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{RP FECHADA} Broken Roses

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Mensagem por Pandora Langhorne Dom Set 26, 2021 8:26 pm


Broken Roses

inverno // -15 graus // noite // fortaleza de Ortraud

Esta RP se passa entre Pandora Langhorne & Lilith, e é onde Pandora conta sua história pela primeira vez e as duas se aproximam mais.

wod
Pandora Langhorne
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{RP FECHADA} Broken Roses EmMWJ8s
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{RP FECHADA} Broken Roses Empty Re: {RP FECHADA} Broken Roses

Mensagem por Lilith Seg Set 27, 2021 12:06 pm

Little Rose
If you find yourself in a lion's den I'll jump right in and pull my pin And go with you
Os olhos rubis encaravam os três anciões à mesa, a proposta absurda correndo feito veneno no sangue. Tinham convocado a si para uma reunião, a própria baronesa, para levianamente supor que aqueles que desejassem escravos em Ortraud deveriam possuir o direito de tê-los. Eram novos demais para se lembrar da sociedade pré-declínio. Ainda ávidos por guerra em seus cinco ou seis milênios. Muito mais do que o restante da cidade, e por isso nomeados anciões, mas quase quatro vezes mais novos que Lilith. O ódio queimou seus pulmões, fazendo o peito inflar algumas vezes, e precisou de alguma ajuda para controlar a si.

— Os que quiserem possuir escravos são livres para consegui-los. — Afirmou em um tom seco e ríspido, observando enquanto o cuidado comedido dos três se tornava uma vitória entre as faces, com risos de orgulho. Escravistas nojentos. — Aliás, toda e qualquer criatura é livre para tomar as próprias decisões. E todas as decisões têm uma consequência. Avisem ao povo que os escravos estão liberados, contanto que entendam exatamente quem estão capturando. Escravos comprados, naturalmente, não terão lugar em minhas terras. Os que quiserem ter servos mortais que os cacem por conta própria, seguindo os mesmos critérios pelos quais tomamos nossos presos. Caso eu desconfie que qualquer um participa do tráfico humano será executado por minhas próprias mãos. — E os risos morreram aos poucos, os olhos meio arregalados.

A morena sabia a verdade. Grande parte de sua população era consideravelmente jovem, de modo que ainda não tinham tanto contato com o modelo lucrativo da exploração de sapientes, passando os primeiros dois milênios ou menos de vida exclusivamente naquela montanha. Os três anciões eram os únicos com tempo de existência fora o suficiente para já terem experimentado o sistema escravocrata, entendendo o quão rentável poderia ser, sem se importar com quais vidas acabariam por aquilo. Usavam suas posições para tentarem valer das próprias vontades. Tomavam Lilith como tola ou muito distraída para não perceber o que verdadeiramente queriam. E talvez por isso seu humor tinha piorado tanto. Odiava ser tratada como uma menina inocente. A única coisa que a impedia de matar aos três era a visão errada que passaria ao povo. O que não significava que sairiam impunes.

— Mas já que estão tão ativos essa semana, aproveitando o pedido de reunião, podem me fazer um favor. Quero que se apresentem para o treinamento no jardim nas próximas semanas. Ananda está com dificuldades em encontrar voluntários para demonstração aos mais novos. Sei que farão um bom trabalho. — O sorriso arrogante se espalhou delicadamente pelos lábios, o olhar faiscando em desafio para que qualquer um deles se negasse à ordem. A única coisa que ouvia era um silêncio avassalador. E por fim manearam as cabeças em sinal positivo, trocando olhares preocupados. Todos sabiam da metodologia militar da ruiva. Nem mesmo os mais velhos costumavam encara-la.

— Se estamos resolvidos, se apresentem imediatamente. — Anunciou apenas para que partissem logo. A tenção no ar era quase palpável, assim como a irritação da baronesa que parecia rondar pelo ar. Uma promessa de violência não dita. Algo que irradiava de si em ondas duras mesmo quando os homens saíram, deixando-a com os próprios pensamentos e uma raiva que mal cabia em si. E mesmo após as portas se fecharem, tornando o grande salão um ambiente vazio, a morena se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro, a garganta queimando e pedindo sangue. Não era fome, sabia, estava bem alimentada. Era apenas... A vontade de ver a vida de outrem escapar das veias. O desejo de assaltar um corpo e lhe tirar o que era mais precioso. Algo que precisava trancafiar ao fundo de seu ser.
Lilith
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Mensagem por Pandora Langhorne Seg Set 27, 2021 1:30 pm




rose  thorns
"I'll be the thorns in every rose, You've been sent by hope. Let me weep you this poem as heaven's gates close, Paint you my soul scarred and alone, Waiting for your kiss to take me back home."



Pandora observava as rosas vermelhas na banheira que se banhava, tinha uma preferência absurda por banhar-se com rosas, pois o cheiro delas ficava em sua pele por um certo período de tempo, como um perfume, que podia ser sentido por todos os vampiros que passassem por ela. Levantou-se da banheira rapidamente, uma velocidade que apenas vampiros podem alcançar, embora esta fosse nova demais e suas habilidades dignas de pena. Caminhou para o quarto que dividia com Lilith, uma suíte, com a sala de banho coberta apenas por cortinas de seda vermelhas. Não havia molhado os cabelos, soltando-os após enxugar-se. Vestiu-se, um vestido bufante preto com detalhes em ouro e vermelho. Havia se alimentado bem, infelizmente precisara de dois humanos para saciar sua sede, pois era nova demais e não era forte o suficiente, principalmente quando se tratava de sua alimentação.

Ao sair de seus aposentos, começou a caminhar pelos corredores e ao encontrar um vampiro caminhando pelo castelo, perguntou-lhe onde estava sua amada, foi para onde direcionou-se. Caminhando à passos largos, numa velocidade vampírica. E ao chegar ao local, sabia que a reunião havia acabado, então abriu as portas, empurrando-as com certa força, sabia que Lilith não se importaria com a forma que esta adentrara o local.

— Olá, meu amor. — Percebeu que esta estava agitada, andara de um lado para o outro quando Pandora entrou no recinto. — Imagino que a reunião tirou-lhe a paciência de maneira lancinante. — Aproximava de Lilith lentamente, pois não queria alarmá-la mais do que já estava e o que pretendia com aquela conversa não iria ser incomplexo. Lilith deveria estar exausta pela reunião e Pandora sabia disto, mas aquela conversa não poderia esperar mais. Queimava dentro de si como fogo.  — Sinto lhe incomodar ainda mais, dada as circunstâncias, sei que a reunião não fora fácil, mas preciso... Preciso conversar contigo.

Sua voz era gentil, mas carregava dor. Pandora olhava para Lilith com um olhar doloroso. Estava próxima à mesa, com uma das mãos tocando a madeira gentilmente.


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Mensagem por Lilith Seg Set 27, 2021 9:54 pm

Little Rose
If you find yourself in a lion's den I'll jump right in and pull my pin And go with you
Ainda andava de um lado ao outro quando o barulho abafado das portas chamaram sua atenção, fazendo-a olhar para entrada. Com a corrente de ar que vinha do lado de fora o odor característico a atingiu em cheio, fazendo seu sangue acalmar e o veneno diluir pelo corpo. Reconhecia o cheiro de Pandora com quase tanta naturalidade quanto conhecia as estrelas. Mesmo que ainda agitada, podia sentir ao longo dos segundos a ardência diminuir e o nível de adrenalina aos poucos se acalmar no organismo. Sorriu para a mais nova, um sorriso de alívio que tinha apenas diante dela. A amada brilhava quase literalmente. Brilhava nos olhos, na pele marmorizada... Tinha se alimentado recentemente, o que a deixava completamente deslumbrante.

E só então, entre os passos da outra, pôde notar que algo a incomodava, fazendo o próprio sorriso murchar como uma flor perene em sol escaldante, franzindo o cenho sem qualquer cerimônia, tentando entender o que acontecia. Lili tinha controle absoluto sobre si. Controle conquistado à ferro e fogo pelos milênios. Controle que abrangia quase tudo. Na verdade, tudo o que não incluía assuntos com sua pequena e frágil princesa. A menina dos olhos da criatura milenar, a quem a morena quase sempre tratava como uma peça delicada de porcelana. Aproximou-se em uma velocidade sobrenatural assim que viu Pan se apoiar na mesa, contornando o obstáculo entre elas com muita facilidade. Apoiava a destra na base da coluna da outra, prestando-lhe conforto, enquanto a canhota direcionada ao cotovelo a guiava gentilmente para uma das poltronas confortáveis. Fez mensura para que a amada sentasse primeiro antes de puxar um assento para si, posicionando-as de modo a estarem uma de frente para a outra.

— Sabe que pode sempre falar comigo, amor... — Murmurou em um tom delicado e impregnado de preocupação. Obviamente consternada, com os olhos fixos nos da companheira, buscando naquelas fendas brilhantes as emoções que borbulhavam. — Vamos resolver o que quer que seja, está bem? Vamos resolver juntas. — Completou por fim, tentando um sorriso calmo que saiu um pouco mais torto do que deveria. Por acidente denunciava as próprias emoções. Mesmo tendo milênios de experiência. Mesmo tendo mais tempo do que quase qualquer outra criatura existente. E enquanto ainda olhava sua pequena, um trecho que há muito não ouvia simplesmente lhe voltou como um flash. "É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor."
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Mensagem por Pandora Langhorne Qui Set 30, 2021 1:34 pm




rose  thorns
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Pandora estava visivelmente transtornada, seu coração morto ardia, ela tinha os olhos fixados nos de Lilith, a mulher que amava, mas sua mente estava longe. Muito longe. No passado. Flashbacks de coisas que ela não queriam se lembrar passavam por sua mente, seus olhos encheram-se de lágrimas escarlate. Abaixou a cabeça, tentando ganhar coragem suficiente para começar a falar.

— Tem algo que não te falei, que nunca contei para ninguém antes, quero que saiba agora. — Sua cabeça continuava baixa, as lágrimas começavam a se acumular nos seus olhos. — Eu nasci numa família miserável com vários irmãos, todos era a irmã do meio. Os mais novos morreram primeiro, uma no parto, então os mais velhos, e só sobrou eu e mais um. Fazíamos trabalhos no campo, éramos camponeses afinal, mas por minha estatura e por ser desnutrida, eu não era forte como meu irmão, não tinha a força que ele tinha, não conseguia fazer o trabalho que ele fazia, então nosso pai não viu mais serventia para mim, era apenas mais uma boca para ser alimentada com alimento que mal tínhamos... — Ela suspirou, um suspiro doloroso, embora não respirasse.  — Então ele me vendeu para um bordel.  

Agora as lágrimas caíam copiosamente no chão, seu rosto molhado por lágrimas de sangue não escondiam a dor que ela sentia ao se lembrar do que havia acontecido com ela.

— Logo começaram a me usar, eu me lembro bem da primeira vez que um daqueles nojentos me usou, eu era pura, ele me jogou na cama de costas, falou sobre como eu era bonita e me estuprou com toda força que tinha. Eu gritava de dor enquanto minha pureza era tirada de mim e sangue jorrava na cama, mas ele não parava. E então continuavam vindo todas as noites, continuavam me estuprando, no começo eu chorava e implorava para eles pararem, mas eles não me ouviam, apenas diziam que eu deveria parar de chorar e agir como a puta que eu era. Eu não conseguia, eu sentia nojo, todas as vezes que eles inseriam aqueles paus nojentos dentro de mim eu sentia nojo deles e do meu próprio corpo. Até que me tornei dormente, depois de todas as noites ser usada de maneira feroz, eu me tornei dormente, já não gemia mais de dor quando eles me estupravam ou quando a dona da casa enfiava aquela coisa dentro de mim e limpava meu útero para tirar o que eles haviam depositado dentro de mim. Doía muito quando ela fazia aquilo, era de ferro e ela não colocava nada para deixar o processo ser menos doloroso pra mim. — Agora Pandora soluçava. — Então um dia chegou um homem, um vampiro e ele me transformou contra minha própria vontade, me trouxe para Vollbrecht onde possuía um negócio, provavelmente um negócio de escravos, hoje percebo, e um dia ele me abandonou. Mas quando eu me transformei, Lili... A primeira coisa que fiz foi matar todos os clientes daquele bordel, incluindo a dona. Eu me vinguei, eu rasguei seus pescoços com meus dentes, eu me alimentei de seus sangues, eu me vinguei por tudo que eles haviam feito comigo. Eu era uma rosa e depois de tudo o que vivi ali, a rosa apodreceu. — Então ela finalmente levantou a cabeça e olhou para Lilith, com os olhos ainda derramando lágrimas de sangue. — Até que eu encontrei você. — Sua voz agora era ríspida, firme, mas notavelmente possuía muita dor. Abaixou os olhos, soluçando enquanto chorava. Parecia que um peso havia saído de suas costas ao contar aquilo para Lilith, mas ao mesmo tempo parecia que ela revivia tudo de novo.

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{RP FECHADA} Broken Roses Empty Re: {RP FECHADA} Broken Roses

Mensagem por Lilith Ter Ago 16, 2022 1:28 pm

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Tentou se manter impassível e ser doce e gentil, era esperado de si o controle perfeito enquanto criatura milenar. Mas os dedos trêmulos eram a resposta pela palma que também tremia, o choque reverberando suavemente no olhar avermelhado. Antiga demais para que o coração se lembrasse do que era tristeza. Amarga demais para sentir qualquer coisa que não o ódio lancinante que há muito não tinha. Podia prová-lo no palato limpo, as presas se alongando preguiçosamente naquela fome seca por algo que nunca poderia nutrir verdadeiramente a parte biológica de seu organismo.  Porra, Lilith queria outra vez o sangue vampírico que nada mais faria se não fazer seu estômago roncar. Queria drenar o criador de sua pequena e doce Pandora e depois saciar-se de verdade com cada um que a tocou. Queria matar. Não, mais do que isso. Queria torturar, quebrar e destruir. Ruir o mundo até que não restasse mais pedra sobre pedra. E diferente do que teria feito há tanto tempo, ainda estava ali parada, os olhos ágeis esquadrinhando cada centímetro do corpo da amada, surrupiando cada pedaço de sua dor. Era idiotice, é claro. A imagem diante de si alimentaria por milênios seu ódio.

— Vou te contar uma história, minha linda Lady. — Sussurrou com o timbre muito mais rouco do que gostaria, a voz estremecendo no esforço árduo de se manter minimamente racional. — E depois, e apenas se você quiser, conversaremos melhor sobre seu criador e cada uma das pessoas que passaram por sua vida. — Completou  com alguma dificuldade, forçando um sorriso que atravessava-lhe apenas os lábios, os dentes muito brancos expostos junto às presas alongadas e famintas por vingança. Até mesmo respirar tinha se tornado incrivelmente difícil desde o segundo que ouvira as primeiras palavras da companheira e, apenas para garantir que não faria nada estúpido como deixa-la ali sozinha enquanto saía para caçar cada rastro que pudesse levar ao passado da mais nova, levantou-se da poltrona em que estava sentada, dirigindo-se até a de Pand para tira-la do lugar. Sem qualquer dificuldade, levantou a mulher em seus braços, enlaçando a destra em sua cintura e ajeitando-lhe as coxas com a canhota antes de voltar a se sentar, agora com a pequena descansando sobre si.

— Era uma vez uma menina chamada Aurora Aleksander Pagani. Ainda uma criança mortal, com não mais do que seus quinze anos. Era doce e inocente, fazia sempre tudo o que os pais pediam e, quando insistiram para que ela tentasse seduzir o misterioso magnata que alcançou sua cidade interiorana, ela cedeu. Eles eram pobres, afinal, mas ainda restava uma esperança — A memória ainda era intragável. Azeda. Ainda mais odiosa através dos tantos anos passados sem verdadeira redenção. Tentando acalmar a si mesma, permitiu-se o deleite de ajeitar sua pequena, apoiando a face delicada e alva contra seu peito e deixando-se deslizar os dedos entre as suaves mechas morenas, acariciando os cabelos que tanto amava. — Chad, o magnata, era um vampir. E não era como nós. Um vampiro novo, abandonado por seu criador, liberto no mundo para tomar tudo o que queria. Talvez Aurora fosse bonita para a idade. Talvez ele conseguisse farejar o medo dela, não medo pela raça do idiota mas por uma possível ameaça à sua pureza intacta. Não sei bem o que foi, não mesmo, mas o ponto é que ele a quis. E, assim como qualquer coisa que queria, ele a tomou. A estuprou e espancou, riu enquanto ela gritava, mordeu, se alimentou... E por fim a transformou para que aquela dor doesse para sempre. — Sorriu um sorriso triste, fechando os olhos e tombando a cabeça para trás, respirando fundo e apertando Pandora contra si o máximo que conseguia.

— Você sabe, meu amor, muito melhor do que eu, que a imortalidade tende a ser uma maldição e não uma dádiva. Para um humano qualquer, aquele pesadelo acabaria ali. Morreria, como outros mortais, e nada mais sentiria ou pensaria ou desejaria. Mas, feita para ser eterna, Aurora continuou a sentir. E quando acordou, faminta e apavorada, com tanta raiva que poderia ter destruído o mundo, a única coisa que encontrou foi sua própria cidadezinha, quase um vilarejo. Começou com desconhecidos. E então foi para os que se lembrava já ter visto de longe. Nada resolvia, porque não era a fome do corpo a única que ela tinha. Aurora queria preencher com sangue cada pedaço que Chad tinha arrancado de si. Mas eram muitos. Pedaços demais. Sangue demais. Logo já dizimava amigos próximos no meio da noite e, por fim, foi para a própria casa, se alimentar do sangue de seu sangue. — O desgosto era bastante óbvio no tom. A mágoa mascarada por um sarcasmo frio e um deboche forçado.

— Ela os culpou, sabia? Alguma parte do monstro que tinha virado pensou que se não fosse pela insistência deles teria sobrevivido sem toda aquela merda. E teve tanta raiva que destroçou os corpos como um animal. As irmãs. Os pais. Estavam irreconhecíveis quando acabou. E quando por fim voltou a si, o arrependimento apenas incendiou a raiva. O ódio a consumiu e tudo o que queria era vingança. Por isso passou a caçar Chad e, apenas por que podia, caçou também cada vampir que já ouvira o nome dele. Amigos. Inimigos. Conhecidos. Quem quer que fosse, qualquer um que conhecesse o bastardo nome. Os bebeu mesmo que não trouxesse para si qualquer saciedade. E naquele momento deixou de respondeu pelo próprio nome. Deu a si mesma o nome da primeira mulher e primeiro demônio a ser nomeado. — Em uma ação mais corajosa do que realmente se sentia, abriu os olhos, endireitando-se na poltrona e tomando entre os dedos o queixo da menor, exigindo em silêncio que a olhasse nos olhos, erguendo sua face. — Você sabe como ela se chama, não sabe, meu bem? O nome maldito que ainda é sussurrado entre nossa raça como uma praga nas melhores plantações, pelo qual ela ainda atende e se orgulha.

A sanidade que ainda tinha quando ouviu o relato de Pandora tinha por fim se esvaído agora. Lilith era uma massa disforme de fome, rancor e desvairo, o olhar já não tão inteligente como costumava ser. O anjo da vingança que há muito não sentia em si. — E se ainda estiverem vivos nas memórias de qualquer um, se seu criador ou qualquer um daquele bordel ainda for até mesmo lembrado, é isso que vou fazer outra vez. É uma promessa que lhe faço, minha doce princesa. E uma da qual não pretendo voltar atrás. Você pode me ajudar com isso, minha pequena menina. Pode facilitar meu trabalho se quiser e me dar nomes ou rostos, lugares, qualquer coisa. Mas não é sua obrigação. Se não quiser relembrar, ficarei aqui até que esteja bem e os caçarei sozinha. Revirarei o mundo, de pedra por pedra, e os acharei mesmo que estejam na cama da porra do rei. Se você sangra, meu coração fora do peito, eu também farei o mundo sangrar.
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