[Evento] A Parada Negra - Fries
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[Evento] A Parada Negra - Fries
W
A PARADA NEGRA
Primeiro Dia, Primeira Temporada do Inverno, Ciclo 6654
Arredores de Asprem, fim da tarde
A chuva era fria e, quando tocou a pele da alta sacerdotisa do Coven do Prado Lunar, trouxe arrepios gélidos pelo seu estômago.
Ela caminhava à passos curtos, acompanhada dos mais próximos membros do grupo clandestino. À sua volta, os cidadãos de Asprem, a cabeça de Fries, abriam espaço com olhos inquisitivos.
Ela pegou um sussurro no ar:
- Tempos sombrios... - A anciã olhou na direção da voz, encarando o rosto assustado de um jovem estudante da Universidade. A sacerdotisa limitou-se à sorrir e continuou seu caminho por entre as fileiras de mantos negros encapuzados. Em torno da floresta que cerca a capital dos bruxos, inúmeras velas e candelabros flutuavam no céu noturno, alheios à chuva. Eram como estrelas douradas sobre um manto obscuro.
Tempos sombrios, de certo.
Wings of Deepest Roots
YOUR DESTINY, MY HANDS!
Re: [Evento] A Parada Negra - Fries
Já havia passado por muita coisa, traumas, momento felizes, desespero total, mas era a força das lembranças antigas do mar que lhe sustentavam. Era movida pela sua ambição de prosperar novamente. A sereia sabia como era a moeda de troca quando o assunto era poder e o preço era sempre cobrado. Mesmo depois de todos os evento que marcaram o inicio de uma nova era, ainda mantinha parte de seu segredo, tanto físico como sua identidade. Para alguns ela era apenas mais um soldado e para poucos, seus aliados, estavam cientes do que estava por vir ainda. A loira escovava as longas madeixas em frente ao espelho, em um quartinho improvisado nas dependências da universidade bruxa. Fora ali que ela recebeu grande parte da ajuda que levantou a fúria dos mares. A assistência desse povo fez com que suas feridas internas provocadas por um colar falsificado fossem curadas, só assim foi possivel salvar Galmovo. O movimento que fazia com o pente parou antes mesmo de ter sido completado. Galmovo... Seu povo ainda sofria. Segurou firmemente o pente de osso até sentir suas unhas cravarem na palma da mão. Odessea olhava sua imagem com os olhos firmes, uma expressão pensativa, como se estivesse longe e ao mesmo tempo brigando com esse pensamento. Estava tão perto de conseguir. Levantou-se da banqueta e arrumou o vestido preto de seda que se ajustava perfeitamente em sua silhueta. Essa não era a sua primeira Parada Negra, já estava familiarizada com o evento, mesmo tendo observado de longe como o povo da terra celebrava essa passagem. Seu povo possuía costumes totalmente diferentes e nunca trazidos para a superfície, mas mesmo estando ali tentava trazer para sua mente as preces que honram seus ancestrais. A sereia finalmente deixou seus aposentos e traçou sua trajetória para acompanhar as festividades. |
Odëssea Waværet
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