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+18 MEDIEVAL FANTASY ROLEPLAY

taste of the wildness

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Mensagem por Annora Vrettos Qua Mar 01, 2017 8:34 pm



wildness.


A rp ocorre no período da tarde, um pouco depois do sol de meio dia. Sua localização iniciasse na estrada de Hahle que dá acesso ao bosque um pouco afastado, podendo modificar-se para o bosque em si. Os participantes são Annora Vrettos e Mordred Sangeros, somente ambos podem aqui postar.
Annora Vrettos
. :
taste of the wildness 89f47461a4
Religião :
a natureza

Sexualidade do char :
Heterossexual

Ocupação :
Civil de Classe superior

Inventário :
(1) ÁGUIA PRATEADA (Machado)
(1) IRMÃS LUNARES (Arco e Flecha)

Localização :
Hãrle, ponta tempestade (castelo dos Vrettos)

Annora Vrettos
Sirene

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Mensagem por Annora Vrettos Qua Mar 01, 2017 8:42 pm



under you.
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[/url]

--Pai eu vou pegar ervas da mesma forma como já fiz incontáveis vezes.- O tom era doce, mas não buscava agradar acima de tudo quem o ouvia. Não quando era o patriarca Vrettos, com seus olhos focados sobre sua figura e lábios crispados. –Só porque realizou algo no passado de determinada forma não signifique que deva fazer o mesmo Annora.-O tom não era doce, era seco na verdade. Entoado não como um argumento para convence-la, mas uma decisão já tomada. Você sabia daquilo, sabia que a decisão por ele tomada previamente não poderia ser mudada. Nunca era de fato. Voltar atrás nas próprias palavras para sua família significava não ter confiança no que havia sido dito. Significava não ter confiança em si mesmo. E Lorde Vrettos tinha confiança em si, em suas escolhas e palavras. –Se deseja caminhar sozinha vá até o boticário e adquira o que deseja por lá. O resultado será o mesmo.

Não, não seria. Seria mais fácil, cômodo e prático. Seria um caminhar curto até o centro da cidade, um caminhar repleto da cidade em si. Dos barulhos, das pessoas que caminhavam apressadas. Você não queria aquilo, não queria a tormenta ao seu redor. Queria calma, queria...distância. Queria estar só nem que fosse por pouco tempo. Precisava daquilo. Todavia, não podia dizer isso. Se o fizesse ouvira que poderia estar sozinha em sua própria casa, em seu quarto. Que ninguém a incomodaria se assim o pedisse. Se isso aconteceria? Sim, aconteceria. Mas estar só em meio a quatro paredes de pedra não era o mesmo que estar só em meio ao que havia lá fora. Estar lá não era como estar aqui, dentro de sua gaiola dourada. –Pai..-Você o chamava de forma suave, delicada ao ouvido para que ele pudesse ouvi-la de forma favorável.- Sei que o que desejo pode ser comprado, e assim o farei se me for ordenado. Mas o que desejo realmente é caminhar, ter um tempo meu.

O meu viera repleto com um significado. Você fizera questão disto. Um meu que representava ser sua, só sua. Desde a chegada de Kairoh nada naquele castelo era só seu, em seu tempo. Sim, você decidia quando vê-lo, quando conversavam e por quanto tempo. Podia facilmente perdi licença e sentar-se em seu quarto para ler. Podia tudo e ao mesmo tempo quase nada. Ele estava ali por você, para você – por mais que o contrato firmado fosse com sua família. Não, você não o culpava. Era impossível culpa-lo depois de começar a conhece-lo. Kairoh era educado, delicado e atencioso. Quando estava ao seu lado realmente estava, lhe escutava e se interessava. Lhe fazia rir, lhe fazia sentir-se menos perdida naquele acordo de casamento. Ela era muito melhor do que havia esperado e estava grata por isso. Extremamente grata pelo pai, mesmo tendo escolhido por seu interesse e necessidade, tivesse selecionado alguém como ele. Alguém com quem você poderia conviver. Mas determinar seus próprios passos não era determinar seu tempo. Devia estar ali para ele, por ele e com ele. Devia sentar-se ao seu lado no jantar e no almoço. Devia sorrir-lhe e agradecer-lhe. Devia estar pronta, sempre pronta caso ele lhe requisitasse.

O meu representava isso. Ter alguns minutos onde você não esperava o próximo tomar uma atitude. Queria isso, queria com intensidade.- Ser for possível que me permita isso, prometo que não demorarei.-O tom leve era seguido pelo olhar paterno, pensativo. Esperar uma resposta fazia com que mordiscasse discretamente o lábio inferior, a mente pedindo para que ele cedesse nem que fosse um pouco.  Não, isso não acontecera. A frase que ouvira fora a mesma. Se desejava ir sozinha iria até o boticário. Se desejasse ir até os arredores da cidade iria acompanhada. –Sim, pai.

A fala fora a última antes de fazer a reverência e deixa-lo em meio a seus documentos. Desejava revirar os olhos, mas não o fazia. Não era educado ou devido a uma dama. Assim como sair desacompanhada. –Sirena, avise a minha companhia que sairei em um quarto de hora.- A frase era dura, dita sem seu normal tom adocicado. Não havia porque ser doce quando se sentia contrariada daquela maneira. Não queria alguém andando ao seu lado. Já tinha isso em sua casa, a cada passo dado ali dentro. Não precisava disso do lado de fora, não precisava de nada isso. Maldito Kairoh que trouxera aquela necessidade consigo. Maldito seu pai que a tratava como se fosse uma criança indefesa de sete anos. Você não o era, nunca seria.

E esperava que o homem escolhido por seu pai para acompanha-la soubesse isso, visse isso. Você não precisava dele, não o queria. –Querida, não se preocupe você sequer ira notar que ele esta ali.-A septa dizia de forma suave, tocando-lhe o braço e sorrindo-lhe. Aquele sorriso, o sorriso que lhe criara fazia com que o canto de seus lábios sorrisse de volta, mesmo que de forma pequena e contida. Você não acreditava nas palavras ditas, sabia que ele seria notado. Devia ser notado, era para isso que estava ali. Para ser notado pelo mundo ao seu redor, para que soubessem que a filha de lorde de Ponta Tempestade não estava sozinha ou indefesa. –Gostaria de ser otimista como você.- A fala era contida, o beijo em sua testa sendo recebido. O suspiro fraco saindo de seus lábios antes que você caminhasse.

Passos calmos para longe da septa que a criaria, para longe das portas do castelo. Passos até o cavalo de cor acastanhado com manchas negras que lhe esperava, sendo controlado por um cavalariço. A ajuda para que subisse não era precisa, mas fora agradecida. O corpo se acomodando na sela costumeira. Medive era seu cavalo, seu amigo, seu companheiro. Reconhecia seu tom de voz adoce e o afagar de seu pelo. Você só gostaria de poder dizer o mesmo ao homem montado ali ao lado. Você não o reconhecia ou sentia-se bem. Na verdade, se sentia como um pássaro ao ser solto em meio ao mundo com o treinador ao lado. Falsa liberdade. Doce ironia de sua vida.- Espero que consiga acompanhar-me.- Fora tudo que dissera antes de pressionar os calcanhares no cavalo. Antes que o animal saísse em um trote moderado que ao passarem da ponte de madeira dava lugar a um galope. Você tinha que ir acompanhada, mas isso não significava de devia ser a boa dama que o deixava comandar o caminho. Afinal ele nem dali devia ser. Devia ter vindo junto aos novos homens contratados, reforços para um castelo que não necessitava. Reforços para a mente paranoica de seu pai.

Ao menos você tinha aquilo, o deixar do castelo para dar lugar a estrada de terra mais calma que seguia em direção ao bosque mais afastado da cidade. Você podia ser uma rosa, mas seu mar estava entrando em uma doce tempestade.

Annora Vrettos
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Mensagem por Modred Sangeros Qua Mar 01, 2017 10:24 pm

Dispute

for freedom


Os braços se cruzaram ao ouvir o criado gritar que Lord Vrettos o chamava. O Ultimo gole de cerveja desceu pela garganta antes que levantasse da cadeira que ocupava naquela pocilga que chamavam de bar. A mão rapidamente pega a espada encostada na cadeira e a amarra nas costas. Um peso que estava fadado a carregar pelo resto da vida.

As passadas rápidas em direção ao castelo deixavam claro que não estava ali para brincadeira. Fazia menos de um mês desde que colocara os pés naquele lugar. O misterioso.

Fui basicamente abandonado nesse lugar pelos mercenários. Talvez não gostassem do fato de terem que me amarrar toda lua sangrenta. E foi num estado colérico por causa do abandono que acabei por impressionar lorde Vrettos. Foi na manhã seguinte. Quando percebi que havia sido realmente abandonado. Minha cabeça latejava por causa da ultima noite, a transformação indesejada, quando ouvi os gritos. Uma jovem era forçada a entrar em uma carruagem por dois homens que com certeza não pareciam querer seu bem. Uma corrida. Três golpes de espada. Dois mortos e uma carruagem quase partida ao meio.

Não podia negar que no fundo, bem la no fundo, apesar de todo o sangue nas mãos, ainda odiava ver injustiças. O que não esperava era que a garoto fosse a herdeira de todo aquele lugar. O que rendeu um bom saco de ouro, um quarto confortável e um emprego de guarda costas. Não era o mesmo que viver como um mercenários, mas já era um começo. Assustar humanos era a coisa mais fácil de se fazer.

A porta gigante se abriu a minha frente, me fazendo lembrar do quão majestoso era aquele lugar em comparação a mansão de meu pai. Lord Vrettos com um aceno me vez chegar a sua presença. – Minha doce e teimosa filha insiste em sair para colher ervas. Acompanhe-a. Não a perca de vista. – O tom era seco, e com a mesma mão que acenou para me aproximar me mandou sair. Eu ainda teria que me acostumar com todos aqueles requintes de “nobreza”. Tudo aquilo fazia minha terra parecer uma terra de selvagens, onde a força é o que se destaca. Imagine se meu rei faria gestos. Não creio nisso, talvez gritasse ou esmurrace, mas pequenos gestos não combinavam com os lobos.

Não havia bem me retirado da sala quando uma dama de companhia me avisou que deveria esperar a jovem se arrumar. Eu seria a baba. Odiava esse serviço. Mas era melhor do que tirar vidas inocentes a mando de senhor feudais.  Um quarto de hora. Pelo menos daria tempo de arrumar Vento Negro. Já fazia alguns dias que não cavalgava com o corcel.

Os cabelos loiros cruzaram meu caminho ao mesmo tempo em que montava no corcel. Vento Negro relinchou levemente. Talvez em desafio ao outro cavalo. Incontrolável. Como o dono pode-se dizer. Ela não me reconhecera. Talvez estivesse acostumada a ser salva de sequestradores e bandidos a ponto de não reconhecer seus salvadores. Mas isso pouco me importava. Apenas esperava que terminasse logo aquele passeio.

Então a voz, como a de um rouxinol que finalmente é livre de seu confinamento, chega aos meus ouvidos. Certo.  Nós nunca conversamos. Não podia adivinhar que além de linda tinha uma voz impecável.  Antes que eu percebesse ela lançou-se me direção ao portão do castelo. O breve sorriso se abriu em meus lábios.- Vamos. – Não precisei o cutucar, nem mesmo açoitar, o corcel parecia conhecer diretamente minha mente, pois no momento seguinte já estava quase ao lado da moça.

Vento Negro era mais que um simples corcel. Era um cavalo de guerra, era um companheiro, era um amigo. Do tipo de carrega você mesmo ferido até um lugar seguro. As vezes imagino se não é um humano enfeitiçado, pois as vezes parece ser mais esperto que eu.

Colamos ao lado da moça poucos minutos depois. Não queria assusta-la. Na verdade não queria parecer nenhum pouco protetor, como seu pai fazia questão que fosse. - Só espero que saiba se equilibrar em cima dessa sela. -  Falei ao passar por ela. Um pequeno incentivo para uma disputa. Talvez um perdesse de proposito, mas sabia que Vento Negro podia correr horas sem se cansar.- Quando estiver cansada me avise, talvez eu para para lhe esperar.- E acelerei um pouco mais. Me distanciando. O corcel sob mim bufava, queria aquela disputa mais que eu. Talvez ela entrasse naquele jogo, talvez não.




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Mensagem por Annora Vrettos Qua Mar 01, 2017 11:23 pm



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Os poucos minutos de liberdade lhe faziam bem, o pequeno sorriso tomando forma em seus lábios. A trança feita nos cabelos castanhos impedia que estes voassem ao seu redor, por mais que alguns poucos fios rebeldes tomassem tal liberdade.  Gostava daquilo, da sensação de estar fora de uma gaiola dourada. Não havia paredes, não havia criados, não havia ele. Por mais que o ele a você prometido nesse segundo fosse substituto por outro homem. Fala segura, direcionada a você quase como uma flecha. Olhos azuis lhe encarrando por alguns segundos antes que ele falasse novamente e então partisse.

Espero que saiba se equilibrar em cima dessa sela. As palavras eram ouvidas sem que você realmente acreditasse que haviam sido ditas. Não era assim que as pessoas falavam com você, não era assim que elas lhe comunicavam algo. Não, não era isso que realmente a incomodava. Fora a suposição, o toque implícito nas falas. Ele esperava que você soubesse que estava fazendo. Ele esperava que você soubesse mais do que sorrir e ter a etiqueta correta. Ele esperava de você aquilo que todos esperavam. Que a rosa fosse somente isso, uma rosa.

O suspiro irritado sairá com força de seus lábios, o revirar de olhos anteriormente controlado para o desagrado com as palavras do pai agora ocorria. Orbes esverdeadas irritadas, observando a figura do homem cavalgar na sua frente. Você poderia parar e dar meia volta, podia se meter no meio da cidade antes que ele resolvesse de fato olhar para trás. Podia fazer com que ele tivesse que a achar, podia deixa-lo com problemas. Não, isso não valeria a pena. Um agir infantil como aquele lhe renderia mais problema do que a ele de fato. Ele poderia receber uma bronca e perder a posição. Você, você perderia o pouco de liberdade que ainda possuía. E isso, essa pequena coisa que você guardava com cuidado era mais importante do que tudo. Até mesmo do que o ego irritado por sempre ser subestimada. Você era uma rosa. Delicada, moldada e podada. Eles só esqueciam que rosas possuem espinhos.

Um espinho que nesse segundo fazia com que você incentivasse Medive com um toque de calcanhar, o tronco se erguendo um pouco da sela para ajudar o animal. Medive podia ser o cavalo de uma dama, mas não era lento. Deus sabia o quanto você tinha feito aquilo antes, apostar corridas. Só que no caso a outra parte costumava ser seu irmão.  Talvez, só talvez, aquilo fosse um pouco melhor do que uma aposta entre irmãos. Além do que qualquer coisa seria melhor que aquilo. Que o pensamento irritante que corria por sua mente desde que Kairoh havia chegado em sua casa.

Especialmente quando você em pouco tempo se aproxima dele e do cavalgar do corcel negro. – Você está fazendo um péssimo trabalho..-Comentou, o olhar desviando da estrada para encará-lo por alguns segundos. Olhos azuis, uma cicatriz acima dos lábios, cabelos loiros trançados. Aquilo lhe era familiar, mesmo que de forma vaga. -Não se deixa a carga preciosa para trás. A não ser que realmente deseje perde-la. –O que seria uma pena, porque seu pai ficaria furioso. E talvez, talvez Kairoh ficasse furioso?

Pensar nisso fez com que voltasse o olhar a estrada, lábios crispados em um desagrado. Não com ele, não com a corrida ou com a fala. Desagrado para consigo, em trazer aquilo mesmo quando tinha liberdade. O piscar duas vezes dos orbes verdes, observando o caminho. Pouca vegetação, árvores afastadas da pista e espaçosas. A carroça vindo ao longe com o que você supunha ser milho. Eles não iriam desviar, poderiam nem se quisessem pelo tamanho daquela coisa. Restava a você fazer algo, Puxando com levemente a rédea de Medive para a esquerda, vendo a distância entre você e o loiro aumentar. Um olhar de relance, o voltar a olhar a pista. Ou o você se afastando um pouco dela. O correr na de uma árvore caída, o bufar sonoro do cavalo. O ritmar do galope embaixo de você, fazendo sua mente contar silenciosamente. Um, dois, três.

O salto fora dado, deixando para trás a árvore caída. O olhar rápido para trás para que pudesse ver se ele ainda estava ali. A ironia de ser você a procura-lo quando supostamente você devia ser a procurada. O meio riso ao pensar nisso saindo de seus lábios, quase não sendo ouvido em meio ao cavalgar agitado. Não, a distância não era grande até onde você queria. E a distância entre você e o homem loiro estava quase nula. Logo ele estava ali do seu lado, a sensação de que você estava sendo examinada como uma criança de sete anos percorrendo seu corpo. Queria gritar, queria que a sensação de sufocamento deixasse seu peito.  Você não era uma criança, não era indefesa e muito menos precisava de ajuda. Não precisava dele ou de Kairoh. Não queria nenhum dos dois. Queria.....só você. E ironicamente para o resto do mundo isso não parecia o bastante.

Bastante, como o basta na necessidade de aumentar a velocidade para vencê-lo. O galope agitado diminuindo para algo mais comodo, olhos se fechando por alguns segundos. –Isso é ridículo...-Você começava a dizer em um tom irritado, quase cansado.- Você não faz a mínima ideia de onde estamos indo. Ou para onde eu quero ir e te obrigaram a ir junto. –Porque ele dizendo ou não aquela era a pura realidade. Você duvidava que ele houvesse se oferecido para estar ali. Se fosse um homem do castelo que você conhecesse talvez, você mantinha uma boa relação com eles. Eram amigos, companheiros e companhias. Ele, ele não era isso. Não agora, não até aqui. –Correr só vai fazer com que chegamos lá mais rápido e voltemos mais rápido ainda. Eu não quero rápido, eu não quero voltar para lá daqui a meia hora. -Engraçado não, como você agora soava como uma garotinha mimada de sete anos. Droga. –Merda.- A irritação deixava seus lábios na forma de uma única palavra, dita entre os dentes e com um respirar pesado. Você estava parecendo uma maluca, infantil no mínimo.

O relinchar alto de Medive lhe obrigava a deixar o próprio descontentamento de lado. Estavam mais próximos do que você gostaria do destino. Ao menos da entrada dele. Dedos finos puxando as rédeas com delicadeza, diminuindo as passadas do cavalo até que fossem calmas, serenas contra a grama que se misturava a terra. Dentro de uns seteminutos estariam ali. Dentro de sete minutos de puro silencio, que beirava o desconforto e o agradecimento. Parte de você detestava silêncios como aqueles, já a outra parte agradecia por ter alguns segundos de paz dentro e fora da própria mente. Assim como parte de você agradeceria imensamente se ele te ajudasse a descer da sela sem comentar algo. –São dez minutos de caminhada daqui. - Ninguém gostava daquilo. Ele de ter que cuidar de você e você de ter que ser cuidada por estar com um vestido. Droga de vestimentas femininas que atrapalhavam até algo simples como aquilo. A como você odiava o seu papel nesse dia. - Será que você poderia...-A um ponto no qual ter que pedir ajuda se tornava deliberadamente envergonhoso.

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Mensagem por Modred Sangeros Dom Mar 26, 2017 9:43 pm

Dispute

for freedom



- Aposto que esta carga especial consegue se virar sozinha. Afinal é a primeira vez que vejo um lorde ceder as vontades da filha.Respondi logo que seu cavalo encostou ao lado de Negro. Ela ainda não havia me reconhecido. Não que isso me fizesse sentir mal, mas um pouco de gratidão não seria mal visto. - E também posso dar a desculpa de que a senhorita é rápida demais para acompanhar. O que não era de fato uma mentira. Por mais que me doesse dizer, egro era um cavalo de guerra, cansado de batalhas, e já não era o garanhão indomável que ele acreditava ser. Em uma disputa parelha, aposto que perderia. Mas não posso dizer isso a ele, talvez fique bravo. Olhe só, estou me importando com os sentimentos de meu corcel. Talvez seria pelo fato de ser tão solitário?



Ela se afasta enquanto penso sobre aquilo. Corre. Salta. Isso só podia ser brincadeira.  Acelero em sua direção. Não queria ter que voltar para o castelo carregando a princesa com o pescoço quebrado. Quem sabe quantas laminas teria que enfrentar até poder sair daquele lugar. O peito respira aliviado no momento em que percebo que ela está sã e salva. Como eu tinha previsto “ela sabia se cuidar”. Meus olhos observam lentamente sua face. Parecia feliz e ao mesmo tempo triste. O que se passava com ela. Tinha tudo! Tinha uma família boa e feliz, não lhe faltava dinheiro, tinha tudo do bom e do melhor e ainda assim parecia triste, como um canario dentro de uma gaiola. Nos tempos de hoje era melhor assim. Talvez eu devesse dizer a ela o quanto era melhor ela permanecer dentro do castelo como uma prisioneira do que sofrer como um cidadão comum. Mas pensando bem, isso não cabia a mim. Uma hora ela deveria descobrir por si só.


Eu queria murmurar um “exatamente” quando a princesa comentou sobre me obrigarem a segui-la. Com certeza eu faria alguma piada sobre não ser uma babá, mas não me pareceu certo naquele momento. Ela não parecia exatamente calma naquele momento. Um ”Ok” Quase inaudível deixou meus lábios enquanto concordava com ela. Por mais que minha garganta ansiasse por mais um copo daquela cerveja tinha que ser a babá por um tempo. Negro bufava em desafio. Um simples tapinha em seu pescoço e um “calma garoto, calma” não pareceram ser o suficiente para acalma-lo.


O silencio era acolhedor. Os minutos que se passaram ouvindo apenas as passadas lentas dos cavalos chegaram a se tornar um tanto constrangedoras. - Podemos caminhar é claro... Tudo que a senhorita quiser mylady.-Talvez tenha soado um tanto sarcástico, e talvez tenha exagerado, mas era difícil para mim não provocar alguém. Talvez estivesse no sangue. No sangue de uma família marcada de mentirosos, ambiciosos e traidores.  Pular do cavalo foi fácil. O difícil foi encontrar um jeito de ajuda-la a descer. Com certeza foi um dos momentos mais constrangedor da minha vida. No final acabei a pegando no colo sem quase nenhum tato.


- Ainda não entendo o motivo de usar esses vestidos imensos para cavalgar... As jovens em Edelweiss não tem problema nenhum em usar calças. Ainda tenho que me acostumar com os costumes desse reino. É tudo tão.. Tão “delicado”.- Era muito burocracia, muita gentileza, muitas coisas “finas” demais. Ao contrario de minha terra natal onde a “moda” era ser selvagem. Peguei a espada que se encontrava amarrada ao cavalo e a carreguei.- Vamos garoto.- O cavalo começou a me seguir sem nem ao menos precisar segurar-lhe as rédeas. – Dez minutos você disse não é?- A encarei quando começamos a andar lado a lado.- Só tenho um pedido: Não se afaste. Não queremos ter problemas com sequestradores outra vez, certo?





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Mensagem por Annora Vrettos Seg Mar 27, 2017 7:20 pm



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A expressão em sua face era uma mistura de contradições.  As bochechas rosadas por ter necessitado pedir ajuda para algo tão simples, algo que você era capaz de fazer sozinha. Ao menos quando estava ao redor de familiares ou damas. Não, não era engraçado. Descer de um cavalo usando um vestido era quase como descer uma montanha escalando usando a mesma vestimenta. Uma tortura, um movimento errado que poderia gerar uma queda ou um rasgo na roupa. Ou o favorito da sociedade, uma amostra nada certa do que havia debaixo do vestido de fato. Você já vira isso acontecer, não era bonito, não era bem quisto ou dito.  Era vergonhoso, tanto quanto pedir ajuda. Vergonha, ela se crispar irritado dos lábios.

Sarcasmo, você o ouvira com a mais perfeita forma. O tom jocoso que viera junto ao milady, o desgosto em tudo que você quiser. Tudo que você queria. Se ele soubesse ao menos parte do que você queria seria diferente. Não haveria o milady ou o irritar, o não a companhia também.  Se você tivesse o que queria mudaria tantas coisas, ao menos você imaginava isso. Imaginava porque bem no fundo você sabia que algumas coisas não podiam ser mudadas. Quem você era, de onde viera, ao que iria. Não podia mudar aquilo, não podia ser outra coisa senão aquilo. Você devia isso a sua família, ao seu povo. Eles morriam no mar, sofriam e eram caçados. Eram um troféu a ser exposto e um ingrediente a ser usado em alguma poção. Seu luxo era em busca deles, para o futuro deles.

O suspiro carregado deixou seus lábios, o crispar desaparecendo de sua face. Devolver o sarcasmo não melhoraria aquilo. Silencio, talvez ele fosse a melhor coisa. Era passivo, livre e inofensivo. Inofensivo como o pedido que você fizera. Constrangedor do pedir aumentando com o agir.

Você não esperava aquilo, jamais esperaria. O ajudar geralmente era um entender de braços e o segurar em sua cintura para que você tivesse um apoio nos breves segundos entre a sela e o chão. Esse era o ajudar que você recebera a vida toda, não aquilo. Não um que vinha de início como o que você conhecia, o entender das mãos, o tocar-te. E então o segurar. Ele não fora o apoio, literalmente fora tudo. Lhe erguera da sela como se você fosse algo tão leve como um tecido sedoso, puxando-lhe de encontro ao corpo. O parar de respirar sem saber o que fazer, atômica e inerte. Ele a pegara no colo, literalmente e inesperadamente. Ele lhe pegara no colo sem convite, sem tato, com naturalidade. Como se aquilo fosse algo comum. E você ainda tinha a expressão levemente chocada na própria face quando seus pés tocaram o chão. Bochechas avermelhadas, orbes um tanto mais abertas focadas nele.  Nunca ninguém tinha te pego no colo, nunca ninguém que contasse pelo menos. Seu pai ou seu irmão quando você era menor e adormecia antes de estar na própria cama. Anos atrás, luas atrás. Os outros segundos até que você se forçasse a respirar, ao menos tentasse.

Precisava sair do choque, do sobrecarregar de sensações que percorriam seu corpo. O toque seguro, o cheiro distinto do que você estava acostumada, o jeito. Ar puro era algo bom, seria algo bom depois que você piscasse os olhos algumas vezes seguidas, dando um passo para trás. Ouvindo-o falar sobre vestidos, sobre de onde vinha. Edelweiss. Ele viera de longe, de outro mundo praticamente. Por que?- Não há nenhuma jovem como as de onde vem por aqui. Calças são usadas em caçadas, mas raramente permitem que uma mulher participe de uma. –A voz era calma, mesmo que você ainda sentisse o coração batendo contra o peito de forma agitada. O virar do corpo na direção de Medive, o esticar das mãos para soltar a pequena bolsa da sela. – Não é considerado adequado ou bem quisto. Não se trata de delicadeza, mas sim de hipocrisia masculina.

A última frase era dita com mais seriedade, o revirar dos olhos para si mesma antes de apoiar o peso do corpo nos calcanhares e virar-se na direção dele.  –E não, meu pai não cedeu a meus caprichos. Ele nunca cede, em nada, com ninguém. Mas se tivesse, se tivesse....você não estaria aqui. Eu estaria sozinha, me virando muito bem obrigada.-Indelicado, definitivamente. Como era a frase que os homens costumavam usar? “Não é você, sou eu”. No caso não era você, eram eles. E não era direcionado a ele que você dava alguns poucos passos mais pesados, decididos a mostrar que não era carga preciosa. Ao menos essa era sua ideia até ele dizer aquilo. O pedido, a fala, o final. Você parara no meio do movimento ao ouvir aquilo. Cenho se franzindo, a boca entreabrindo alguns milímetros. Sequestradores, a imagem daquilo passou por sua mente tão rapidamente quando um sirene nadando. A carruagem, o dia, você, os homens. O aparecer inesperado de alguém, o som das espadas, o encolher-se. O vestido azul do tecido enfeitiçado para quando nadasse e ele.

Você mordia o lábio inferior quando virou o corpo um pouco na direção dele. Olhos o medindo por alguns segundos, parecia ele. Parecia tanto. Um parecer que te fazia morder com um pouco mais de força, a sensação do toque dele em seu braço voltando. Era ele. Ele tinha te salvado dos dois vagabundos que haviam tentado te empurrar em uma carruagem. Mesmo que você se debatesse, dissesse que eles iam se arrepender quando Lorde Vrettos soubesse. “Uma lady não se vestiria assim” você ainda podia ouvir ressoando em sua mente a fala do homem. Uma lady certamente não teria saído fugida do próprio castelo ao saber que o noivo chegaria ali em algumas horas. Uma lady não pularia no mar e nadaria até não conseguir mais. Uma lady não pararia em uma praia afastada, colocando o tecido enfeitiçado contra o corpo gelado e deitaria ali. A se ele soubesse metade das coisas que uma lady realmente faria, ele ficaria chocado. –Foi você.

As duas palavras foram a primeira coisa que saíram de seus lábios, o deixar de morder o próprio lábio. –Foi você que me tirou da carruagem, que me levou pra casa. – Pelo mar, você sentia as bochechas arderem em chamas. De todas as pessoas que poderiam ter vindo com você hoje ele viera. O homem que tinha te visto com os cabelos e pele molhados, vestido sujo e face preocupada. De todas as pessoas....

Você queria que o mundo afundasse, literalmente. Tinha apagado aquele dia de sua mente, fingido que nada daquilo tinha acontecido para evitar que seu pai lhe considerasse mais tola do que você realmente era. Imprudente, inocente, mimada. E agora, estava tudo ali, na sua frente. E você definitivamente não sabia o que dizer, não sabia o que fazer. Pela segunda vez em sua vida você era capaz de admitir isso a si mesma. –Eu...-Dizer eu não te reconheci seria estupido, estava claro. Assim como estava claro o porquê ele te achava mimada e caprichosa. Você fora justamente isso quando ele te conhecera. –Obrigada.

A palavra saiu de seus lábios sem que você percebesse, sem que você sentisse que apertava a alça da bolsa de couro com força ao ponto de deixar seus dedos avermelhados. Não que as cores de seus dedos pudessem ser comparadas a cor que sua face estava. Cor que te fazia virar-se, sem saber o que dizer. Doce rosa delicada, para quem sempre tinha as palavras certas até mesmo para os momentos errados você estava perdida. –Obrigada por ter me salvado. –Como uma dama indefesa, uma rosa sem espinhos, uma garota sem noção do mundo que a cercava. Uma que voltava a caminhar com passos leves, meio aéreos. Ele poderia simplesmente deixar o assunto ali, deixar o que aconteceu e como aconteceu de lado. Deixar o estado no qual você estivera de lado. Afinal a garota que ele tinha visto podia ter sua face, mas definitivamente era uma parte de si que você guardava lá dentro. A parte quebrada, como um cristal derrubado.

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(1) ÁGUIA PRATEADA (Machado)
(1) IRMÃS LUNARES (Arco e Flecha)

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Hãrle, ponta tempestade (castelo dos Vrettos)

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