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+18 MEDIEVAL FANTASY ROLEPLAY

[RP FECHADA +18] The Griffin that dares to land on the Thorns!

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Mensagem por Aron Tinuviel Sex Mar 24, 2017 3:57 pm








arontinuviel

A soldier on my own, I don't know the way I'm riding up the heights of shame I'm waiting for the call, the hand on the chest I'm ready for the fight, and fate



- RP fechada, que começará com o post de Aron Tinuviel.

- Participam desta RP os personagens Aron Tinuviel e Avalon Lëagrass Thorne.

- A RP acontece passados sete meses  meses após o Duque Tinuviel conseguir se apossar de Leore, ou seja, quatro meses após a morte de Algriel, pai de Aron.


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Aron Tinuviel
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Mensagem por Aron Tinuviel Sex Mar 24, 2017 6:09 pm








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Será que não pode nem respeitar a morte do seu pai? — Inqueriu Pierre, enquanto eu me vestia para a viagem.

Eu estava em Amaranthyus, em minha residência particular, que tinha mais quartos do que eu podia ocupar.  Vez ou outra permitíamos que uma parte da população subisse para meu não tão humilde castelo, apenas para desfrutar das acomodações por duas semanas. Era um rodízio da qual todos faziam parte, independente de seu papel na sociedade. Era uma medida para fidelizar a população, que muitas vezes comia à minha mesa.

Eu havia feito todo o cainho desde Leore para verificar alguns assuntos que Pierre queria saber sobre a produção de Amenita Cesares, uma espécie de cogumelo muito raro, que oficialmente só nasce uma vez no ano, entretanto, alguma força misteriosa, fez com que os de Amaranthyus nascessem quatro vezes no mesmo ano, nas cavernas mais abaixo da cidade que crescera emaranhada em uma das muitas montanhas que compõem a Cordilheira da Luz, responsável por conter os avanços do miasma do Sombrio liberado na Floresta Negra, mais ao sul.

No momento em que soube que Zammaris não se encontrava em Zanelis, ocupada com uma reunião extraordinária do Conselho, convocada às pressas por Mithiel, eu resolvi que era o momento oportuno para fazer uma visita ao novo herdeiro dos espinhos, afinal, éramos parceiros comerciais muito próximos e existia uma grande chance de eu conseguir persuadi-lo a não se juntar ao séquito do Grão-Duque, além do mais, ouvi dizer que deitar-se com ele podia ser uma experiência pra lá de prazerosa.

Estou apenas garantindo que nem sua vida, nem sua morte , sejam desperdiçadas! — Falei, já terminando de me vestir, enquanto Pierre rolava seus olhos negros em sinal de desaprovação. — Minha carruagem está pronta?

Sim, junto com as de carga.— Respondeu de pronto, enquanto eu deixava meu quarto para me dirigir até minha carruagem.

Agradeci a meu amigo, selando levemente seus lábios, que fez questão de limpá-los com o dorso da mão, reclamando que tinha medo que qualquer dia desses morresse envenenado com esses meus beijos, o que me fez abrir meu sorriso ofídeo para ele, enquanto descíamos as infinitas escadarias feita de mármore esbranquiçado do castelo no topo da montanha.

Demorou mais do que eu realmente achava necessário, devia ter feito a residência menormal,  seria mais prático, entretanto isso dificultaria as negociações com importantes parceiros comerciais e prováveis aliados.

Passei por vários funcionários, sempre dando sorrisos afáveis para quem passasse por mim, fazendo meu povo mais feliz por isso. Eu gostava deles e era melhor que eles se mantivessem fiéis.

Entrei na  minha carruagem, enquanto descíamos pelas avenidas com teto de pedra bem trabalhada. Os túneis de Amaranthyus se embrenhar amanhã pela montanha e se miscigenavam com praças, jardins e habitações, desde os trabalhadores mais importantes até os que recebiam menores salários.  Era fácil de se perder e acabar dando voltas, mas meu cocheiro sabia bem o que fazia e logo estávamos na entrada, onde as carruagens de carga estavam começando a deixar o portão principal. Eu seguiria com ela, aproveitando do pequeno séquito que protegeria a comitiva.

Pedi para um mensageiro avisar de minha visita a Zinelis, era falta de decoro chegar de surpresa assim. Espero que cinco horas fosse o suficiente para que Avalon preparasse minha chegada.




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Mensagem por Avalon Lëagrass Thorne Seg Mar 27, 2017 2:57 pm


The Heron and the Rose.

"Come to find out that roses have thorns..."

     A manhã plácida deslizava por entre os grãos de areia do tempo. De pés descalços, caminhei na sala do Guardião sentindo o toque frio das pedras polidas. As janelas largas estavam abertas, e no alto do Jardim na Montanha, o vento sempre corria solto. Quase senti-me tentado a chamá-lo, descobrir o seu nome. No entanto, sabia que mesmo que fossem dignos de reverência, os ventos eram tão volúveis quando as horas do sol. Apesar da brisa fria, o dia era claro e cheio de vida. O cheiro do sal inundava o grande salão vazio, e era com certa simplicidade que tornava a vista da cidadela lá embaixo ainda mais espetacular. Meus dedos deslizaram nas dobradiças de madeira entalhada. Videiras e pétalas, e folhas eram gravadas em toda a parte, reverenciando o nome Thorne. Desde o início do meu domínio, contudo, o símbolo de minha família tornara-se muito mais evidente em nosso lar. Mesmo o rei Badhron sabia de minhas habilidades em manter sempre florido um canteiro de rosas. Ele presenciara e me concedera um título, quando as chamei pela primeira vez. Como fiéis amigas, elas ostentavam as características mais caras a mim. A beleza, a delicadeza, e a sutileza de um perigo sedutor.

    Rosas tinham espinhos, mas eram fiéis ao próprio benefício. Assim, agora suas videiras cresciam por toda a parte, envolvendo o cadeirão onde um dia, meu pai sentara antes de mim. O salão fora inteiramente adaptado com canteiros e fontes, para que elas crescessem saudáveis mesmo às costas de meu pequeno trono. Um Guardião não teria salão mais belo que o meu. Eu sabia disto, e minhas rosas também. Elas amavam a cadência de serem admiradas, como todas as vaidosas flores. Mesmo o mais humilde dos cravos, gosta de sentir olhares sobre suas pétalas. Tomando o pequeno alicate sobre uma de minhas mesinhas de bronze, abaixei-me ao lado de um dos arbusto que começava a sair de forma. Com delicadeza, comecei a remover as folhas mortas e a podar onde devia diminuir. Senti a contrariedade das rosas, que não gostavam de serem repreendidas.

- Ora, porque ficariam tão ressentidas? Eu as trato tão bem. Melhor que confiem em mim e permitam que eu as conduza, sim? Quem admirará uma roseira que mais parece um ordinário arbusto de visgo? - Elas assentiram humildemente, e sorri acariciando as pétalas mais próximas. Minha guarda de elite mantinha silêncio junto às portas principais, enormes portais folheados a ouro com gravuras de rosas. - Acham que sou louco, minhas amigas. Poderiam estar mais errados que isso? - Ri, subindo os pequenos degraus até sentar-me na cadeira do Guardião. - Hoje pretendo permanecer no castelo. Um mensageiro chegou há pouco anunciando a chegada de Aron Tinuviel, vindo de Amaranthyus. Peça que a Ponte D'ouro lhe permita a passagem, mas não sem uma pequena inspeção em sua comitiva.

- Sim senhor. - Respondeu-me um elfo cuja face eu não podia distinguir. Os elfos de minha guarda usavam máscaras, todas marcadas pela gravura de uma única rosa, ou espinhos a um lado do rosto. - Farei com que o comando chegue depressa aos portões.

- Ótimo. Avise à Senhora Nyiara que eu gostaria de sua companhia. - Acrescentei, e ele assentiu antes de partir.

- Isso não será necessário, filho. Aqui estou. - Nyiara caminhou resoluta, ostentando seu vestido de gola alta, dourado como a cor em nosso brasão. Uma única pedra de rubi rutilava em seu colo, como uma gota de lágrima gigantesca. Mamãe sorriu levemente ao avistar-me, enquanto outros guardas moviam-se por trás das pilastras de mármore em nosso salão. Mesmo ela era vigiada de perto, quando próxima a mim. A milícia formada por mim há muito se misturara com a guarda pessoal do Guardião, dobrando o número de defensores, metade deles leais a mim de maneira inquestionável. - Soube que a Safra Prematura se encaminha à nossa cidade. O jovem é um dos recentes talentos da corte de Badhron, como você. É estranho que se fale tanto sobre ambos, talvez ele tenha ouvido à respeito do jovem senhor que governa o Jardim na Montanha. Aron Tinuviel é um ser intrigante, meu filho, mas perigoso. Mithiel afirma que ele deve ser tratado com cuidado, e segundo sua avó trata-se de um traidor. Ela não o receberia com cortesia, depois do ocorrido em Leore, com a deposição de um velho amigo da família, Nethurin.

- Ao que me diz respeito, Aron Tinuviel é um Guardião de sua Majestade, rei Badhron. Sozinho ele desmantelou as atividades de um traidor, punindo-o como devido e assumindo sua vila. Nethurin era amigo de meu pai, não meu. A senhora e o Conselheiro Drümmir se encarregaram que eu fosse abundante em conhecimentos, não em amigos. Até que se prove o contrário, o senhor de Amaranthyus será recebido como lhe é devido. - Olhei atentamente para o rosto cansado de minha mãe. Não era segredo que ela é quem cuidava das finanças do castelo, bem como de todas as suas atividades. Sorri, com gentileza. - Agora, saiba que seus conselhos foram ouvidos e serão levados em consideração, mãe. Peço que deixe-me recebê-lo a sós, não será bom que outro Guardião tenha a impressão de que não sou capaz de governar sem seu auxílio. Embora seja a verdade. - Ela acariciou meus cabelos, assentindo.

- Caso este Guardião decida passar a noite, ou mesmo alguns dias na cidade, seria bom que o fizesse companhia. Poucos podem resistir aos seus encantos, meu filho. Destes jardins, és a rosa mais bonita... - Nyiara sorriu, maliciosa. - É bom que a amizade de um homem influente seja conquistada. Especialmente quando isto pode enfurecer sua avó.

       Ela retirou-se, deixando-me a sós com um sorriso animado. Ainda incrédulo diante da demonstração de humor juvenil de minha mãe, acariciei uma das rosas que enrolava-se no braço de minha cadeira. Sempre tinha cuidado para não danificá-la, num descuido. Imaginei quão reconfortante era estar sempre cercado daquela beleza, da vida que pulsava nos pequenos poros em constante produção de ar e alimento. Logo meus arautos anunciaram a chegada do Guardião de Leora, e empertiguei-me levemente no trono, sorrindo com cortesia enquanto aguardava que um dos seus servos o anunciasse.

- Vejam, minhas queridas... Uma garça no jardim... - Suspirei, aguardando enquanto a curiosidade ansiava por respostas.




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Mensagem por Aron Tinuviel Seg Mar 27, 2017 4:59 pm








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Achei que a viagem demorou mais do que realmente durou, conforme as paisagens de florestas foram aos poucos sendo substituídas pelo quebra mar, preenchendo o ar com seu odor salgado, trazendo consigo a brisa gélida que acariciava minhas melenas. O sol brilhava, iluminando minhas íris verdes e abrindo um pouco mais a cor loira de minhas mechas, que gostavam de se modificar conforme o clima que me cercava.

Zinelis era especialmente o oposto de Amaranthyus, com suas paisagens abertas e seu cerco pelo mar, acostumada a imensidão que lhe davam a visão do horizonte, enquanto meus domínios podiam ser comparados à uma toca de coelho, onde me escondia na escuridão de minha rede de mentiras e armadilhas, esperando que uma raposa cometesse o descuido de tentar invadir e ser surpreendida por um animal herbívoro mutante, que havia evoluído para um predador que pode alcançar o topo da cadeia alimentar.

Um de meus servos, deu-me a mão quando chegamos à base da escadaria que levava para o interior do castelo dos Thorne. Eu lhe sorri, acariciando levemente sua mão, causando o espanto inicial daqueles que estão acostumados a serem solenemente ignorados.

Obrigado, Khoir, foi muito gentil de sua parte. — Falei com meu tom charmoso, captando a atenção dos serviçais do palácio. Não era normal um nobre dar qualquer atenção as classes inferiores, não como eu sempre dava. Não era uma questão de ser a criatura mais doce e atenciosa do mundo, mas de parecer ser. Era parte de minha estratégia natural para agradar a todos, parte de minha máscara, parte de minha valsa particular que me permitiria, em breve, ter a coroa de Badhron.

Aprumei minha postura tão logo iniciei a subida pelas escadarias do bem adornado palácio. Era algo impressionante de se ver, além de bem temático da parte dos Thorne espalharem gravuras em alto relevo no mármore de suas rosas espinhentas e possivelmente perigosas. Por algum motivo aquilo me excitou, conforme eu tentava esconder meu sorriso ofídeo, dando os mais convidativos aos guardas e serviçais ao meu redor, mesmo que eles me ignorassem, afinal eu era ainda um jovem que nem chega a sua adolescência. Deveria parecer inocente, não?

Um dos meus servos passou a frente e imaginei que fosse me anunciar, uma atitude comum nesse tipo de ocasião, mas uma ideia me ocorreu. Resolvi que deveria arriscar um pouco, ainda mais sabendo dos boatos do desejo de simplicidade e naturalidade que o jovem Thorne apreciava.

Saleon, não há necessidade de me apresentar. — Falei com simplicidade e um sorriso no rosto. Meu servo me olhou estupefato e eu percebi que carregava comigo uma comitiva desnecessária para o que eu estava planejando.  — Sei que não faz parte do protocolo, mas poderiam ajudar o descarregamento no cais? — Todos se entreolharam sem saber o que fazer. — Não se preocupem, ficarei bem. — E sorri, tranquilizando-os, que foram se dispersando, incertos pelo meu comportamento.

O anunciante dos Thorne ficou um pouco apavorado pela situação, mas tratei de pegar em sua mão levemente e dizer que eu assumiria toda a responsabilidade por aquele pequeno contratempo. Era uma aposta arriscada, mas eu quase podia adivinhar que causaria o impacto desejado.

Quando finalmente as portas se abriram, sem qualquer prévia de minha chegada, tratei de andar pelo salão com graça, meus sapatos gravando o compasso de minha chegada, juntamente com minha bengala, cujo o pescoço de uma garça prateada despontava do punho.

Meus olhos verdes se admiraram da beleza do salão, invejando o cuidado com que as rosas foram cuidadosamente planejadas por entre o caminhar de seus visitantes. Avalon sabia mesmo como deixar um visitante deslumbrado.

É um prazer conhecê-lo, Vossa Graça! — Disse, tão logo estava há apenas um passo do trono de meu altivo anfitrião. Fiz uma reverência com a inclinação perfeita, a graciosidade estampada em meus gestos pausados e bem calculados. — Aron Tinuviel, seu servo — Diria e, se ele assim me cedesse, beijaria sua mão, com meus lábios quentes, sustentando o contato ocular, com minhas íris esverdeadas.

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Mensagem por Avalon Lëagrass Thorne Seg Mar 27, 2017 5:27 pm


The Heron and the Rose.

"Come to find out that roses have thorns..."

- Meu servo? É mesmo? - Indaguei, erguendo uma sobrancelha enquanto Aron Tinuviel aproximava-se para beijar a minha mão. Concedi-lhe com um meio sorriso lisonjeado, vendo rápido demais por trás de sua cortesia calculada. Eu bem devia ter previsto que ele não seria tão promissor e digno de nota, não fosse totalmente diferente dos outros nobres com os quais minha família esteve acostumada nos últimos anos. Senti meus guardas tensos atrás das pilastras enveredadas por rosas, mas o toque macio dos lábios daquele elfo era muito convidativo. Sem pensar demais, curvei-me sobre o trono e girei a mão que ele beijava, segurando-o pelo queixo. Algo chamara a minha atenção. - Estranho... Seus olhos brilham como muitas cores, mas há uma escuridão neles. Conheci o miasma do Berço bem de perto, e reconheço seus tons. Longe de afirmar que há maldade em seu coração, deduzo que tenha passado por grandes sofrimentos em sua vida, amigo. - O soltei rapidamente, sorrindo. Era difícil me desculpar quando lia os olhos de alguém. Mas o Mestre em Pupilas que me ensinara, dissera que é sempre bom seguir o instinto, quando se mira um par de olhos pela primeira vez. De qualquer espécie. - Seja bem vindo, Guardião de Leore. Não há necessidade para tamanha cerimônia entre nós. Lacaio, traga uma cadeira confortável para que o senhor Tinuviel sente-se. Imagino que ele me dirá as razões por trás de sua visita. Caso deseje abreviar o momento, no entanto, podemos nos deslocar até a varanda principal. Dela, é possível ver toda a extensão da cidadela na montanha, até a Praia Espinhosa.

     Estava um tanto surpreso com a beleza daquele elfo. A malícia em seus olhos devia ser apenas uma primeira impressão de minha cabeça, pois eu desconfiava que ninguém mais podia distinguir a arrogância daquele gesto "humilde". Ainda assim, funcionara. Era algo que eu conhecia bem, enquanto os servos observavam-me conversando com as plantas ou caminhando descalço pela cidade. Era uma questão do que parecia ser, enquanto a superfície enganosa ocultava o que era de fato interessante. Que tormentas estariam escondidas sob aquele plácido olhar de muitas cores? Certamente, eu descobriria. Ele não viera até Zinelis por simples turismo. Aquela bela criatura ofídica era atraente, e de boas maneiras irretocáveis. De modo que cumprir a tarefa de minha mãe, não seria tortura alguma.

- É uma honra recebê-lo, Aron Tinuviel. Esteja à vontade em minha casa. O Jardim na Montanha é mais belo, com sua chegada. - Acrescentei, reverente. Fiz uma mesura com a cabeça, de acordo com a cortesia. Em minha casa, eu não devia me curvar como ele o fizera, apenas se a situação fosse invertida. Ainda assim, mirei seus olhos enquanto curvei o pescoço. - Desculpe minha indiscrição. Ler os olhos é um dos meus campos de estudo, no território místico dos conhecimentos antigos. Aceita um vinho de morangos, ou licor de rosas? - Fiz um gesto abrangendo um pequeno pedestal onde jarros de vidro adornados em ouro exibiam as bebidas. O vinho transparente e rosado, e o licor vermelho como as pétalas de minhas flores.

     Ainda aguardava a decisão de Aron sobre o lugar onde nossa conversa se resumiria, atento ao seus gestos e aparência. Ambos, muito singulares e atrativos...




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Mensagem por Aron Tinuviel Seg Mar 27, 2017 7:38 pm








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O sorriso de lisonja do Guardião de Zinelis fez o canto de minha boca esquerda se contorcer levemente, assumindo um tom de segundas intenções durante um pequeno momento, o sorriso de um demônio, prestes a devorar a alma de sua atormentada presa.

Como se para balancear a vantagem que criei inicialmente, o elfo de lábios carnudos e vermelhos, como se tivesse passado o dia chupando morangos, encarou-me profundamente e eu percebi que havia aberto demais a guarda. Não era para um beijo que ele me puxava, como eu imaginei inicialmente.  Ele desejava ler minha alma e meu descuido trouxe consequências indesejadas, mas aquilo me deixou extremamente empolgado...Aquela habilidade poderia ser útil algum dia.

Quando ele me soltou, procurei suspirar pesadamente, esperando usar esse tempo para pensar em uma defesa inteligente. Poucas pessoas conseguiam me ler tão rapidamente,  embora suas deduções estivessem corretas, estavam longe de revelar toda a verdade, entretanto, só o fato de ter notado essas pequenas nuancias ao meu respeito já o colocava em um patamar mais saboroso. Definitivamente Avalon seria um aliado valoroso.

- Lamento que meus fantasmas o tenham incomodado, Vossa Graça - Falei com um ar de vítima,  dessa vez me preocupando em focar em sentimentos verdadeiros, projetando meu sofrimento interno em minhas íris, para que parecesse um momento de fragilidade diante da peculiaridade do Erudito.

Inspirei uma vez gesticulando infantilmente como se descartasse algo com as mãos e meu estado voltasse ao autocontrole natural, abrindo um sorriso genuíno para o convite do Guardião de Zanelis.

- Se não se importar, eu adoraria vislumbrar tal vista. - Disse com sinceridade. - As últimas horas viajando sentado na carruagem me deixaram ansioso por esticar meu corpo, além do mais, suas terras são absolutamente deslumbrantes, tão diferentes das minhas... - Isso era verdade. Não estava mentindo ou bajulando.  Há anos que admiro o território dos Thorne, mesmo que tenha passado pouco tempo nelas, apenas tratando Momentaneamente de negociações urgentes e voltando a meus afazeres.

- Agradeço vossa generosidade em receber tão humilde servo em sua bela residência e não precisa ser tão lisonjeiro, Lord Thorne, sua presença já é o suficiente para tornar este lugar sublime, estou apenas servindo de moldura, para essa visão tão arrebatadora. - Falei e não percebi que meu discurso fluira tão sem maiores esforços a despeito do nobre a minha frente. Surpreendi-me pelo fato de que minhas palavras eram, na verdade, o que realmente achava.

O jovem a minha frente se portava com tal elegância e beleza, que muito se assemelhava com as rosas que o cercavam, fazendo-o próprio uma flor rara, exótica e única.  Também me percebi ansiando por colhê-la, cheirá-la e guardá-la. Eu estava disposto a correr os riscos de seus espinhos perdurarem minha pele, na verdade, estava ansioso por isso.

- Licor de Rosas... - Falei, umidecendo graciosamente meus lábios.  - ....Embora nunca tenha tido a oportunidade de prová-lo, sempre tive curiosidade de saber seu gosto. - Uma sombracelha ergueu-se levemente em meu rosto, enquanto eu tentava controlar o meio sorriso que queria se formar em meus lábios.  Meus olhos se acenderam com uma chama de desejo repentina, apenas para que ele notosse o duplo sentido da frase. - Por favor, não precisa desculpar-se por um dom tão especial e raro, queria eu ter o talento de vislumbrar tanto dos que me cercam... - Disse, olhando suavemente para meu passado, depois, retornando ao meu presente, afinal, ele parecia bem promissor.

- Gostaria de me desculpar pela visita repentina,  Vossa Graça - Falei, tão logo estivéssemos na varanda, admirando a paisagens única das terras do Lord dos Espinhos.  - Só muito recentemente percebi que não prestei as devidas condolências ao seu falecido pai. - Disse, expondo o motivo de minha visita. - Nossa vida, mesmo sendo estendida, parece tão efêmera nesses momentos. - Disse, o olhar preso no horizonte, minhas orbes refletindo as cores do céu. Pensava em meu próprio  pai tambem. - Nós corremos de um lado para o outro desesperados com nossos afazeres e esquecemos de oferecer um gesto de carinho a um vizinho tão próximo nessa hora de dor. - Meus olhos se encontrariam com os de Avalon, havia sinceridade neles, já que eu mesmo passava por algo semelhante tão recentemente.  - Gostaria que me perdoasse por meu comportamento relapso. - E abaixaria minha cabeça levemente em sinal de vergonha, porque sinceramente era isso. Eu não tinha desculpas para esse tipo de comportamento.  Por mais que eu não ligasse muito para o pai de Avalon, ainda era um erro imperdoável de cortesia, cortesia essa que eu havia aprendido a respeitar e seguir, mesmo que as vezes distorcesse seu real propósito.  

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Mensagem por Avalon Lëagrass Thorne Dom Abr 02, 2017 12:34 am


The Heron and the Rose.

"Come to find out that roses have thorns..."


Aron era um elfo... peculiar. Suas lisonjas eram bem pensadas, mas ainda assim envolventes. Saber que seu jodo de sedução era parte de uma estratégia em retórica, não tornavam seus gestos menos eficazes. Ele sabia como articular uma postura séria, ainda que aberta e convidativa. Eu devia admitir, ao menos para mim mesmo, que estava gostando muito daquela visita. Instigado ao perigo, ergui-me lentamente. Meus pés descalços foram cobertos pelas largas calças de seda marfim, e sobertos pelo manto creme com fios de ouro que eu utilizava sobre todo o resto. Aproximando-me de meu hóspede, fiz sinal para que os servos que chegavam com uma cadeira, retornassem por onde haviam entrado. Ele elogiou minha beleza, e à contragosto senti o sangue fluir para o meu rosto, acentuando minhas bochechas e tornando-me de fato parecido com minhas rosas, agora em cor. Mordi o lábio para reprimir uma risada, ao ouvir seu comentário sobre o licor de rosas. Nossa bebida era conhecida em diversas partes do mundo, por seu delicado costo e preço elevadíssimo. Mas acredito que o olhar que lancei para Aron, sobre o jarro e a taça que eu pegava no pequeno altar, não deixavam dúvidas de que eu sabia a qual gosto ele se referia. Erguendo uma sobrancelha, servi o cálice com modéstia. Não queria deixar-lhe uma má impressão, como se estivesse tentando embebedá-lo.

- Já que Zinelis lhe é tão cara, e o sabor das rosas tão convidativo, permita-me que lhe sirva. - Entreguei a taça em uma de suas mãos, fitando-o com intensidade. - Não é necessário que haja formalidade tão reverente entre dois Guardiões. Nem que me trate com tanta bondade, depois de minha rude leitura. Por isso, agradeço-lhe duplamente por seu respeito, e palavras gentis de apreciação. - Ergui uma sobrancelha, umedecendo meus lábios de forma não intencional. Acredito que o gesto pudesse ser interpretado de outro modo, assim sorri e afastei-me, servindo um segundo cálice. - Eu beberei do mesmo jarro. Um costume formal contra o envenenamento, adotado em Zinelis desde a Guerra Civil das Rosas. Mas também, um ato sincero de amizade e boas vindas. Espero que o senhor sinta-se em casa, aqui. Aron.

Gostei do sabor que aquele nome tinha em meus lábios. O que minha avó diria se pudesse contemplar tal cena? Se aquele belo político era mesmo um traidor, então eu tinha o dever de evitá-lo. Minha família era leal em extremo ao rei Badhron. Devíamos tudo à sua mãe. Mas, eu não era Tharvos. Nem meu pai. Badhron não era para mim, mais que o homem que me dera meu primeiro título. Eu lhe era grato por tanto, mas não leal. Aron Tinuviel era um ser astucioso. Nunca teria qualquer abertura se outro Thorne se sentasse no trono das rosas. Mas Zinelis agora era minha. E seres belos eram sempre muito caros à minha curiosidade natural. Especialmente quando tão repletos de sombra e luz, em medidas conflitantes e díspares. Queria desvendar o mistério daquele Guardião sombrio, da mesma forma que contemplara cada fase na vida de minhas rosas, em busca de seu verdadeiro nome. Queria o nome de Aron, sua essência. Apenas por capricho, apenas porque sua inteligência desafiara a minha. Ele não perceberia tanto, é claro, mas eu não o subestimava. Sabia que podia inferir algo de meus gestos, mas como Nyiara me ensinara, um Thorne nunca revela a si mesmo completamente.

Caminhos juntos, embora eu guardasse o silêncio enquanto cruzávamos os corredores sinuosos que desciam da torre principal, levando do Grande Salão aos aposentos dos Thorne, num anexo ao castelo. O local era belo, mesmo para os padrões élficos. Semelhantes à um jardim, pequenos pátios com fontes de água limpa e boa para beber vertiam o líquido vital, purificado pelas mãos hábeis de nossos alquimistas. O sol brilhava sobre nossas cabeças, enquanto lá embaixo era possível ver toda a cidadela de Zinelis, com sua muralha interna aberta e seu mercado fervilhando de vida. Vozes subiam de longe, vindas do famosíssimo teatro da cidade, referência cultural em toda a civilização conhecida. O teatro élfico era o campo mais tolerante de nosso mundo, onde humanos e mesmo bruxos eram vistos de forma imparcial, senão simpática. Debruçando-me sobre um dos muros ao lado de Aron, deixei que ele visse ao redor, e começasse a falar.

- Não há razões para desculpar-se, Aron. - Insisti em chamá-lo pelo primeiro nome, ainda que de modo aparentemente inocente. - Eu aceito suas condolências, e as devolvo com a mesma intensidade e sinceridade. Sou um homem recluso, e sinto por não ter-lhe prestado as devidas homenagens. Afinal, vosso pai também nos deixou. Uma grande perda para nossa sociedade, sem dúvidas. Ao menos, segundo o que acredita minha avó. - Levei o cálice com licor aos lábios, sentindo o doce líquido viscoso grudar-se aos meus lábios, que lambi logo depois, com um sorriso fraco. Pousei uma de minhas mãos sobre o antebraço de Aron, fazendo com que erguesse os olhos. Se aquele gesto não era sincero, então fora muito bem pensado. Havia algo de lindo, em sua expressão de lamento. Ou talvez fossem só o licor falando. Mas eu não bebera tanto. - Não há motivos para se envergonhar, Guardião. Zinelis é um lugar de luz, esplendor e vida. Mesmo a ameaça da força obscura que vem nos desafiando, foi incapaz de destrui-la quando o meu pai morreu. Há pouco que eu compreenda sobre a vida, e ainda menos sobre a nobreza e suas cortesias. Mas sei que enquanto eu governar esta cidade, um gesto cortês nunca valerá mais que a sinceridade, ou a beleza natural da vida. Por isso amo as rosas. São belas e gentis, mas podem se defender. Nem mesmo a maior das tristezas é capaz de abalar a maneira como refletem o próprio equilíbrio do mundo. O sangue que tiram de nossos dedos, e a recompensa de seu toque aveludado...

Notei que meu discurso fora recheado de paixão genuína, e baixei a guarda com um sorriso. Acima de nós, corvos vieram voando da floresta do Ocaso. A faixa saudável que ainda verdejava ao redor de Zinelis, embora ameaçada cada vez mais, a cada ano. As aves vinham ao palácio em busca de comida, e por diversas vezes passei as tardes solitárias tendo-as como única companhia. Eu era afinal, o Corvo Castanho de Zinelis, o elfo capaz de falar com os pássaros que devoram os mortos. É claro que havia certo exagero nos rumores dos servos, embora minha afinidade com tais criaturas fosse inegável. O canto e o grito dos corvos encheu o ar, enquanto eles empoleiravam-se na grande macieira que enfeitava o centro do pátio interno. A varanda ganhou vida com sua presença, como se eles quisessem tornar tudo ainda mais belo, para Aron.

- É bem-vindo aqui, Aron. Fique quanto tempo desejar. Terei prazer em mostrar-lhe minha cidade, e em visitá-lo na sua, depois. Acredito que na medida em que somos subestimados por nossos companheiros, com mais idade e experiência, devamos nos unir em prol de um crescimento mútuo. - Terminei meu licor, depositando o cálice na mureta da varanda. - Será uma honra discutir meios de câmbio e benefício mais imediatos entre Zinelis, Leore e Amaranthyus. Acredito que embora seus motivos sejam nobres, uma aliança comercial nunca seja de mau tom. - Havia um ar inocente e levemente sedutor na forma como eu dissera "aliança". Olhando de encontro ao sol, senti seu calor avermelhado envolver meu corpo, de modo que removi meu manto. Caminhei até uma das fontes, sentando-me ao seu lado e abrindo levemente os cordões de ouro em minha blusa, próximos ao pescoço. - O clima de Zinelis é quase tropical, por vezes exagerado. É bom se acostumar, se desejar nos presentear com sua presença. - Provoquei, dando de ombros e mergulhando as mãos na fonte, levando água à boca e ao rosto, lavando-o. Sacudi os cabelos molhados, rindo quando um dos corvos gritou, claramente zombando. - Eles zombam de minha semelhança com um cão. Diria que pareço um cão?

Se eu podia dar algum crédito à minha capacidade de dedução, então sabia que Aron não fazia tal juízo de mim. A verdadeira pergunta era: O que ele queria de verdade? E o que faria para consegui-lo, agora que eu já lhe oferecera o apoio comercial de Zinelis de mãos beijadas? Se fosse apoio político, então ele cercaria-me de lisonjas. Mas se fosse satifação física que o movesse, então ele não conseguiria conter-se numa atitude impassível, após tamanha demonstração. A menos que minha mãe estivesse errada, e eu não fosse uma rosa lá tão atraente, quanto Nyiara julgava...




Avalon Lëagrass Thorne
Religião :
Agnóstico

Sexualidade do char :
Bissexual

Inventário :
(1) O LAMENTO DA SEREIA (Granada)

Avalon Lëagrass Thorne
Elf

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Mensagem por Aron Tinuviel Seg Abr 03, 2017 6:51 pm








arontinuviel

A soldier on my own, I don't know the way I'm riding up the heights of shame I'm waiting for the call, the hand on the chest I'm ready for the fight, and fate



Tenho que admitir: Avalon é muito atraente.

Sempre tive oportunidade de estar cercado de gente bonita e interessante, embora pouco ligasse para elas, mantendo o contato apenas por questões políticas. Algumas delas eu levei para cama, mas nunca me senti particularmente ligado à ninguém.

Avalon, no entanto, começava a atiçar minha curiosidade. Eu já sabia que ele havia adivinhado que eu não era exatamente uma boa pessoa, que eu provavelmente tenho muito mais veneno do que aparento, mas lá estava ele: Servindo o licor em minha taça com finura e elegância sem igual, aproveitando-se de minhas palavras e revidando-as com uma observação inteligente e carregada de segundas intenções, que parecia responder minhas provocações de forma afirmativa.

O olhar intenso não me constrangida, ao contrário, me acendia, incinerava meu corpo, conforme eu me imaginava puxando-o pela cintura e degustando o gosto do licor de seus próprios lábios.  Isso fazia minhas orelhas ganharem uma coloração levemente avermelhada, conforme eu tentava manter todo o resto do meu metabolismo sob controle.

Não podia ir com tanta sede ao pote, especialmente porque o motivo real de minha visita era algo mais delicado.  Precisava manobrar um pouco com meus movimentos, antes de finalmente pousar na superfície aveludada da pétala para tirar seu doce e desejado pólen, como uma abelha que beijava a delicada flor para tirar seu sumo tão precioso.

- Eu lhe sou muito grato, Avalon, mas temo que sua hospitalidade tão agradável acabe por me tornar um residente da cidade. - Permiti que seu nome saísse, já que ele mesmo havia anunciado que não achava necessidade de tanta formalidade, pontuando isso chamando-me de meu primeiro o nome. Deixei minha risada harmônica acompanhar minhas palavras, apenas para que ele a conhecesse.

Falar nossos nomes, sem lisonjas e formalidades, nos transportava para um nível mais íntimo na nossa relação, o que me fez conter um sorriso infantil. Raramente eu conseguia chegar tão longe com tão pouco contato, ainda mais na nobreza e não posso dizer que não gostava de como ele me olhava, ou mesmo de como meus pensamentos estavam migrando para algo mais carnal. Mas eu tinha que tomar cuidado. Muito cuidado.

Devo admitir que amei saborear o licor, o líquido espesso invadindo minhas papilas gustativas e causando um gemido baixo e agradável. Fui obrigado a passar minha língua em meus lábios para limpar as partículas que tingiam-me como o sangue, mantendo meu olhar fixo em meu anfitrião, vigiando cada um de seus gestos e degustando-os tanto quanto eu fazia com o vinho. Havia um quê significante em todos os nossos movimentos, todos eles apenas premeditavam nossas intenções, uma valsa lenta e saborosa que nossa cortesia e lisonja tratava de revelar, aos poucos, nossos maiores desejos.

O segui em sua lenta caminhada em direção aos jardins exuberantes. Não consegui conter minha admiração ao ver o paisagismo bem planejando, ainda mais com a vista que presenteava meus olhos de forma tão arrebatadora. O sorriso de admiração apareceu em meus lábios tão facilmente que repreendi-me mentalmente por tal descuido infantil. Acontecia poucas vezes, quando minha pouca experiência acabava por trair meus trejeitos planejados.

Espero conhecer o mestre responsável pelo planejamento desse lindo paisagismo. Não tenho nada como isso no Ninho da Garça. — Falei, ainda deslumbrado pela minuciosidade dos detalhes.

Sorvi do cálice para tentar voltar a minha postura aristocrática. Estava ali a negócios, não para agir feito um bobo diante de um jardim planejado para deslumbrar seus visitantes. Era de fato belo, mas o centro de minhas atenções tinha que ser o dono de tudo aquilo.

Ele me tirou de minha fala com um suave toque em meu antebraço, toque esse que respondi com um olhar intenso e quase pedinte de mais. Não estava sendo tão fora de cálculo, mas certamente era verdadeiro. Desde o momento em que tive a oportunidade de contemplar Avalon, havia sentido aquela falha de batida que eu tentaria ignorar até o fim. Não sou homem de se apaixonar, na verdade, estou apenas assumindo que sua leitura me impressionara e o colocara um pouco acima de meu grau de interesse comum. Nada mais. E eu não admitiria nenhum maior sentimento do que interesse sexual e político, apenas isso.

Seu discurso apaixonado ficou acariciando meus ouvidos em cada uma de suas falas aveludadas. Havia tanta verdade sobre o Lord dos Espinhos em suas declarações que não pude deixar de admirá-las. Sua visão da vida era poética e até inocente, embora não pudesse deixar de sorrir em pensar como o mundo seria belo se mais pessoas pensassem dessa maneira.

Sinceramente, estou começando a achar que fui recebido a flechadas e tudo isso que estou vivendo é apenas um sonho. — Disse, meu olhar perdido nas orbes de Avalon, enquanto cobria levemente a mão que ele pousou em meu antebraço com a minha, em um toque sincero e até mesmo longe de minha personalidade. — Não consigo acreditar que há aqueles que pensam dessa maneira...Não no mundo em que vivemos hoje, Avalon. — Deixei o assunto morrer, meus olhos estavam brilhando de emoção e eu sabia que estava sendo derrotado ali. Minha mãe pensava como Avalon, tão cheia de sonhos e esperanças, mas elas foram esmagadas cruelmente pelo pesadelo assombroso que é a vida humana.

Os corvos chamaram nossa atenção e me fizeram hesitar em finalizar nosso contato e selar nossos lábios em um beijo que não imaginei que teria tanta carga sentimental. Acho que Avalon notou e resolveu pular para um tópico menos arriscado, convidando-me, novamente sendo hospitaleiro.

Estou ansioso para ser apresentado a Zanelis, então, permitirei que me guie nessa visita, mas quando for a Amaranthyus terei que ser bem mais criativo, sua cidade é incrível e tem muitos anos de tradição, diferente de minha humilde casa na montanha, apenas com seus 80 anos. — Falei, com um sorriso estampado no rosto, coisa que não estava exatamente planejada para aquela ocasião.  Sorvi meu cálice, finalizando seu último gole, depositando-o ao lado de meu anfitrião. — Estou de acordo com as discussões, será agradável fazê-lo, mas gostaria de deixar esses por menores para depois. Não sei quanto tempo tenho antes que me torne indesejável no palácio e gostaria de desfrutar de sua companhia o máximo possível antes de partir.

O vi despir-se levemente e tive que conter a vontade de eu mesmo terminar de retirar o resto de suas vestimentas que cobriam sua nudez. Concentrei-me em retirar o sobretudo de couro e desabotoar a camisa de algodão que acompanhava o traje até a metade, exibindo o bronze do meu peitoral. Achei de bom tom tirar minhas botas, já que o dono da casa preferia essa casualidade. Minhas calças de algodão eram folgadas e na coloração negra, da mesma cor de minha camisa. Aparentemente, mesmo sendo uma criatura da luz, eu tinha alguma preferência pela escuridão.

Eu não sentia calor, ou frio, muito raramente eu tinha qualquer sensibilidade a temperatura. Talvez fosse a necessidade de sempre controlar meu temperamento, ou talvez simplesmente tenha me esquecido como sentir. Talvez por isso a naturalidade com que Avalon agia em meio aquele jardim me atraísse tanto. Era algo totalmente diferente de mim, mas não necessariamente excludente, na verdade, eu diria que era algo tão atraente, que eu não conseguia retirar minhas orbes verdes dele.

O vi se refrescar de forma quase infantil e apenas sorri, acompanhando uma gota que descia por seu pescoço e descia para onde eu não podia, mas desejava ver. Fiquei com um pouco de inveja daquela partícula de água. Ouvi sua fala sobre a opinião do corvo a seu respeito e comecei a entender o que mais me chamava atenção no garoto: Ele não era um nobre! Não como todos que eu tinha lidado até hoje, com sua arrogância e desprezo pelos demais. Na verdade, ele era tão simplista, que imagino nem fazer ideia disso.

Se ele o chama de cão, tenho medo de perguntar qual o conceito que ele tem sobre mim. — Eu me aproximei de súbito, alcançando os ouvidos dele num passo veloz, permitindo que meu hálito quente fosse exalado para dentro de seu tímpanos. - Em minha sincera opinião acho que ele está,  na verdade, com inveja de sua beleza, afinal, desse jardim, és a mais bela e mais intrigante flor que já tive o prazer de conhecer. - Me afastei apenas o suficiente para ficar a altura de seus olhos, fitando-o com intensidade, minha respiração exasperada e descompassada. Estava confuso com minhas próprias ações, não fazia o sentido eu me apressar tanto.



wod



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