{ Q U E S T } Black Sails At Night - Amelie Mildenhall & Keith

por **Wings of Despair** Seg Set 27, 2021 8:15 pm

Relembrando a primeira mensagem :

W

BLACK SAILS AT NIGHT

QUEST

Era noite, a lua vermelha não podia ser vista no céu, mas podia ser visto seu brilho entre as nuvens da tempestade. Ela era poderosa demais para não ser vista. O navio navegava com certa dificuldade entre a tempestade e a tripulação lutava contra as ondas, que impiedosamente invadiam o navio.

Era noite e perigoso demais para um ataque, mas o navio que havia sido avistado possuía uma carga de kham e armas valiosas que não poderiam ser ignoradas. Embora a tripulação protestasse, o capitão não deu o braço a torcer e apenas ordenou que se preparassem para a batalha.

Os homens começaram a carregar os canhões, alguns caíam no chão por conta das ondas que penetravam o convés sem piedade, mas conseguiam carregar os canhões, tanto no andar superior quanto no andar inferior. Blackmore era um navio enorme, muito famoso e muito poderoso, por isto era temido e possuía muitos recursos. A comida nunca faltava, nunca faltava pólvora ou balas. Eram temidos, e principalmente seu capitão, que do alto do convés gritava alto o suficiente para ser ouvido.

— ESCUTEM O QUE VOU DIZER AGORA! — Ele gritava, enquanto as ondas se chocavam contra si, segurando-se na madeira. — HOJE VOCÊS NÃO VÃO LUTAR APENAS PELA CARGA, VÃO LUTAR POR SUAS VIDAS! — Os homens continuavam se preparando. Carregavam as armas de fogo, retiravam as espadas, adagas, pintavam o rosto de preto se assim quisessem. Era Blackmore afinal. — ASSIM QUE CHEGARMOS PERTO O SUFICIENTE DE SEYMOUR, EU QUERO FOGO! ASSIM QUE CHEGAREM PERTO DE SEYMOUR, EU QUERO QUE DISPAREM TODOS OS CANHÕES DO NAVIO E NÃO FALHEM! — Seymour era o nome do navio que estavam caçando. Ele se aproximava cada vez mais e o capitão de tal navio já sabia o destino que lhe aguardava, sabia que precisava alertar seus homens à lutar.

— NÃO IMPORTA A TEMPESTADE, BLACKMORE IRÁ PREVALECER! FOGO!!! — Flint gritou o mais alto que conseguiu e os homens gritaram junto. Ele era um ótimo capitão, avistou Amelie se afastando do convés, adentrando o interior do navio e esperava que a visse novamente. Ela era essencial.

Logo Seymour chegou perto o suficiente, e os canhões foram disparados. Os tiros se chocando contra a madeira do navio, quebrando como se fosse palha. Os homens de Seymour começaram a disparar com suas armas de fogo contra os homens de Blackmore, mas não eram páreos. Cabeças eram acertadas e os corpos caíam no convés de Seymour, embora estivesse escuro e fosse uma tempestade, os homens de Blackmore eram bem treinados.

Era apenas necessário que os navios se chocassem para que os homens de Blackmore colocassem suas pranchas em Seymour e adentrassem o navio.

— Apenas mais um pouco, só mais um pouco... — Flint murmurou consigo mesmo. E foi quando os navios se chocaram. Os homens gritaram e os tiros iam de um lado para o outro, derrubando homens de Blackmore também. — Bastardos! — Flint exclamou. Quando estavam próximos o suficiente, as pranchas foram atracadas no Seymour e os homens começaram a atacar o navio como animais, matando todos que se colocavam em seu caminho.

Objetivos: Invadir, conquistar e destruir Seymour e toda sua tripulação e com isso roubar o Kham que o navio carrega. ( K 5.000 )
Itens extra: Pistola de fogo à bala.
Local do objetivo: Mar de Hahle.

por **Amelie Mildenhall** Dom Out 03, 2021 11:10 pm

black sails at night

meio do oceano // com Keith // outono

Com uma expressão de raiva no rosto, ouviu-o explicar sobre o que Hamish havia feito por ele e como ele se sentia obrigado a pagá-lo de volta por ter sobrevivido, sua raiva ficou ainda maior quando o ouviu dizer que haviam-no achado no lixo. "Bastardos, vermes, filhos da puta", pensou para si mesma quando soltava seu rosto, cruzando os braços e olhando para o lado evitando olhar para ele.

— Você é bom demais pra seu próprio bem. — Não conseguia sentir raiva dele, como poderia? Ele era seu frágil, delicado e generoso garoto... Agora marido... Não tinha como sentir raiva da pessoa que amava, mas tinha muita raiva de Hamish e se o visse algum dia, ela iria arrumar confusão sem sombra de dúvidas. Foda-se se ele foi quem o salvou, na concepção de Amelie, isso não justificava a forma que ele o tratara. Ouviu também sobre seus pais e sobre como foi abandonado, sua expressão mudou rapidamente quando se lembrou de seus próprios pais. Suas histórias eram tão similares. — Fui abandonada na chuva, enrolada num pano, eu gritava, mas minha mãe apenas foi embora me deixando ali pra morrer. Tive sorte de alguns moradores me encontrarem e me levarem para um orfanato, onde cresci, mas ninguém me queria porque eu sempre fui assim... Eu roubava coisas de outras crianças, desobedecia ordens dos mais velhos, atacava e colocava medo nas crianças, mesmo as que eram mais velhas do que eu e a maioria tinha medo de mim. — Riu ao dizer isso, mas sua expressão continuou triste, olhando para o vazio. — Uma vez propositalmente entupi o esgoto do orfanato e o piso térreo se encheu de bosta. Levei vários castigos por causa disso. Mas os dias se passavam, meses, anos e todos os casais que iam adotar, nunca me escolhiam. Ninguém nunca me queria, ninguém nunca me quis... — Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ela continuou ainda assim. — Até que fui expulsa aos doze anos e fiz de tudo pra sobreviver, e aos 15, Flint me acolheu na tripulação, pois viu que apesar de jovem eu tinha potencial de ser como ele. Então ele me treinou por anos, até que eu aprendi a lutar como ele, sei como é dever sua vida à alguém, se não fosse por Flint provavelmente eu seria uma mendiga, ladra de rua ou pior, prostituta à essa altura.

O pensamento de trabalhar em um bordel e servir aqueles homens nojento fez ela querer vomitar. Então ele falou sobre o anel. Ela tinha alguns anéis velhos que usava como acessório, seu preferido era um de caveira, que combinava bem com a bandeira preta de pirata no convés do navio. Olhou para ele, agora surpreendida.

— Um anel? — Abaixou os olhos, pensando se havia ouvido direito. Nunca tinham comprado nada para ela, muito menos um anel... E principalmente um anel de casamento. — Ninguém nunca comprou nada pra mim... — Sua voz baixa lentamente se recuperou, assim como uma expressão. Ela sorriu para ele, com o cenho franzido.

— Obrigada, meu amor... Meu m-marido... — Gaguejou ao falar a palavra, ainda era estranho para ela, mas iria aprender. — Só precisa ser preto, pra combinar com minhas roupas, que são todas pretas e minha capa estilosa.

Riu ainda de braços cruzados, tentando absolver a ideia de alguém comprar algo para ela.

— As suas precisam ser pretas e de pirata também. — Amelie sorriu, mesmo a roupa que deram a Keith sendo de pirata, não era o tamanho certo e ela queria que ele tivesse algo que pertencesse à ele, que ele gostasse, que ele tivesse escolhido. — Posso te ajudar a escolher assim que chegarmos em Hahle.

Seria apenas uma noite de viagem, ela sabia que não podia sequer levantar da cama, mas em seu entusiasmo e teimosia, queria ir com ele e queria principalmente, fazer uma visita a Hamish.

— Meu amor... Quando for visitar... O verme... Posso ir junto? Pra minha própria paz mental preciso ter uma... Conversa com ele. Juro que não vou matá-lo e você vai estar lá pra garantir isso, mas eu... Preciso.

por **Keith Mildenhall** Dom Out 03, 2021 11:44 pm

Keith

Keith a escutou contar sobre seu passado e ficou surpreso em como haviam certas semelhanças em suas histórias, pelo menos a parte de ser abandonado. As histórias mudavam no destino deles. Amelie se tornou uma pirata.

Ele riu quando escutou as travessuras que ela fez no orfanato, parece que desde criança ela era bem braba, porém não conseguia ver ela assim. Amelie foi tão gentil com ele desde o começo, claro que do jeito dela, xingando e fazendo ameaças, mas ainda era gentil.

— Ainda bem que encontrou Flint - Comentou.

Não queria que ela tivesse uma vida ainda pior, era ruim até de imaginar. Gostou de ver a animação dela quando falou de anel. Pelo menos tinha acertado em algo, Amelie ao menos gostava de anéis. Sorriu ainda mais quando ela o chamou de marido.

— Está bem, preto! - Respondeu sorrindo — Um para você e pra mim, para combinar como alianças piratas.

Depois de receber conselhos de como se vestir, ela sorriu, iria seguir o estilo pirata. Já se imaginava com essas roupas.

— Vou comprar um chapéu para mim também então.

Por fim ficou meio receoso com o pedido dela. Ela prometia não matar o senhor Hamish, mas ainda ficou preocupado. E se ele falasse algo que a fizesse mudar de ideia?

— Eu não sei... - Respondeu suspirando —Ele não é muito paciente, na verdade ele fala coisas bem cruéis.... E se ele falar algo que te deixe irritada? Pode acabar perdendo a cabeça. Não posso deixar que mate o homem que me salvou de morrer....

by emme

por **Amelie Mildenhall** Seg Out 04, 2021 12:19 am

black sails at night

meio do oceano // com Keith // outono

Amelie franziu o cenho e grunhiu de raiva, cruzando os braços mais ainda. Sabia que seu temperamento não era dos melhores e que perdia a paciência facilmente, mas não deixou de sentir raiva ao ouvir a resposta de Keith, virou o olhar para a parede novamente, dando de ombros com uma expressão de muita raiva. Sua voz agora era ríspida e grossa.

— Foda-se. Se ele falar merda pra mim eu lido do meu jeito, mas não vou matá-lo. Eu prometo. — Seu tom agora não era gentil, era ríspido, sua forma de falar, raivosa, ela erguia um pouco o lábio superior quando falava assim e conseguia facilmente assustar qualquer pessoa com a forma que ela falava, mas não era sua intenção assustar Keith, na verdade a última coisa que queria era que ele se sentisse como as pessoas se sentiam na presença de Amelie: intimidados, com medo. Então tentou mudar o tom de voz, com um pouco de sucesso. — Talvez eu puxe a espada pra intimidá-lo, talvez eu encha ele de porrada se ele falar merda pra você, mas não vou matá-lo. — Olhou em seus olhos, com um olhar ainda penetrantemente odioso. — Eu prometo. — Sua voz era rouca e ríspida, seu tom não mudara muito, mas ela sempre cumpria promessas e principalmente se esta promessa fosse feita para o homem que amava. — Eu nunca quebro uma promessa e não quebraria uma promessa feita à você mesmo que isso me custasse minha saúde mental. Eu não vou matá-lo.

Proferiu as últimas palavras lentamente, para firmá-las, virando o olhar para a parede novamente com uma expressão de ódio aparente.

— Se fosse outra pessoa, eu não prometeria porra nenhuma. — Virou o rosto agora, o ódio queimando dentro de si. Queria tanto enfiar uma de suas damas na barriga do velho depois de torturá-lo por dias, mas precisava respeitar a consideração que Keith nutria pelo velho, nunca havia respeitado nenhum pedido ou súplica de ninguém, mas era Keith... — Mas é você. — Sua voz era grossa e muito ríspida novamente, ela estava visivelmente frustrada e com muito ódio, porém continuava repetindo em sua cabeça: "Controle-se, é Keith." de novo e de novo, tentando não perder seu temperamento próximo à ele, ou com ele. Isso só aconteceria se se tratasse de alguém que o ofendesse, talvez próxima a ele, para protegê-lo, mas nunca com ele.

— Eu te amo, porra. Não é o suficiente pra confiar em mim? — Sua voz agora estava desconcertada, falha. Engoliu em seco. — Eu não vou matar seu "pai".

Disse a última frase com uma expressão de desgosto no rosto, encarando a parede, evitando olhar para Keith. Sentia tristeza por ele não confiar nela, deixou isso aparente ao evitar seu olhar e manter os braços cruzados no peito, fitando a parede.

— Confie no que quiser, meu temperamento é imprevisível, mas eu sei me controlar, se não quiser me levar, faça como quiser, mas não ache ruim se ele te tratar como merda e você ter que ouvi-lo jogando na sua cara novamente tudo o que fez por você e eu não estiver lá pra falar pra ele o que ele merece ouvir.

E estas foram suas últimas palavras, seus olhos marejaram com lágrimas, mas ela continuou mantendo sua pose de durona, mantendo o rosto virado o máximo possível para que ele não percebesse que ela estava chorando. Odiava o quão vulnerável era com ele, mas se este era o preço que tinha que pagar, pagaria com um sorriso no rosto se preciso.

por **Keith Mildenhall** Seg Out 04, 2021 5:07 pm

Keith

Keith sabia como senhor Hamish podia ser cruel e Amelie falava tanto de matar que achou que ela poderia explodir. Por isso perguntou melhor. Porém conforme a pirata o respondia, foi notando que ela se incomodou com isso.

Não desviou o olhar quando ela o encarou. Gostava de ouvir que a ele ela prometia. Franziu a boca assim que ouviu ela dizer matar seu pai. A palavra pai fez seu coração apertar, era como tocar na ferida e um tipo de ironia, já que Hamish nunca foi realmente como um pai.

Continuou escutando Amelie percebendo que a tinha deitado triste e magoada. Então tentou consertar, não era bom com relacionamentos, quer dizer, era seu primeiro.

—Amor... - Disse com carinho, dessa vez não a chamando pelo nome— Não foi isso que eu quis dizer. Eu confio em você. Eu não confio é nele. Eu só queria avisar que ele podia falar coisas horríveis. Se diz que não matar ele mesmo se ele falar assim, eu acredito.

Aproximou-se do rosto dela e com um semblante preocupado continuou:

—Por favor, não fique triste, me desculpe. É que não é uma parte da minha vida que eu queria que você visse... Faz eu parecer mais fraco...

Admitir isso era difícil, então desviou o olhar para baixo e tentou explicar:

—Eu sei que sou idiota de me preocupar com ele... Mas é mais forte do que eu... - Mordeu os lábios sem jeito - —Era ruim viver com ele, mas também era bom saber que não estava completamente sozinho. Me desculpe se pareceu que não confio em você. Pode falar com ele, já vai sabendo que vai se aborrecer com ele...Eu confio mesmo em você, eu te amo Amelie.

Virou o rosto na direção dela já desejando beijá-la de novo.

by emme

por **Amelie Mildenhall** Seg Out 04, 2021 6:09 pm

black sails at night

meio do oceano // com Keith // outono

Amelie ouviu suas palavras com atenção, embora ainda estivesse com raiva e evitando seu olhar. Ao ouvi-lo chamá-la de amor de um jeito gentil e carinhoso, seu coração raivoso derreteu, mas continuou com a mesma expressão no rosto. Virou os olhos lentamente enquanto ele continuava falando, agora o encarando.

— Você confia em mim? — Seu tom continuava o mesmo, raivoso. Sua expressão logo ficou ainda mais raivosa quando ele o mencionou novamente. — Se ele falar coisas horríveis, eu dou uma surra nele. Não posso prometer que não vou. — Virou o rosto para ele novamente, com uma expressão de desgosto e ódio. — Ele merece aprender algumas coisas, provavelmente ele vai falar merda, provavelmente eu vou puxar minhas damas pra intimidá-lo e enchê-lo de porrada depois, mas não vou matá-lo, por causa de você, embora eu queira muito fazer isso... — Falava no mesmo tom de ódio, com a voz rouca e grossa. — Provavelmente, provavelmente... Porra de provavelmente, ele vai, é isso que vai acontecer. Mas eu não permito que ninguém, nem mesmo ele, muito menos ele, fale com você de forma alguma além de respeitosa. Não sei se ele sabe quem eu sou, talvez se ele souber ele não fale merda, mas eu vou enchê-lo de porrada mesmo assim.

Ouvir suas próximas palavras fez com que franzisse o cenho, com mais raiva.

— Você nunca vai parecer fraco pra mim, seu merda. — Disse isso de uma forma grossa e raivosa, mas gentil. — Que porra você pensa que você é? Por todo esse tempo que nos conhecemos eu nunca te achei fraco, nunca te achei inferior, você é um guerreiro, Keith. Por passar por tudo que você passou, por vir até mim aquele dia pedindo pra entrar na tripulação, mesmo sabendo que a resposta provavelmente seria negativa, você sabia quem eu era e você foi atrás, você correu até mim e pediu uma chance, mesmo achando que não conseguiria. Isso é fraqueza?! Não, caralho, isso é força, isso é ambição, isso é quem você é. Você mesmo disse que sempre quis ter uma vida diferente um dia, enquanto estávamos bebendo na estalagem, mesmo achando que seus defeitos te fazem fraco, isso é fraqueza?! — Exclamou, não poderia permitir que ele se visse daquela forma, não queria que ele se visse daquela forma, queria fazer de tudo para que sua baixa auto estima desse lugar a um homem confiante e forte em seu âmago, para que nada o desconcertasse, para que nada o ferisse, para que os olhares tortos não o fizessem abaixar a cabeça.

— Ele te acolheu, por isso você está aqui hoje e eu sou grata por isso, mas a forma que ele te tratou e vai te tratar, pra mim, não justifica porra nenhuma! — Olhou firme em seus olhos, a raiva não era direcionada a ele, mas não conseguia mudar sua expressão. Não conseguia parar de pensar em tudo que ele dissera sobre sua própria vida antes de entrar pra tripulação, em como as pessoas o tratavam, em como ele próprio se tratava e falava sobre si quando bebiam juntos e ele se abria com ela, sua raiva era direcionada a todas as outras pessoas, sua raiva era visível. — A forma que você se vê... Não é certo. Olha o que você fez no Seymour, olha o quão forte e capaz você é, olha o quão lindo e gentil e generoso você é... Eu não quero que você se veja como um fracote defeituoso nunca mais porque você não é. Você matou metade de uma tripulação em uma noite, você fez com que o ataque desse certo, Blackmore estaria perdido se não fosse por você!

Sua voz se alterou um pouco, ficando mais alta. Ela tentou se controlar, descruzando os braços e segurando seu rosto, ainda com uma expressão de raiva. Fitou-o nos olhos por um tempo, tentando encontrar mais palavras.

— E olha a proeza que você conseguiu... Desde a primeira vez que te vi, o que eu vi em você foi algo que ninguém nunca viu, foi quem você realmente era por baixo das roupas de inverno no verão e a dificuldade em beber. Eu não quero que você fale de si dessa forma novamente nem que eu tenha que te dar um soco pra você parar.

A última parte era mais uma brincadeira do que verdade, ela nunca conseguiria machucá-lo, mas era assim que ela falava. Talvez ele já estivesse acostumado com isso.

— E eu tive uma ideia... Sobre sua perna. Não sei se você vai gostar ou querer, mas... Nosso médico, Elliot, é muito habilidoso, ele entrou pra tripulação porque embora seja um homem estudado e tenha se empenhado pra aprender as artes da medicina, ele nunca conseguiu um trabalho em Hahle, porque assim como a gente, ele era um pobre miserável que não tinha onde cair morto ao terminar os estudos e ninguém lhe dava trabalho. Então um dia, nosso navio foi atacado e precisava ser reparado, haviam disparado canhões e precisamos deixá-lo em terra pra ser reparado e poder voltar ao mar. O médico anterior, ele era menos habilidoso que Elliot e burro, tinha um gato que levava consigo durante as incursões. Alguém pôs as cordas que seguravam o navio em pé na árvore errada e o navio começou a despencar, todos correram, mas o gato ficou, assustado. O médico correu pra salvar seu gato, mas quando chegou e o pegou, o navio despencou em cima dele antes que ele pudesse sair de baixo e ele foi esmagado junto com o gato, e morreu. Não julgo ele, se fosse você, eu teria feito o mesmo, mas ficamos sem um médico e começamos a procurar alguém que pudesse substituí-lo, então vimos Elliot salvando uma mulher que tinha tido uma ferida muito grave no braço, ela quebrou o braço, mas ele conseguiu consertar, observamos todo o processo. Quando ele saiu da tenda, suando após a operação, Flint perguntou se ele precisava de trabalho e ele disse que sim, mesmo vendo as vestes de pirata. Elliot demorou a se adaptar à vida dentro de um navio pirata, nunca foi pra um ataque sequer, hoje ele salvou minha vida... O que eu estou tentando dizer é... Bem... Poderíamos substituir a parte da sua perna que é defeituosa por uma perna de madeira, assim você não precisaria mais sair por aí mancando, poderia esconder com uma calça se quisesse, mas conseguira andar normalmente assim como qualquer pessoa, correr, ser ágil, andar... Não seria um procedimento sem dor, afinal de contas ele teria que quebrar o osso e arrancar parte da sua perna, depois inserir a madeira, mas a recuperação seria fácil, mais rápida do que a minha, porque esse filho da puta sabe o que faz, eu tive essa ideia meses atrás, mas nunca disse porque não queria ser invasiva, te constrangir ou te assustar... Mas seria uma forma de você se livrar do fardo de ter que andar mancando, de se sentir inferior por isso, de ser mais normal. Se você não quiser, eu vou entender, é invasivo da minha parte falar isso, desculpa, amor... Mas estava entalado na minha garganta por muito tempo e eu precisava expressar.

Sua expressão agora era mais gentil, sua voz e palavras também, ela não queria assustar ele, ou fazê-lo se sentir menos do que era. Continuou segurando seu rosto, acariciando sua bochecha com uma das mãos e o cenho franzido.

por **Keith Mildenhall** Ter Out 05, 2021 5:35 pm

Keith

Depois de falar, Keith ouviu as palavras dela em silêncio, estava acostumado com o jeito bravo dela falar, que ainda era gentil para ele pelo conteúdo. Mordeu os lábios absorvendo tudo que ela falava sobre ele não ser um fraco. Viu então a necessidade de realmente pensar isso sobre ele mesmo. Aquela imagem do ajudante de Hamish ainda estava na sua mente, mas precisava ser um pirata forte.

— Você tem razão, eu tenho que mudar meu jeito de ver as coisas. Mas juro, confio em você. Se acha que deve falar com ele, eu apoio.

Ficou ouvindo também ela contar a história de Elliot. Isso o inspirou de certa forma. Porém arregalou os olhos ao ouvir a ideia dela sobre sua perna. Engoliu em seco na parte de ter que quebrar seu osso. Com certeza seria muito doloroso, mas só o processo de transformação já era terrivelmente doloroso. Nada poderia ser pior do que isso. Talvez fosse mesmo uma boa ideia poder andar direito. O semblante dele ficou preocupado pensando no que poderia acontecer e na recuperação. Entretanto poder correr seria algo ótimo então respondeu:

—Tem razão, parece uma boa ideia. É um pouco assustador, mas já aguentamos muita coisa até aqui. E bom, duvido que algo seja mais doloroso que a transformação. Com você ao meu lado, eu tenho coragem.

Keith então se aconchegou ainda mais ao lado de Amelie deitando com cuidado a cabeça sobre o busto dela.

— Está incomodando? Se tiver machucando eu saio...

Era confortável deitar sobre o peito macio dela. Por fim disse:

— Posso fazer logo essa cirurgia, assim seremos dois se recuperando. Mas se achar melhor eu espero você ficar boa, assim um cuida do outro.

Keith então permaneceu assim ao lado de sua amada relaxando, a beijando algumas vezes, mas não exagerando.

— Eu prometo que serei um ótimo pirata também.

by emme

por **Amelie Mildenhall** Ter Out 05, 2021 6:15 pm

black sails at night

meio do oceano // com Keith // outono

Amelie depositou um beijo rápido nos lábios de Keith, sua expressão agora menos raivosa.

— Vai ser doloroso e pode até ser traumatizante, mas eu vou estar do seu lado sempre, o tempo inteiro, durante o processo, durante a recuperação... Eu não vou deixá-lo sozinho porque agora.... Bom... Você é meu marido e sempre foi a pessoa que eu mais me importei desde que nos conhecemos. — Bejou-o novamente, embora fraca. — Se eu não tivesse tanta certeza quanto à Elliot e suas habilidades, eu não permitiria que ele te tocasse nem por um minuto. — Ele então deitou-se sobre seu busto e ela não protestou, passando os dedos sobre seus cabelos loiros, tentando ignorar o efeito que isso tinha sobre ela. Estar tão perto de Keith de uma forma tão íntima trazia uma sensação que ela nunca havia sentido antes, mas tentou ignorar, respeitando seu espaço pessoal. — Meu amor, você não está me machucando, não se preocupe com isso. — Falava enquanto acariciava seus cabelos loiro escuros. — Eu vou estar ao seu lado durante todo o processo, por mais doloroso que seja pra você ou pra mim, nada vai nos separar agora. Você vai ter a possibilidade de ter uma perna normal, de andar normalmente, de não ter que anaoxar a caneça pra nenhum filho da puta porque eles verão quem nós somos, de não precisar se rebaixar pra ninguém nunca mais.

Suas palavras eram gentis e sinceras, continuou acariciando seus cabelos loiros.

— Quando chegarmos em Hahle, bons o suficiente pra cuidarmos de nós mesmos, vamos ter nosso próprio cantinho, embora seja uma estalagem... E faremos uma visita a Hamilton. — Sua última frase agora preenchida de ódio, mas sabia o que havia prometido e sabia que deveria cumpri-lo por mais difícil que fosse, porque era ele. Além de qualquer outra pessoa era Keith.

por **Wings of Despair** Qui Out 07, 2021 5:08 pm

O navio foi conquistado e derrotado graças à forma lycan de Keith, apesar da tempestade e dos homens fortes de Seymour, metade dos homens foram dizimados por um impuro lycan, dando espaço para que todos pudessem dominar o navio sem grandes problemas, exceto por Amelie que foi ferida, mas sobreviveu.

Este foi apenas o início de uma história que seguirá, este é apenas o início de um amor inquebrável, uma tripulação mais forte e um feito que fará com que Blackmore se torne mais e mais rico, famoso e temido, principalmente após a última aquisição na tripulação.

Objetivo concluído: Invadir, conquistar e destruir Seymour e toda sua tripulação e com isso roubar o Kham que o navio carrega. ( K 5.000 )
Itens extras adquiridos: Pistola de luxo à bala.

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