entia-se relativamente menos nervosa após mudar o rumo da conversa de ambos, não era novidade para ninguém que Sapphire era completamente inexperiente quando se tratava de romances e relacionamentos, agora se via conectada com Lucian pelo resto de sua vida, embora para ela isto não fosse um incômodo ou um problema, já que o amava de maneira incondicional e em sua mente inocente, acreditava ser recíproco, o que fazia o nervosismo em seu peito dissipar quase por completo. Apenas sua voz era o suficiente para acalmar seu coração que há segundos atrás pulsava rápido, embora ainda existisse o desconcerto de estar sozinha com ele, o que era algo tolo em sua mente, já que eram casados agora e não havia motivos para isto. Mas era muito jovem e todas as suas experiências românticas, como o primeiro beijo ou a primeira vez que se deitou com um homem, havia sido com ele, o que justificava seus sentimentos de estranheza a novas experiências. Ao ouvi-lo culpar-se, sentiu um aperto em seu peito, sentindo-se agora ela mesma culpada por trazê-lo tal sentimento, o que a fez franzir o cenho e aproximar-se sem a delicadeza habitual, um pouco mais rápido do que de costume, levando os dedos finos e pálidos ao rosto do mesmo, o acariciando com delicadeza.

— Não, não diga isto, não foi culpa sua de maneira alguma, apenas... Bem, já sabes, antes de nos casarmos eu sequer sabia como era a anatomia masculina, embora minhas colegas da alta sociedade sempre comentassem com detalhes suas aventuras amorosas, e... — Seria errado comentar que uma destas "colegas" era sua irmã, provavelmente ele não sabia de suas "aventuras" que para suas colegas pareciam algo normal e natural, algo que nunca fora para ela, então não continuou seu monólogo.

Ao ouvi-lo comentar sobre aquilo ser algo novo para ele também, um sorriso largo abriu em seu rosto, porém logo diminuiu, pois desconfiava que talvez ele houvesse dito aquilo apenas para fazê-la se sentir compreendida, já que era algo normal e aceitável para homens de todos os continentes terem experiências assim desde uma tenra idade. Ele mentiria para ela? Sentiu um gosto amargo com este simples pensamento, então em sua ingenuidade, ou talvez negação por ser um pensamento doloroso demais, afastou tais delírios antes que a tornassem entorpecida.

Logo um sorriso se formou no rosto de Lucian também, ao ouvir o nome de sua irmã. Ao menos estava fazendo algo certo, pensou, e apreciou a beleza de seu rosto e seu sorriso como se este fosse a criatura mais bela de todo o continente. Para ela, na verdade, ele era, pois estava completamente apaixonada e embriagada pelo amor. Entretanto, o sorriso se dissipou com rapidez à simples alusão ao nome de seu irmão, sua voz se tornou menos gentil, o que a fez engolir em seco novamente. Havia feito algo errado agora, porém não era sua culpa, era? Sabia que Dorian não gostava de Lucian e até mesmo no dia de seu casamento ele quase deixou a marca de sua mão em seu braço por tentar tirá-la da cerimônia antes mesmo de começar, implorando para que ela não cometesse aquele "erro". Entretanto, Sapphire estava cega de amor e para ela aquela reação era apenas um ciúme fraternal, já que era a única mulher de sua família, além de sua mãe, que estava morrendo em seu vício. Abaixou o olhar, cabisbaixa, mordeu o lábio inferior pensando no que dizer para apaziguar aquela situação. Assim como palavras ternas faziam seu peito esquentar de felicidade, palavras repreensivas traziam uma imensa angústia, por menores que fossem. Sua dependência emocional para com Lucian era nítida, visível para qualquer um que olhasse entre as cortinas daquele relacionamento.

— Bem, não o convidei ainda, se achar desconfortável podemos deixar este convite de lado e ter a presença de sua irmã apenas, a última coisa que desejo é que se sinta infeliz, insatisfeito ou desconfortável... Mesmo meu irmão sendo o motivo de tais sentimentos. — E era verdade, estava tão presa às vontades, necessidades e sentimentos de Lucian que faria qualquer coisa para vê-lo feliz, mesmo que isto significasse sacrificar sua conexão com seu irmão. Se sentia tola por ser desta forma com ele, mas era mais tola ainda por imaginar que ele faria o mesmo se fosse uma situação oposta.

Enquanto o ouvia falar sobre o jantar, sua irmã e os planos para o dia, não conseguia evitar de admirar sua figura desnuda ao seu lado, as palavras de Lucian mal eram absorvidas por seu cérebro distraído, mas ao ouvir suas últimas palavras, sua atenção retornou ao rosto do mesmo, onde se aproximou com delicadeza e selou os lábios rosados nos dele, segurando seu rosto de maneira terna, sem ir muito além disto, pois logo quebrou o contato, esboçando um sorriso amoroso em seguida e acariciando o nariz do homem com o seu de maneira carinhosa.

Então Sapphire se afastou por completo e praticamente pulou da cama, com uma animação familiar. Seus cabelos cacheados estavam bagunçados e normalmente ela se importaria em arrumá-los para agradar Lucian, mas de certa forma parecia que ela se importava mais com sua aparência do que ele, então tentou agradá-lo de outras maneiras. Com passos delicados e elegantes desta vez, foi até a porta de madeira do quarto dos dois e abriu uma das portas duplas, tocando um sino de ferro que havia próxima à ela, aguardando algum serviçal surgir no corredor com urgência. Sentia-se estranha por não estar mais em seu castelo, que agora não era mais seu e sim de seu pai e irmão, ainda era um local não familiar, com pessoas que não possuía qualquer tipo de familiaridade. Então uma moça surgiu no final do corredor e veio rapidamente até Sapphire, parecia limpar seu avental marrom para parecer mais apresentável, talvez esperando outra pessoa?

Ao ver sua lady, a moça diminiu os passos e ao chegar perto o suficiente, Sapphire notou que ela parecia desconfortável, seus olhos castanhos pareciam assustados, o rosto levemente empalideceu com a visão da loira, o que a fez juntar as sobrancelhas, preocupada. Talvez ela estivesse apreensiva sobre como seria tratada? Mas notou que a serva olhou rapidamente para dentro do quarto, onde Lucian estava despido e depois para ela novamente, o que achou deveras estranho, mas não comentou, com a moça, ao menos. Sapphire logo ordenou que a mesma preparasse o banho de Lucian, com perfumes e água quente para ser algo confortável e pedisse para que alguém viesse aos aposentos limpar a bagunça que havia feito com seu nervosismo, assim como a cama do casal e que outra serviçal fizesse o mesmo para ela, também deixando outra responsável por vesti-la com todas as camadas de roupa necessárias para uma lady de sua era. A serva assentiu com a cabeça, com o olhar assustado e saiu rapidamente, tão rápido quanto surgiu, pelo corredor de pedra e candelabros.

Sapphire fechou a porta com a mesma delicadeza usual, virando-se para o cômodo em seguida, levando o dedo indicador para seus lábios, ainda com o cenho franzido, como se estivesse com a mente confusa naquela situação, na verdade estava. Por que ela havia agido de maneira tão unusual e por que havia olhado para Lucian de maneira tão nervosa? Ao notar o olhar dele sobre ela, mudou seu semblante e foi até a penteadeira, onde pegou uma escova, indo até Lucian por trás e o puxando com delicadeza até que o mesmo sentasse de costas para si, começando a pentear seus longos cabelos castanhos.

— Meu querido, percebeu o mesmo que eu? — Sua voz, entretanto, não saiu hostil, mas gentil e curiosa. — Aquela serva parecia inquieta com algo, principalmente comigo. Acho que deveria conversar com ela, para que a assegurasse de que não será maltratada por mim. Não quero que pense que sou uma má lady. Ou talvez sua inquietude possuísse outras razões, embora eu tenha certeza de que minha presença foi a raiz de tal sentimento. — E por que haviam tão poucos serviçais homens naquele castelo? Foi algo que se perguntou desde que chegou ali, porém nunca teve a coragem de questionar Lucian diretamente sobre isto, assumiu que seria por conta de sua irmã, que morou ali por um longo período de tempo.

Penteava os cabelos de Lucian com ternura, passando os dedos finos e delicados de uma nobre pelos fios longos em seguida, como se tocasse uma jóia preciosa. Entretanto, aquela situação havia a deixado, no mínimo, curiosa.

acompanhada por   Lucian Warheith

s respostas de Lucian foram suficiente para que Sapphire se sentisse satisfeita, ainda assim sentia a necessidade de trocar algumas palavras com aquela serviçal, embora ele afirmasse que ela não possuía nenhum tipo de medo da nova Lady de Tasin, queria ter certeza de que todos no castelo, da mais baixa casta social até a mais alta - abaixo do casal - se sentisse confortável e houvesse algum tipo de sentimento de igualdade. Ela nunca fora o tipo de pessoa que rebaixava outros ou os olhava de maneira diferente por serem de classes sociais mais baixas que a dela, tanto que sempre ajudava os menos afortunados nos invernos hostis de Fries, com comidas, poções de cura de doenças e agasalhos, juntamente com algumas outras pessoas que se voluntariavam. Sabia que ele não pensava da mesma maneira e talvez nunca fosse entender sua linha de raciocínio, pois eram deveras opostos em certas questões, porém não planejava deixar esta sua parte de lado apenas porque era uma mulher casada agora.

Ainda era surreal para ela pensar que havia se casado, especialmente com o homem que amava e não um velho rico qualquer que seu pai a forçasse a casar-se por status, o que já havia visto acontecer com frequência, por isto se sentia com sorte, entretanto, o que não sabia, era que era um cordeiro dentro da jaula de um leão, que poderia ser atacada a qualquer momento.

Foi surpreendida quando Lucian a puxou de volta para a cama, não conseguiu evitar uma risada alta, seguida por várias gargalhadas quando começou a ser "punida" por seu descuido de minutos atrás. Todos os seus devaneios anteriores em relação a serviçal desapareceram com a afeição disfarçada de punição que recebia, cada beijo em seu rosto e cócegas era como um entorpecente para uma jovem apaixonada. Não era pequena, porém era magra e o peso de Lucian sobre si às vezes a fazia perder o fôlego, pois seu marido era muito maior e muito mais musculoso do que ela, porém naquele momento aquilo pouco importava.

Quando finalmente conseguiu recuperar o fôlego pelas cócegas e pelo peso de Lucian em cima dela, as risadas diminuíram e se misturaram com uma respiração mais rápida. Segurou seu rosto com uma força razoável pelo maxilar desenhado do homem, que era coberto por uma barba castanha bem feita, também não conseguia ser mais forte que ele fisicamente, mas tentava, ao menos.

— Que maneira injusta de punir uma dama, Sir. Deveria se envergonhar de si mesmo. — Sua voz saiu em um tom brincalhão, ainda recheada de risadas que pareciam não se dissipar. — Entretanto... — Deu uma pausa de segundos para recuperar o fôlego de suas risadas e continuou. — Deve saber que uma dama também sabe se defender quando não é inteiramente culpada de algo, portanto, infelizmente terei a obrigação de lhe punir também.

Sapphire não era forte, tampouco havia aprendido a lutar como seus irmãos, até mesmo Ariel, seu irmão mais novo que havia morrido anos atrás sabia segurar uma espada e se defender mais do que ela jamais saberia, então sem pensar antes de agir, de maneira impulsiva, ainda segurando o maxilar de Lucian para impedi-lo de continuar suas brincadeiras, puxou seu rosto para perto do seu, com os dedos pressionando sua barba bem cuidada e o mordeu, cravou os dentes em seu lábio inferior tentando entrar em sua brincadeira de punições afeituosas, mas acabou por não calcular de maneira correta a força com a qual o fez, sentindo de imediato o gosto metálico de sangue em sua língua. Havia o mordido forte o bastante para cortar a parte externa e interna e seu lábio, o que a fez recuar de imediato, de olhos arregalados. Tirou a mão do maxilar de Lucian subitamente e levou os dedos até os lábios do mesmo, passando os dedos finos por seu lábio inferior, tentando limpar o sangue, o que acabou por lhe tirar uma careta de dor pelo toque.

— Pelos deuses! Perdão, meu amor, não quis lhe machucar, está doendo muito? Posso buscar ajuda, não deveria ter feito isto, eu sinto muito... — Nesta altura, Sapphire estava desesperada. Iria ficar furioso com ela? Magoado? Negar seu toque? Rejeitar suas futuras afeições?

Este simples pensamento a angustiou ainda mais. Sua respiração se tornou mais agitada e as risadas desapareceram, sua expressão agora era de completo desespero. Deveria se afastar? Ir em busca de alguma erva ou poção que pudesse curar aquele corte? Era algo pequeno, mas para Sapphire era algo gigantesco, não conseguia sequer imaginar machucá-lo e ver seu sangue, sentir o sangue de Lucian manchando seus lábios antes rosados de um tom escarlate lhe trouxeram uma culpa imensurável.

acompanhada por   Lucian Warheith

apphire ainda estava preocupada com o corte no lábio de Lucian quando ouviu sua voz em um tom diferente do usual, em um tom diferente de qualquer um que tenha ouvido sair de seus lábios, sua expressão também era diferente e a forma que imobilizou seu braço magro e delicado com suas mãos grandes e fortes fez um medo primordial subir por sua espinha dorsal. Não sabia o que ele estava fazendo ou planejando, na verdade não sabia mais quem era aquele homem à sua frente, em cima de si, tendo total controle sobre suas ações.

Ainda assim, permitiu que ele a guiasse para fora da cama, apesar de estar agindo de uma maneira que ao menos para ela era nova, parecia completamente calmo e confortável com aquilo. O mesmo não poderia ser dito por Sapphire, não fazia ideia do que ele planejava. Iria agredi-la? Lembrava que quando sua mãe confrontava seu pai era isto o que ele fazia, até que seu vício a dominou de maneira que ela sequer conseguia sair da cama mais. Via isto como algo errado, porém normal, já que havia crescido assistindo tais abusos, pensava que talvez todos os homens fossem assim, só não esperava que Lucian fosse ser pior em um futuro não tão distante.

Assim que conseguiu se equilibrar sobre seus pés descalços, com as mãos tremendo de nervosismo novamente, no aguardo ansioso do que viria pela frente - que imaginava ser um tapa no rosto ou um chute no estômago -, surpreendeu-se com a nudez súbita e completa de Lucian. Então sua punição seria fazer amor com ela? Aquilo não parecia uma punição. A visão que teve, entretanto, fez seus olhos se arregalarem ligeiramente e os lábios formarem um 'O' em surpresa. Olhos estes que estavam cravados em suas partes baixas, que já pareciam menos flácidas do que naturalmente são.

Entretanto, sua atenção foi desfocada de tais detalhes quando ele fez sinal para que ela se aproximasse, ela o fez sem muitas cerimônias, embora houvesse alguma hesitação e seus passos não fossem inteiramente propositais. Ao chegar perto o suficiente, permitiu que ele retirasse sua camisola branca e elegante, sem nenhum tipo de hesitação, mas ao se ver completamente despida com a luz do dia iluminando sua pele pálida e rosada, sentiu seu rosto se ruborizar por completo, suas bochechas pegavam fogo, sua vergonha era nítida. Todas as outras vezes que havia estado nua em frente a Lucian não havia muita luz, pois geralmente era à noite, então se sentia mais exposta do que nunca havia se sentido antes, pois cada detalhe, cada centímetro e cada curva estavam ali, completamente expostos. Ela não era uma mulher com um corpo considerado irresistível, ao menos nunca se viu assim, diferente de suas amigas que possuíam mais curvas e não precisavam de corsets apertados à ponto de lhe tirar o fôlego para conseguirem algum tipo de busto ou ilusão de quadris largos com vestidos mais pomposos. Se encolheu em sua vergonha e insegurança, tentando cobrir o máximo que conseguia usando os braços para envolver o torso e quadril. De cabeça baixa, buscou os olhos de Lucian com os seus, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, surpreendeu-se novamente com seu próximo pedido... Não, não era um pedido, era uma ordem.

Desta vez ergueu a cabeça novamente com os olhos ainda mais arregalados e o rosto ainda mais vermelho.

— O que?! — Sua pareceu falhar por um segundo. — Quer que eu me ajoelhe?! — Já havia ouvido algumas de suas amigas da alta sociedade falar sobre algo assim antes, porém nunca lhes deu muita atenção quando entravam no tópico, então sentia-se completamente perdida sobre o que fazer ou o que iria acontecer. Novamente o medo de ganhar um soco no rosto gelou sua espinha, porém se viu sem escolhas.

Aquele não parecia o homem que havia se apaixonado, ou ao menos não completamente. Não pelo desejo carnal, que era algo normal e ela sabia disto, mas pela maneira que ele estava agindo. Entretanto, deduziu que era apenas algo temporário, algum tipo de personagem que ele estava interpretando para assustá-la, talvez parte de sua brincadeira, então fez como lhe foi dito e ajoelhou-se no chão frio e duro de mármore, levantando o olhar até Lucian, sentindo o toque de suas mãos másculas em seu rosto angelical.

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aquela altura não sabia mais o que estava fazendo, se deveria fazer, se era certo ou normal... Estava assustada, porém se via sem escolhas diante do controle que Lucian possuía sobre ela. Se sentia como um animal obediente que obedecia seu dono de maneira irracional e isto poderia ser similar a como ela era com as pessoas, sempre querendo agradar à todos, mas não era a Sapphire real, não em seu âmago por baixo daquela personalidade de "people pleasing" que deixava transparecer, então aquela situação lhe deixava desconfortável, embora fizesse qualquer coisa para vê-lo satisfeito com ela.

Ao sentir os lábios serem tocados pelos dedos de Lucian, fechou os olhos grandes e azuis, como se seu toque fosse uma carícia divina, em outras circunstâncias estaria ardendo de desejo de ser possuída por aquele homem, levando em consideração que ele estava bem ali, sem nada o cobrindo, à centímetros de si, mas o medo causado pela inexperiência e inocência lhe fez engolir em seco quando ele ordenou que ela abrisse sua boca.

Sim, Sapphire já havia ouvido falar sobre coisas sexuais além do sexo em si, não era algo totalmente desconhecido, mas para ela que nunca havia sequer beijado alguém antes de Lucian, tudo parecia alienígena, confuso e aterrorizante. Ainda assim, fez como ordenado e abriu a boca o máximo que conseguiu, colocando a língua rosa para fora, acabou deixando sair um som baixo e estranho ao fazê-lo. Sentia que eventualmente seu maxilar iria começar a se tornar algo desconfortável de lidar, porém continuou.

Franziu o cenho, juntando as sobrancelhas quando sentiu o gosto do órgão que Lucian usava para acariciar sua língua, não era um gosto desconfortável, porém era estranho e nem um pouco familiar. Não sabia o que fazer nesta situação, realmente se sentia perdida, então tentou buscar em sua mente memórias de conversas de suas amigas quando contavam sobre suas noites com cavaleiros de nobres ou outros nobres solteiros ou casados, ou até mesmo seus maridos. Deveria engolir? Talvez? Tentou começar devagar, envolvendo o membro com os lábios macios e introduzindo em sua boca, porém assim que chegou um pouco mais além da metade um desconforto enorme tomou conta de si e sentiu que iria vomitar, afastou-se, retirando o membro por completo de sua boca e usou uma das mãos para se segurar no quadril de Lucian enquanto tossia. Passou pelo menos três minutos tentando se recuperar do engasgo, agora se sentia ridícula, não o julgaria se ele pensasse o mesmo. Limpou a garganta, tentando fazer sua voz soar menos ríspida após o incidente.

— Desculpe... — Tirou a mão do quadril de seu marido e levou até a boca para limpar sua própria saliva que havia ficado em seu queixo com a tosse. — Não sei como fazer isto, mas posso aprender se me ensinar... — Percebeu, então que aquilo havia saído de maneira esquisita. — Quer dizer, não com outros homens ou mulheres, como uma demonstração de magia na Universidade Arcana, mas... Ugh... Só estou piorando as coisas. Eu prometo que irei melhorar. — Sequer sabia se deveria, sentia-se vulgar, sentia que estava fazendo algo errado, pois não havia sido criada assim, porém ele era seu marido, certo? Então talvez não houvesse nada errado nisto, ou ao menos esperava que não.

acompanhada por   Lucian Warheith

ra vergonhoso, deveras vergonhoso estar naquela situação. Não apenas por conta de sua vergonha em si, mas por não saber o que fazer. Se sentia insuficiente, sua mente vagava por pensamentos dolorosos de "e se?". E se sua inexperiência fosse algo ruim o suficiente para que ele buscasse o que não conseguia obter com ela com outras mulheres ou homens? E se nunca conseguisse alcançar suas expectativas? Sua paixão cega a fazia obcecar-se com o propósito de ser melhor do que era, de satisfazê-lo de todas as maneiras que conseguisse, independente do que isto significasse.

Então fez como pediu, após passar as costas da mão pelos olhos que haviam lacrimejado por conta do engasgo. Engoliu em seco em seu nervosismo e abriu a boca novamente, desta vez tentando ser menos patética ao fazê-lo. Tentou limpar sua mente de qualquer outro tipo de pensamentos para focar em suas instruções, as ouvindo claramente.

"Como se fosse uma deliciosa sobremesa", pensou consigo mesma ou um bloco de açúcar que geralmente colocava em seu chá. Seus joelhos já estavam desconfortáveis e o vento incansável de Fries cantava uma sinfonia que apenas a própria natureza entendia, entrando pelas frestas de pedra do castelo, o que incluía, é claro, o aposento de ambos, fazendo com que o frio também se tornasse um incômodo. Porém precisava desfocar das coisas externas e focar no que precisava fazer.

Levou então sua língua quente até o local indicado, começando por baixo e subindo lentamente até o topo, onde, de acordo com Lucian, sentia mais prazer. Afastou alguns centímetros e tocou nesta parte de seu membro com a ponta de sua língua, pensou que talvez devesse lamber aquela parte também, então o fez, focando ao mesmo tempo no que fazia e nas reações de seu marido para ter certeza de que não estava fazendo nada errado em sua segunda tentativa. Após "saborear" o topo de seu órgão por alguns segundos, fez como ele havia indicado novamente e começou a introduzi-lo lentamente dentro de sua boca úmida, envolvendo seus lábios macios e carnudos ao redor de seu membro, deixando sua língua quieta na parte baixa de sua boca para evitar outro engasgo. Continuou introduzindo lentamente, até conseguir ir além de apenas a metade, como foi a trágica última vez.

Entretanto sentiu ele segurar seus cabelos loiros e cacheados, com uma força preocupante, ao menos em sua visão. Estava fazendo certo desta vez? O ouviu novamente e fez como ele ordenou, pois sabia que naquele momento não haviam pedidos e sim ordens. Uma de suas mãos usou para apoiar-se em uma de suas coxas e a outra em seu quadril, mas ao ouvir a última parte sua mente começou a lançar-lhe vários pensamentos de uma única vez. Como assim aumentar a intensidade? Iria piorar? Seria mais difícil que aquilo? Esperava ao menos que não se engasgasse novamente e acabasse vomitando o chá que havia ingerido nas partes baixas de seu marido, pois tinha certeza de que se isto acontecesse ele pediria um divórcio, mesmo que isto fosse algo proibido em seu reino.

acompanhada por   Lucian Warheith