{RP FECHADA +18} Back to The Roots

Keith perdia-se quando estava unido a Amelie, cada vez investia mais apaixonado, tinha ela ali só para ele. Sua princesa, apenas sua. A tocava mais vigorosamente e cada vez que ela gemia, só o incentiva a ir mais profundo e apaixonado.

Havia quase perdido sua amada, todos esses sentimentos misturavam ao êxtase que sentia agora. A beijava com intensidade, ávido por ela, apenas por Amelie, como se pudessem unir até mesmo suas almas, como se a quisesse segurar com força o suficiente para nunca mais perdê-la. Ainda mantinha uma parte de sua consciência para não acabar descontrolando-se antes do tempo.

Sorriu travesso de satisfação quando a ouviu chegar em seu ápice. Estava ficando melhor nisso. Amelie disse perto do ouvido que era sua vez. Entretanto ficou surpreso quando escutou as próximas palavras. Não sabia exatamente como não ser silencioso. Além disso, estaria Amelie ainda louca? E quanto aos bebês? A encarou por alguns segundos, o rosto corado e molhado por gotículas de suor, o cabelo bagunçado por causa das mãos dela.

Mas não demorou a fechar novamente os olhos e sua boca voltar a percorrer o corpo dela, entre beijos e mordidas leves. Bom, desde o começo foi Amelie que o ensinou a evitar filhos, então precisava confiar que não faria nada tão louco assim se não soubesse o que estava fazendo. Então voltou a investir mais rápido, mais profundo até que não conseguisse se concentrar mais nos beijos. No momento que sentiu que estava no seu máximo, não afastou dessa vez confiando na pirata. Não controlou-se mais, lançou o pescoço para trás e como pedido dela, deixou escapar alguns gemidos mais sonoros. Embora não estivesse acostumado a isso.

Não sabia que era possível se sentir ainda melhor, mas dessa vez a sensação de deixar sua semente fluir para dentro dela foi inexplicável. Respirava ofegante, o peito subia e descia, encontrava-se embebido em suor. Delicadamente afastou-se da pirata ainda arfando. Sorriu e trocou um olhar com ela, o rosto ruborizado (não por timidez):

— Te amo, Amelie.... Ual.... Está muito quente aqui ou sou eu?  

Sorriu de novo, não queria voltar aos lençóis suado desse jeito, então perguntou a sua amada com um sorriso:

— Para onde agora?  Quer tomar banho comigo?

Dentro da banheira, Keith relaxou com Amelie em seu peito. Era uma sensação agradável sentir seu corpo contra o dela dentro de água. Além disso, ajudava a água a não ficar gelada.

Olhou para ela quando disse que precisava dizer algo, então Keith focou sua atenção nela. Entretanto nas primeiras palavras logo ficou pálido. Como assim não tirou rápido suficiente?! Então tinha a chance de?! Quase entrou em pânico. Engoliu em seco enquanto ouvia o resto das palavras.

— Que?!! - Gaguejou nervoso.

Só deixou o ar sair de seus pulmões quando ela disse que nada aconteceu. Essa tinha sido por pouco. Então Amelie contou o que descobriu no médico, isso o deixou ainda mais aliviado. Não queria por uma criança no mundo que pudesse nascer com defeitos como ele. Além disso, a vida pirata seria péssima para uma criança. Teriam que largar tudo, mas como comeriam sem trabalho também?

Só que apesar de se sentir aliviado, notou que a pirata estava triste. Não entendia bem o motivo no começo. Já haviam tido a conversa que não deveriam ter filhos. Mas pensando mais um pouco, achou que talvez lá no fundo ela gostava da ideia, embora fosse impossível para o estilo de vida deles.

— Amor... - Chamou ela com a voz carinhosa.

Passou a mão nos cabelos dela a tentando consolar:

— Mas amor, isso é o melhor... Não quero colocar alguém no mundo que pode vir com problemas como eu... Nem todas podem ser consertadas com cirurgia e a vida de pirata é muito violenta...

Jogou um pouco de água nos cabelos dela com a mão e continuou tentando melhorar o humor dela:

—Não teremos filhos, mas sempre teremos um ao outro. Além disso... Crianças crescem, a parte legal vai embora rápido...

Keith nunca pensou que teria alguém na sua vida, nunca achou que fosse casar, então tentava não sonhar com isso, filhos então já aceitava desde o começo. Claro que era bonito quando alguém tinha um bebezinho, lembrava de ver a felicidade das pessoas quando algo assim acontecia. Mas o mundo não era um lugar bonito. Além disso, já sentia tanto medo de perder Amelie, se algo acontecesse a filho então, nem queria imaginar. Comentou em seguida para aliviar o clima triste:

—Além disso, eu teria que dividir você com o bebê. Quero você só para mim. 

Passou a mão no rosto dela devagar para ajudar a limpar.

—Eu descobri que não gosto de dividir.

O coração de Keith quebrava em pedaços quando via Amelie triste assim, a deixou desabafar. Realmente a imagem que ela descrevia de um futuro perfeito era linda, mas impossível para a realidade deles. O mundo era cruel e perigoso, jamais viveram felizes em uma fazenda assim em paz, infelizmente.

— Meu amor... Se eu pudesse eu criava esse mundo para você, mas não tem como... Mas o mundo é cruel, não merece nossos filhos - Disse entristecido por vê-la assim.

A envolveu com os braços enquanto ela continuava soluçando. Queria poder levá-la para este mundo que descrevia. Entendia que era uma pressão para as mulheres, no mundo deles, a função principal de uma mulher era gerar um filho.

Realmente se ela fosse nobre seria um grande problema. Por isso cada vez mais parecia que era melhor coisa ficarem juntos. Keith não se importava nem um pouco se a pirata lhe daria filhos ou não. Bem diferente da maioria dos homens. A encarou quando ela levantou o olhar para vê-lo.

—Amelie... - Disse sério — Você não é oca por dentro, acredite, aquelas nobres é que são ocas, porque são como... Apenas fêmeas de uma criação de coelhos, só servem para isso. O que é triste, mas você é forte e pirata. Quantas teriam a coragem e força para sobreviver as sirens? Elas apenas usam um órgão que nasceram com isso, enquanto você trabalhou duro para ser o que é.

Passou a mão na cabeça dela de novo, era confortável estar com ela na água na morna.

— Você não tem o propósito de ser apenas uma geradora de bebês - Disse — Você é muito mais do que isso. Pessoas que tem filhos nesse mundo são egoístas, quando não sai como querem fazem como fizeram com a gente. Piores que os animais, porque tratam filhos como produtos ou troféus para serem exibidos. Não somos assim, podem achar que somos ladrões e as piores pessoas, mas eles não veem que eles apenas aparentam ser melhores.

Jogou um pouco de água no topo da cabeça dela de novo e continuou:

—Amelie, você jamais será oca por dentro.

Keith arregalou os olhos a encarando quando percebeu que a pirata já parecia bem melhor. Riu da primeira frase dela, como ela tinha mudado tão rápido? Pelo menos era bom ver que ela tinha melhorado. Sentiu seus lábios serem beijados e as mãos dela deslizando pelo seu torso.

— Amor... E o nosso banho?

O impuro estava um pouco cansado, tinha sido bastante enérgico da última vez. Porém era inevitável não se sentir atraído por ela, amava o toque dela. De alguma forma a ideia até ficava mais quente por estarem na água, não sabia dizer o motivo, mas gostou de sentir ela ali. Keith então fez um charminho meio preguiçoso, virou a cabeça para o lado e respondeu com um sorriso mais fofo:

— Estou um pouco cansado... Precisamos terminar nosso banho...

Entretanto era difícil demais negar Amelie, mesmo que se esgotasse e dormisse por horas depois. A beijou em seguida, colocando a mão atrás do pescoço dela enquanto a outra se ocupava com as outras curvas dela. Provocou os seios dela com os dedos. Ele queria, mas não queria sair do lugar, estava tão confortável ali.

Keith sorriu travesso com o aviso dela, ficou até mais animado. Então apenas deixou-se aproveitar o momento, fechou os olhos. Claro que não ficou completamente parado, suas mãos deslizavam pelo corpo da pirata e a água até diminuiu a atrito dos toques, ela estava ainda mais macia.

Era ótimo não precisar se controlar, podia apenas aproveitar os momentos que se amavam. A apertou para perto dele enquanto ela fazia os movimentos, suas mãos apertavam as costas dela quando ela subia e descia, era incrivelmente bom e o melhor era não se preocupar com ter bebês. Também era ótimo quando ela liderava.

A beijava e fazia como ela guiava suas mãos, deixou escapar alguns sons dessa vez. Sua respiração ficou ofegante, esperou ela chegar ao ápice, pois não tinha graça se fosse apenas ele. Além disso, sentia que ela precisava mais do que ele. Foi uma noite difícil.

Suas mãos não estavam cansadas, então as usou para amar Amelie e deixá-la satisfeita.

— Você sabe que não consigo resistir...   - Sussurrou no ouvido.

Somente quando ela mostrou ter aproveitado o máximo, que ele permitiu-se liberar-se dentro dela. Isso era tão maravilhoso, entretanto também o deixava com o sono. Fechou os olhos ofegante a abraçando em seguida.

— Te amo muito... Só quero que fique feliz...    - Disse no ouvido dela.

Pelo menos ali na água não suavam tanto. Tantas coisas aconteceram no dia, lutas, comemorações, quase perdeu quem mais amava e até mesmo um "fantasma do passado" apareceu. Ele só queria relaxar com ela. Podia dormir ali mesmo se não se forçasse a ficar acordado. Unir-se a Amelie sempre o deixava mais calmo depois e relaxado. Era melhor que qualquer chá para acalmar os nervos.

— Você não se cansa nunca? - Sorriu ao perguntar isso — Vamos terminar o banho para dormir  Tem algo que posso fazer por você? 

Keith fez questão de ajudar Amelie a se vestir quando saíram do banho. Ele colocou roupas mais confortáveis, uma camisa e uma calça de algodão. Quando tinham esses momentos, sempre ficava mais relaxado.

Deitou-se ao lado dela e a abraçando apagou no primeiro segundo. Dormia profundamente. Entretanto teve um sonho ruim, neste sonho, um estranho arrombava a porta, entrava no quarto deles e sequestrava sua amada Amelie. O problema é que no pesadelo não conseguia se mexer ou gritar para defender ela, era agoniante até que acordou.

Ainda sonolento e confuso, seu coração parecia que iria sair pela boca. Piorou ao olhar para o lado e não ver Amelie. Seria o sonho real? Tinham sequestrado sua amada. Então se sentou, esfregou os olhos pesados e olhou ao redor a procurando. Não viu ninguém, o que o preocupou ainda mais.

Então se levantou da cama, quem sabe ela estava na cozinha ou na parte de banho.

— Amelie?!  - Chamava-a preocupado.

Foi quando a notou no chão encolhida chorando. Seu coração doeu ao vê-la assim. Por que não o acordou? De qualquer forma, abaixou-se até ela a chamando:

— Meu amor... Não precisa chorar sozinha, estamos juntos...

Queria poder ajudá-la, mas não sabia como deixá-la feliz. Infelizmente não podia entrar no coração dela e mudar esses sentimentos. Então abraçou e a ergueu do chão e colocando de volta na cama, onde a abraçou forte e disse:

— Amor, não chora sozinha, se precisa chorar, chore comigo.

Provavelmente seu corpo sentiu a falta dela na cama, já não conseguia dormir sem a pirata. Seu corpo precisava da companhia dela também. Mas ficou triste por não saber como podia ajudá-la mais. Não tinha ideias do que podia fazer além de estar do lado dela.  

— Eu só quero que seja feliz... O que eu posso fazer para te fazer ficar bem?

Seu olhos ficaram úmidos.

Keith não a soltou e a deixou desabafar, embora ficasse triste por não conseguir fazer alguma coisa por ela. Sua vontade era criar esse mundo para ela, mas não tinha poderes para fazer isso. O impuro a abraçou mais forte, sentia-se de mãos atadas, começou até a se formar um nó em sua garganta.

Nunca tinha amado tanto alguém quanto amava Amelie, mas mesmo assim, isso não melhoraria as coisas. Precisava dar um jeito de dar uma vida diferente para ela ou algo assim. Ao menos era o que tentava pensar para ajudar. Enquanto pensava, ela o perguntou do motivo de ter acordado. Ele respondeu colocando a mão na cabeça dela, como se a protegesse:

— Eu tive um pesadelo... Sonhei que alguém arrombava a porta e te sequestrava. Eu não conseguia me mexer ou gritar, só podia olhar... Foi horrível, eu acordei e não vi você. Fiquei com medo que tivesse acontecido isso mesmo.

Sua voz mostrava aflita quando contava sobre o pesadelo.

— Acho que não consigo mais dormir sem você, meu corpo deve sentir sua falta.

Puxou o lençol para cobrir os dois com uma das mãos e continuou agarrado a ela quando disse:

—Quer tentar ter um mundo diferente? Eu posso planejar algo... Tentar ver como faríamos para ter uma fazenda... Quanto ao filho... Sei que não é a mesma coisa, mas podíamos adotar...  Crianças que foram abandonadas como a gente... Ou quem sabe tenha alguma magia que possa mudar isso, procurar os bruxos ou algo assim...

Keith só queria tentar de algum jeito trazer o mundo que a pirata queria, embora fosse impossível, ao menos queria tentar algo próximo, se fosse isso que ela desejasse. Era esperto, pensaria em alguma coisa.

— Eu iria até o fim do mundo por você Amelie, deve ter um jeito de ser como queria...