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+18 MEDIEVAL FANTASY ROLEPLAY

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Mensagem por Marlowe Horwath Sex Mar 03, 2017 2:55 pm


ENJOY THE SILENCE
VOWS ARE SPOKEN, TO BE BROKEN.

Esta é uma RP FECHADA que se passa ao crepúsculo nas proximidades do Porto de Caetus que retrata a primeira interação entre Marlowe e Giotto; a sereia em questão se encontra submersa em sua própria confusão ao ter ganho pernas graças a uma armação de seu irmão mais velho, Tristan. A jovem nunca tivera quaisquer contato com o mundo exterior que não fosse tomado pelas águas instáveis pertencentes ao mar e acaba por se deparar com o desconhecimento, ou melhor dizendo, um desconhecido.

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As pálpebras se abrem com lentidão devido o peso que aparentam ter posterior a uma longa noite de sono, o que não faz parte do habitual da jovem siren que desperta ao primeiro raio solar a iluminar as águas densas e azuladas do oceano que ilumina a formação rochosa do arrecife próximo a costa que representa tamanho perigo a navegantes, mas que para ela não é nada mais e nada menos que seu lar. Ou era, antes que seu irmão a tivesse amaldiçoado com os membros que substituíram sua cauda coberta por escamas a qual nutria tamanha admiração desenvolvida por seu próprio narcisismo. A recordação da traição que acarretou numa mudança abrupta em sua vida a corromper seu ínfero semelhante ao movimento de uma onda formada por uma tempestade a chocar-se contra uma rocha. A realidade é sua rocha, e a confusão são as ondas que insistem a desacreditar dela. Como seu próprio irmão fora capaz de fazer isso com ela? Pois bem, Marlowe sempre esteve ciente do quão radical são as atitudes do mesmo, que visa apenas a maldade humana ao denegrir o lar que pertencem e a caçada guiada por prazeres sórdidos aos de sua raça como se não passassem de animais irracionais. Ela não tira sua razão, apesar de preferir meios que detenham da violência e que sacríficios fossem feitos na falta de recursos. E que de fato não a incluíssem, por mais que seja por um bem maior — ainda que não teria tamanha empatia se o mesmo fosse feito com terceiros. É covardia e cruel. Como ela sobreviveria numa terra tomada por homens que quando descobrissem sua verdadeira natureza seu primeiro instinto seria matá-la, se não violar seu corpo intocado antes de fazê-lo. A interrogação predominava dentre as demais antes que percebesse sua verdadeira condição.

O corpo permanecia deitado sobre uma das rochas de superfície lisa e escorregadia, mas que pela experiência que tem a sustentar seu corpo juntamente com sua cauda enquanto observava distante o porto pertencente ao reino de Hähle não teve dificuldade em se manter sobre ela enquanto tomava consciência aos poucos de onde se encontrava e para onde iria ao buscar abrigo ao anoitecer. Quando menos deseja, é onde está e nas piores condições possíveis. O corpo desnudo começou a tremer pela brisa fria carregada pela maresia que arrepia os fios que tomam seu corpo e principalmente as madeixas úmidas que cobrem suas costas. A destra se agarra a rocha com firmeza, com suas unhas compridas a arranharem contra a rigidez da pedra ao sentir uma onda bater contra a mesma. Ela se move e sofre pela instabilidade com suas pernas as quais não possui habilidade alguma, e assim que outra onda acerta seu ponto de firmeza seu corpo é lançado contra a madeira que serve de pilar ao porto. Suas pernas se agitam contra a água e sente seu corpo submergir pela correnteza que se inicia ao aparecer da luta que compartilha o céu com o sol que se põe ao horizonte. A cena seria linda se a moçoila não estivesse prestes a se afogar quando uma mão desconhecida segura a sua.

Tarda para que Marlowe encontre seu então salvador. As palmas sustentam o corpo desnudo sobre a superfície feita de madeira úmida e seus joelhos fazem o mesmo enquanto busca preencher seus pulmões com a maior quantidade de ar possível.  Ela respira uma, duas, três, e quantas mais foram precisas para conseguir pensar com mais clareza. Estava a salvo, e em terra firme. Ela ergue o olhar quando encontra coragem para fazê-lo, pronta para ser o mais ameaçadora ou ingênua que podia para conseguir ajuda ou até mesmo se livrar de mais um perigo que viria a correr; o que encontra, no entanto, lhe deixa encantada. O homem é jovem, deveria ter sua idade, se não mais novo do que ela. A pele alva acompanha os cabelos grisalhos, as bochechas são levemente coradas, e são seus olhos vermelhos que lhe deixam um tanto quanto receosa, mas não menos encantada com sua beleza demasiadamente exótica. Como se estivesse hipnotizada por sua aparência, só que de maneira mais intensa; ela faria o quer que ele ordenasse, em exceção a retirar o colar que é a única coisa que ostenta. É neste momento que repara que homem se encontra devidamente vestido, muito bem vestido aliás, se destacando-se dos demais trabalhadores que se mantém distante, como se exatamente aquele cais tivesse sido abandonado pela destruição causada pelo mar revolto. Há de fato algumas madeiras soltas que possibilitaram sua mudança para a superfície atual, apesar de ter sido quase afogada no processo.

Ligeiramente desconfortável com a situação, ela encolhe suas pernas ao uni-las e esconder inconsequentemente sua intimidade. Os braços abraçam o próprio tronco, não por vergonha de seu próprio corpo, mas pela brisa que insiste em fazê-la sentir frio. Marlowe não consegue focar nas divergências de seu estado no mar e em terra firme, mas o clima nunca a incomodou quando submersa. Nas tempestades abrigavam-se em conjunto em cavernas em busca de serenidade, ou se deixavam guiar pela correnteza aqueles que buscam por alguma adrenalina. Agora só ansiava por sentir-se acolhida e alimentada. Como e quando ela não sabe, mas o desconhecido continua a encará-la como se esperasse que ela se pronunciasse. Temia que o quer que falasse pudesse distanciar do estranho e voltasse a ficar sozinha mais uma vez, então se manteve em silêncio enquanto se limitava a encará-lo ao comprimir os lábios pela tremedeira que tomou seu ser com mais vigor.
I'm from the deep, blue underworld, land or sea; the world's my oyster.
Marlowe Horwath
. :
*glub glub*
Religião :
Teísta

Sexualidade do char :
Assexuado

Localização :
Nos confins do oceano.

Marlowe Horwath
Gwrach

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Mensagem por Giotto Oehlert Falkreath Sex Mar 03, 2017 7:52 pm

Bring your love baby I can bring my shame. Bring the drugs baby I can bring my pain. I got my heart right here, I got my scars right here.
“O que não vivenciou ao longo desses milênios perdidos?” é uma pergunta que qualquer um faria, se estivesse diante de uma situação como a dele. A ciência do que ocorria na superfície nunca atingiu suas vias auditivas, deixando com escassez de informações. A cela em que passou esses anos, ela era tão fria, mas não o incomodava de maneira alguma. Trocava temperaturas com a sua fonte de alimento, mesmo que involuntariamente por parte da fonte. Vantagem em ser um predador nato é que consegue curvar os outros a sua voz e seus toques sem muita dificuldade. Além de um predador, é homem sedutor, visível por seus traços físicos um tanto quanto sedutores. A pigmentação epidérmica tão clara era alvos aos agressivos, dos quais tinham prazer em deixar marcas; já tinha algumas, por seu corpo, distribuídas por toda a extensão, fruto de torturas concessivas. Já não reconhecia como era os olhos antes da transformação, porém, eu, o narrador, lembro perfeitamente: o absoluto oposto da vermelhidão atual, sinônimo da sua quentura espiritual, do carmim – a cor do líquido sanguíneo -; antes era um azul pálido, que assemelhava-se a porções acumuladas de água no estado sólido. Era gelo. Sua mente é gelo. Por fim, os fios capilares envelheceram-se, enquanto seu corpo não o fazia, já que mantinha a mesma fisionomia desde o instante em que as presas foram cravadas na curva do pescoço. Era novo. Apesar de ser tão velho como o tempo, assim como outros da raça – os sobreviventes -.

Sou tão eu como era quando tinha 19 anos. Entremeio ao pensamento, o qual corria os neurônios através de progressivas cargas elétricas, mirou os palmos másculos. Tão alvos que enxergavam algumas de suas correntes de veias, só as mais próximas do externo. Os músculos estavam se tornando uma camada mais fina. A transparência lhe atingia. As veias estavam alcançando a escuridão em relação ao roxo-esverdeado padronizado. Precisava se alimentar, coisa que não realizava desde a partida de seu reino, Vollbrecht, onde desfrutou de algumas taças de “vinho”, cedidas pelos mais saudáveis e leais homens. Escravos, para ser mais sincero. Cada um tinha um sabor diferente: um comia muita coisa rica em ferro, o que deixava o sangue desproporcionalmente ferroso, enquanto as outras propriedades nulas; o segundo tinha uma alimentação mais bem balanceada, o que fazia ter seu sangue um gosto neutro; o terceiro bebia muito, dando para sentir o álcool correr-lhe pelas veias. Só foram esses que o sabor ainda estava contido no paladar, umedecendo a cavidade bucal do rapaz só de imaginar. Fome... Borboletas formigavam seu estômago, que não funcionava há décadas. Quero dizer, é engraçado falar décadas em comparação ao tanto de anos que o vampiro possui. Enfim, você entendeu o meu ponto.

Para facilitar, o cheiro dos humanos não colaborava em nada, pelo contrário, só intensificava a gula do de gênero masculino. Por esse motivo, ele, discretamente, moveu-se, perpassando pelos corpos alheios, ansiando comandar um, leva-lo para um canto e... Mas suprimiu essa vontade. Por sua vez, refugiou-se na praia local. Em sua perspectiva, o odor da maresia abafaria o odor da carne humana, o qual tanto desejava provar em tal momento. Provar outra, já que o já fizera milhões de vezes. De certo modo, a sua teoria estava certa: o cheiro do sal o fez esquecer. Contudo, o universo gosta de brincar com os seres fracos. A carne é fraca. O globo flamejante já caía no horizonte, adentrando na enorme parcela de líquido aquático, enquanto, no flanco adverso, o escudo platinado ascendia-se, mostrando-se o rei do turno noturno. Todavia, mesmo com o céu avermelhando-se devido à intersecção da tarde com a noite, o sol ainda jazia presente. Em um piscar de olhos para um humano, movimentou-se para sob a sombra do porto, abrigando-se na escuridão da região abaixo. Acreditou estar só, mas, como eu disse, algo, digamos o universo outra vez, gosta de brincar.

Avistou uma figura debatendo-se ali. Sua primeira reação foi acudi-la, tirá-la desse sofrimento. Estendeu-lhe a mão antes que as pálpebras pesassem, e, pela primeira vez, não foi veloz suficientemente. Essa figura adormeceu sobre o colo dele. Ao ajoelhar, Giotto pôde deitar a cabeçorra alheia acima de suas pernas. Analisou-a. Era uma garota sem uma peça de roupa, totalmente nua, obviamente. Nem importou-se com o fato de ela encontrar-se nessas condições. Com seus dedos gelados – mortos –, acariciou os fios encharcados. Arrastou-os pela lateral facial, até o centro – lateral – do pescoço. Cuidadosamente, verificou se ainda vivia ao pressionar o indicador e médio sobre a artéria regional. Fraco, mas sentia o sangue transcorrer, enquanto era bombeado pelo órgão cardíaco. Nisso, só pôde soltar um suspiro, aliviado, com o estado da menina. Ela acordou. Ocultou suas partes, as quais Falkreath não estava interessado nesse momento, com os membros. Seus olhos transmitiam um brilho azul como os de Giotto faziam quando era vivo. Só que esses... Esses... Tinham um brilho a mais. Era como um reflexo, porque algum motivo conseguia mirar-se por médio dele. Como mudou fisicamente, nem mesmo o próprio se reconhecia. Contudo, ela parecia ter gostado do que viu, do mesmo modo que ele.

A desconhecida recolheu as pernas, escondendo a si mesmo. Porém, não reparou que os olhos do homem só fixavam-se em duas coisas: primeiramente, o que mais olhava era seus olhos; a segunda, por mero relance, olhava o pescoço, mais precisamente, a artéria antes tocada. — Não faça movimentos bruscos. — A sequidão normalmente apresentada na voz, ela transpassava um ar de autoridade. Essa fala não escapou da “ordem”. Automaticamente engoliu um seco, ao mesmo tempo em que cravava as presas, que, involuntariamente, desenvolveram-se, no beiço inferior. O sanguessuga não distinguia as temperaturas, para si sempre era aquele vazio existencial que só a morte, e a vida após ela, trazem. Mas ela não era isentada dessa capacidade. — Está com frio? — Indagou. Depois de tempos, a resposta não era lhe dada. Talvez não soubesse falar a sua língua. Porém, as expressões corporais respondiam um “sim” alto e claro. Sem mais delongas, o moreno despiu a metade superior de sua escultura física. Ajudou-a a colocar a sua camisa branca, sendo sobrevestida, então, pelo sobretudo cinzento em seguida. Devido a dessemelhança de tamanhos, o sobretudo cobria todo o comprimento ortogonal alheio; era feito de um tecido quente e confortável. — Sente-se melhor? — Queria averiguar que sim. Porém, novamente, nada lhe fora dito. Cabisbaixo, o homem suspirou. Posteriormente, ergueu a cabeça e a encarou, com um sorriso radiante na boca.

A morena encarava o ambiente ao redor efemeramente. Conforme o vampiro analisava-a durante isso, notava que tinha uma feição surpresa. Como se fosse desconhecida. Tudo fosse novo. Claro, isso não já não era para ele, já que estava por essas novas terras há mais de seis milênios; chegava a ser deprimente a falta de conteúdo novo. — Você... — Chamou-lhe atenção, coisa que foi atendida prontamente. Olhou-o inocentemente. — Você não é daqui, não é? — Findou o questionamento, em meio a pisques com as pálpebras do mais velho. Estava interessado em qualquer coisa que viesse dela. Demorou, e finalmente teve uma resposta. Foi um murmúrio trêmulo, sibilado. — Então, fala? Que ótimo. Achei que ficaria falando eternamente sozinho aqui. — Deu um riso cínico. Sentou-a perto de si. Enlaçou seu corpo pela lateral, para impedir de que caísse se perdesse a estabilidade. — Tem nome, moça? — Estava fazendo perguntas de mais. Só que essa era aquela que queria mesmo tomar ciência, e o mais rápido possível. Estalou as vistas com a nomenclatura feminina. — Marlowe? — Confirmou se ouviu bem. — É um nome bonito. Bonito como você, Marlowe. — Esboçando, então, um sorriso unilateral e tímido, fez o sincero elogio. Procedeu a morder o próprio beiço, sentindo o gosto de férrico de si mesmo, porque abriu um pequeno rasgo na superfície labial. Nada preocupante, afinal, logo se curou. — Marlowe... Posso te dar uma mordida? — A conduta divergiu-se totalmente, de um instante para o outro. Fazia um bico, pidão.


Giotto Oehlert Falkreath
. :
Go to sleep
Religião :
Agnóstico

Sexualidade do char :
Heterossexual

Ocupação :
Escravista

Giotto Oehlert Falkreath
Vampir

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