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[RP Fechada] Ancient Alliance

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Mensagem por Odëssea Waværet Seg Mar 27, 2017 3:56 pm

Ancient Alliance


RP Fechada/flashback que conta com a participação de  Avalon Lëagrass Thorne. A sereia encontrará o elfo na cidade de Zinelis para tratar de uma antiga aliança.
Odëssea Waværet
. :
[RP Fechada] Ancient Alliance 100
Religião :
.

Sexualidade do char :
Pansexual

Inventário :
(1 par) DAMAS GÉLIDAS (Adagas)
(1) Caçador de Tempestades (Lança)

Odëssea Waværet
Sirene

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Mensagem por Odëssea Waværet Ter Mar 28, 2017 1:22 am


because you are my weakness,
and yet my strength
DEVIL'S PASSION
O medo a consumia, mas apesar da estranha sensação não era o suficiente para mudar seus pensamentos. Uma única tentativa, não estava tomando essa decisão para ela mesma e não poderia sequer pensar em si naquela hora. O concelho havia se reunido e a tal decisão não tardou a parecer. A palavra final tinha sido de sua mãe e sempre fora assim. A sereia esperou atrás da porta perolada que guardava o grande salão de reuniões da nova morada dos sereianos que estavam desesperados por um milagre. Odëssea sabia que o tempo estava contra ela, sua cabeça não poderia sequer lhe dar um tempo para colocar seus pensamentos em dia, não poderia se dar ao luxo de ter um tempo só para ela e fazer o que ela gosta - hobbies - isso não existia mais. Os guardas posicionados na frente da porta estavam sob a ordem de que a passagem de terceiros estava proibida e seria aplicada uma punição se a reunião fosse interrompida.  Sabia que essa nova regra havia sido aplicada especialmente para ela, era conhecida pelos seus atos impulsivos e se eles queriam manter ela nos eixos teriam que se esforçar mais.  

Poderia estar sentada junto ao concelho, mas depois de presenciar a morte de sua irmã e irmão um véu negro se instalou em seu coração e a forçava se lembrar de que ela não poderia perder a chance de vingar a morte deles. Suas atitudes já não respondiam mais em prol a sua comunidade e sempre que um plano era traçado para afastar os navios mercantes que se aproximavam do reino a sereia não dava a mínima para a estratégia montada pelos generais, e se o plano não envolvia um banho de sangue ela fazia questão de acrescentar esse toque final. Com esse ato impensável acabou atraindo um bando de piratas que faziam aquilo por esporte e não para sobreviver, matança era a única coisa que esses ratos do mar se orgulhavam em levar junto ao nome. Encarava os arabescos de antigas conchas deixadas pelos caranguejos-eremita, o formato e as cores vibrantes harmonizavam o ambiente e parecia camuflar o sofrimento que seu povo sentia naquele momento.

Os guardas agitaram o tridente que empunhavam em suas mãos e em uma postura de sentido abriram a porta permitindo a passagem da loira. A sala antes familiarizada agora não passava de um local desconhecido aflorando seu nervosismo naquela hora. Sentia os olhares penetrantes em sua carne como milhões de pequenas agulhas que não se importavam com o desconforto que ela estava sentido naquele momento, ela teve que escutar da boca de sua própria mãe que ela estaria no próximo grupo de exploração que iria para terra em busca de ajuda, mas isso não era uma punição, isso era o que Odëssea mais esperava. Era a sua chance de estar perto dos humanos e finalmente executar seus planos de puro sadismo. Mas havia uma condição, sua mãe fez com que ela prometesse que cumpriria seu dever, prometer que conseguiria ajuda e fortaleceria antigas alianças. A loira sabia que iria fraquejar em suas palavras e um simples ''prometo'' da boca pra fora seria uma afronta ao concelho. Sua respiração se tornou pesada e dificil de controlar entre os intervalos de inspirar e expirar.   

Todos esperavam por sua resposta, mas tudo que ela fez foi acenar com a cabeça em um ato positivo. Partiria imediatamente e já teria assuntos para resolver. O talismã que lhe daria a forma humana já estava em suas mãos, era feito especialmente para ela pois continha sua essência e qualquer outra seria que tentasse usar seu talismã teria uma morte dolorosa, mais dolorosa que a transformação de sua causa em pernas. O talismã de certa forma era pequeno, mas cheio de detalhes. O seu centro era o principal elemento que chamava atenção por parecer estar ''vivo'', era a magia que esconderia sua verdadeira natureza, dependendo do ponto de vista o centro tomava várias formas se dobrando sobre si mesma para ficar confortável. Os outros detalhes enalteciam a beleza do pingente, fios de ouro abraçavam pequenas pedrarias que comportavam o receptáculo do feitiço. Quanto mais ela olhava para o colar a sensação de que aquilo daria errado consumia mais a sua entranhas. O talismã tinha sido presente de sua mãe e não teria porque desconfiar daquele objeto mágico.  

O grupo que estava com ela se resumia em um espião, um guarda que acompanharia sua chegada até a faixa de areia e alguns guerreiros que tentariam sua sorte no novo mundo. Somente ela seguiria viagem, o ritual de passagem que fora a travessia que havia feito aos dez anos era a sua preparação para o agora, mas enfrentar aquela realidade estava sendo totalmente diferente. Respirar fora d'água poderia gerar um pouco de dificuldade nos primeiros minutos, seus pulmões não estavam habituados com a nova função mesmo que tenha passado alguns instantes de sua infância sentada nas rochas observando o que os humanos faziam em terra. Não teve pressa em deixar o mar, sabia que demoraria para ver sua cauda novamente e queria aproveitar aqueles últimos minutos com a parte de seu corpo que fazia ser quem ela era. Deixou que as ondas levassem ela até a faixa de areia, estava no reino dos elfos, Dungeloff, era a sua primeira parada na promessa de sua mãe.

O seu grupo já havia se dissipado, parecia que apenas ela estava com medo de encarar seu destino. Sua mente estava nublada no quesito aparência, não saberia dizer como ela ficaria com um par de pernas. Na mesma hora que o cordão do colar tocou o seu pescoço ela sentiu o poder do feitiço tomando conta de seu corpo. Dor, todo o sistema nervoso estava operando com essa resposta imediata, sua cauda estava sendo separada de sua essência, era como se o talismã estivesse cortando-a em pedaços com uma faca sem serra. Sentia seus ossos se realocando de uma maneira brutal, não tinha forças para chorar ou gritar. Gemidos e grunhidos abafados pela areia eram os efeitos sonoros daquela transformação grotesca e agonizante, pensou em arrancar o colar, mas suas mãos estavam ocupadas demais tremendo e se afundando na areia da praia de Zinelis. Tinha sido o pior momento de sua vida.

Não sabia dizer quanto tempo havia durado a transformação, mas quando tomou coragem para abrir os olhos e relaxar sua mandíbula em um alivio pela dor ter sumido, suas pernas estavam lá e não respondiam ao seu comando. Não fazia ideia de como iria levantar ou de como usar os novos membros, além disso, estava na pior situação possível. Sabia que os humanos cobriam sua pele com panos que possuíam diferentes cores e estilos, as mulheres usavam tecidos que cobriam os seios até os pés e não possuía a mesma divisória em suas pernas como na roupas dos homens. Mesmo com esse empecilho ela se sentia bem daquele jeito, certamente não causaria uma boa impressão para os moradores de Zinelis, mas ter uma roupa não era o tipo de preocupação que uma sereia teria em sua vida. Tomou uma pedra como apoio para levantar-se e testar suas pernas, o primeiro passo em terra veio com um tombo e sua vida seria assim a partir de agora.     

@ chay em epifania
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Mensagem por Avalon Lëagrass Thorne Seg Abr 03, 2017 3:52 pm


Ancient Alliance.

"When the sea calls..."


O Conselheiro Drümmir Thorne, governante e Guardião de Zinelis, estava morto. Ainda era difícil acostumar-se à ideia, entre a tristeza sólida de minha mãe e o estado recluso de minha avó, que recusava-se a falar ou ver qualquer pessoa. Sozinho, com os mais proeminentes senhores mercantes e elfos de Zinelis, sentei-me pela primeira vez na grande cadeira esculpida do Jardim na Montanha. O trono de onde meu pai governava suas terras, em honra do rei Badhron. Suspirando, curvei o rosto diante da reverência sincera de todos os elfos influentes de minha cidade. Eles me reconheciam como seu novo Guardião. Muito em breve, o próprio rei viria para oficializar minha posição, como era de costume nas transições de poder de Dungëloff. Outros Guardiões viriam, também, prestar as condolências devidas no sepultamento de meu pai, que teria início no dia seguinte, quando ele seria levado para repousar eternamente nas criptas de ouro, onde meu irmão Tharvos descansava desde a grande explosão no Berço. Terminada a cerimônia, desci do trono para junto de minha mãe. Nyiara ainda envergava luto completo, vestida de negro dos pés à cabeça. Minha avó não podia ser vista em parte alguma. Zammaris não aceitava a morte de seu filho mais amado.

- Sua avó pede que eu lhe transmita seus profundos votos de boa fortuna. Embora ela acredite que um Erudito não seja digno da cadeira de Jardim na Montanha, que sempre pertenceu à guerreiros formidáveis, ela deseja que o sangue dos Thorne seja próspero e proeminente. - Mamãe fitou-me com ares de humor.

- Mamãe, a senhora é uma mensageira muito leal. Não poderia ter suavizado as palavras doces de vovó? - Brinquei, dando-lhe o braço enquanto caminhávamos para os pátios internos de nossa fortaleza, que ligavam o salão do trono aos nossos aposentos.

- Que tipo de mãe eu seria, se mentisse a você? - Ela beijou meus cabelos, delicadamente. - Seu pai e seu irmão eram elfos incríveis, guerreiros corajosos e ótimos líderes. Mas você também será. O sangue do seu pai corre nas suas veias.

- O sangue dos meus tios traidores também. - Lembrei, mencionando a terrível Guerra das Rosas, que quase destruíra Zinelis. - Temo ser a causa de nossa destruição.

- Tolice. Vejo grande potencial em você, meu filho. Foi criado para compreender e valorizar coisas que nenhum outro homem Thorne já valorizou. Você se parece muito comigo, e com sua avó, ainda que ela torne extremamente difícil admitir isto. - Sorri. Nyiara sempre tinha razão. - As rosas Thorne são afiadas, mas com você nos liderando, serão mais belas que nunca.

Nossa caminhada foi interrompida pela chegada de um dos patrulheiros de meu pai. Um de meus patrulheiros, devo dizer. Ele nos reverenciou com uma mão sobre o coração, como era o costume de minha cidade, para reverenciar parentes de mortos no período de luto. Minha mãe sentou-se ao meu lado em um dos muitos bancos de mármore dos pátios internos, e aguardamos enquanto o guerreiro removia o seu elmo para nos dirigir a palavra.

- Meu senhor. Senhora. Uma donzela do povo do mar foi avistada em nossa costa. Segundo as leis de vosso pai, qualquer filho do mar que buscar refúgio, deve ser recebido em Zinelis. Este decreto será mantido, ou devemos capturar a forasteira? - Aquilo era uma surpresa. Eu não tinha conhecimento de tal aliança. Olhei estupefato para minha mãe, sem saber o que fazer.

- Bem, os sirenes são um povo muito oportuno, eu devo dizer. - Ela estava sempre sorrindo, mesmo repleta de tristeza. - Eu iria contar-lhe sobre a aliança de Zinelis dentro em pouco. Nossos navios são eficientes e nunca afundam. Não há na história, nenhum relato de violência contra uma sereia em Zinelis. Nossos pescadores sempre retornam com as redes cheias, e qualquer sirene pode conseguir facilmente ajuda e abrigo em nossa cidade. Nosso acordo é pela paz e ganho mútuo, filho. Não nos intrometemos na contenda do mar com os outros povos. Dungëloff é um reino de luz, mas nenhuma cidade é mais tolerante que Zinelis. Exceto com os bruxos, recentemente. Mas é compreensível, após a morte de seu pai e irmão.

- Não há o que discutir, então. Patrulheiro, leve-me até a sereia. Ela deverá ser recebida em minha corte como aliada e representante de seu povo. Mãe, pode me ceder um de seus mantos? Ela deve estar exausta após a transfiguração.

Momentos depois, a costa da Praia dos Espinhos tocava meus pés, com a familiar areia massageando os dedos nus. Meu Mestre em Areia sempre dissera que aquele que almeja conhecer o nome verdadeiro da terra em seu estado mais volátil, deve sempre aproveitar uma oportunidade para tocá-la. Um estudioso da areia sabe que precisa respeitar sua suavidade e fluidez. A facilidade com que se adapta, com que respeita o mundo exterior. Um exemplo, para o espírito de um elfo. Acompanhado de perto pela guarda pessoal de meu pai e por minha mãe, olhei com curiosidade para a pequena comoção ao redor da donzela nua vinda do mar. Seus cabelos eram longos e estavam molhados, mas a pele reluzia contra o sol da manhã que já se despedia. Uma aldeã parecia oferecer-lhe água, acompanhada por dois jovens elfos, provavelmente ainda crianças antes de seus cem anos. Olhei por um instante para o alto, mirando o Jardim na Montanha. O brasão de minha família reluzia negro, com a rosa vermelha faiscando. Nosso dourado fora removido em luto, e assim permaneceria durante os próximos dois meses. Ali embaixo, na areia da praia pedregosa e responsável pela destruição de centenas de navios ao longo dos anos (daí o nome espinhoso), uma moça de beleza estonteante parecia assustada e ferida. Talvez pelo próprio talismã.

Ao notar-me ali, os aldeões se afastaram, com uma reverência. Sorri calorosamente, ao ver pela primeira vez o meu povo, como seu novo Guardião. Minha mãe e meus guardas também se afastaram, dando-me espaço para saudar a visitante.

- Seja bem-vinda à Zinelis, donzela do mar. Sou o novo Guardião Élfico desta cidade, e a recebo em nome da anciã aliança entre nossos povos. Aqui, poderá descansar e restaurar suas forças, pelo tempo necessário. - Abaixei-me ao lado da pedra na qual ela apoiara-se, oferecendo-lhe o manto azul-celeste de minha mãe. - Vista o traje. Evitará os olhares incômodos dos aldeões e mercadores, até que cheguemos ao alto do Jardim na Montanha.

Sorri para a moça, tentando resistir à vontade de ler os seus olhos. Uma arte antiga e repleta de misticismo, a leitura dos olhos podia denunciar a essência de um espírito. Era um ato muito pessoal, e podia ser interpretado como uma invasão de privacidade. Eu não podia arriscar nossa aliança, de modo que apenas aguardei até que a donzela sentisse confiança em meus gestos, respeitosamente. Eu não sabia a razão de sua chegada, mas estava mais que curioso à respeito do tema...




Avalon Lëagrass Thorne
Religião :
Agnóstico

Sexualidade do char :
Bissexual

Inventário :
(1) O LAMENTO DA SEREIA (Granada)

Avalon Lëagrass Thorne
Elf

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