[RP-Fechada] Tranças que dançam entre o éter das formas

A troca de cartas entre Callum e os vampiros certamente era algo de meu interesse e um serviço que eu apreciava muito intermediar. Insisti para que me fosse repassado, e, como mercenária da guilda segui até as orlas das fronteiras de Edellweiss. Passos leves mas ágeis, sendo relativamente sorrateira ao evitar ser seguida para não expor a senhorita Beladona ou Victor a nenhum risco, visto que até então não tinha certeza sobre quem viria ao encontro planejado.

Chegaria cedo, até mesmo para certificar do sigilo do ponto. A lua brilha no céu noturno, apesar de ser apenas uma minguante solitária entre poucas estrelas que nos dão à sua graça. Não consigo dizer exatamente o que é onde estou sentada, não é pedra e não parece tanto metal, algo enterrado sobre o solo que dedilho curiosa sem tantos avanços. Se de outros tempos, talvez entendesse sobre o polímero de baixa massa, mas não era o caso.

O quanto aquele mundo escondia? Como seria se eu tivesse diversos milênios de anos? Eu saberia de coisas que os demais não sabiam? Bela sabe de coisas que os outros não sabem? E Victor? Bem, dentre todos seus anos eu ainda era a primeira de minha aparência que viam, então, talvez nossos anos não distinguissem ainda tanto perante o baixo e lento progresso que nossa sociedade possui nos registros de nossa história atual. As espadas, flechas, escudos, dentre outros existem já faz muito tempo e ainda continuam sendo shinigamis na vida das pessoas, assim como a adaga que dança entre meus dedos.

O silêncio da noite me reservava apenas insetos até então nos meus ouvidos concentrados, e, minhas narinas apenas sentiam o cheiro das carcaças dos animais e pessoas que já foram mortos ali pelas redondezas. Não era o mesmo cheiro que sentia na companhia daqueles com olhos de rubi, entretanto. Eles tinham mais cheiro de sangue quando comparados, mortos, mas vivos. Fascinantes.