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[RP FECHADA] Ka'Lorie

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Mensagem por Øsuin F'eraoun Sáb Fev 25, 2017 9:41 pm

Ka'Lorie
A RP se passa durante o turno da tarde, prestes a entrada da noite na região pré-litorânea do reino de Hähle. Nas areias da praia, um simples gesto de confusão parece consumar numa conversa e disso uma conclusão; O que eles afinal seriam? F'eraoun, pesquisador que aparentemente abandonou a biblioteca para visitar um interesse comum, querendo buscar novos livros para as prateleiras novas e Annora, uma princesa ou moça de requente que será alvo da interpretação precipitada do moreno. A interação encontra-se restrita aos dois usuários.
Øsuin F'eraoun
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Øsuin F'eraoun
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[RP FECHADA] Ka'Lorie Empty Re: [RP FECHADA] Ka'Lorie

Mensagem por Øsuin F'eraoun Dom Fev 26, 2017 5:33 pm

You made the right choice,

Annora

If I could be any part of you, I would be your tears. To be conceived in your heart, Born in your eyes, Live on your cheeks And die on your lips.

Em uma pequena viagem, a caminhada lhe proporcionava um novo ritmo para respirar; Ao contrário de aspirar o odor fecundo de páginas velhas, tinta fresca nas perna plumosas, você parecia absorver um ar frio que aos poucos contagiaram os pulmões. O vento batia nas madeixas as deixando caídas para trás mostrando todo o aparato rígido de seu rosto. Não tinha nada nas mãos a não ser o anel dourado que sempre enfeitava um dos seus dedos - solteiro, não adepto a família, tinha que apenas apreciar a formosidade do brilho da bijuteria contra a tarde fresca que fazia a poucos metros do litoral.

A sua volta, pessoas passavam pouco importando-se  com a sua presença. Invisível, seu investimento era a própria beleza, o clamor que o sol fazia em maltratar a sua pele pálida e em como os lábios secavam parecendo rachar em duas vertentes idênticas. A língua logo não obstando, lhe preservou a lubrificação que precisava e acomodando um dos cotovelos na pedra descascada do cercado encarou a areia branca e fina ser roubadas pelas ondas do Oceano :

— Ah, se Fries tivesse essa paisagem. - Murmurou acomodando o queixo sob uma das palmas da mão esplendidamente estendidas, de cotovelos dobrados na superfície fria e selvagem da pedra. As íris deslizaram novamente por cima da pintura - parecia a óleo, o mais fino que um reino fosse capaz de produzir - e começou a avistar um movimento suspeito a se expandir na esquina do solo ao desfortúnio úmido total. Cabelos claros puderam surgir com sucesso dando espaço a uma pele de porcelana. O senhor cuidadosamente depositou todo o peso acima dos braços e enxergou mais exemplares anatômicos; Magreza, olhos pouco claros que logo se fechavam. Um nado normal. Embora mulheres fossem restringidas a vida doméstica e poucos proveitos, algo dentro de você fez sorrir em ver o milagre acontecer. Suspirou alongando os músculos para cima da cabeça até em um momento perceber que a estrutura feminina vibrara e pouco tempo depois, se chocava contra a areia macia :

— … Hum?! - O seu interior grunhiu baixo. Quanto a postura suspeita, você examinou de longe mantendo ali mais que o tempo estipulado. Analisava se a moça supostamente estaria tirando proveito da luz solar, quente e proveniente de vitaminas ou de fato sentia-se mal. Nada. Nenhum braço se moveu, a cabeça ou até mesmo as pernas pouco expostas pelo pano úmido e grudento. Concluiu por fim que poderia ser um caso grave e mesmo que não fosse médico, sua gama de conhecimentos acadêmicos a respeito dos diversos livros que já lera, o chamaram atenção. Precisava ir até ela.

Desviando da orla, calmamente retirou os sapatos jogando-os sem cálculo trajetado para uma queda espetacularmente exato. A aritmética não lhe era útil, muito menos para pedir o número de passos que em poucos minutos o desviaram até a proximidade marinha. Afrouxou o tecido da blusa e suspendeu um longo arfar de cansaço. Ao fincar com força todos os pés - impondo forte força nos ossos grossos - se ajoelhou perante a imagem contemplando a aparência jovem e sadia pertencente a desconhecida. Mordeu fortemente os lábios não atrevendo-se a tocá-la, recolhendo o próprio palmo prevenindo um ato de extrema curiosidade ou de ser xereta mesmo :

— Senhorita? - A voz soou tão baixa, que percebeu de forma nítida que o revérbero das ondas tragaram a fonética grossa e natural lhe pertencente. Numa segunda tentativa, ergueu o dedo indicador tocando a bochecha rosada e macia, temperada pelo mar e cozida pelo calor. Tocou apenas uma vez afastando-se como se conduzisse ser algum misógino coisa que de fato nós sabemos, poderia negar com muita facilidade :

— Escute, garota, você está bem? - Questionou deixando seus próprios dedos percorrerem a estrutura do peitoral, alinhando o tecido preto da camiseta e acertando a postura sentada. Aos poucos poderia sentir os nutrientes ricos impregnar na pele torcendo os lábios em desagrado; Imaginava que horas depois, toda essa porção salina deixaria a flacidez da pele mais pegajosa ou então o pior, árida. Não conseguia pensar nisso sendo que sempre foi cuidadoso e egoísta quando o assunto era si mesmo.

Passou a imaginar se aquela realmente estivesse desacordada. Afogamento não poderia ser um motivo que levasse a óbito, já que suas próprias pernas guiaram até a praia. Alguma batida forte no crânio? Fraqueza? Fome? Apertou a própria nuca. Você aos poucos tornou a encará-la. Respirava. Murmurou em alívio um menos mal, até poucos instantes ser finalmente acordado com um movimento. Lento e gracioso. Tal protesto não deixou que seu rosto fechado desmanchasse :

— … Uma mulher na praia. - Comentou deixando subentendida uma dúvida no ar. O rosto de lado sendo iluminado pela luz mortiça da tarde. O cotovelo foi apoiado no joelho enquanto seus olhos evitavam um contato  direto ao dela; A pele molhada, cabelos longos ondulados igualmente pesados. As pálpebras pesaram cabisbaixo logo em seguida.
TH
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Mensagem por Annora Vrettos Dom Fev 26, 2017 7:58 pm



oh broken angel.
inside you're dying cause you can belive







And now you've grown up with this notion that you were to blame. And you seem so strong sometimes but I know that you still feel the same. As that little girl who shined like and angel, even after his lazy heart put you through hell.

@ØSUIN F'ERAOUN | ONDE praia de Hahle | QUANDO fim de tarde


Você sentia seu coração bater forte contra seu peito enquanto tentava respirar fundo. Olhos fechados, lábios pressionados um contra o outro com força. Um, dois, três, quatro. Você podia contar cada batida como se fosse uma pancada contra seu próprio corpo. Ouvia cada uma delas ecoarem em sua mente a cada segundo. Os olhos se abriam, orbes esverdeadas olhavam o quarto ao seu redor. Um lugar que sempre fora seu refúgio agora lhe parecia uma gaiola dourada. Desesperados, esbugalhados. O respirar não lhe acalmava, não fazia a batida em seu peito ser menos dolorosa ou notável. Não fazia o turbilhão em sua mente parecer menos...assustador.- Milady?

A voz de sua septa ecoava pelo quarto. Tom doce misturado ao preocupado, vindos de uma mulher quase na meia idade. Ela lhe criara quando sua mãe não estivera ali, ela lhe dera o sorrir doce por coisas bobas e o olhar orgulhoso em suas vitórias. Olhar esse acastanhado que ao encarrar o seu parecia desconcertado. Talvez ela nunca tivesse visto aquilo, talvez nunca tivesse visto seus olhos verdes a encarrando de volta de forma tão perdida. Você é uma rosa. Cuidada, moldada e podada. Eles fizeram de você o que você é hoje. O eles do mar, o eles da terra. O eles que disseram seu nome de forma calma em um concordar de ambas as partes.

Você é uma rosa, e a rosa fora entregue. Não de forma plena, não de forma concreta. Eles lhe deram como uma assinatura em um contrato, com um aperto de mãos entre cavalheiros. Você estava ali, estava suspensa em meio ao tempo que era e viria. Em meio ao tempo do que seria. Tempo que não era seu, não era escolha sua. E isso lhe apavorava. –Eu..-As palavras travavam em sua garganta como se nunca tivessem de fato saído. Como se você nunca tivesse dito algo em sua vida. Ardia, doía, batia. Imaginara aquilo por toda a sua vida, soubera daquilo por toda a sua vida. No início da juventude sonhara com aquilo como se pudesse ser algo mágico, algo inacreditável que mudaria tudo. Crescer lhe mostrará que não havia magia, por mais que mudasse tudo de fato. Tola rosa marinha. –Querida, está tudo bem.-A senhora dizia em um aproximar calmo, dedos trabalhados contra sua pele delicada. Não, não estava tudo bem. E pela primeira vez você era capaz de admitir isso para si mesma. Nada disso estava bem. –Eu preciso sair daqui.

A frase sairá como uma onda violeta ao bater de encontro a um coral. Orbes verdes perdidos a buscarem a porta mais próxima. Um correr mais rápido do que o esperado, mais rápido do que o devido pela casa de banho e o corredor a seguir. Passos pesados contra o piso de pedra, ecoando pelos corredores nos quais você passava. Lábios crispados com força ao descer as escadas. Cada vez mais fundo. Em seu corpo, sua mente, seu lar. Você corria com os dedos apertando firmemente o tecido de seu vestido, erguendo-o para que não caísse. O último lance de escadas, o abrir desajeitado da porta que só ao mar pertencia. Ali, bem no fundo do castelo em Ponta Tempestade. Depois das cozinhas, da adega e da capela. Deixado no fundo afastado de qualquer um que não devesse. Ali estava um toque do mar em meio a pedra cavada. Uma vez com a porta fechada só havia uma saída. E era por ela que você buscava.

O tecido antes segurado era empurrado para longe do próprio corpo. Laços desfeitos com certa violência do espartilho que a moldava, jogado ao chão sem cuidado. O tecido tocando o chão ao deixar de tocar o corpo bem cuidado. Um verde quase marinho contra o chão de pedra misturada a terra. Dedos finos pegando o tecido azulado enfeitiçado, deixado ali para seu uso. Dedos finos que apertavam o colar em seu pescoço, talismã só seu.

A pele alva dava lugar a um doce tom esverdeado misturado ao azul do mar profundo. O macia ao toque alheio dava lugar a escama que lhe protegia. Aquilo doía, ardia e cortava mesmo que fosse por alguns segundos. O tempo suficiente para que você sentisse a água marinha tocar sua pele, para que você sentisse os cabelos molhados tocando os ombros delicados. Tempo suficiente para que você saísse dali. Ou saia ou você sentia que morreria.

Imprudência. Ato de agir perigosamente, com falta de moderação ou precaução -Temeridade. Um comportamento de precipitação, de falta de cuidados.

O você e o agora. O nadar sem um real rumo, sentindo a água passar ao seu redor como uma tempestade marinha. Tempestade, ela era você e você era ela. Orbes verdes em agitação, como um mar em meio ao fim do mundo. Como você ao ir o mais longe que podia, o mais rápido que podia, o mais fundo que podia, pelo tempo que podia. Talvez se o mundo lá fora não lhe alcançasse você ficaria bem. Talvez, talvez, talvez, Era o que você repetia em sua mente por mais tempo do que de fato poderia contar. Por mais tempo do que seu próprio corpo podia aguentar. Aquilo não era você. O nadar sem destino, sem tempo ou sem restrição. Você viera do mar mas vivia sua vida na terra. E a terra havia lhe deixado mimada, limitada, controlada. Havia lhe feito parar quando tudo parecia que iria explodir dentro de você. Peito, coração, corpo. Cada pedaço dele ardendo e doendo. Cada pedaço dele berrando por um fim.

O fim viera com o respirar pesado na superfície marinha. Olhos semicerrados enquanto você sentia a água tocar sua pele. Pele, não escamas. Pés a baterem de forma cansada contra as ondas marinhas que a levavam por alguns segundos.  O tecido azulado que você segurara por todo esse tempo em sua mão era posto ao redor de seus ombros. O tocar e moldar, seguindo as curvas naturais que lhe pertenciam. O tecido que tomava a forma de um vestido quase simples, que se sujava de areia quando a praia você chegava. Corpo cansada contra a areia branca e fina. O peito a subir e descer em um respirar agitado, conturbado. Calma, naquele segundo você tinha calma. Calmo no ouvir sereno da água marinha a mover-se, batendo contra as pedras e a praia. Calma que você queria com tanta força que se perdeu nela, travando a mente para travar o corpo.

Imprudência, ela aprecia definir seu dia. Parecia ser parte de você quando os olhos novamente eram abertos. Vidrados, focados e em tempestade. A voz masculina ali ao lado, a sensação de um toque previamente recebido ainda formigando na pele alva. O mover-se quase involuntário para o lado, mesmo que poucos centrípetos. Corpo sentando, cabelos molhados contra seu ombro e colo. A mente moldada indo mais rápido que seu próprio corpo, fazendo os lábios se entreabrirem segundos antes que algo realmente fosse dito. –Quem...-Por aquilo você não esperava. Não era como se os habitantes de Hahle tivessem tempo sobrando para passearem pelas praias. Querida Annora, você fizera aquilo que tanto lhe foi ensinado a ser evitado. E agora olhava o outro a sua frente de forma quase perdida. Engraçado não como a dama que sempre tem algo certo a ser dito nesse exato segundo não possui palavras.  O deus você queria que aquele dia sequer tivesse começado! –Eu estou bem, não precisa me tocar.- Algo nada doce dito com tom forte. Doce tempestade, ela lhe tragara por inteiro. E tudo fora culpa deles. Eles haviam dado a rosa ao mar em tempestade. Recolhido dura e assustado.

Annora Vrettos
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(1) ÁGUIA PRATEADA (Machado)
(1) IRMÃS LUNARES (Arco e Flecha)

Localização :
Hãrle, ponta tempestade (castelo dos Vrettos)

Annora Vrettos
Sirene

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Mensagem por Øsuin F'eraoun Seg Fev 27, 2017 7:24 pm

You made the right choice,

Annora

If I could be any part of you, I would be your tears. To be conceived in your heart, Born in your eyes, Live on your cheeks And die on your lips.

Quando um movimento foi feito do seu lado, sua postura já poderia ser deformada. Os braços foram para trás como um reflexo rápido e a face parecia avermelhar-se com o entonar juvenil da moça que se erguia profusamente enquanto também o encarava no reconhecimento de algumas informações. O seu interior estranhou quando então nota que a natureza sônica da mesma não convém a doçura ou cortesia como era adaptado a receber de outras. Toques. Permaneceu calado, enquanto observava as ondas agressivamente se chocarem contra as rochas atoladas na barra. Não havia entrado na água, muito menos tomado um contato aprofundado contra a garota, porém poderia sentir todo o miasma salgado ficar preso a sua pele.  

Após o intervalo exaurido, ergueu-se instintivamente sentindo os músculos do braço ficarem trêmulos e lassos enquanto tentava arrastar os pés aos trôpegos para somente então, ganhar equilíbrio :

— Ótimo. - Praticamente cuspiu, deixando nós observarmos o seu timbre ter progredido uma escalada de volume. O som da maresia nos seus ouvidos tornavam-se um incômodo prazeroso. — Seria péssimo ser incumbido a mim - que está há pouquíssimo tempo - ter de procurar um médico. - E da forma como a olhou, baixa e sem ânimo tal como a expressão, fizeram-no dar as costas e pisar violentamente contra a areia. O vento soprou com força contra a própria camisa fazendo forçar com a mão para mantê-la fechada. Voltando o mecanismo facial a ela, bufou baixo não notando que a ventania o empurra para frente e desajeitadamente os pequenos grãos da areia se alojam em seus olhos. Num suspiro indevido, os dedos percorreram ambos os globos empurrando no protesto de retirar cada faísca :

— É realmente estranho ver que está aqui. Acreditava que poucas pessoas frequentavam esse lugar. - Deixou a sua clara observação e a ênfase na quantidade exalar total senso de redundância. A visão esfumaçou e por incrível que fosse parecer, não queria ir embora. A paisagem e o empurrão para se aproximar foi sido uma ótima estratégia para que apenas alimentasse esse mero desejo oblíquo. — Eu me chamo Øsuin ou F’eraoun. - Apresentou-se mesmo que estivera quase por aguardar uma despedida pessimamente feita. O rosto estava sendo aquecido agora em conduta de um sentimento passageiro de vergonha, tombando com a mandíbula para o lado :

— Não pense que estava aqui por algum propósito obscuro. De longe, parecia estar cansada. Fraca demais. Semiconsciente, para ser mais exato. - A epiderme acariciou vagamente os cachos lhe pertencidos quando volveu-se a mesma com o exemplo singular do corpo e de uma firme posição de resistência. Não. Não iria partir :

— De onde vim, não tenho essa paisagem. É até difícil acreditar que estou mesmo enxergando isso - não  como um fato impressionado - é tranquilo demais, para ser verdade. - Reclamou por fim, mergulhando-se no profundo silêncio.
TH
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Mensagem por Annora Vrettos Qua Mar 01, 2017 7:41 pm



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O ótimo fora dito, mas não trouxera consigo a sensação costureira. De satisfação de constatação de algo realmente era bom. Ao contrário, lhe dera a sensação de alivio, de libertação de algo que era temido. Sim, você sentia aquilo. Tanto pela fala do homem quanto por seu mover-se. O afastar, mesmo que pouco, que ele fazia lhe tranquilizava. Podia ser tolice de uma mente jovem, de uma que ouvira o próprio pai falar vezes sem fim sobre como não se devia andar por aí desacompanhada. Bem, não havia nada que você pudesse fazer agora. Não se sentia forte o bastante para erguer-se e caminhar ou tola o bastante para voltar ao mar e rumar para casa. Não, humanos não deveriam ver o que você era. Essa era a regra que estava acima de todas, e mesmo tomada por imprudência você a obedeceria. Temia mais o que poderia acontecer se fizesse o oposto disso do que das palavras severas de seu pai. Sabia o que humanos faziam com seres como você. Não queria se tornar um deles, um troféu.

-Não será necessário chamar um médico..-Você dizia em um tom que forçava ser mais calmo, um que conte-se a tempestade dentro de você. –Só estou cansada pela atividade feita em demasia.- A pura realidade dita em meio a uma névoa encoberta. Se sentia cansada, sentia os músculos de suas pernas arderem. Músculos que antes eram uma cauda, sua cauda. Em tons de azul esverdeados com o leve tom rosado. Bem, agora nada mais eram que um par de pernas de pele alva cobertas pelo tecido do vestido azulado. Por mais que o vestido molhado colasse contra a sua pele. Por mais que o vestido estivesse sujo de areia contra seu corpo.

Podia ver os grãos em seu braço agora que estava sentada, podia vê-los na curva de sua cintura e na bainha de sua vestimenta. Suspirara com aquilo. O sujar era inevitável você sabia, mas não tornava o costume de sempre estar limpa menos incomodado. Você fora criada, moldada e domada. Estava acostumada ao interior de uma gaiola dourada, não a areia marinha a tocar-lhe a pele da forma por ela desejada. Desajeitada como a ventania marinha contra seu corpo, fazendo com que os cabelos castanhos molhados se moverem de forma agitada. Fios contra o vestido molhado, contra sua face. Fazendo com que você levasse a mão para afasta-los, acalma-los enquanto o homem voltava a falar.

Sim, as pessoas não iam muito ali. Justamente por isso você resolvera parar naquela praia. Longe da cidade, longe das pessoas e de todo o resto. Era o lugar perfeito para simplesmente deitar-se na areia e deixar o corpo descansar. Seria o lugar perfeito se ele não tivesse tido a ideia de ir até lá. –As pessoas realmente vêm até aqui, preferem ficar próximas a cidade.- Você dizia em um tom mais calmo, controlado. Sua tempestade interna sendo detida pelo bom senso que lhe era costumeiro. Ser grossa ou irritadiça não levaria a situação a lugar algum. Além do que você não tinha força suficiente para começar uma discussão, não queria algo assim. Estava farta com os próprios problemas.- Por isso eu vim até aqui, pela..-Como dizer aquilo sem falar sobre toda sua tempestade interna.-...calmaria e a vista. Precisava de algo assim hoje.-Hoje, ontem, semana passada. Talvez você precisasse do mar mais do que gostaria de admitir a si mesma.  Doce rosa, você estava tão acostumada a sentir-se dona de si que estar assim perdida lhe desorientava.

Fazia com que você sentisse vergonha de si mesma ao ouvi-lo anunciar o próprio nome e o que fazia ali. Estivera tão imersa em si que não olhará o mundo ao seu redor. E não ver o mundo, o que lhe esperava nele, era como não ver onde pisava. Fazia com que você abaixasse os olhos até a areia fina, pressionando os lábios por alguns segundos. –Não achei tivesse algum proposito obscuro.- O tom era calmo, a face virada observando o mar que se chocava contra as pedras. –Na realidade não achei qualquer tipo de coisa ou pensei. Perdão pela forma como me expressei, não queria soar rude ou ofende-lo. Só não esperava que alguém aparecesse. As pessoas quase nunca aparecem na verdade.- Você o observava pelo canto dos olhos, tentando decifrar o que talvez fosse indecifrável. –Sou Annnora.

O sobrenome e a titulação ficavam guardados, não queria associa-los a si naquele segundo. Não queria que eles fizessem parte de você. Não por detesta-los, mas sim porque trariam consigo mil outras coisas. Sua casa, sua família, pelo que eram conhecidos e o porquê necessitara deixar as paredes de pedra para trás. Não queria sentir-se mais perdida do que já estava. Não queria e não iria.

Então ele não era dali, não conhecia Hahle e suas paisagens ou sua gente. Isso trazia um certo sentido a sua presença na praia. Ele se aventurara em meio ao que Hahle tinha de belo, de curioso. Não, não era seu povo. Os humanos raramente são algo curioso. Era o mundo ao redor, verde e repleto de coisas que em outros lugares não haviam. Pássaros, frutas, árvores.- Se me permite a pergunta de onde vem? –O tom do questionar era suave, uma sobrancelha morena arqueada e a face virada na direção do homem.-Hahle recebe muitos visitantes, mas a maioria dele não costuma aventurar-se longe da cidade. Por mais que isso....-Você dizia com um inclinar da face na direção do mar.-...seja uma das melhores partes do que temos. A não ser que...-Bem, ele não tinha aparência de um vampiro, ou um elfo. Não poderia ser um dos seus ou reconheceria o colar em seu colo.-...estivesse buscando por isso de fato. Se for isso, há uma bela cachoeira mais ao leste, no meio da mata. Se perguntar na cidade creio que alguém poderá leva-lo até lá por um bom preço. –Dinheiro, o mundo girava ao redor dele. Fosse em forma de trocar ou física. Dinheiro ele girava ao seu redor.

Pensar nisso fez com que movesse as pernas lentamente, sentindo os músculos arderem de forma mais sútil. Tinha excedido os próprios limites, tinha excedido todas as permissões que lhe haviam sido dadas. Constar isso lhe fazia suspirar de leve, mordiscando o lábio inferior com um pouco de força. Bem, teria que voltar nadando. Na certa caminhar até em casa seria mil vezes pior.

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