caminho das minhas íris esmeralda para a primeira coisa que chamou minha atenção em uma avaliação vagarosa, em reconhecimento da silhueta de... Carmela. A visão dela na época, caminhando em nossa direção de mãos dadas com duas crianças, no mesmo vestido elegante que me lembrei de ter visto antes. Ela avançou os passos um pouco hesitante. Senti uma onda de emoção da mesma forma que na primeira vez em que a vi naquele bordel quando acordei do coma. Eu a olhava com tanto sentimento que era impossível mentir para mim mesma... Ela estava caminhando em nossa direção, e eu pensei que não aguentaria segurar meu oxigênio, vê-la a cinco passos de mim tirou meu fôlego e eu precisei suspirar, mas minha euforia por ela não durou muito.

    Carmela não era do tipo tímida, reservada, sim, mas não era tímida. Em sua testa formou-se um vinco de incerteza que eu sabia que era por minha causa. Não consegui distrair-me da sua presença pelos próximos minutos. Meus olhos estavam pregados na cor de rubi vermelho em seus olhos, que eram profundos. Queria saber o que se passara por sua cabeça, ter-me perto e em nenhum momento dando-me uma palavra sua.

    Permiti-me um sorriso autocrítico enquanto seguia os movimentos do homem junto a Carmela, ele colocava a mão nas costas dela, segurando-a perto, como se ela pertencesse a ele, e desconsolada com o que via, desci à vista para ver as duas crianças em frente. O menino estranhamente tinha um aspecto de personalidade que eu mesma reconheceria em mim, peito estufado e destemido, não sabia se podia afirmar isto, mas seus traços, cabelos, cor dos olhos, tudo nele parecia comigo. Transitei-me para a menina que parecia com seu irmão, entretanto, diferente dele, ela tinha a feição medrosa, talvez a mesma que eu fiz quando caí horas atrás.

    O que isto significava? Eu levantei uma sobrancelha, porque claramente as crianças eram humanas e não se pareciam com nenhum deles.

    A bebida alcoólica estava em meu sangue bagunçando meus pensamentos.

    As mãos de Carmela estavam nos ombros de cada uma das crianças. Algo sobre sua tímida ansiedade quando ela olhava para mim fazia todo o meu corpo formigar. Ela parecia tão recatada em seu vestido que eu havia visto antes. De perto, percebi que ela havia se tornado uma mulher ainda mais sexy do que lembrava-me. Eu olhei em seu rosto delicado e imaginei colando os lábios nos dela, sugando com força sua língua rosada como ela tinha-me ensinado. Então eu limpei minha garganta jogando meu cabelo de ébano para trás mexendo nele, puxando minhas próprias mechas para acalmar minha inquietude.

    A menção de “minha noiva” gerou em mim imagens incômodas daquele homem tocando-a, o que me fez franzir a testa. Assim, Carmela fora apresentada por ele, como sua noiva. Eu ri de suas palavras, embora deu-me informações que eu não sabia. Senti meus lábios se contraírem e rapidamente reprimi a minha reação, sentindo uma onda de antipatia que tomou conta de mim instantaneamente por ele. Ele não cumprimentou a nenhum de nós, lupinos, e parecia nos desprezar. Fingi uma expressão alegre com uma conversa aleatória, embora os cantos da minha boca ainda se erguessem em um sorriso melancólico e amargo. Virei-me para o lado de Beowulf e nem queria mais olhar para o vampiro de nariz arrebitado que se dizia noivo de Carmela.      

    Neste ponto, não havia me apresentado e seria uma grave falta de educação não fazê-lo, já que todos foram bastante educados. Tinha muito orgulho de ser o tipo de Lady que compartilhava suor e sangue com os moradores de VeffWonuir, não tinha aversão a trabalhar com a terra nas plantações, entretanto, não pretendia me declarar como Lady de Wonuir sozinha, sem minha guarda pessoal. Eu agiria como um civil normal, alguém que saiu de casa para curtir o festival, pois era exatamente isso que vim fazer aqui. Pelo menos eu planejava desta forma, mas Byrne e Sefina me surpreenderam.  

    — Onde esteve, Milady? Por Niarus! – Sefina disse, ditando seus passos para estar ao meu lado. — E se fôssemos para casa sem a Milady? – ela acrescentou e eu uni as sobrancelha descrente que ela estivesse jogando a culpa em mim. — Eles nos condenariam à morte por crime de traição. Por favor, Milady peço que seja mais cuidadosa.

    Que humana cínica.

    — Eu imploro seu perdão, Lady Ross. Me distrai de sua presença, mas graças aos deuses, fomos capazes de encontrá-la. – Byrne disse sem parar para respirar enquanto eu acenava minha mão para que os dois parassem com as desculpas.  

    Eles encontraram-me e não evitaram o termo Milady e Lady. Revirei os olhos e fiz contato visual com o vampiro engomadinho que estava agarrado a Carmela, ele olhava para mim com uma expressão típica de superioridade e isso irritou-me profundamente.

    Sim, estão ambos errados por motivos diferentes. A senhorita por perseguir homens compromissados e Sir Byrne por deixar-me quando é seu dever estar ao meu lado. Porém... Estou me divertindo conversando com esses cavalheiros interessantes e apreciando a beleza dessas lindas mulheres. – comentei para eles e olhei para Carmela com evidente desdém. Ela não abriu a boca para me cumprimentar e ainda por cima fingia que não me conhecia. — Peço desculpas, não tive a chance de fazer minha apresentação adequadamente. Este é Sir Byrne, meu guarda pessoal, e Sefina Gallagher, minha conselheira. – levantei a mão novamente com a intenção de mostrá-los a eles. — Senhoras e senhores – viro-me devagar para Beowulf e os outros, para a jovem de feições albinas, com um sorriso doce, e faço o mesmo com a bela vampira Beladona, mas logo meus olhos pousaram em Carmela. —  Eu sou Noel-Boeve, de uma das Ilhas de Edelweiss, a Senhora de Wonuir. Lady Ross. Encantada em conhecê-los. E sobre a túnica, uma vez mais peço que perdoe meu descuido. Mas há males que vem para o bem, fiz meu dia conhecendo gente bonita.              

    Beowulf aproximou-se de mim e ele fora muito atencioso ao me perguntar se eu estava desconfortável.

    Não muito, apenas uma experiência diferente. Na ilha onde vivemos as pessoas geralmente não são tão grandes. Na verdade, a maioria da população é formada por mulheres, não temos muitos homens.

    Todos estavam distraídos em suas conversas, aproveitei o momento para seguir Carmela, tentando parecer o mais sutil possível enquanto eu me movia atrás dela. Eu ajustei meus passos para que pudesse chegar mais perto dela.

    Chama-me de família e melhor amiga, mas leva-me para a cama e me come como uma amante, marcando meu corpo com a boca por uma noite e desaparecendo pela manhã. É assim que considera-me sua única família? Ficas feliz em ver-me? Eu pergunto. – eu disse listando minhas queixas em seu ouvido, ela virou-se para mim com uma careta e logo afastou-se. Até o momento, eu estava bastante ácida. — Olha direito em que se converteste... uma coisa morta?! Não temas a minha reação, Carmela, te vejo e sinto o que você é. Estamos em lados opostos... Eu entendo porque te fostes para longe de mim mais cedo, a verdade se ver muito clara, mas tão-pouco importa nossas diferenças gritantes se disser que pelo menos sentiu a minha ausência... – secundei, não era nem a metade do que eu queria dizer, mas ofereci-lhe minha mão propondo uma trégua e, diferente do que imaginei que aconteceria a seguir, ela usou seu sotaque nítido para me denegrir.

    Eu dei um passo para trás como se suas palavras me esbofetear-se. Carmela afirmou com todas as letras que eu fedia, mais do que uma audácia de sua parte! Sua frase estragou minhas perspectivas de reencontro.

    Eu deveria estar com raiva,
    Eu deveria sentir raiva dela,
    No entanto, eu estava nervosa...

    Fiquei intrigada o suficiente para que a pegasse pelo pulso, sem ser muito rude, e a trouxesse comigo para uma entrada estreita, onde virei em um vão de rua invadindo um beco não pavimentado, e sem ninguém passando. Estaríamos sozinhas e eu esperava que ninguém nos incomodasse porque eu precisava de um tempo com ela.

    Meu coração batia loucamente no meu peito, como o coração de um predador que acaba de capturar sua presa depois de persegui-la por tempo demais. E eu perseguia Carmela em meus sonhos. Precisava confessar a verdade sobre por que parei de procurá-la e falar honestamente sobre meu rancor por sua partida.

    Meu cheiro que ela parecia não poder suportar atingiu suas narinas com mais intensidade naquele momento como se ela realmente sentisse um cheiro horrível... carne podre talvez, porque ela estava fazendo uma careta como se estivesse esbofeteando-na.

    Não sabia que ficaria tão desapontada por esta ser a reação dela – fazia-se tanto tempo que não nos víamos uma vez mais, desde que ela partiu. Eu estava acostumada com sua voz suave tratando-me bem, cortejando-me, e ela a usou para me insultar. Mordi meus lábios, ferida e me perguntei se ela lembrava-se dos nossos momentos, tanto quanto eu.

    Dei uma longa olhada em seu quadril sinuoso onde minha mão estava e, em seguida, de volta para seu rosto, ela me olhou diretamente nos olhos. Minha mão livre tocava uma mecha de seu cabelo castanho enquanto usava minha mão em sua cintura para encostá-la na parede de pedra.

    Há quantos meses coloquei minhas mãos em Carmela? Ela estava comigo, eu podia senti-la... fria e morta.

    Tentei inútilmente transparecer indiferença, porque um sorriso prepotente estava se formando em meu rosto e, quando dei por mim, estava gargalhando. Não era assim que as coisas deveriam acontecer quando eu a visse novamente, mas ali estávamos nós. Minha respiração rouca de tanto rir, meu coração batendo forte em meu peito e minhas mãos quase tremendo por cima do tecido do vestido dela. Carmela era a ruína da minha sanidade.

    Sua voz rouca estava custosa, sem fôlego quando ela me pediu para me afastar uma segunda vez, e eu o odiei porque uma parte de mim não queria ouvi-la. Nosso vínculo se desenvolveu quando éramos humanas. A verdade era que eu nunca fui humana. A besta dentro de mim estava adormecida.

    Eu via seu olhar, o movimento de engolir em sua garganta.

    A rua estava mal iluminada e as cores desbotadas, escuras e sob nossos pés nos calçados, lama. Puxei Carmela em minha direção, enterrando meu rosto na curva de seu pescoço, descansando minha cabeça em seu ombro e mantendo meus braços em volta de sua cintura.

    Onde estavas? Com quem andastes? O que te fizeram... – sussurrei em sua pele macia. — Eu procurei por ti. Eu senti muito a sua falta. – disse, correndo a ponta do meu nariz sobre a pele de sua mandíbula. — Por que te foste embora? Por que me deixaste? Pensei que éramos amigas.

    A voz de Carmela soou estrangulada enquanto ela retrucava, como se eu a estivesse machucando com a minha voz. Inclinei minha cabeça para trás só para ver seu rosto, o que eu via me fez sentir meus músculos retrocederem para trás e eu iria me afastar, eu juro que iria me afastar. Eu ficaria longe de seu corpo se ela não me envolvesse em um abraço, fechando a pequena lacuna entre nós e amassando meu vestido com o dela.

    Seu aperto nas minhas costas fora poderoso, os ossos estalaram alto até demais. Pude sentir melhor o seu perfume, que era uma fragrância misteriosa, doce e dominante. Eu sabia que não deveria ficar excitada com isso, mas minha pulsação estava acelerada e eu conseguia sentir meu coração martelando dentro do meu peito contra os seios macios e pequenos dela enquanto ela subia as mãos em torno da minha cintura, me instigando a querer mais dela.

    Então suas mãos femininas correram pela costura do meu espartilho e eu senti arrepios onde ela me tocava. Ela ronronou em meu ouvido e meu corpo estremeceu em resposta. Eu precisava fazer algo sobre a luxúria e a tensão que se instalaram em mim.

    Um abraço não basta, Carmela. – eu confessei tocando minha testa com a dela e ela suspirou, e liberou as presas para mim, longas, brilhantes e brancas. — Preciso de mais. – eu estava ofegante, Carmela me olhava nos olhos. Eu estava fodidamente hipnotizada fitando entre seus olhos vermelhos e sua boca com aquelas presas pontudas à amostra. Separei meus lábios carnudos o suficiente para deixar a ponta da minha língua deslizar e umedecer meus lábios e caninos para ela. Eu queria que ela apagasse aquela agonia que bombeava meu corpo sob o vestido.

    — O que acham que estão fazendo aí embaixo, senhoritas? Que pouca vergonha! – olhei para cima e na estalagem do segundo andar uma senhora humana de cabelos grisalhos se preparou e jogou água em nós duas da janela. Ainda me encolhi, mas o resultado passou de apenas meu cabelo molhado para o vestido todo. Se eu tive fogo antes, não tinha mais... nem uma faísca.  

    Meus lábios se separaram em descrença enquanto linhas úmidas deslizavam pelo meu rosto e ouvia Carmela rindo deliciosamente, porque ela se molhou bem menos que eu e nos olhamos por um momento antes da senhora ameaçar jogar outra vasilha de madeira com água.

    Agradeço o banho! A senhora evitou um incêndio! – eu disse com um sorriso confiante.

    A senhora ergueu uma sobrancelha em surpresa, zangada com minhas palavras. Ela ainda sustentava uma outra vasilha e realmente a esvaziou uma segunda vez, mas Carmela e eu fomos rápidas. Carmela passou por mim, ficando na minha frente, e eu juro pelos Deuses que não consegui deixar de inclinar minha cabeça um pouco e olhar melhor para seu traseiro enorme e perfeitinho.  

    Carmela acrescentou rapidamente algo sobre eu ser lenta por estar ficando para trás. Meus olhos foram brevemente para seu rosto, e dessarte dei de ombros.

    Equivoco-me, mas chamou aquelas crianças de filhos? Como isso pode ser possível? Não tens a idade para ter crianças com aquela idade, Carmela. – perguntei tentando obter uma resposta à minha pergunta, com apenas um toque de curiosidade.  

    Ela me respondeu e escutando da sua boca eu entendia a situação, mas não eram as crianças que me incomodavam... meu ranço era bem mais desconfortável para com seu noivo.

    Stelian. Acho que era assim seu nome. Ele nem nos cumprimentou e vosmecê também. Onde está a educação? Pensei que todos os sanguessugas fossem educados... – eu disse despretensiosa e Carmela me interrompeu, me acertando um soco no ombro que quase me derrubou em uma tenda de frutas frescas. — Carmela?  

    Estava pronta para revidar quando ela sorriu; seu sorriso me fez afundar os ombros e levantar uma sobrancelha, aquilo deveria ser um tipo de soco amigável, lembrei-me que ela costumava fazer, mas dessa vez ela deve ter esquecido que não era mais humana e poderia me machucar. Dada a postura esnobe de vampira dela, eu pude ter um pequeno vislumbre da garota que salvou minha vida quando nem mesmo eu queria.  


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    Religião :
    Politeísta

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    Bissexual

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    (1) AS IRMÃS LUNARES (Arco e Flechas)

    (1) O ESPELHO DA LUA (Anel Mágico)

    Noel-Boeve Montgomery
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