[Evento] A Parada Negra - Dungelöff

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Sobre colinas, montanhas e a copa das árvores, um único corvo voava. Sua sombra projetando-se através do oceano de folhas verdes. Sobre troncos e sobre galhos, suas penas negras pairavam procurando por algo.
Suas asas abraçavam cada luta pela sobrevivência de cada forma de vida na selva em torno de Darnas, o sangue vital de Dungelöff, onde carroças chocalhavam carregando inúmeras especiarias vindas de todos os cantos do reino.
O corvo então atravessou por cima das muralhas retorcidas por raízes e mergulhou por entre as ruas de rochas pálidas. Seus olhos azuis reluziram na torre no alto do arco de montanhas, onde uma grande árvore circulava os muros pálidos. Ele então fechou os olhos, e quando voltou a abri-los, viu a si mesmo passar sobrevoando sobre si.
O elfo levantou-se do chão, espreguiçando-se.
Correra com as corças e voara com os corvos. Estava em comunhão.
Seguiu andando por entre a multidão dos filhos de Danu, ouvindo distante a tempestade tropical que vinha do mar. Na praça central da cidade, uma grande pira erguia-se, cercada por aqueles que ainda adicionavam as últimas vigas de madeira e agradeciam ao sacrifício do carvalho, preenchendo todo o chão prateado da praça com oferendas de diversos tipos. Inúmeros outros cidadãos e viajantes juntavam-se à eles, colocando tigelas de comida e artefatos pessoais.
Nenhuma forma de vida seria desperdiçada. A árvore morrera por nós, um sacrifício para marcar esse período de profundo silêncio.
O elfo passou a língua rapidamente pelos lábios e lamentou-se em seguida. dispensando os hábitos de uma outra espécie que teimavam em transbordar para seu corpo físico. Olhou em volta, para os rostos reflexivos de seus irmãos.
A Liminaridade havia começado e todos observavam a pira que jamais seria acendida.