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{RP FECHADA} Consequências

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Mensagem por Amelie Mildenhall Sex Dez 10, 2021 8:32 pm


Consequências

outono // clima ameno // madrugada // estalagem

Esta RP se passa entre AMELIE MILDENHALL & KEITH MILDENHALL, e se passa meses depois da quest dos vigilantes.

wod
Amelie Mildenhall
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Mensagem por Amelie Mildenhall Sex Dez 10, 2021 8:48 pm





consequências

terus // com Keith Mildenhall // outono

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No início era difícil dormir a noite por conta da paranoia, feridas, braço e toda a dor que ela sentia, a impedindo de se mover e encontrar uma posição confortável para descansar, depois que as feridas externas cicatrizaram e já não havia mais dor física, era difícil dormir por causa dos pesadelos frequentes, da ansiedade horrível que a corroía e da paranoia incessante de que iriam aparecer ali a qualquer momento e não havia nada que ela pudesse fazer para afastar esses sentimentos, nada além do que ela já conhecia... Amelie havia voltado para casa, mas comia pouco, então não ganhou tanto peso assim e estava sempre distante, mal trocava palavras com Keith, tinha medo demais de sair da estalagem, não falava com ninguém e se isolou completamente para um refúgio que criou dentro de sua cabeça, até mesmo do homem que amava.

Porém nem mesmo esse refúgio era seguro, pois quando a madrugada chegava, seus demônios a agarravam e a traziam de volta para aquele mar escuro onde ela se sentia perdida. Nem mesmo dentro de sua mente estava segura, como antes pensara. Decidiu então que iria lidar com isto da sua forma, não se importava com as consequências que iria trazer, já se sentia morta de qualquer forma, então em uma madrugada, decidiu não ficar na cama virando de um lado para o outro, tentando se encolher para não tocar em Keith e se levantou, com o maior cuidado que conseguiu ter para não acordá-lo, caminhando descalça pela madeira velha até o armário, de onde tirou uma garrafa de vinho grande que havia comprado alguns dias atrás e escondido bem no fundo. Foi até a mesa, em uma cadeira próxima à janela e acendeu seu charuto, começando a inalar a fumaça e beber o vinho enquanto seus lábios estavam desocupados.

Amelie havia se tornado outra pessoa, nem mesmo ela sabia quem era aquela, mas era desprovida de qualquer senso e vontade de continuar viva. Se sentia quebrada, completamente sugada de qualquer humanidade ou rastro de quem foi um dia. Sentia que não havia o que recuperar, não tinha nada a ser recuperado, não depois daquilo, ela havia se perdido em sua mente para sempre.

Continuou bebendo e soltando a fumaça pela janela enquanto observava a chuva que caía do lado de fora e as nuvens que nublavam o céu que deveria ser estrelado. Não tinha expressão, seus olhos ainda eram opacos, sem brilho, vazios. Como havia passado muito tempo sem ingerir álcool, fazia um efeito mais rápido e intenso agora, então se arrependeu quase de imediato por ter bebido tanto em tão pouco tempo, porque já se sentia tonta e o tabaco não ajudava, apenas intensificava os efeitos. Ao menos, naquela madrugada, poderia ter um pouco de paz.



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Mensagem por Keith Mildenhall Sex Dez 10, 2021 10:12 pm







Vigilantes

Desde aquele dia, Keith também não era mais o mesmo. Prometeu que jamais saíria do lado dela, literalmente. Estava paranoico e dormia pouco com medo de acordar e não vê-la mais.

Todo o processo de recuperação de sua amada foi doloroso, mas ajudava no máximo que podia. Trocava curativos, tentava fazê-la comer. Porém nem conseguia insistir muito, a esposa mal falava com ele. Keith estava revoltado pelo que aconteceu e mesmo matando tantas pessoas, não conseguiu tirar isso do seu peito.

Sentia-se doente por ver Amelie nesse estado e não poder curar ela. O lar deles que antes era tão cheio de paixão, agora encontrava-se silencioso. Sua amada parecia um corpo sem alma, aqueles merdas haviam matado ela pro dentro. Ele tinha uma sensação horrível de ser o fim de tudo que conheceu. Não tinha mais onde despejar sua raiva. Vê-la sofrendo e saber o que ela passou, o que estava enfrentando em sua cabeça, o deixava angustiado.

Não conseguia ficar animado e os dias passavam muito devagar. Tentar pensar no que poderia fazer para melhorar tudo, mas nem conseguia passar positividade para ela.  Se arrastava para fazer as coisas, até mesmo para cozinhar. A comida parecia ter um gosto amargo, sentia falta do sorriso dela quando jantavam juntos. Agora mal se falavam, então qual a graça de cozinhar?  

Apesar disso, Keith não era estúpido nem covarde. Dava espaço a ela e não exigia nada ou brigava por ela estar assim. Não queria deixar ela desconfortável, não sabia se encostar nela a deixaria incomodada depois do que aconteceu.  As vezes sentia-se egoísta por querer ela viva mesmo a vendo assim.

Muitas vezes quando dormia via aquelas cenas, tinha pesadelos perdendo dela de novo. Não era mais o mesmo também. Ás vezes surpreendia consigo mesmo pelo que tinha feito aquelas homens, mas não sentia remorso. Certa noite acordou assustado, seu sono andava leve. O coração disparou quando não a viu na cama. De novo não. Sentiu o ar faltando em seus pulmões. O medo, onde ela havia ido? Não podia perder ela de novo, não. Não podia acontecer isso de novo.

Levantou desesperado a procurando quando a viu pelo menos sentada perto da janela. Sentiu como se uma tensão saísse do seu corpo. Mas logo notou que a mulher bebia e fumava ao mesmo tempo. Onde ela conseguiu essa garrafa? Tinha saído sem avisar!? Preocupado foi até ela e disse com o semblante triste e preocupado:

— Amor... - Suspirou e continuou — Você saiu para comprar isso... Saiu sem mim de novo quando eu dormia, quando eu não podia fazer nada.... Não faça mais isso, assim me mata do coração.

Continuou, mas não falava em um tom repreensivo, só aflito:

— Eu vou esconder a chave já que não me ouve... Ou vou ter que aprender a ficar acordado para sempre.

Olhou para a bebida na mão dela, seu coração apertou. Era até difícil reclamar sobre isso, mas tentou:

— E sabe que não é parar beber... Amor...

Fez uma pausa antes de continuar a falar o que pretendia perguntar com medo da resposta:

— Você quer morrer não é?... Por favor, não faz isso... Vamos tentar seguir... Deve ter um jeito... A Amelie está em algum lugar, eu vou encontrá-la... Ou... Estou sendo egoísta?...  

Deveria deixar ela fazer o que queria e acabar com sua vida? O amor deles iria acabar assim, ela morrendo de cirrose e os dois separados?



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Mensagem por Amelie Mildenhall Sex Dez 10, 2021 10:37 pm





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terus // com Keith Mildenhall // outono

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Amelie gostava do silêncio e quietude da madrugada, quando quase todos ao seu redor estavam dormindo e tudo era tranquilo, não havia barulho, comoções ou vozes, apenas silêncio. Ela gostava do silêncio agora. Antes era muito entusiasmada com barulho e agitação porque era como ela era, mas depois que mudou, barulhos e lugares com muitas pessoas a incomodavam. Seu único consolo era saber dos planos de Flint e saber que eventualmente iria ter uma grande retaliação ao que fizeram, porém nem mesmo isto fazia sua angústia desaparecer, continuava em um ciclo de auto destruição terrível, se afastando de todos que amava, negando qualquer tipo de interação humana, vivendo em seu próprio mundo cinza e escuro. Não haviam mais piadas, risadas, socos de brincadeira, frases inconvenientes ou piadas de mau gosto... Esta era a antiga pessoa que morava naquele corpo, agora ela não sabia quem estava ali ou quem tinha se tornado. Era uma incógnita. Fechou os olhos aproveitando a quietude noturna enquanto levava a garrafa até a boca novamente, quando foi surpreendida de súbito por Keith despertando completamente alterado. Ela mesma se assustou e recuou um pouco na cadeira com os olhos levemente arregalados, que logo voltaram ao normal. Era difícil vê-la com qualquer expressão desde que tudo aconteceu.

Então Keith se aproximou, Amelie sentia que em algum lugar dentro daquela casca existia uma paixão imensa, um desejo enorme de tê-lo em seus braços, mas depois de tudo aquilo, tentava evitar estar perto dele o máximo que conseguia, não sabia bem o porquê, não conseguia apontar um motivo específico, mas sabia que tinha a ver com o trauma do abuso recorrente que sofreu durante uma semana inteira. Era uma dor pior do que qualquer dor que já havia sentido em ambas as vezes que foi torturada, porque esta ficava e você apenas tinha que aprender a conviver com ela, as memórias em sua mente que nunca se dissipam, a raiva, vergonha, a vontade de voltar atrás e mudar o que aconteceu, mas não havia como mudar nada. Ela não se sentia confortável em estar perto de qualquer homem, era como um instinto mais forte do que o que sentia por Keith, mesmo sabendo que ele nunca a machucaria, era involuntário. Entretanto não se moveu, apenas o ouviu falar e quando ele disse a última frase, Amelie apenas desviou o olhar vazio dos olhos dele e começou a fitar a parede ao longe, ou nada em específico, levando a garrafa até sua boca novamente e dando grandes goles. Já estava embriagada, não era tão forte quanto antes.

— Faça o que quiser, me tranque aqui se isso faz você se sentir melhor, eu não dou uma foda. — Sua voz estava completamente despida de emoções, era ríspida e vazia como seu olhar, como se saísse de uma caverna abandonada por eras, um eco seco.

Inalou a fumaça do charuto novamente, a soltando pela janela enquanto apoiava os pés na cadeira em que estava sentada, trazendo os joelhos para perto do corpo.

— Honestamente, Keith, eu não entendo o porquê de ter me deixado viver se eu morri no dia em que fui levada. Essa merda é perda de tempo, quem eu fui um dia não existe mais, nunca vai voltar, tentar agir como se tudo fosse ficar bem um dia só vai piorar quando você perceber a realidade em que estamos agora. — Levou os olhos até ele de novo enquanto terminava de falar, mas não havia nada neles. Levou a garrafa à boca ainda fitando seus olhos e a bateu de leve na mesa, voltando a olhar pela janela. Seu silêncio sepulcral havia sido quebrado, agora tinha que responder perguntas que não queria responder, porque seriam respostas honestas e dolorosas demais.




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Mensagem por Keith Mildenhall Sex Dez 10, 2021 11:34 pm







Vigilantes

Keith soltou um suspiro quando ela deu mais um gole na bebida sem o ouvir. Escutou a resposta dela sentindo seu coração quebrar. Não queria trancar ela, só queria ficar o tempo todo perto dela. Quando não ficou aconteceu algo terrível. Não suportaria isso de novo, nem sua amada.

Ouviu a resposta dela, sua Amelie estava sofrendo, as palavras dela o fez levar as mãos ao rosto, passava-as pela testa nervoso e aflito. Não era isso, não queria que ela pensasse que não se importava. Sabia que não podia fingir que nada aconteceu. Mas não podia apenas vê-la se matar sem fazer nada.

A fitou quando ela olhou para ele, os olhar dela o deixava angustiado.

— Porque eu te amo Amelie, não podia te deixar ali... Eu não consegui chegar mais cedo, me perdoa... - Respondeu agoniado — Mas não ia te deixar morrer ali, não naquele lugar, não sem nunca mais a gente se ver...

Se ela queria morrer, que ao menos não fosse lá, mas do seu lado. Era o que Keith pensava, achava horrível a ideia dela morrer, mas era pior quando imaginava que ela poderia ter morrido lá, naquele desconforto e naquelas condições.

Parou um segundo desviando o olhar inundado de lágrimas, engoliu e mordeu os lábios. Não sorria também fazia muito tempo, sangrava junto com ela, embora soubesse que não era a mesma dor. Sua Amelie que sofria na pele de fato.

Após morder os lábios mais uma vez, respondeu cabisbaixo:

—Não tô pedindo para agir como se nada acontecesse... Só queria poder te ajudar... Você é tudo para mim, antes, agora e sempre será. Eu ainda vou te amar mesmo tudo tendo mudado.  Eu mudei... Posso mudar mais se isso ajudar... Só que coloque na sua mente que mesmo nunca voltando a ser como era, eu sempre vou te amar Amelie. Mesmo até que você não consiga sentir de volta o mesmo.

Doía pensar que Amelie não sentia mais nada, tanto pela vida, quanto por ele. Porém era verdade o que dizia, a amaria seja como fosse. Estaria do lado dela mesmo se nunca mais fossem se beijar. Era ruim , mas podia acostumar-se com isso se ao ela ficasse ao menos. Só não sabia como acabar com o sofrimento dela.

— Não se sinta pressionada a voltar a ser como antes.... Eu vou tá aqui sempre, passando dez anos ou mais...  

O problema é que Amelie queria morrer e estava bebendo mesmo tendo a doença. Não sabia o que dizer para ela parar com isso. Queria o melhor para ela, só tinha muito medo que isso fosse ela morrer. Não havia mesmo jeito nenhum? Só a morte a faria bem? Não conseguia concordar com isso. Porém estava cansado e não sabia o que pensar.

— O que você quiser... O que puder fazer, sabe que é só me pedir. Só não me pede para te deixar sozinha e te deixar morrer... Se você morrer, eu morro junto Amelie, eu não consigo ficar sem você...



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Mensagem por Amelie Mildenhall Dom Dez 12, 2021 2:19 pm





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terus // com Keith Mildenhall // outono

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Existia algo em algum lugar e ela conseguia sentir isso, mas parecia que estava encoberto por todas as outras coisas ruins que tinha que sentir, era como enfiar a mão no oceano e tentar pegar um objeto específico, não tinha como encontrar a coisa que procurava, não tão rápido, talvez nunca fosse. Ficou em silêncio por um bom tempo depois que Keith terminou de falar, ponderando as palavras, tentando encontrar a parte de si que sofria com elas, até que se cansou e num suspiro, levou a garrafa à boca tentando engolir quanto goles conseguisse durante a quantidade específica de tempo que levava até irritar seu marido e ela ter que falar alguma coisa sobre aquilo. Entretanto, como havia se desacostumado muito com álcool, parecia que havia enfiado a cara em um balde cheio de álcool puro e a sensação era horrível, o gosto também, mas Amelie estava tão dormente em sua própria mente e dentro de seu corpo que não conseguia ter uma reação adequada ou sequer sentir completamente o estrago que estava fazendo em seu próprio organismo, iria acabar se matando sem sequer perceber ou se importar com isso. Quando sentiu a bebida começando a descer por seu queixo, percebeu que estava indo longe demais, embora tentasse acabar com a garrafa de uma vez. Bateu o vidro na madeira e se levantou, pegando suas roupas e as vestindo o mais rápido que conseguiu, em silêncio, calçando as botas em seguida.

— Eu só queria paz e agora tenho que lidar com você... Cacete... Um impuro de merda totalmente insuportável! — Resmungou enquanto terminava de vestir as botas, talvez tenha sido o único momento em que sua voz teve alguma emoção, porque de alguma forma sentia que precisava afastá-lo e lidar com aquela merda sozinha, como fazer alguém te odiar se você nunca machucou a pessoa? Ela não sabia, tudo o que sabia era machucar, bater, cortar, matar... Não sabia como ser propositalmente boa ou gentil, não tinha isso dentro dela, mas sabia como ser odiada, era boa em ser odiada. Segurou os olhos no olhar de Keith antes de pegar a garrafa e simplesmente passar por ele tão rápido que qualquer pessoa diria que ela estava correndo, mas Amelie era apenas rápida.

— Eu agradeceria se você me deixasse sozinha e não me seguisse como a porra de um cachorro, embora isso seja tudo que você é. — Talvez a pior "qualidade" de Amelie fosse a maldade, quando ela sabia o que machucava alguém e queria machucar, ela era ótima em abrir a ferida e enfiar os dedos dentro, sem pensar duas vezes. Mas aquelas palavras doíam de se dizer, sentia em algum lugar dentro de si que doía de volta, isso a fez parar por alguns segundos na porta, fitando a madeira, mas logo voltou ao que estava fazendo: fugindo descaradamente de uma conversa importante, apenas porque era difícil e irritante demais e ela não queria ter que lidar com isso. O problema, embora houvessem vários agora, é que já era tão tarde que as ruas pareciam estar vazias e grande parte adormecia numa escuridão imensa, com apenas um ou dois postes de madeira iluminando as ruas de pedra e eventualmente de barro, a brisa do vento estava fria e Amelie seguia para escuridão segurando forte a garrafa enquanto levava para a boca. Algo a incomodava, talvez as palavras que usou, talvez a discussão, talvez tudo o que tenha acontecido... A incomodava de uma forma que apertava seu coração, mas ela não conseguia demonstrar qualquer tipo de sentimento, não conseguia ser transparente ou pensar antes de tomar uma decisão que não deveria estar tomando, como aquela por exemplo.

Quando estava na metade da rua, sentiu um impacto contra seu corpo, que agora era mais fraco ainda e deu dois passos para trás tentando ver entre a escuridão, mas ao sentir o cheiro peculiar e escutar o passo arrastado, percebeu que havia se chocado em um mendigo. Não conseguia sentir nada nitidamente, mas conseguia sentir o calor da raiva e não conseguiu pensar antes de puxar uma das espadas com a mão livre e enfiou no peito do homem, que grunhiu de dor antes de cair como um saco de batatas no chão. Agora que sentia a adrenalina de matar novamente, não conseguia parar antes de desviar de uma mão tentando agarrar sua roupa, talvez para pará-la, até que enfiou a espada na altura do pescoço e puxou de volta depois de sentir a lâmina atravessar a traqueia do outro morador de rua que ouviu o grunhido do amigo, mas agora também caía como um saco de batatas no chão. Amelie se movia como uma gata elegante na rua, com movimentos extremamente bem calculados, buscando a próxima vítima com o olfato e audição. Levou a garrafa à boca de novo e bebeu os últimos goles, jogando a garrafa vazia no chão enquanto caminhava, sem se importar em onde iria parar, estava em um frenesi doentio, pela primeira vez depois do que aconteceu, sentia que tinha encontrado uma parte de si, embora não tenha sido uma parte boa.




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Mensagem por Keith Mildenhall Dom Dez 12, 2021 8:24 pm







Vigilantes

Conforme via ela vestir as botas, o coração de Keith ficava mais apertado e errava as batidas. Ela ia sair mesmo depois de tudo que disse? O que ela disse em seguida então foi como levar uma facada no peito. Amelie foi a primeira a não tratá-lo assim, mas agora ouvia ela usar sua condição para feri-lo.

— Amelie...  - Tentou dizer.

Mas ela não o escutava, não importava o que falava. Mesmo sabendo o quão preocupado ele ficava com ela saindo sozinha, ainda iria embora. As últimas palavras dela antes de sair foram cruéis.

A pirata então saiu, tão rápida que não conseguiu alcançar. Apesar das palavras dela e mesmo ela o chamando de cachorro por ir atrás, Keith nem mesmo calçou botas, desceu com pressa para não perdê-la de novo. Acabou tropeçando na escada e caindo. Por sorte não foi uma queda grave, embora poderia ter sido.

As mãos na frente o ampararam, machucou o pé, mas continuou. Não podia deixar ela ir para rua, os vigilantes podiam sequestrar ela de novo, alguém cruel podia pegar ela de novo. Não podia deixar isso acontecer, mesmo que a própria Amelie não estivesse ligando.

Keith não levou as ofensas para o coração e nem a sério. Talvez estivesse louco, mas ele era o tipo de pessoa que amava apenas uma mulher por todo uma vida. Era o tipo de pessoa que não abandonava mesmo que seu amor não estivesse bem da cabeça ou com problemas. Para ele Amelie era insubstituível. Dizia a si mesmo que a esposa não estava em condições de pensar ou tomar boas decisões. As coisas ruins que ela dizia era por causa dos vigilantes, não dela mesma, não de sua Amelie.

O que aqueles vigilantes fizeram com ela... Roubou dela a razão. Não sabia como por de volta, mas não ia apenas desistir e deixar ela se destruir assim. Quando a encontrou teve um baque ao vê-la matando mendigos. Ela estava louca ou algo assim. Porém isso fazia mal aos pobre coitados e até mesmo chamaria atenção dos vigilantes de novo. Tinha que parar ela, mesmo que talvez ela nem se lembrasse mais dele.

Correu até ela o mais rápido que conseguiu e a abraçou por trás a envolvendo com os braços e chorando:

—AMELIE! Para com isso! Por favor, vamos voltar! Não adiantar fugir de mim, eu vou atrás, não vou assistir você se destruindo! Posso ser um impuro de merda, um cachorro ou um lixo mesmo como meus pais achavam. Eu aguentei minha vida inteira ouvindo essas coisas, sendo tratado como um lixo, mas não vai ser agora que não vou aguentar. Eu nunca vou desistir de você! Pode me xingar, me machucar, mas não vou nunca te abandonar! Eu te amo mesmo você me tratando assim! .

Entre soluços implorava:

—Por favor, vamos para casa! Por favor... Não foge de mim Amelie.... Nem que seja por pena, nem que seja pra ficar livre da minha insistência, volta para casa. Não precisa gostar de mim, só volta por favor! Eu prometo ficar quieto! Prometo que nem vou dormir do seu lado! Vamos voltar...

Aproveitava que ela estava mais debilitada, magra, para segurá-la o máximo que conseguia para fazê-la o ouvir. Ele insistiria sempre, Keith só pararia morto. Quando falava que Amelie era sua vida, não estava de brincadeira, não falava da boca para fora. Não iria ficar sem fazer nada, poderia ir até o fim do mundo, mas não a deixaria. Não tinha medo de morrer, porque viver sem ela era como morrer de qualquer jeito mesmo.


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Mensagem por Amelie Mildenhall Dom Dez 12, 2021 9:19 pm





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terus // com Keith Mildenhall // outono

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O frenesi de matar novamente nublava seus sentidos, era como uma predadora buscando uma presa, pronta para mostrar as garras a qualquer momento. Buscava sua próxima vítima enquanto caminhava na escuridão, estava tão escuro que não conseguia ver dois passos à sua frente, mergulhava na escuridão tentando usar seus sentidos de maneira extrema, seu coração pulsava rápido e as mãos seguravam as espadas com força, estava completamente distraída quando sentiu mãos ao seu redor. Amelie entrou em pânico, todas as memórias do que viveu naquela masmorra a atingiram como um soco no escuro. Seus instintos de sobrevivência começaram a gritar em sua cabeça, tudo o que queria era se livrar daquelas mãos e destruir completamente quem quer que estivesse ali. Seu cérebro funcionava de maneira muito simples naquele momento, mas precisava focar por alguns segundos. Certo, estava no meio da escuridão matando moradores de rua aleatórios, alguns maiores do que ela, agora não conseguia se mover porque suas lâminas se tornaram sua única proteção, não podia depender de sua força física agora.

Tentou engolir o medo e o desespero e focar, precisava focar e não permitir que aqueles sentimentos fossem maior que ela, não conseguia sentir nada, mas aparentemente medo conseguia sentir e sentia demais, sentia tanto medo que sua garganta havia fechado com um bolo enorme e seu coração errava as batidas, tão rápido que conseguia ouvir as pulsações em seus ouvidos. Seus olhos estavam começando a se encher de lágrimas, eram segundos tão longos enquanto tentava decidir o que pensar, não podia deixar que a machucassem novamente, não conseguia fechar os olhos enquanto a machucavam daquela forma de novo. Segurou a espada com força, precisava ter sua liberdade novamente, quando ia virar a espada para trás e investir contra o "inimigo", sentiu o tecido de sua blusa ficando úmido e em seguida a voz de Keith.

Certo, talvez conseguisse sentir raiva também, conseguia sentir a raiva subindo por seu estômago. As palavras que ele falava mal entravam em seus ouvidos, estava furiosa. Sua respiração acelerou, pesada, o ar entrava em seus pulmões e logo saía, não conseguia pensar. Precisava ter sua liberdade novamente. Segurou a lâmina da espada com a palma da mão e grunhiu com a dor da lâmina contra a pele, cravando fundo, mas não iria usar aquilo contra ele, pelo menos a lâmina não. Fez um movimento rápido com toda a força que conseguiu batendo o cabo da espada direto entre os dois lados das costelas de Keith, se ele não vomitasse, iria ter uma dor pulmonar enorme. Seria o suficiente para soltá-la, esperava. Assim que conseguiu se desvencilhar de seu aperto, Amelie segurou a espada de maneira normal novamente, as feridas em sua mão doíam muito, mas não iria parar até que estivesse no chão completamente desacordada.

— Qual é o seu problema, porra?! Eu ia te matar, cacete! Que porra você tá fazendo?! — Gritou alto demais no meio do escuro, não estava longe, então conseguia vê-lo com mais nitidez.

— Quer saber?! Me segue se quiser! Foda-se! Eu achei que era adulta o suficiente pra tomar minhas próprias decisões, mas agora eu tenho a porra de um bebê chorão pra cuidar, caralho... Caralho! — Não se sentia confortável o xingando ou usando palavras ruins para descrevê-lo, mas se precisava parecer um monstro para que ele se afastasse, ela sabia como fazer isso. Era a única coisa que era ótima fazendo. Talvez no fim eles estivessem certos, talvez ela fosse um monstro no fim das contas... Não conseguia mais se ver de outra forma.




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Mensagem por Keith Mildenhall Seg Dez 13, 2021 10:05 am







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Era uma péssima ideia a abraçar e segurá-la por trás, mas Keith estava desesperado para impedir ela. Só queria não perdê-la novamente. Chorava enquanto praticamente implorava para ela não ir. Porém recebeu um golpe na costela que o fez cair para trás.Tossiu contorcendo-se no chão com dor. Em seguida vomitou.

A vontade era continuar chorando, mas ao escutar as palavras dela isso o atingiu, sentiu-se envergonhado, não queria ser um bebê chorão, era o marido dela, que devia garantir a segurança dela e lutar por ela. Estava pensando sem usar a razão, precisava parar de chorar. Passou a mão no rosto enxugando as lágrimas, engoliu o choro e limpou a boca em seguida.

—Amelie, espera! - Disse assim que voltou o ar aos seus pulmões.

Tentou parece menos desesperado quando continuou, se levantou, estava sem sapatos e com a roupa de ficar em casa. Seu pé de madeira até aparecia. Devia estar parecendo deplorável, não tinha dignidade mais a essa altura. Sentia vergonha, mas ainda era pouco se comparado com a vontade de protege-la e do medo dos vigilantes a pegarem de novo. Fazendo uma voz mais séria e equilibrada disse:

—Estou preocupado com você, não vou te deixar sozinha andando por ai, vou te proteger onde quer que vá. Por favor, volta, prometo ficar quieto, não vou falar nada nem chegar perto de você. Durmo no chão se quiser, mas só fique em casa… Se não, vou
continuar te seguindo igual um cachorro até os confins do mundo e te perturbando como você diz... Me xingar ou me machucar não vai me parar. Tô acostumado com isso. E eu não tenho medo de morrer, sem você eu morro de qualquer jeito...


Engoliu o nó na garganta. A seguiria se ela continuasse, acrescentou:

—Se você for para casa eu não falo mais nada, te deixarei em paz lá, mesmo que… Mesmo que queira outra pessoa. Mas aqui vou te seguir e tentar te impedir de continuar assim. Sim, pode me chamar do que quiser, mas casar e amar é isso para mim, nunca abandonar, não importa o que aconteça.

Os olhos úmidos de Keith estavam determinados, mas tentava não chorar. Estava muito aflito, tentava pensar em jeito de parar ela, de deixar segura, não importava o que precisava fazer desde que conseguisse deixar ela fora de perigo. A amava mais que tudo, mais que sua dignidade. Amelie podia xingar e pisar o quanto quisesse nele, Keith não a deixaria. Eles só tinham um ao outro, para ele a esposa não estava em condições de tomar decisões agora. Tinha que deixar ela segura até talvez um dia ela melhorar. Nunca a abandonaria.





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Mensagem por Amelie Mildenhall Seg Dez 13, 2021 6:24 pm





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Desde que tudo aconteceu, Amelie era como a casca de quem foi um dia, apodrecendo enquanto o resto desaparecia. Tudo ao seu redor era como um eco distante, era difícil processar as coisas ou sequer entender que haviam coisas a serem processadas. No entanto, era como se seus sentidos estivessem voltando lentamente e de repente de uma vez só. A tristeza e as tendências suicidas já haviam se acomodado em sua mente novamente, embora não conseguisse expressá-las, mas é claro que a terceira coisa tinha que ser o ódio. Sentia muita raiva, não sabia exatamente de quem ou do quê, só que sentia uma sensação sufocante que a fazia querer arrancar a própria pele tentando expressá-la. Era péssima em expressar coisas antes, agora então...

Mas Amelie era tão boa com a raiva, que conseguiu quebrar o véu fino que separava os dois mundos, o problema é que era a única coisa que havia conseguido recuperar. Era tudo o que conseguia sentir, como se o mundo por seus olhos fosse vermelho flamejante e não houvesse nada além do caos, a destruição, o ardor do ódio em seu peito.

— Você é estúpido ou que?! — Sua própria voz passava por seus ouvidos como se fosse um sussurro, mas estava alta demais. — Eu tô tentando fazer você me odiar, seu imbecil! Nem isso você coopera! — Não se importava com o sangue que escapava de sua mão pelos cortes da própria lâmina, a dor ali era como um formigamento leve, embora fosse uma ferida bem aberta, estava dormente. Estava impaciente, embriagada, sangrando e totalmente descontrolada, como uma máquina agora, sem nenhum rastro de humanidade ou de quem foi um dia. Sua voz era ríspida e a única emoção nela era o ódio que carregava em seu peito, queimando todo o resto. Suspirou antes de decidir se virar e ignorar completamente o que ele havia acabado de dizer, andando pela rua de pedra como se Keith não estivesse a seguindo.

— Eu só queria um pouco de paz nessa desgraça, mas não... Nãão... Eu tenho que lidar com essa-... — Antes que pudesse continuar resmungando, viu que a rua acabava e outra começava na horizontal, mas ali era ao menos mais iluminado que o resto. Também era vazio e desolado. Do outro lado havia apenas um beco mal iluminado, de onde saía um barulho estranho. Amelie estreitou os olhos tentando ver alguma coisa, segurando os cabos das espadas com mais força até que o barulho baixo e abafado parou. Deixou os olhos voltarem ao normal, completamente decidida em não entrar ali, mas sem conseguir tirar os olhos daquela escuridão enquanto ouvia passos abafados contra as pedras do chão. Assim que viu os dois feixes de luz brilhando no escuro, escarlates e assustadores, todos os seus sentidos apitaram entrando em um estado caótico e Amelie paralisou. Talvez correr de volta para escuridão com a mão sangrando? Do que vampiros se alimentam? Ah sim, dela. Precisava pensar, mas não conseguia processar um pensamento sequer. Antes que pudesse tomar uma decisão ou pelo menos pensar, pôde ver os cabelos loiros e a veste bem detalhada e elegante do homem, que limpava os lábios com os dedos.

— Que pena, uma interrupção. — Não era novidade que os inimigos que tinha que lidar não eram apenas vigilantes, mas todas as outras raças do planeta. Talvez a que mais invadisse Hahle fossem as criaturas do sul com peles gélidas e olhos opacos que brilhavam no escuro de maneira sinistra, mesmo após a criação do Mercado Negro. Mas ter um na sua frente agora, fazia toda a coragem escapar de seu rosto bronzeado e agora estava tão pálida quanto o homem que se aproximava. Ela tinha um talento em se colocar em situações perigosas propositalmente.

— Pode continuar, eu tô saindo. — Ia se virar para correr de volta e puxar Keith pelo braço, em completo desespero, quando uma fumaça negra se formou ao redor da figura pálida e ele desapareceu. Seus olhos ciano se arregalaram observando a sombra dançar pela luz do poste e cair novamente no chão, dando forma ao homem loiro novamente. Antes mesmo que Amelie conseguisse ouvir os passos de Keith, os olhos vermelhos foram em sua direção, como se enxergasse a escuridão da mesma forma que ela enxergava o dia, seguido de uma careta estranha.

— Eu poderia me perguntar o que diabos estás fazendo com essa laia, entretanto levando em consideração a laia estúpida que és, não me surpreendo mais. —
Ele suspirou, tirando luvas do bolso e começando a vesti-la como se estivesse em sua própria casa, tranquilamente colocando uma peça de roupa. A ruiva não sabia do que o homem estava falando, então apenas ignorou seu comentário e tentou dar um passo para trás, mas os olhos vermelhos que estavam nas luvas encontraram os dela novamente, como se a congelassem no lugar. Não sabia se era isso que ele estava fazendo porque não conhecia muito sobre aquelas coisas, ela os desprezava na verdade, mas eram bons em serem intimidadores.

— Você tá em terras erradas, morceguinho. — Instintivamente apertou as espadas, sentindo a dor dos cortes com mais nitidez agora, como se estar à flor da pele fosse a única forma de se manter consciente. Ele apenas sorriu e voltou sua atenção para a outra luva, parecia que ia dizer alguma coisa, mas decidiu manter em silêncio. — Eu vou dar a volta e você continua com seu jantar, todo mundo sai feliz! — Amelie sentia a coragem escapar por seus dedos enquanto ouvia o homem rir dela. Engoliu em seco. Sua expressão não devia ser tão encorajante assim. Os olhos dele foram para sua espada que pingava sangue, pareciam se apagar um pouco mais enquanto fitava o líquido escarlate caindo no chão.

— Posso ouvir sua pulsação, estás com medo. Eu também tive... — Não deixou ele terminar e de súbito o atacou com toda a força que conseguiu encontrar, mas o vampiro desapareceu da sua frente antes que a espada estivesse na metade do caminho e o impulso a puxou direto para o chão. Amelie caiu pateticamente no chão enquanto ouvia o barulho das espadas contra a pedra. Levantou o olhar de imediato, procurando pela coisa que estava bem na sua frente e viu seu vulto tomando forma de novo há alguns metros de distância. — Ugh... — Ele resmungou com uma expressão de desgosto no rosto. Ao menos estava mais longe, se perguntou se não tinha como sair correndo de onde estava, talvez se fosse rápida o suficiente... Era sempre estressante lidar com coisas que não eram humanas, viva ali há "tanto tempo", porém não sabia como reagir ou o que fazer em situações como aquela.



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{RP FECHADA} Consequências Empty Re: {RP FECHADA} Consequências

Mensagem por Keith Mildenhall Seg Dez 13, 2021 8:31 pm







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Keith a tentou seguir, mesmo depois dela o ofender desse jeito. Sua amada ainda não entendia que nada o afastaria dela, só a morte poderia fazer isso. Pior é que ela sangrava, queria poder colocar um curativo nela, mas sua esposa escapava dele como água que escapa pelos dedos.

Trincou os dentes aflito, já que ela não cooperava em voltar, ele iria segui-la até ela cansar, porém não a deixaria sozinha. Apressou o passo para alcançar ela até que ouviu a voz de mais uma pessoa. Assim que chegou mais perto viu um tipo de vulto tomando forma. Sentiu sua espinha congelar. Isso só podia significar uma coisa. Vampiros?

Não havia tempo para se transformar agora, pois seria um alvo extremamente fácil. Keith ainda lembrou que tinha esquecido as armas quando saiu desesperado. Que droga, ficou com raiva de si mesmo. Não podia dar uma bobeira dessas. Então sem demorar mais avançou na direção de Amelie:

—Amelie! - Exclamou para que o outro ouvisse.

Olhou para o vampiro e o ameaçou:

— Não ouse vir atrás dela. O marido dela é um lobisomem e está por perto.

O olhar de Keith praticamente pegava fogo, não estava com medo, não era o mesmo Keith. Encarava o vampiro nos olhos se este se vira-se na sua direção perceberia sua ousadia. O impuro se colocou frente da amada como um escudo. Seu único medo ali era perdê-la. Infelizmente estava desarmado e descalço era possível ver parte de sua perna falsa. Que droga! Era por isso que não queria ela andando sozinha, era perigoso! Quantas vezes precisou falar isso? E se não estivesse lá? Como faria para estar sempre perto? Podia não ser grandes coisas, mas ainda sim por perto podia fazer alguma coisa para protegê-la.

Não sabia muito sobre vampiros, apenas que eles tinham alguma coisa entre eles e os lobisomens. Além disso, conhecia que vampiros não podiam beber o sangue dos licantropos. Não era um deles, mas talvez essa informação podia ajudar em alguma coisa.

Talvez o vampiro não acreditasse nele, mas estava preparado para se oferecer caso esta criatura ameaçasse sua amada. Deu mais um passo na frente de Amelie e mais perto do vampiro do que ela.



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Mensagem por Amelie Mildenhall Seg Dez 13, 2021 9:25 pm





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terus // com Keith Mildenhall // outono

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A brisa fria passou como um furacão enquanto Amelie tentava segurar as espadas e se apoiar nos braços novamente, mas o corte em sua mão agora pulsava de dor, como se estar em adrenalina fizesse ela sentir as coisas nitidamente e eram tantas coisas. Ver Keith se colocar à sua frente não foi animador, ele seria estraçalhado por aquele homem, dentro de si em algum lugar, uma voz gritava de desespero, mas não conseguia alcançá-la através da dormência, embora o sentimento fosse tão forte que conseguisse quebrar o véu de segundos em segundos.

Conseguiu se levantar, grunhindo de dor pelo corte em sua mão que ela mesma havia feito numa tentativa desesperada de conseguir se livrar das mãos de Keith. Agora parecia uma ideia estúpida, se sentia estúpida. Nunca ouvia ele e sempre dava merda, se xingava mentalmente. O vampiro olhava suas mãos, desinteressado, em seguida levou os olhos vermelhos para Keith, com uma expressão de nojo.

— O marido dela é você? Porque sinto teu cheiro pútrido de cachorro daqui. — Disse com uma voz firme, aveludada. — Não me surpreende, entretanto, humanos são seres estúpidos demais para tomar decisões sãs. — Ele suspirou e Amelie sentiu suas sobrancelhas ruivas franzirem de ódio.

— Keith... Amor... — Tentou chamá-lo com a voz baixa, era a primeira vez que usava palavras carinhosas com ele desde que tudo aquilo aconteceu. — O que você tá fazendo?! — Amelie sentia o frio gelar sua espinha, mas não apenas o frio, o medo também fazia isso. Ela olhava para o vampiro sem entender o que estava acontecendo. Não sabia como lutar contra aquela coisa e muito menos o que Keith planejava fazer.

— Ouvi sobre vocês... Consegues alcançar os três níveis de transformação, lycan? Bem, isto não importa, irei matá-la na sua frente, de qualquer maneira. — O vampiro sorriu, um sorriso malicioso. Amelie engoliu em seco, porém segurou as espadas com mais força, sentindo isto piorar o corte e o sangue que escorria.

— Se você quer me matar, pode me matar, mas se tocar nele, eu vou arrancar cada membro desse seu corpo morto e te... — Mas estas ameaças pareciam vazias, porque o vampiro loiro apenas gargalhou ao ouvi-la falar.

— Com que força? A tua? — Ele perguntou entre risadas. Amelie sentiu o medo ser substituído pelo ódio, sua expressão mudou pela primeira vez, para aquela expressão de ódio novamente, uma expressão que não existia há muito tempo.



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Mensagem por Keith Mildenhall Seg Dez 13, 2021 10:20 pm







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Keith trincou os dentes quando o vampiro o respondeu falando sobre o cheiro de cachorro. Fechou os punhos com força tentando pensar no que fazer para escaparem dali.

De repente ficou surpreso por ouvir Amelie o chamar de amor, fazia tanto tempo. Ainda tinha essa parte dentro dela? Ainda se preocupava com ele mesmo estando mal depois de tudo? Sentia tanta falta de ouvir a voz dela falando assim com ele. O coração dele apertou. Isso só o dava ainda mais coragem para não sair da frente dela.

Dessa vez estava perto dela, então faria de tudo para livrá-la desse inimigo. O vampiro então disse que a mataria na sua frente, isso fez Keith ficar com ainda mais ódio. Ouviu sua amada se oferecer, isso o deixou muito aflito. Porém o vampiro apenas riu da fala dela.

O impuro no entanto avaliava as alternativas, o vampiro queria matar sua esposa, não conseguiriam sair dali sem antes atrasá-lo. Mas como atrasar ele? Nem tinha trazido a pistola. Ele tinha uma teoria em mente, porém não sabia se daria certo. Se tivesse sangue lycan suficiente, talvez fizesse mal ao vampiro. De qualquer forma tentaria dar tempo para Amelie escapar ou agir.

—Não sou o lobisomem - Disse com um olhar sério -— Não posso me transformar… Nunca pude... Sou impuro…

Então puxou a calça para ele ver melhor a sua perna.

—Meu sangue é melhor do que o dela… Deixe-a ir, eu não vou reagir… Por que ter ela que está magra, debilitada e adoecida, quando tem a mim?  Ela mal tem se alimentado esses dias...Vou te alimentar muito melhor do que ela… Ouvi falar que vampiros gostam de impuros… Já experimentou um?

Esticou o braço na direção dele mostrando as veias do pulso, sua pele não era tão bronzeada ainda, era do tipo que ficava vermelha com sol ou qualquer outra coisa. Deu mais um passo para frente, lançou um olhar sério para sua amada e depois voltou ao vampiro dizendo:

—Eu a amo mais que tudo… Ela foi a única que me deu valor nessa vida... Por isso por favor troque ela por mim… Eu tenho muito sangue…

Keith mordeu a ponta do seu polegar para sair sangue, nem que fosse um pouco. Uma gota vermelha brotou da sua pele, no fundo sabia que Amelie não iria correr e deixa-lo, ela nunca fazia o que ele queria que era se cuidar e se proteger, mas esperava que isso ao menos atrasasse o vampiro ou o fizesse mal. Amelie poderia aproveitar para enfiar as espadas nele e na melhor das hipóteses o vampiro passaria mal seu sangue, mas não sabia se daria certo.





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Mensagem por Amelie Mildenhall Ter Dez 14, 2021 1:06 am





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O vampiro loiro ergueu as sobrancelhas ao ouvir o que Keith dizia, depositando certa atenção em suas palavras. Amelie não conseguiu evitar de arregalar os olhos. Ele estava insano? O que diabos ele estava planejando com aquilo? Não fazia nenhum sentido em sua cabeça, falar sobre quem ele era, se expor daquela forma e depois oferecer seu sangue... A um vampiro... Seus olhos desesperados não paravam quietos, iam para o vampiro e depois de volta a Keith. Não sabia o que sentia e conseguia sentir as garras de seu verdadeiro interior arranhando no fundo de seu âmago tentando sair para fora, enquanto ela tentava lidar com o furacão que se formava em seu peito, em uma mistura de vários sentimentos e nenhum deles era bom. Era como se estivesse explodindo como uma bomba nuclear que iria explodir e destruir tudo à sua volta a qualquer momento. Entretanto, não conseguia fazer nada, não conseguia se mexer embora suas mãos tremessem e seu coração batesse tão rápido que conseguia ouvir as batidas em seu ouvido, tão nítidas como a luz do sol.

Então o homem se aproximou tão rápido que simplesmente virou um vulto na frente dos dois, os olhos humanos de Amelie não conseguiram captar o movimento com clareza e apenas percebeu quando ele já estava bem na frente de Keith.

— Bem... Neste caso... — Ele tinha um sorriso sádico no rosto, estúpido demais como um vampiro recém criado para notar o perigo em que estava, ignorando o olfato que não mentia sobre as raízes do impuro, era forte demais para ele ser mais humano do que lycan. Mas Amelie não sabia disto, estava completamente perdida sobre o que estava acontecendo e não queria apenas assistir enquanto o homem que no fundo amava, sofria e o pior: morria em sua frente. Seria um trauma que não conseguiria lidar, conseguia lidar com os vigilantes e qualquer outra coisa, mas não em apenas assistir sem conseguir fazer nada, então num impulso suas mãos apertaram os cabos das espadas com mais força, tanta força que abriu mais o corte em sua mão, fazendo um estrago maior e pintando o chão de pedra de vermelho escarlate. O vampiro percebeu isso e por breves segundos levou o olhar até ela, que devolvia um olhar fuzilante. — Sempre achei que o amor era uma coisa trágica, no fim. — Ele comentou meio que para si mesmo, sua voz a irritava, queria matar aquele sanguessuga bem ali, antes que ele desse um passo, mas não era como Keith ou Gallant, ou qualquer outra criatura, era apenas uma humana que apenas se defendia de outros humanos quando era necessário e era muito boa nisto. Mas uma criatura como aquela... O vampiro sorriu, agora mostrando as presas que surgiram em sua boca e antes que pudesse antecipar, cravou os dentes no pescoço de Keith. Amelie não conseguia se mover, estava acontecendo rápido demais, não era a hora para uma crise existencial, mas ali estava ela, tendo uma. Talvez se não fosse humana... Ele iria lhe matar depois que matasse Keith? O que estava acontecendo? Engoliu em seco de olhos arregalados assistindo o vampiro perfurar o pescoço do único homem que amou, começando a sugar seu sangue o mais rápido que conseguia, parecia estar em êxtase.

— SEU FILHO DA PUTA! — Ela berrou e finalmente conseguiu avançar em direção à criatura pálida, porém assim que chegou perto o suficiente, ele já havia ingerido demais e se afastou, dando dois passos cambaleantes para trás, segurando o próprio pescoço com a mão, com a boca completamente suja de sangue.

— Você... Mentiu... — Ele estava pateticamente de olhos arregalados e cambaleando para trás enquanto sua garganta ardia, até sua voz estava rouca e desbalanceada. A ruiva não entendeu nada, não entendia nada sobre aquelas coisas de qualquer forma. Apenas viu a oportunidade de atacar enquanto ele estava vulnerável e assim o fez. Mirou as duas espadas em seu coração e enfiou as duas usando toda a força que tinha, o que não era muita, mas teria que dar de algum jeito. Os olhos vermelhos se arregalaram enquanto ele levava a mão para as mãos de Amelie, com o coração literalmente perfurado. O sangue do vampiro começou a sujar as lâminas, mas Amelie apenas as girou dentro de seu coração, o mais forte que conseguiu. Os olhos vermelhos se arregalaram ainda mais e ele deu dois passos para trás, se recuando.

Amelie achou que havia conseguido derrotá-lo e virou-se para Keith, que parecia desnorteado, porém sentiu uma mão fria a puxando pelo braço e de repente foi jogada por alguns metros, até que encontrou uma parede de pedra, batendo contra ela com as costas de maneira tão forte que uma leve fumaça de poeira se formou enquanto ela caía no chão, tossindo pelo impacto. Não sabia como não havia fraturado nenhuma das costelas naquele processo, com certeza deveria, mas sentiu um zumbido em seu ouvido e uma dor lancinante em sua cabeça, que havia batido com força. Logo o vampiro estava bem à sua frente novamente e antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, ele a puxou pelo pescoço, arrastando-a pela parede até que seus pés saíram do chão e o ar começou a faltar. O vampiro sangrava torrencialmente pela ferida no coração, mas continuava com as espadas cravadas, era um morto-vivo, afinal. Agora estava mais fraco, era mais fraco que os outros vampiros por ser bem mais jovem. Ele puxou uma das espadas com a mão livre, grunhindo de dor, o que apenas fez sangrar mais, deixou cair no chão sem se importar muito, enquanto a pirata se debatia tentando escapar de sua mão. Se não se alimentasse logo de sangue fresco, iria acabar morrendo por perder tanto sangue e não conseguir se regenerar.

A ruiva aproveitou seus últimos momentos com ar nos pulmões e usou uma das mãos para puxar a outra espada com força, enquanto ele gritava de dor sentindo seu sangue vampírico escapar por seus dedos. Os dedos ao redor do pescoço de Amelie ficaram mais fracos e ele segurou o peito com a mão livre, enquanto Amelie usou a mão cortada para segurar forte a espada e enfiar em sua mandíbula, não conseguindo pressionar mais fundo antes que ele urrasse de dor e fosse para trás a soltando. Ele tentava segurar o ferimento agora em sua mandíbula e ela caiu no chão ainda segurando a espada com a mão ferida. Gemeu de dor pelo corte fundo, mas conseguiu se apoiar e ficar de pé, embora agora estivesse tonta com a concussão.

De repente sentiu uma mão gelada a segurar pelo pescoço novamente e foi jogada de novo, como um objeto sem vida, encontrando o chão de maneira ridícula. O vampiro apareceu em segundos em cima dela e avançou em seu pescoço, mas quando Amelie sentiu os dentes dele rasgando sua pele, colocou a ponta da espada no peito da criatura e enfiou dentro de seu coração novamente. Apesar da dor, ele ainda tentava sugar seu sangue, então a pirata enterrou a lâmina mais fundo enquanto grunhia de dor e puxou a espada de volta, sentindo o sangue gelado manchar sua roupa. O vampiro de madeixas loiras olhou para seu próprio peito com os olhos vermelhos agora apagados, havia perdido muito sangue e tinha outro buraco no coração, isso não era bom. Ela enfiou a espada lá novamente, assistindo enquanto os olhos dele apagavam mais e mais até não brilharem e tomava um banho de sangue gelado. O virou, num impulso, ficando por cima de seu corpo e puxou a espada, apenas para cravá-la no coração dele novamente. O vampiro começou a agonizar no chão enquanto sangrava. Agora Amelie também sangrava no pescoço e quando conseguiu sair de cima dele, caiu para o lado, sentindo a cabeça pulsando de dor, a parte de trás doía muito pela batida. Precisava muito de tabaco agora.



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Mensagem por Keith Mildenhall Ter Dez 14, 2021 7:35 pm







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Keith não sentia medo por si mesmo, mas sim por Amelie. Isso garantiria a segurança dela? Porém era a única saída que surgia na sua mente agora. Logo o vampiro cravou os dentes em seu pescoço. Sentiu uma dor horrível e sensação do seu sangue sendo sugado com tanta avidez que ficou tonto. Os dedos ficaram gelados.

Seria o seu fim? Era o fim de tudo? Só conseguia passar na mente as palavras dela, as últimas o chamando de amor. Ainda havia amor em algum dentro dela, aqueles merdas vigilantes não destruíram tudo. Ao menos iria sair dessa vida sabendo como era ser amado e importante para alguém. Todos os dias que viveu com Amelie não era o bastante, queria uma vida inteira, mas não podia ser ingrato por pelo menos ter tido esse momento. Quantos impuros podiam dizer que viveram isso?

Ouviu os grito de Amelie. Foi largado e caiu no chão sentindo fraqueza e tonto. O vampiro começava a passar mal, Keith esperava que isso funcionasse. Queria ajudar a esposa, mas não conseguia levantar ainda.

Logo uma luta terrível ocorreu na frente dos seus olhos. Não podia deixar esse monstro machucar sua esposa. Sua cabeça girava ao ver o combate, tinha que se recuperar e levantar. Precisava ajudar ela. Esticou a mão na direção dela.

— Amelie...

Droga, será que não tinha adiantado o que fez? Iria vê-la morrer? Iriam os dois morrer? Seu coração doía angustiado. Levantou-se, mas acabou caindo novamente de joelhos com fraqueza. Estava mais pálido que normal e um sangue escorria do seu pescoço.

Pelo menos viu sua esposa começando a lidar bem com a situação, ela feriu muito o vampiro. Keith levantou-se de novo, aquele maldito mordeu ela também. Porém agora ele agonizava no chão. Viu a esposa do lado sangrando também. Então usou suas últimas forças para pegar a espada dela e enfiar no coração do vampiro com ódio, iria matar esse desgraçado se fosse possível.

Não sabia exatamente como matar um vampiro, mas talvez ele não pudesse se regenerar sem um coração. Então usou a espada para abrir um corte maior e com as próprias mãos puxou o coração da criatura.

Sua força começava a voltar, embainhou as espadas dela, voltou-se para Amelie e envolveu com os braços a levantando e saindo com ela nos braços desse lugar, o mais longe que podia. Suas mãos sujas de sangue manchavam a roupa de sua amada.

—Amelie...  Está sangrando muito?  - Disse aflito.

Keith procurava ir para um lugar aberto e menos obscuro que este, perto das lamparinas da cidade. Cada vez sentia que mais tinha razão, não podia deixar ela sozinha. Pelo menos juntos ela parecia lutar melhor, e ele podia ajudar nem que fosse para ser a distração do inimigo. Só lamentava não ter ido com suas armas, nunca mais esqueceria, prometia a si mesmo em pensamento. Sua intenção era levá-la para asa, mesmo que se sentisse cansado por causa da mordida.



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