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[EVENTO DE INAUGURAÇÃO] H Ä H L E , FESTIVAL DO VINHO

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Mensagem por Wings of Despair Sex Mar 03, 2017 2:57 pm




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PRIMEIRO EVENTO
FESTIVAL DO VINHO


A brisa quente de verão soprou a folha velha para longe da árvore, que girou no ar algumas vezes antes de passar por cima dos telhados das casas de Hähle. O calor, já rotineiro no começo das manhãs, parecia duas vezes pior naquele dia. Os sons de vozes apressadas, também já tão comum quanto o calor, pareciam três vezes mais altos naquele dia. Aquele dia, tão comum em Hähle, não era um dia como qualquer outro.
A folha foi pega de repente por uma correnteza de ar, girando alta no céu azulado, antes de mergulhar em um rasante por entre os becos da cidade. A folha parou por um instante diante de um rosto moribundo, de barba seca e olhos fundos, e voltou a girar antes que sua grande mão gorda pudesse acertá-la em um tapa desajeitado. A folha soprou e girou mais uma vez, e quando parecia que a brisa acabara, que ela finalmente repousaria no chão, os passos rápidos de um grupo de crianças passaram correndo em volta da folha, que girou com o sopro repentino de ar, sendo puxado em direção às ruas iluminadas da praça central de Terus. A folha subiu, desviando das carroças sendo puxadas por cavalos fortes, carregando centenas de caixas preenchidas com mercadorias de todo tipo. Em algumas, cabos de espadas eram visíveis através de fendas na madeira, em outras, um aroma suave de rosas ou de frutas recém-colhidas se misturava no ar com o odor forte de peixe e carne. Em um solavanco rápido, a folha afundou por entre as várias pessoas de todos os reinos que se reuniam pela praça central da capital. Seus rostos ansiavam pelo menor preço possível para a fruta mais exótica colhida das florestas de Dungeloff, para os talismãs mágicos misteriosos e as características poções afrodisíacas de Fries, entre tantos outros produtos que os olhos curiosos buscavam a medida que as barracas eram levantadas e os produtos montados em bancadas. O grande espaço de ladrilhos brancos que se estendia por toda a extensão da praça estava lentamente sendo coberta por uma massa incontável de compradores e mercadores. A folha então deu um último giro no ar, pousando no alto do pilar de madeira no centro da praça. O verão havia começado, e com ele, O Festival do Vinho estava aberto.  



O Festival do Vinho, o momento mais esperado do ano, finalmente havia começado. Era verão, no segundo mês do ano (que é brevemente composto por dez meses, cada um com quarenta dias) e o clima estava tão quente que as pessoas se protegiam do sol usando um lenço na cabeça ou se escondiam embaixo das sombras das árvores. Os preparativos começaram pela manhã, assim que o Sol nasceu, e ainda não acabara, mesmo após horas de preparo algumas barracas de vendas ainda estavam sendo montadas, afinal, eram centenas delas com vendedores esperançosos em conseguir uma renda extra. Não havia com o que se preocupar naquele momento, era apenas o primeiro dia, e o festival durava incansáveis três giros do Sol, sem pausa alguma.
No Festival do ano anterior, foram encontradas pessoas de todos os reinos dormindo por todos os lugares da praça assim que o Sol nasceu. Não é de costume a festa parar quando anoitece, embora o perigo de encontrar algum vampiro traiçoeiro seja maior, as pessoas não parecem se importar quando estão bêbadas.
No meio da praça estava sendo montado um palco de madeira, à frente do pilar, onde, no fim da tarde, iria começar uma competição de bardos durante os três dias, o ganhador levaria uma quantidade significativa de Kham e muita fama, sendo reconhecido à partir dali em diante.
Também estavam sendo montadas mesas de degustação das comidas que seriam servidas em tavernas que se situavam próximas ao Festival, para viajantes ou moradores que ficassem com fome. Na maior parte das vezes precisa-se de vigilantes próximos à estas mesas de degustação, pois muitas pessoas que se acham espertas acabam tentando furtar comida dos banquetes. É uma boa época para anunciar seu negócio de estalagem, caso você tenha um, pois muitos viajantes precisam se alojar em algum lugar ou irão passar a noite pelas ruas.
A quantidade de pessoas que se aglomeram no meio da praça deixa quase impossível o ato de se mover dentro da massa de corpos que se movem freneticamente de um lado para o outro, então, caso queiram assistir a apresentação de música, terão de escolher seus lugares mais cedo.
Às duas da tarde os preparativos já estavam finalizados e tudo estava pronto para receber os civis e visitantes. O sol estava ainda mais quente, era notável o aroma dos perfumes e colônias que estavam sendo vendidos por comerciantes em carrinhos de madeira, embora o cheiro seja fraco, comparado ao dos peixes e frutas dispostos em barracas. O barulho de vozes, infantis, adolescentes e adultas, femininas, masculinas, graves ou finas, se confundiam no ambiente, trazendo um desconforto para pessoas que não suportam a agitação do festival.
Alguns comerciantes, vendedores ou donos de negócios costumam fechar seus estabelecimentos para se misturar à mistura de pessoas que preenchem o centro de Terus durante o período do Festival.
Não podemos esquecer, de forma alguma, do que dá nome ao Festival. Grandes baldes de madeira estavam dispersos ao redor da praça, com vigilantes, para qualquer um que quisesse pisar em uvas - com pés limpos, é claro - e produzir seu próprio vinho, ou até mesmo vendê-lo à um preço barato. Barris de vinho com copos de madeira também são uma grande atração, já que qualquer um pode simplesmente se servir e se divertir, apesar de que os mais bêbados, às vezes, precisam ser retirados das proximidades dos barris para que todos possam usufruir desta delícia de Hähle.
Carnes de tubarão estão disponíveis à degustação por todas as áreas, às vezes assada, às vezes cozida ou até mesmo em forma de sopa, com verduras e um caldo delicioso.
O Festival do Vinho foi iniciado, e irá surpreender quem marcar presença, dos mais assíduos frequentadores à aqueles que pela primeira vez participam, sejam como mercadores ou compradores.




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Mensagem por Allistair Theirin Sáb Mar 04, 2017 11:42 pm


b l o o d  and  i c e

Aquele calor, sempre aquele calor para atrapalhar. A relação de Allistair para com a cidade oscilava entre o amor e o ódio. Por um lado o jovem licantropo estava de pouco em pouco encantando-se com a paisagem litorânea do local. O som das ondas se quebrando na porto, a brisa marítima assim como o pôr-do-sol em si eram um deleite para os olhos dele. No entanto, o calor de lá era insuportável.

Já tinha ido a algumas cidades, como Darnas e até Ovedo, então tinha tido seu contato com um clima diferente de sua terra natal. Mas toda aquela experiência não ajudava-o em nada no momento. Tinha a leve impressão que quanto mais ao sul avançasse, mas perto do inferno estaria. Chegava a se absurda a diferença climática que havia. Nunca sentiu tanta nostalgia e saudade de casa.

No entanto, ficar dentro de seus aposentos não ajudaria em nada a se refrescar. Dias antes, quando acabara de chegar a cidade, pode ouvir burburinhos sobre uma festividade que se aproximava. Os locais a chamavam de “Festival do Vinho”. Lembrando-se disso e que o rapaz resolveu pôr fim caminhar um pouco. Não que fosse amante de festas, ou sequer de multidões em pleno ato de socialização, mas algo no evento o interessou, se fora pelas possibilidades, ou pela pequena chance de evitar o mormaço ele não sabia dizer. Em questão de minutos já estava com a mão na maçaneta da porta, pronto para sair.

Não teve muita paciência para se vestir como de costume, sendo assim trajou uma túnica de seda branca– a peça de roupa mais fina e fresca que encontrou – que chegava até um pouco abaixo da cintura, complementando sua calça de linho, negra como carvão. Deixou seu cabelo solto, visto que os mesmo ainda se encontravam úmidos devido ao banho, o que auxiliava no frescor. Finalizou com botas e um cinto, ambos de couro curtido mais confortáveis o possível. Não estava em seu ápice de elegância, mas era o suficiente para que pudesse aproveitar da festa sem que arriscasse morrer de insolação.

A taverna na qual tinha alugado o quarto era próxima das imediações do festival, e por conta disso não andou por muitas quadras até ser mergulhado em uma multidão de transeuntes. A mesma ia engrossando a cada passo, dificultando a passagem do meio-lobo que agora tinha de fazer-se valer do tamanho para “empurrar” os intrometidos que ficavam no trajeto. Nunca agradeceu tanto em sua vida por ser grande quanto agora. Alguns precisavam somente de um bufar, ou um olhar atravessado do loiro para que se tocasse mas sempre havia desavisados.

Aquele empurra-empurra lentamente ia drenando a paciência – já notavelmente pequena – do lupino, que corria o olhar avidamente pelo corredor de corpos buscando uma brecha por menor que fosse. Seria aquilo ou um possível ataque de nervos.



Notas: Calor da ***** //


Allistair Theirin
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Mensagem por Thérèse Saint-Jean Dom Mar 05, 2017 1:44 pm


i put a spell on you

You better stop the things you do, I tell you

- Minha menina doce… Eu queria tanto que você pudesse usar um belo vestido para irmos juntas. É uma pena que…

- Está tudo bem, mãe. Eu entendo.

Thérèse chegou na sala com duas xícaras simples e um bule rústico com chá. Como os Gagnon eram uma família de poder intermediário, não podiam levar serventes para as viagens fora do país e tampouco tinham acesso à objetos luxuosos em um lugar exótico. Serviu à sua mãe, sem olhar uma única vez para ela, e depois a si mesma. Ambas ainda estavam muito acostumadas com os ventos fortes e constantes do sul de Fries, por isso não conseguiam se adaptar bem à volatilidade do tempo de Hähle. Às vezes o Sol parecia que queimaria quem quer que colocasse os pés nas ruas, outras vezes, do nada, brisas frias varriam toda a cidade e foneciam algum frescor. Em um único dia no reino dos humanos, as bruxas presenciaram uma variedade de climas que, em sua terra natal, só podia ser testemunhada ao longo de semanas. Naquela manhã, o calor incomodou logo cedo e as duas acordaram muito antes do que precisavam. Da mesma maneira que acontece há alguns meses, quase não houve conversas. Tornaram-se estranhas que pensavam e até treinavam o que diriam e, apesar disso, só conseguiam realizar comentários pouco frequentes sobre assuntos superficiais.

A menina guardou e arrumou tudo. Marie-Claire voltou para seu quarto, orou durante alguns longos minutos para a Mãe e, assim que terminou, retornou aos seus preparativos para logo mais. Thérèse parou o que fazia e se sentou, percebendo que teria um longo dia. Em breve estaria no Festival de Vinhos, mas não porque gostava do álcool ou das multidões de bêbados contando anedotas nada realistas. Provavelmente, conseguia contar nos dedos das mãos as vezes em que experimentou um pouco da bebida doce ou que apreciou uma boa conversa. A real beleza do evento encontrava-se nas possibilidades que ele representava. A curiosidade da jovem bruxa encontrou em Hähle um verdadeiro paraíso. Como era a vida de quem vive em territórios tão singulares? Como as mulheres são vistas pela sociedade local? Como são os animais e florestas de um reino tão vasto? Apesar das perguntas serem numerosas, as respostas só seriam alcançadas depois que a menina cumprisse as metas estabelecidas pela mãe. O dever para com Ocuna sempre vem em primeiro lugar e Thérèse sabia disso melhor do que ninguém.

- Lembre-se bem do que conversamos… Morgan.

Marie-Claire, aproveitando-se da confusão, encontraria-se com um grupo de seguidoras de Ocuna e planejava realizar um novo “grande avanço” para seu movimento. A tarefa de Thérèse era simplesmente aprender, já que pela primeira vez visitava terras estrangeiras e, convenientemente, tratava-se de Hähle. Esse fraco reino, comprimido entre domínios de licantropos e vampiros, era dono de uma característica especial: heterogeneidade. Tratava-se de um lugar habitado por números consideráveis de representantes de várias raças. Uma oportunidade perfeita para não apenas conhecer melhor novas culturas, como também conseguir contatos e, quem sabe, iniciar futuras alianças. "Chegou a hora de ir." A partir do momento que cruzasse a porta e respirasse o ar exterior, Thérèse Saint-Jean sumiria e em seu lugar estaria Morgan Gagnon, o filho primogênito do casal Gagnon. Claro que não poderia ser Morgan Saint-Jean. Nenhum homem que se preze usa o sobrenome da mãe em vez de usar o do pai.

Não demorou para que Thérèse trocasse suas vestes. As roupas masculinas que tanto usava sempre lhe causaram emoções ambíguas. Por um lado eram práticas e confortáveis, mas por outro também faziam-na sentir-se como uma disfuncional e geralmente eram sem graça. “Suponho que a facilidade de vestir uma calça seja muito melhor que a beleza de um vestido que consome cinquenta minutos para se vestir…” A magia, uma dança com as luzes e com os sons, embrutecia as feições naturalmente fortes da bruxa e mudava a sua voz. Saiu, observou bem os arredores, sentiu o abraço caloroso da luz do Sol e então começou a andar. Parava para olhar melhor algo que a interessasse, sentava-se em um ou outro banco e seguia o barulho da multidão. Não se importava com a chance alta de se perder e, sempre que tentava se convencer de que precisava seguir conforme o planejado, algo acontecia. Um desejo implacável de se jogar ao acaso minava o compromisso com quaisquer obrigações. Os bruxos que encontrava em algumas esquinas eram um lembrete da mediocridade: a falta de habilidade de alguns e as mentiras contadas por outros, faziam com que a menina se questionasse se não passavam de humanos fingindo serem filhos de Fries. As árvores eram povoadas por visitantes dormindo ou conversando e, à medida em que andava, o número de pessoas multiplicava-se.

- Droga.

Antes que pudesse perceber, estava sendo esmagada por todos os lados pela multidão. Enquanto suor escorria pelo seu rosto, o coração da bruxa acelerava-se diante da perspectiva de afogar no mar de gente. Olhando ao seu redor, conseguia ver alguns pedaços do céu, contudo logo aparecia alguém bloqueando a visão e empurrando-a. Nervosa, começou a contra-atacar freneticamente qualquer um que aparecesse na sua frente. Decidiu sair dali antes que ficasse sem ar. Thérèse odiava toda aquela pressão exercida por um bando de desconhecidas e, no desespero, até pensou em usar magia. Instantes depois de pensar e optar por usar seus poderes para se libertar, esbarrou em um homem grande e caiu no chão. Por um segundo assustou-se. Não conseguia ver bem quem era, mas parecia estar diante de um bárbaro razoavelmente elegante. Bem, a bruxa estava caída no chão sujo, fingindo ser um homem, e agiu como idiota, então poderia ser considerada um pouco bárbara também - o que é bom, afinal, isso não é um dos pilares da masculinidade?

- Eu sinto muito, monsieur! A culpa foi minha.



// Agradecimentos à Roxanne, por esse template que está matando vocês de inveja//
Thérèse Saint-Jean
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Mensagem por Harald Sigurdsson Dom Mar 05, 2017 2:35 pm

Wine Festival
Chapter I

O dia ia longo. O sol já havia percorrido parte do seu caminho, ameaçando refugiar-se por entre a linha do horizonte dando por terminada as longas horas de luz. O último trago de água fresca escorrera pela garganta deixando um rasto de insatisfação. O odre de couro estava vazio, e ainda conseguia sentir o pó que se alojara durante o caminho. A poeira agarrara-se à camisa suada e o cabelo colava-se ao rosto, denunciando o cansaço e o desconforto de um dia na estrada sob o calor sufocante que era característico dos meses mais quentes de Hahle. Afagara brevemente o pescoço do shire quando ao longe as muralhas denunciavam a Capital.

Desde a primeira luz cálida da madrugada que preparara o cavalo e fazia intenções de percorrer a estrada até Terus, chegaria pouco depois do sol das três da tarde, mas ao sentir o calor, a preguiça tomara conta de si sendo puxado pela relutância em sair do fresco proporcionado pelas paredes de pedra de Alnwick. A criança caprichosa e enferma fora mais uma razão para a demora em sair das suas terras. Queria acompanhá-lo ao festival, queria sentir o perfume adocicado das árvores e da fruta sumarenta de Terus. Mas a tosse convulsa que lhe afetou os pulmões fizeram a voz de Harald, não sendo necessária a sua proibição.

Nessa tarde, já não havia muitos comerciantes que estivessem ainda na estrada. Perderiam qualquer lucro se não tivessem já percorrido as léguas até à capital um ou dois dias antes. Os mais confiantes em si mesmos, ou sem experiencia tinham feito nessa manhã o percurso com algum alvoroço que o Lobo percorria com a morosidade, de quem pouco ou nada teria a perder… expecto conseguir encontrar uma taverna que tivesse um quarto vago para passar a noite. Tencionava passar os dias do Festival em Terus. Assuntos havia que precisavam ser tratados, e o alvoroço que aqueles dias atraiam à cidade serviam de encobrimento, podendo movimentar-se livremente pelas ruelas sem que fosse indagada a sua presença. Seria apenas mais um que se deixara convidar pelas festividades e pelo vinho.

O calor forçara-o a novamente levar a mão ao odre, mas assim que os dedos envolveram o couro recordara-se que estava vazio. A sua sede arranhara-lhe ainda mais a garganta. Faltava pouco para alcançar os portões da cidade muralhada, mas havia quem tivesse menos sorte que a sua. Conseguia ouvir algumas pragas à medida que passava por uma carroça onde se via barris de madeira cobertos pela lona que se soltara fazendo com que dois rolassem até à estrada de terra batida. A criatura não parecia muito satisfeita enquanto procurava por estragos feitos as barris.

Passara por ela, ignorando a pouca sorte alheia, mas entre amuos e maldizeres puxara as rédeas do shire forçando-o a parar, e com o calcanhar obrigara-o a voltar para trás. Não fora impelido pela bondade, mas tinha tempo… e sede. O fogo dos cabelos cobria-lhe o rosto não lhe permitindo reconhecer qualquer traço que se poderia recordar. Era apenas uma jovem pequena e magra, talvez demasiado. — Parece que estás um pouco atrasada para o festival. As tendas e as barracas já vão estar montadas quando lá chegares — deixara um breve sorriso trocista no canto dos lábios, enquanto aproximava o cavalo de onde os barris se encontravam. — Precisas de ajuda, ou vais tentar a tua sorte com o anoitecer, fora das muralhas de Terus?

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Mensagem por Roxanne Fira Holmstorm Dom Mar 05, 2017 6:06 pm

up where they run
Up where they stay all day in the sun
A noite anterior não tinha sido fácil. Ter que apartar uma briga na própria Taverna e, ainda por cima, ser empurrada para cima de uma mesa não era o que Roxanne chamava de uma noite tranquila na Concha Dourada. Porém, sabia em si que aquilo tinha sido muito mais fácil do que as horas que passou em cima daquela égua completamente cabeça dura, trotando desde Fries até Hähle. Mesmo, assim, com um sorriso no rosto, ela continuava sua pequena jornada. Ela estava amando aquele novo mundo. Suas pernas - em raras ocasiões do dia - ainda eram uma coisa que ela não entendia muito bem, mas disfarçava estrategicamente.

Roxie não podia reclamar de sua vida na terra. Na verdade, ela não via um porque. Além de sua amiga ter lhe acolhido na própria casa, lhe deu roupas maravilhosas, ensinou a andar como uma mulher e lhe presenteou com o lugar para a Taverna e sua égua que, apesar de temperamental, era forte e aguentava muito tempo carregando a ruiva em suas costas junto aos barris de vinhos e bebidas provindas de algumas ervas marinhas misturadas com outras que Kelsier tinha conseguido para a garota. Petra, porém, resolveu tirar um dos dias mais importantes na vida comercial de Roxanne para não lhe ajudar com as bebidas. Um suspiro cansado saiu dos lábios da garota de cabelos cor de fogo, seus olhos lentamente mudando de posição dos barris para a égua que batia com a pata no chão.

-Por favor, Petra! Nós já estamos chegando, pare de ser tão temperamental! -O pé esquerdo veio por trás de seu corpo, a garota escorregando pelas costas do animal e voltando ao chão seco. Segurou nas rédeas da Frísia que respirava levemente cansada. Parou ao lado dos barris, prendendo a guia em um galho de árvore rebaixado. -Vamos ver o que aconteceu aqui.

Segurou o vestido nas mãos e o levantou, até que a barra não encostasse mais no chão de terra. Em passos calmos, andou até onde queria e se abaixou, observando os barris de madeira ainda intactos, porém levemente sujos. As pequenas mãos soltaram o tecido, agarrando na borda do recipiente marrom e o puxando com dificuldade para conseguir ficar de pé. Os fios ruivos caíram sobre o rosto e - quase que instantaneamente - um homem parou ao seu lado. A voz grossa chamou a atenção da menina, que levantou as orbes claras com um largo sorriso no rosto, que logo se transformou em uma leve risada.

-Acho que você não deveria julgar um livro pela capa, senhor. Dois trabalhadores meus já estão lá, eu só estou levando as bebidas especiais. -A cabeça jogou os fios para trás, e agora Roxie tinha uma visão clara do homem em sua frente. Ele poderia dar, facilmente, três do tamanho dela, se não mais. O pequeno corpo com curvas se levantou, o vestido voltando a posição inicial e a pequena deu de ombros, agora uma risada sem graça escapando de seus lábios. -Na verdade, eu agradeceria uma ajuda. Vejo que você podia usar um pouco de vinho. Uma ajuda mútua, o que me diz?

A voz doce e o sorriso estampado - que eram assinatura da garota mesmo que sem querer - estavam presentes no rosto da mais nova. Roxanne andou até Petra, ajudando o maior a amarrar os barris, se certificando que dessa vez não iriam cair, mesmo com o temperamento da égua em sua frente. Deu leves tapinhas em suas costelas, e enfiou a mão dentro da bolsa de couro de javali, retirando um copo de osso.

-Meu nome é Roxanne, por falar nisso. -A garota retirou a rolha do pequeno círculo furado e deixou que o líquido arroxeado derramasse no recipiente, uma vez que o encheu, fechou de volta. -Eu venho de Fries para levar as bebidas, mas possua uma Taverna aqui em Hähle. E você?

A menor entregou o copo para o homem até então desconhecido, e colocou a mão dentro da bolsa mais uma vez, retirando uma maçã vermelha, Segurou a fruta entre os dedos e colocou na frente do focinho da égua, que deu uma grande mordida na fruta suculenta. A mão disponível repousou o curto pelo, fazendo um carinho enquanto sua atenção voltava para o maior.


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Mensagem por Giotto Oehlert Falkreath Dom Mar 05, 2017 9:58 pm

Don't wanna close my eyes. I don't wanna fall asleep.
Não tenho nome; chamem-me como bem entender, desde a termos divinos, a entidades, ou, se preferir, palavras sórdidas usadas em xingamentos. Não tenho corpo; não tenho existência e presença, mas sabe-se que estou lá, camuflado no ambiente, apenas observando e relatando acontecimentos em uma folha já amarelada pelo tempo. Igualmente não tenho voz; e vocês irão me ouvir, de uma maneira ou outra. Enfim, não irei enrolar mais ao falar sobre a minha pessoa e relatarei, já que minha função é esta. Um tempo atrás comentei que o destino, ou o universo, ou eu mesmo, gosto de pregar peças com os seres, habitantes desse cenário mundano já tanto modificado conforme os anos passaram-se; muitos desses anos o morto-vivo esteve presente, mesmo que não tenha observado as transformações devido a prisão de milhões de vidas. Como disse, isso se mostrou um fato totalmente verídico diante de um contato, o primeiro que viriam conforme o tempo se passasse, foi escrito nas entrelinhas das estrelas, a margem do céu noturno; uma questão era quanto tempo ele suportaria viver essa vida eterna, vendo e revendo seus parceiros falecerem, sem ter a consciência do que fazer para evitar esse triste fim. É como dizia aquele livreto, que uma religião antiga seguia: “Deus escreve certo pelas linhas tortas”.

O rapaz não cerrou as pálpebras por um segundo sequer desde que seus olhos encontraram-se aos dela. Sem piscar, mirou-os, absorvendo a essência pura que eles transmitiam. Olhá-los era como se ver através deles, mas ver-se em uma época perdida, que nem mesmo a atualidade tem uma recordação. A linha de tempo desse universo é como uma linha repleta de nós. Ela não tinha futuro naquele lugar, sob a escuridão proporcionada pelo caís de madeira, por isso, entre outros motivos, tomou-a entre os membros. Sem quaisquer dificuldades, o corpo foi erguido pela musculatura audaz do homem e a carregou-a até a estalagem, onde foi estabelecida como moradia prévia durante sua estadia naquele governo. Aquela criatura, encontrada na junção do mar com a terra, mal detinha força, assim, não carregava energia suficientemente para mover um passo. Adormeceu no tronco dele, novamente, durante o trajeto até a “residência”, e ele tratou de que o sono se propagasse, repousando-a com a maior cautela, como estivesse tratando de uma criança ou sua prole, na cama.

Pouco se recordava do que razões e motivos jaziam em Hähle, mas agradeceu até mesmo aos deuses, que não louvava, por ter ido até o feudo. Contudo, a informação retornou-lhe à ativa com o percorrer dos dias. A capital preparava-se para um evento, um gênero de festividade do qual movimentava todo o continente uniformizado, atraindo público de todos os tipos, de todas as raças e de todos os lugares para lá. Era a época propícia para os viventes de Hähle a aumentarem seus negócios, principalmente aqueles focados em ceder moradia aos peregrinos, entretanto, só depois do dinheiro ser apresentado. Espertos homens. Mesmo com o raiar do sol, os “humanos” já estava arrumando todos os equipamentos, no centro da cidade. Giotto viabilizava essa apresentação de cenário, com o transparência do vidro da janela, do quarto alugado. Atrás de si, a menina sereiana, que revelou-se ter Marlowe como nome, dormia. A mais baixa passava, consideravelmente, muito pouco tempo com as vistas abertas, a observar a atmosfera em torno de si, talvez pelo efeito da fadiga da viagem até terra.

O semi-albino sentou-se ao lado dela, no espaço disposto como sobra. Já estava quase no horário do almoço. Em seus punhos detinha uma bandeja de madeira, com diversos gêneros de comida, mas só do tipo que a região dispõe para a venda. — Acorde. — Ele chamou a atenção. E ela não correspondeu, exceto por ter virado a fisionomia, dando as costas a ele. Nisso, o homem lançou um olhar estreitado, enquanto continha um irônico riso. “Haha”. Deixou a bandeja de lado, para que não o atrapalhasse. Sem mais delongas, dando para cima da menina, “sentando” acima do abdômen, após ter a colocado de ventre pra cima. No mesmo segundo do pulo, os palmos trancaram os pulsos alheios contra o fino lençol esbranquiçado, assemelhando alguém a prender outro. Entremeio a essas ações, a morena despertou, adornando uma face de desentendimento e, até, assustada. — Ótimo. Você acordou. — O moreno retomou a palavra, passando as pernas sobre a outra vez, firmando-se, então, em pé, ao pé da cama. Com cuidado, ajudou-a sentar, repousando o dorso físico na parede como suporte. Andou até onde alocou a bandeja e a pôs no colo de Marlowe. — Precisa comer, está dormindo direto. — Sentando-se ao seu lado novamente, na beirada do leito, fitou-a pelos rabos, por sobre o ombro destro. — Não sei o que come, então aí tem de tudo o que as pessoas geralmente usam para se alimentar. Coma bastante também, temos o que fazer hoje. — Entre pausas bem elaboradas, complementou.

***


As horas voam quando se tem alguns milênios; nem reparou que já entardecia. Assim que pode, comprou a sereia uma vestimenta digna de um ser do gênero feminino, afinal, não seria sensato mostra-la ao mundo, porque uma beleza daquelas merece ser apreciada por todos, com trajes masculinos. Um longo vestido de padrão. — Esse vestido fica bem em você. — Avaliava, transcorrendo os globos por cada milímetro do comprimento vertical dela. Assentiu as palavras ao demonstrar um sorriso de canto, em seus lábios pálidos. — Imagino que não consiga andar direito... — Já pronto para o evento, olhou-se. Em seguida, os passos, lentos, conduziu ele para que os dois ficassem próximos. — Não é mesmo? — Numa tentativa de Marlowe tentar manter-se em pé, a fim de absorver estabilidade, a resposta foi cedida. “Não”. — Certo. — A destra passou pela costa feminina e, ao final, enlaçou a cintura. Ao mesmo tempo, a canhota alheia fez o mesmo, mas com os ombros dele. Nisso, cautelosamente, ajudou-a a ficar em pé.

Sem dificuldade aparente, originada por médio da energia cinética desenvolvida do de gênero masculino, levou-a ao centro da praça. Era o suporte a caminhada. Em meio ao que passavam, e passeavam, apresentava-a às coisas que humanidade tanto admirava de ter criado. Uma delas era o vinho. Um mercante reclamou por atenção, a qual foi atendida pelo casal. Vendia essa bebida de pigmentação avermelhada, escurecida. — Vai gostar, a menos que seja um vinho de má qualidade. — Soltou a fala muito próximo ao ouvido dela, sabendo que o negociante não escutaria. Horwath aceitou experimentar. — Nos veja duas canecas do seu melhor vinho, então, meu bom senhor. — Antes de fazer a solicitação, entregou-lhe o caminho para tudo: o dinheiro. Cada um pegou um recipiente, onde continha o líquido. — Deixa-me ensinar algo. — Delicadamente, chocou os corpos dos copos, um a outro. — Agora, diga comigo: saúde. — Esperou um segundo e ambos disseram no mesmo instante e uníssono. Enquanto os olhos miravam a pequena pelos cantos, tomou um pequeno gole do vinho, desfrutando da sutil acidez.


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Mensagem por Naressa María Velazquez Seg Mar 06, 2017 3:21 pm

It drowned in the tide
Naressa olhou pela janela do grande castelo, seus olhos se fechando levemente para encarar a claridade do lado de fora. Só faltavam algumas horas para que o sol se pusesse, e ela pudesse - finalmente - ir até o tão famoso festival que estava na cidade. Os seios saltavam para fora do vestido apertado, fazendo o decote ser uma das atrações principais naquele conjunto de vestimentas, os cabelos negros caíam em cascatas até o alto dos mesmos, completando a imagem. Aquela era uma das poucas coisas que Naressa tinha gostado do declínio: A volta das roupas "de época". Ela gostava dos espartilhos, saias bufantes e cabelos esquisitos, mesmo tendo pouco tempo para usar, já que a maior parte estava com calças apertadas por botas e blusas largas que ajudassem seus movimentos com o treinamento diário.

Olhou para o homem apagado em sua cama e deixou escapar um suspiro. Ele era um dos visitantes no castelo de Hähle que - como na maioria das vezes - tinha sido cativado pelo meio sorriso e os olhos escuros da vampira. As orbes reviraram e os saltos bateram contra os tapetes em direção ao corpo e a mão gélida passou pela costela, subindo até o pescoço levemente aquecido pelos buracos da mordida da morena. Um tapa forte foi deixado ali, e o moreno se levantou da cama em um susto, um sorriso tomando conta da sua face.

-Não vim lhe dar bom dia. Eu estou saindo e você tem que ir embora. E não esteja aqui quando eu voltar.

O sorriso sumiu de seu rosto e Naressa deu as costas para o homem. Andou até a mesa ao lado da porta e colocou suas facas nos devidos quatro locais em seu corpo, logo saindo do quarto e cumprimentando o vigia em sua porta. Os sapatos faziam barulho contra o chão, o eco dos mesmos tomando conta do corredor, enquanto a morena ia ao seu destino.

~

O lugar ainda não estava tão cheio, mas era claro que alguns bêbados caindo pelos lugares tinham chego mais cedo do que o combinado pela população. Naressa brincava com as próprias unhas, enquanto observava o local, procurando por um certo conhecido que sabia que estaria ali. Sua busca, porém, foi parcialmente cancelada ao ver um bêbado vindo em sua direção. O homem parou a sua frente, rodando enquanto tentava achar algo para se manter de pé. Seu corpo começou a cair em direção a Naressa antes que ele pudesse falar alguma coisa. A vampira revirou os olhos, dando um passo para o lado enquanto olhava o homem dar de cara com a terra molhada, e voltou à sua caminhada, abrindo um largo sorriso ao achar seu alvo conversando com outro homem.

-Eu sabia que você estaria aqui. -As mãos encontraram os grandes braços de Allistair, um lobisomem o qual ela abrigou por um curto período de tempo no castelo o qual ela morava em Hähle. Depois de várias conversas, ela sabia que ele era um lobisomem diferente, e tinha criado um certo tipo de carinho pelo animal de longos cabelos loiros. -Como você tem passado? -Seu corpo virou para o estranho e abriu um sorriso simpático. -Prazer, Naressa.

Wake me slowly Or watch me fall;
Naressa María Velazquez
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Naressa María Velazquez
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Mensagem por Allistair Theirin Seg Mar 06, 2017 4:13 pm


b l o o d  and  i c e

O rosto do lupino chicoteou ao sentir o impacto. Não havia sido grande coisa, mas ainda assim o esbarrão o pegara de surpresa, fazendo com que enrijecesse os músculos de seu corpo por reflexo defensivamente. Voltou sua atenção a fonte da voz de forma rápida, e pode perceber que se tratava de um rapaz que deveria estar na faixa dos 15 á 20 anos visto a jovialidade visível em seu rosto. Discretamente provou do cheiro dele, buscando avalia-lo. “Hmm... Não é um vampiro, nem licantropo... E aparentemente também não é elfo...” Disse consigo mesmo enquanto corria os olhos por ele, respirando fundo logo em seguida.

- ... Cuidado por onde anda rapaz...

Disse, por fim estendendo uma mão a ele, visando ajudá-lo a se levantar. Ele tinha um sotaque engraçado, e a forma como ele se dirigiu a ele denunciava que também era um visitante. “Pelo menos não sou o único...” Segredou internamente, deixando escapar um suspiro.

Sentia-se aliviado, visto que pelo menos não estava tão deslocado assim. Obviamente que um evento como esse tinha potencial para atrair visitantes de outras terras, mas ainda assim não deixava de ser desconfortável ser um, ainda mais “perdido” como Allistair estava.

No entanto, assim que estendera a mão pode perceber uma outra aproximação. Sentiu uma sensação de algo macio mas levemente frio envolver seu braço livre como numa espécie de abraço. O reflexo mais uma vez se fez presente, mas neste caso em forma de um rosnar sutil junto com a flexão. Todavia seu faro tratou de auxiliá-lo. Uma brisa carregou um cheiro familiar até suas narinas, e sem que precisasse volver o olhar entendeu que se tratava de Naressa ali. Sua furtividade como sempre era impecável. Por mais que não gostasse disto.

Sorriu em resposta a morena, olhando-a de soslaio enquanto novamente suspirava. Não reagia bem a movimentos furtivos, o que em muitos casos resultava em algo mais do que um rosnado. Todavia a vampira era uma das poucas em que tinha estabelecido uma amizade visto o tempo que havia passado em seu castelo, e devido a isto era uma das poucas que se safava de uma reação mais “impulsiva” por parte do licantropo.

- Estou bem... E estaria melhor se parasse de chegar assim de supetão ...

Por fim voltei meu olhar a ela, sorrindo levemente em saudação. Sua presença ali era previsível se pensasse bem, mas ainda assim não deixava de ser uma “surpresa” agradável. E de igual modo a que tinha feito com o rapaz, também correu os olhos por ela, avaliando suas vestes com um sorriso cínico. Adorava provoca-la.

- Ora, ora... Realmente não foi somente eu quem tinha expectativas para este evento não?

Ri comigo mesmo enquanto a encarava fixamente nos olhos. A mulher sempre fora hábil e elegante desde o portar-se até a escolha de vestimentas. No entanto a mesma havia se superado hoje. Provável que tinha algo mais em mente. Rapidamente se lembrou do moçoilo, o qual havia esbarrado. Não sabia se ele estava ali para o festival, mas seria de bom tom desculpar-se e ao menos se apresentar. Podia trajar uma aparência mais rustica, mas ainda sim seus modos eram tão polidos quanto os de qualquer outra pessoa.

- Me desculpe por antes, prazer Allistair...

O tom cortes era aparente na voz rouca dele, enquanto separava um sorriso educado que combinasse com o momento.



Notas: Naressa / Thérèse //


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Mensagem por Jasmine Breyer Ter Mar 07, 2017 8:29 am



Festival
Dust in the wind, all we are is dust in the wind






Just a drop of water in an endless sea. All we do crumbles to the ground though we refuse to see. Dust in the wind, all we are is dust in the wind

Ainda nem havia amanhecido quando Jasmine preparava seu cavalo. Demorara tempo demais tirando o feno que estava preso em seus cabelos, mas não atrevia-se a reclamar, aquele celeiro era de longe o melhor lugar que havia arrumado para dormir em semanas. A jovem considerava seus dias de ouro, tivera sorte de conseguir um trabalho e ainda contar com a generosidade do franzino senhor, que a contratou para domar alguns potros e a cedeu um lugar.  


- Ainda é cedo, minha jovem. - O frágil homem comentou entrando lentamente na baia onde ela estava, entregou para Jasmine uma xícara de café e deu alguns torrões de açúcar para o cavalo.  


- Quero chegar antes de terminar o festival e daqui ainda tenho algumas horas a cavalo. - Explicou pegando gentilmente a xícara das mãos tremulas do idoso. Deu um gole excessivamente grande no café e quase afogou-se com a doçura demasiada. - Está ótimo, obrigada. - A jovem forçou um sorriso ainda sentindo a garganta coçar.  


- As moedas que lhe dei foram suficientes para pagar os seus serviços? - O senhor perguntou enquanto acompanhava a jovem puxando seu corcel negro para fora.    


- Foram sim, não se preocupe. - Respondeu sorrindo. A verdade é que nem havia chegado perto, mas Jasmine percebera a situação humilde que ele se encontrava e por ter a tratado bem, não quis lhe cobrar mais. - Diga para seus filhos não serem tão brutos com os cavalos recém domados, ou eles vão se tornar arredios como os outros. - Disse enquanto certificava-se que as amarras que prendiam suas coisas estavam firmes. - Vou indo, obrigada pela estádia.  


- Tome cuidado, criança. - O homem disse fazendo um breve sinal com a cabeça. Ficou observando na cerca a silhueta da mulher sumindo no horizonte, antes de por fim, ir cuidar de seus animais.  


Jasmine cavalgou a manhã inteira, parando apenas para banhar-se em um rio enquanto o cavalo descansava. Não demorou muito para que notasse um fluxo maior nas estradas, tratou de apressar-se, não queria de forma alguma ficar presa na multidão. Assim que chegou a cidade, suspirou pesadamente ao ver o movimento, sabia que tudo estaria lotado e seria difícil achar algum quarto disponível. Após uma longa caminhada finalmente achou um lugar simples, mas que daria para passar a noite tranquilamente.      


                                                                                                        [...]


- Nada mal - Jasmine habilmente ajeitava o corset negro sobre a saia longa. Os cabelos antes presos, agora estavam soltos caindo perfeitamente nas costas da jovem. Arrumou os braceletes de couro e as botas compridas, prendendo na perna direita uma adaga mediana. Não que tivesse pretensão de usar, mas sentia-se nua desarmada e de forma alguma iria desprevenida. Ponderou diversas vezes para sair, estava bastante cansada por conta de sua viagem, porém não queria perder um evento daquele porte. Fez uma breve inspeção para ter certeza que não esquecia  nada e tratou de rapidamente sair do quarto, antes que mudasse de ideia.  


Os passos duros da jovem ecoaram pelo ambiente enquanto direcionava-se para a rua. Mantinha a expressão séria e o ritmo continuo, deslizando como uma serpente por entre as pessoas que insistiam em parar no meio do caminho. Jasmine apenas focava em chegar perto dos barris, mas a cada passo que dava, mais adentrava na multidão e mais difícil ficava para se mover. Com grande custo - e depois de alguns empurrões - chegou onde queria.  


- Espero que isso valha o esforço - Resmungou enquanto retirava o conteúdo escuro em uma taça de madeira.  




Jasmine Breyer
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Mensagem por Thérèse Saint-Jean Qua Mar 08, 2017 3:05 pm


i put a spell on you

You better stop the things you do, I tell you

O multiculturalismo era uma faca de dois gumes. Permitia a um visitante ter contato com pessoas de todos os tipos, mas também tornava quase impossível descobrir se um simples transeunte era humano, bruxo ou licantropo. Thérèse olhou para cima e finalmente viu bem o rosto da muralha com que colidira. Era um homem cuja raça ela não conseguia identificar. Ainda cercada pela multidão, mas agora desnudada por olhares debochados e sorrisos mal contidos, precisou de alguns segundos para reagir. Admitiu que estava diante de um belo homem. Nunca antes a primogênita dos Gagnon viu em Fries um bruxo com cabelos tão bonitos ou com porte físico tão imponente. Poderia muito bem ser uma ironia do destino, já que o rapaz representava um contraste perfeito para os cabelos curtos e o corpo magro de Thérèse. Imediatamente pensou na possibilidade de se tratar de alguém relevante, mas logo suprimiu quaisquer pensamentos e emoções que fossem além disso. “Todos são encantadores aqui fora, mas nos acorretam assim que chegam em casa.” Quando enfim decidiu se levantar e tentar recuperar um pouco da sua minúscula integridade, teve mais uma surpresa: o estranho lhe estendeu a mão. Não, uma pessoa relevante jamais ajudaria uma atrapalhada no chão.

A bruxa não sabia bem o que fazer. Se ele soubesse que na verdade lidava com uma mulher, teria ajudado? Deveria aceitar a ajuda de um homem? Bem, precisava agir logo. “Aceite a ajuda.” Com firmeza, ela segurou a mão do desconhecido. Quando ainda era muito jovem, sua mãe lhe ensinou que homens e mulheres tinham um toque diferente e, depois de treinar, Thérèse aprendeu a simular o toque masculino. Por fim, para não parecer estranha aceitou a ajuda e torceu para que ele não notasse o quão pequena e fina era a mão da bruxa. Assim que se levantou, mais uma pessoa chegou de forma repentina e, mais uma vez, a nativa de Fries se viu em uma situação confusa. Outra mulher, também desconhecida, surgiu e se apresentou.

- Obrigado pela ajuda. Eu sou Morgan. Morgan Gagnon. É um prazer conhecê-los.

Foi difícil encarar com naturalidade a cena que se formou ali: os dois agiam como se fossem grandes amigos, mesmo sendo de sexos opostos. Em Fries, um homem que fosse tão amigo de uma mulher seria considerado efeminado, mas Hähle parecia um pouco mais tolerante. Talvez até mesmo era um lugar utópico. Não, certamente não eram amigos. Ainda atordoada, teve a impressão de que Allistair considerava Naressa como uma igual. Apesar da voz rouca dele quase arranhar os ouvidos, um tom cortês se destacou junto de um sorriso que, ao contrário do que Thérèse esperava, não demonstrava escárnio. Mais uma vez traçou um paralelo com sua terra natal: lá, as pessoas dificilmente eram tão simpáticas. Também não imaginava que licantropos fossem muito mais prestativos, por isso concluiu que falava com um humano comum. Os olhos escuros, após alguns segundos, desviaram-se para a mulher. A bruxa desenvolveu a teoria de que o desconhecido tentava ser gentil para conseguir a admiração de Naressa, uma pessoa de beleza deslumbrante e que, aparentemente, tinha o hábito de realizar aparições imprevistas.

- Vocês são nativos de Hähle? O festival de vinho é famoso em muitas partes do mundo, então não é surpresa encontrar alguém de fora.

A voz mecânica, distorcida pela magia, parecia se originar da boca de um autômato. Ao mesmo tempo que falava, dirigia olhares discretos aos dois. Sempre que conversava com outras mulheres, Thérèse prestava bastante atenção nos pequenos sinais que o corpo deixava transparecer. Observava os olhares fuzilantes, a maneira como balançavam o quadril, a voz que tanto assustava, quanto conquistava. Nunca houve problema, afinal, se alguém percebesse seus olhares, ao menos não poderia questionar sua suposta virilidade. A grande questão era que, para a bruxa, conversar com uma igual tinha o mesmo valor de uma lição: aprendia o que fazer para ser considerada feminina e, mais ainda, aprendia o que não fazer para ser considerada masculina. Naressa também era um forte contraste: sua beleza destoava do padrão áureo com o qual Thérèse se acostumou. Logo ficou evidente que a menina conversava com uma pessoa diferente de todas as outras que já encontrou em sua vida.



// Agradecimentos à Roxanne, por esse template que está matando vocês de inveja//
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Thérèse Saint-Jean
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Mensagem por Harald Sigurdsson Qui Mar 09, 2017 4:58 pm

Wine Festival
Chapter II

O bafo quente o Shire sobre o seu pescoço avisara-o que se tornara impaciente com a paragem. Harald deixara as rédeas, permitindo ao animal afastar-se o suficiente para acalmar o temperamento pouco servil. Era um bom cavalo, mas ainda novo, e carecia do treino que os Shire necessitavam para se tornarem bons cavalos de trabalho ou de guerra. Aproximara-se da pequena junto dos barris à beira do caminho de terra batida. Não pareciam estar danificados, pelo menos não quando os carregara e sentira a oscilação do peso, apercebendo-se do conteúdo liquido no interior dos mesmos. Inconscientemente tornara a sentir a garganta arranhada, como se a sede se tivesse agravado. Como se não tivesse bebido o ultimo trago de água à escaços momentos.

O barril estava fresco. Vinho, talvez. Distraíra-se enquanto observava o shire a afastar-se para fora da estrada demarcada voltando a olhar para a ruiva quando se apresentara e a vira procurar por algo, remexendo numa bolsa de couro. Apercebera-se da estatura pequena e magra da criatura de cabelos de fogo. A luz exangue que se começava a aproximar do horizonte coroavam-lhe os cachos de vermelho vivo, labaredas que lhe emolduravam a face de feições suaves e cândidas de onde surgia um sorriso doce. Talvez um sorriso demasiado amável para ser oferecido a alguém que carregava armas que não fazia por esconder, e que poderia facilmente ser apenas mais um andarilho em busca de uma presa fácil. Sorrira disfarçadamente quando lhe voltara a ver o sorriso. Não negava o quão encantador era, quase infantil.

Deram-me o nome de Harald. Nome comum para um segundo filho — respondera afastando qualquer outro tipo de apresentação, aceitando o copo que lhe era servia. — O teu não me parece daqui. Fries, dizes? — Aproximara o copo do nariz, sentira o aroma frutado antes de o deixar escorrer pela garganta, inundando o palato. Era um bom vinho. Estranhamente frutado com um ligeiro travo salgado. Esperava algo adocicado, assim que os sentidos despertaram de modo a absorver o desconhecido antes de o rejeitarem. Era diferente do que havia provado. Não lhe reconhecia o carvalho no envelhecimento… Um vinho estranho, para uma estranha criatura. — É um bom vinho, Roxanne. Talvez queira comprar alguns barris. — Devolvera o copo depois de o esvaziar, tendo a sede saciada e o paladar ainda mergulhado em alguma curiosidade.

Chamara o Shire, mas este continuava relutante e Harald acabara por ceder ao capricho do animal — É pior do que uma mulher. — Deixara escapar entre dentes afastando-se para de seguida trazer o cavalo pelas rédeas. Sem mesmo que lhe fosse pedido, ajudara a pequena a subir para a garupa da égua. Como lhe parecera, sentira uma cintura pequena e magra, frágil que surgia disfarçada por entre o vestido solto que lhe caia sobre o corpo. — Acompanho-te até aos portões da cidade. Estou curioso para saber o porquê de uma criatura pequena como tu se aventurar por estas partes sozinha— subira para o shire e com um breve toque no flanco forçara o animal às rédeas e a seguir caminho.

As muralhas iam-se erguendo debaixo do firmamento à medida que se aproximavam dos seus portões. Conseguia ouvir o burburinho distante das vozes e da azáfama que ocupava a noite ainda jovem. As vozes que ainda se mantinham indiferenciadas entre os risos trazidos pela estação e as gargalhadas oferecidas pela embriaguez. Uma noite quente, mais uma entre muitas, recordara-se ao sentir a camisa de linho suja de terra colar-se à pele. Os portões estavam abertos e estranhara não ser cobrada qualquer taxa de admissão. Em anos anteriores, aos comerciantes que residiam fora de Terus era exigida uma taxa, uma forma de se conseguir mais ouro do que os esperados pelos impostos. Uma forma de tentar afastar dos portões gente de pouca importância. — Creio que quando um velho rei morre, temos que nos sujeitar… — distraíra-se enquanto descia do cavalo e o condizia pelas rédeas. Um mar de gente engolia a estrada principal e parecia refugiar-se por entre as ruelas para tentar escapar. Enclausurados como ratos, conduzidos pelo frenesim do álcool e da languidez da música. — Disseste que tinhas uma taverna aqui, na Capital… Ainda tens quartos vagos? — Olhara para a ruiva, percebendo se se havia perdido no meio da multidão ou se ainda o acompanhava. — Uma terrina com água e uma cama. Cubro qualquer último pagamento que tenham feito. — Levara a mão à bolsa de couro, o tilintar das moedas abafado pelas vozes.

O cabelo vermelho perdera a coroa dos últimos raios de sol, e banhava-se agora nas labaredas dos archotes e das fogueiras que se iam acendendo ao longo da avenida principal. Era impossível perde-la, mesmo que a sua estatura pequena por vezes a puxasse pelo meio das pessoas.

Harald Sigurdsson
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Mensagem por Annora Vrettos Sex Mar 10, 2017 8:04 pm

O caminho entre Ponta Tempestade e Hähle não era distante ou extremamente perto. Era um meio termo, algumas horas perdidas em meio a paisagem percorrida. A cavalo o tempo estimado era de quase três horas, tirando ou pondo as necessidades que viessem a ser impostas pelo dia. Calor excessivo desgastava os animais e aqueles que os montava. Frio incitava os animais a irem mais rápido, buscando um abrigo nos estábulos um tanto quentes da cidade.  Hoje, em um dia de verão, com o tempo quente a passar por entre a comitiva da casa Vrettos que se preparava o tempo não determinaria tudo. Não haviam cavalos, não em número bastante para todos eles ali no pátio. Haveria caso retirassem mais animais dos estábulos da casa, mas esse não era o interesse. A cavalgada não seria feita, não esse ano.

Duas carruagens estavam preparadas no pátio, portas abertas a esperar seus ocupantes. Palavras sendo ditas aos homens que os acompanhariam enquanto você se permitia olhar ao redor rapidamente. Ao todo seriam dez homens, dez homens a rodeá-la. Alguns mais conhecidos e íntimos que outros. Seu pai, seu irmão, Kairoh, alguns guardas. Pensar isso fez com que mordesse levemente o lábio inferior, buscando evitar que qualquer expectativa pudesse ser gerada para o dia. Seu pai tinha negócios a tratar na cidade, além do típico comércio e aparecer necessário. Sim aparecer. Um lorde devia ir ao festival, um lorde devia ver como Hahle estava. Um lorde como Vrettos deveria ver como a cidade humana estava, como seus pedidos estavam indo em meio a desejados comerciantes. Madeira para os barcos, metais para espadas, um espadachim para Kairoh.  Não que duvidassem que ele soubesse usar uma espada, só duvidavam que ele soubesse usar uma em terra. Só esperavam prepara-lo para isso.

O nome chamado pelo irmão lhe fez focar os orbes esverdeados, um pequeno mover da cabeça em resposta afirmativa. Passos calmos em direção a carruagem, a mão fina tocando a do guarda que lhe ajudava a subir enquanto a outra erguia um pouco o vestido. Podia sentir o tecido sedoso do banco contra seu corpo, podia sentir aquele leve tremer percorrendo sua espinha. Algo familiar e distante ao mesmo tempo, algo como ele. Quando o mover foi iniciado você deixou que a cabeça tombasse suavemente na direção da janela. Vendo os portões de Ponta tempestade fecharem-se depois da passagem de todos, vendo o mar logo ali ao lado se afastar a medida que os minutos passavam. Orbes verdes se viravam na direção dele, um pequeno sorriso gentil em seus lábios, o entrar do vento pela janela fazendo alguns fios castanhos dançarem diante de sua face. O colocar delicado destes atrás de sua orelha, o iniciar de uma conversa boba. Algo entre o curioso e o divertido. Era divertido ver as expressões em sua face quando dizia algo que ele não esperava, enquanto tentava descrever o que era o festival. Não um divertido que a fizesse rir, algo que a fazia se sentir bem. Ele era assim, por mais que fosse estranho admitir a si mesma. Não esperava aquilo, definitivamente não esperava. Parecia fácil demais, plausível demais. Talvez fosse sua necessidade de sempre imaginar uma situação problemática para coisas simples demais, talvez fosse o puro imaginar de uma mente que não tinha ideia do caminho a sua frente.

De toda forma aquilo era bom. Como o mostrar de algumas ovelhas ao passarem pela área mais rural entre as cidades. Do explicar o motivo de se ter tanto feno junto em meio a grama. O aceitar da água quando ele lhe ofereceu, a sensação boa do liquido descendo por sua garganta. Você podia viver na terra, mas a água ainda era parte de você. Precisava dela, precisava mais do que um humano normal. Mais que um humano, fora por isso que escolhera aquele vestido. O tecido lhe cobrindo até os pulsos, preservando a pele alva do futuro calor do dia, do sol.

Sol, este que parecia ter tomado o céu e lentamente o deixava ir. Sol que tocava sem culpa alguma as pedras da muralha de Hahle. –Estamos quase chegando.- A voz suave dizia ao noivo sentado a sua frente, apontando pela janela sem vidro o montante que formava a cidade. Em quinze minutos os portões podiam ser vistos com o passar da carruagem, em outros cinco o movimentar ritmado dos cavalos cessava. O mover de Kairoh lhe fizera descolar as costas do banco, a mão tocando suavemente o joelho do homem. –Espere.-O tom era baixo, mas podia ser facilmente ouvido pelo tritão. Era um espera boba, sem sentido de fato, mas necessária. Era a conduta do povo da terra, era a conduta que sua família adotava. Se quer ser como eles você deve se portar como eles. Assim como o mover da porta sendo aberta pelo lado de fora, o guarda se pondo ao lado para que Kairoh descesse. O sorriso delicado na direção do noivo, o aceitar da mão que lhe era oferecida pelo guarda para que descesse. O aproximar de Pollux e seu pai, palavras sendo ditas. Eles rumariam para a dos Roux primeiramente, para que a negociação esperada pudesse ser ao menos iniciada, depois iriam ao festival.

O agradecer mentalmente por aquilo era feito logo que três dos homens os seguiam. Restariam dois ao seu lado, restariam outros dois para que cuidassem das carruagens. Aquele era um bom número, era menos sufocante ou limitante. Não que alguém fosse se preocupar com isso quando por toda cidade um burburinho existia. Mesmo que ali, um pouco distante do centro da cidade as coisas ainda estivessem relativamente calmas. –O que acha de irmos conhecer o famoso festival de Hahle? Imagino que um vinho seja algo bom em meio ao calor. - A pergunta era feita com um arquear de sobrancelha, orbes verdes focados nele. O esperar pequeno até que uma resposta fosse dada, o iniciar calmo do caminhar. Além do que por mais que o festival fosse um alvoroço de pessoas era algo incrível. Mistura de tantas pessoas, tantas raças e desejos. Vinhos, carnes, perfumes, dança e música. Você gostava disso. Por mais que fosse preciso evitar um quase atropelamento por duas crianças que passavam correndo por vocês como sereias ao nadarem em algo mar.


She maybe the beauty or the beast
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Mensagem por Kairoh Marinus Sáb Mar 11, 2017 8:49 pm



Festival - Hähle - Vestindo
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Deitado em meu quarto, o suor que das noites quentes fazia com que os lençóis se fixasse a minha pele. Gostava daquela sensação, me lembrava do mar, onde não haviam roupas, ou vestes, mas aquilo era necessário, os terrestres o faziam e por consequência nós também, mas poderia ficar deitado ali o tempo inteiro, livre das amarras daquela sociedade da qual, agora, eu fazia parte. Ouvi batidas dos nós de uma mão na madeira da porta, fingi não ouvir, talvez a pessoa fosse embora. Não funcionou, as batidas novamente invadiam meus ouvidos. Estava deitado com a barriga para a cama, e minhas costas para o teto, afundei minha cara no travesseiro por alguns segundos e então levantando meu rosto pronunciei.

— Pode entrar! — Minha voz estava grossa, reflexo do sono. Coloquei minha cabeça no travesseiro do lado e meu braço atrás dele para deixa-lo mais alto.

— Lord Kairoh, sou eu. — Era o costureiro, desde que tinha chegado o tinha visto com certa frequência, ele me trazia novas roupas para usar, mas dessa vez parecia mais nervoso. — O Lord Vrettos, me mandou arrumá-lo para o evento, podemos entrar? — Falava o homem coma a porta entre aberta para mim.

— Pode. — Eu respondia, e então uma manda de pessoas adentrava no quarto. Algumas carregavam roupas que colocavam na mesa, outras seguiam direto para o banheiro, outras começavam a organizar coisas numa mesa com espelho. O costureiro parecia um mestre de guerra organizando tudo aquilo com ordens curtas, que eram atendidas quase imediatamente. Então ele se aproximou assim como duas servas, ele colocou as mãos no lençol e falou.

— É ótimo que já esteja sem roupas senhor, isso nos poupa tempo, mas deves ir banhar-se agora. — Falava ele apontando para o banheiro, e antes que eu pudesse responder ele perguntou. — Posso? — Novamente, e eu respondi com um aceno de cabeça.

Ele retirou o lençol em o colocou nas mãos das duas servas, me virei para sentar-me e então esticava meus membros como fazia todas as manhãs. Me arrastei até a borda da cama, e dessa vez demorou alguns segundos e dois estalos de dedo para que o resto dos servos fizesse o que Jerry quisesse. Sim esse era o nome dele, Jerry, tinha descoberto uma vez quando perguntei e pedi para que ele ficasse até que meu desjejum chegasse. Queria saber um pouco mais sobre as roupas, e ele tinha me dado todas as informações que precisava.

Levantei e esfregando meus olhos e seguindo para o banheiro, o chão estava frio, mas nada que não fosse suportável, meu colar balançando em meu pescoço a cada passo. Duas pessoas estavam enchendo a banheira com água, vibrei por dentro, entrar na água era ótimo e revigorante. Assim que eles terminaram entrei na banheira, ouvi os passos de alguém por trás, dois estalos de dedo e os dois buscaram uma escova e uma bucha. Eu virava para olhar Jerry e ele se aproximava, colocava a mão no meu cabelo e dizia.

— A cabeça também — E então eu afundava na banheira, adorava fazer isso, era como entrar no mar novamente. E então assim que eu emergi, mais dois estalos e as pessoas pegaram um dos meus braços e uma das minhas pernas e esfregavam os instrumentos nelas para limpá-las. Assim que eu ia pedir informação sobre tudo aquilo ele me respondia, como se pudesse ler meus pensamentos. — Estamos preparando você para o festival do vinho, é um grande evento que acontece na capital. Todos os lordes se reúnem e até algumas pessoas dos outros reinos vem também. Tem vinho para todos os gostos, é simplesmente perfeito.

Terminava meu banho e acabava de me secar. Deixava que os sevos fizessem a limpeza pois seria mais rápido, mas secar-me não faria diferença alguma. Então tomei a toalha em minhas mãos e sequei-me depois de tudo, coloquei a roupa de baixo e segui para o quarto, onde a cama já estava arrumada a mesa já estava posta para um desjejum e ao lado dela 3 roupas estavas disposta no sofá. Jerry me levou até a escrivaninha e depois que sentei ele utilizou seus instrumentos para me deixar como um humano, pedi para que ele não raspasse minha barba e ele obedeceu, deixou ela curta, mas não a retirou completamente. Depois ele pediu que eu escolhesse uma das roupas para vestir, mas sabendo que ele saberia escolher melhor deixei a escolha nas mãos dele. Quando tudo terminou estava vestindo uma roupa de um azul escuro com tom verde, por cima um sobretudo de cor complementar estampado para impedir que o sol dos dias quentes de Hähle secasse sua pele de tritão.

Mais tarde já na carruagem junto com sua noiva e a família Vrettos, era a primeira vez que saia de ponta tempestade e tudo chamava minha atenção. Perdi a conta de quantas vezes pedi para Annora me explicar algo ou dizer a nome de algo. E quando finalmente chegamos à capital antes de descer minha noiva colocava sua mão no meu joelho e me mandava esperar. Tinha certeza que havia algum ritual para sair da carruagem, afinal havia uma regra para tudo naquele mundo. A porta foi aberta pelo lado de fora, depois que descemos Annora virou-se para mim e falou.

— O que acha de irmos conhecer o famoso festival de Hahle? Imagino que um vinho seja algo bom em meio ao calor.

— Acho ótimo, mas... oque é esse vinho? — Falei em genuína dúvida, colocando o braço de Annora no meio no arco que fazia com o meu e começando a andar. — Para que lado?

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Mensagem por Allanon Kashadalf Dom Mar 12, 2017 9:03 am

Allanon Kashadalf, Gwrach
Com o toque de recolher a aula acabara. O professor dispensou os alunos, mas com um breve aceno de cabeça solicitou para que eu continuasse na sala.  Olhei-o de relance, dentre todos os professores daquela escola, este era o meu preferido. Suas aulas de encantamentos prendiam a minha atenção com facilidade e o aprendizado de 100% nessa aula. Quando sozinhos ele me contara sobre um festival de vinho em Hahle, contou sobre a tradição deste evento e que muitas coisas poderiam  vir acontecer nesse lugar. Olhei intrigado para o professor, ele queria mesmo que eu fosse para esse evento? Seria a primeira vez que sairia da escola desde o acontecimento mais marcante de minha vida, não sabia se estava preparado. Ele me instruiu se caso quisesse ir uma carruagem aos fundos da Universidade estaria a minha espera. Após ouvir tudo deixei a sala e fui em direção ao meu quarto ali na Universidade.

A Universidade não era segura, eu sabia. Porém eu não poderia recusar todos os convites que me eram dados. Estava rodeados de inimigos e uma armadilha podia muito bem ser elaborada, uma carruagem em meio a floresta? Que oportunidade melhor que essa? Porém, dentre todos os professores e alunos ali, o professor de encantamento era o que eu menos suspeitava. Ele não tinha razão para ser mandante daquele incidente meses atrás.

Quando adentrei o meu dormitório um sobretudo preto com pequenos detalhes vermelhos se punha acima da minha cama. Ao lado dos pés da mesma um sapato de corou preto esperava para ser calçado. Vestimentas muitos incomuns para um festival do vinho, panos pesados e cheio de detalhes. Um capuz preto com seu interior vermelho me chamara a atenção. Quaisquer que tenha sido a intenção do mandante deste vestimenta queria que eu passasse despercebido. O que eu não achei nada mal, poderia sair da Universidade sem que soubesse minha entidade por trás daquele pano preto. Banho tomado enfiei o sobretudo por cima da minha cabeça. O mesmo caiu perfeitamente no meu corpo, as curvas dos ombros curvaram os ombros, as mangas se fecharam em volta dos meus pulsos, e a bainha do mesmo terminara antes de alcançar o sapato. Apesar do tecido grosso, meus músculos destacava-se atrás dos panos. A roupa fora feita perfeitamente para meu o corpo, pois ao andar o tecido se deslocava para o lado não só mostrando meu corpo como toda minha beleza. Um tecido grosso, que meu corpo se tornara leve.

- Está na hora. - Sussurrei pegando o capuz e jogando sobre a minha cabeça.

Uma carruagem me esperava aos fundos. Abaixei mais o capuz do sobretudo tampando todo o meu rosto e adentrei a carruagem. Um zelador esperou com que eu me acomodasse nas poltronas da mesma, fechando logo após aporta atrás de mim. "Por Valdran... não deixe que nada aconteça comigo." Supliquei em silêncio. A universidade ficara para trás e a frente o caminho por entre as arvores engolia-me.

A viagem acabara, tivera a certeza disso quando meus pés tocaram o solo aonde festival de vinhos acontecia. A quantidade de pessoas que se aglomeram no meio da praça o impossibilitava de percorrer aquele caminho. Sem muito o que fazer ajeitei o capuz e continuei a caminhar por entre as pessoas em busca de informações ou pessoas conhecidas. Esperava encontrar algum aluno da universidade, afinal aquele evento era conhecido por todos. Fora o que dissera o professor.
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Mensagem por Pollux Vrettos Seg Mar 13, 2017 4:48 pm

Os orbes azuis estavam cerrados, a cabeça apoiada no encosto do banco da carruagem. Isso era tediante, extremamente entediante. Ficar sentado em uma carruagem por horas a fui esperando o destino chegar. Era agoniante, irritante. Você mexeu os braços cruzados, tentando ajeitar o corpo em uma posição confortável. Preferia estar em um cavalo junto aos guardas. Preferia sentir o vento bater contra seu rosto e poder ver o mundo lá fora sem ser limitado por uma janela ou porta. O respirar fundo viera em resposta, orbes azuis se abrindo. Era impossível dormir ali. O balançar irritante, a limitação do banco já que seu pai nunca permitirá que você esticasse os pés sobre o outro. Limitado, tudo com Cain Vrettos tinha uma limitação. E aparentemente tudo com você era uma questão de responder a amrga pergunta “porque você não tinha ido na carruagem com sua irmã”. Ao menos ali poderia esticar os pés, conversar sobre qualquer coisa ou perguntar algo a Kairoh. Seria divertido, extremamente divertido ver a expressão na face do sirene quando você fizesse algum tipo de pergunta irônica. A Pollux, você definitivamente foi criado para se rum lorde, mas as vezes tinha o humor nada digno de uma alta sociedade.

Não que fosse um defeito, não ali. Não quando Hahle finalmente estava do lado de fora de sua janela. O burburinho das pessoas escoando por todos os cantos a medida que as carruagens passavam, abrindo caminho por entre os transeuntes. Você podia ver de longe o centro do festival ao passarem perto a uma viela. Aglomerado, impulsivo e barulhento. Você sorria, mordendo o canto do próprio lábio inferior divertidamente. Havia algo que os humanos faziam bem, o festival. Vinho, comida, música e burburinho. E você era um amante de todas essas coisas. Um que definitivamente não desejava nem um pouco ouvir que iriam tratar de negócios antes do festival. Ao menos era o um que retivera as próprias palavras, deixando somente os lábios crispados serem uma resposta ao comando de seu pai. Não haveria como discutir, não havia porque discutir. Se Cain havia determinado algo ele seria feito. E por mais que você quisesse dar meia volta e ir na direção oposta não o fez.

Os passos calmos eram dados ao lado do pai, deixando o olhar vagar lentamente pelas coisas que ocorriam ao redor. Mulheres conversavam animadas, homens bêbados tentavam se comunicar de forma extremamente falha, crianças corriam. E definitivamente havia o aroma de vinho no ar. Inebriante, adocicado e chamativo. Ao menos a residência dos Roux vinha junto à um bom cálice de vinho. Um que você bebeu ainda de pé, olhos percorrendo o ambiente. A decoração era opulenta, quadros enfeitavam as paredes. Lorde Roux e sua família. Uma esposa, três filhas. Não muito belas ou feias, comuns. Comuns nos traços parecidos com os do pai, no jeito que eram retratadas. E definitivamente comuns ao adentrarem o ambiente.

Os cumprimentos requeridos pela etiqueta foram dados, a leve reverência polida sendo feita a lady e suas filhas. O abraço puxado pelo Lorde como se fossem velhos conhecidos. Não o eram, nunca foram. Se fossem ele teria noção de que seu pai viera ali sem o menor intuito de pôr fim a uma negociação ridícula. Seu casamento e de uma de suas filhas.  Seu casamento com uma humana, isso não aconteceria. Não em sua família, não em seu sangue. Cain não queria uma nora, queria uma vantagem. E ver as ofertas do lorde sentado à sua frente era maravilhosa. Maior compra de produtos marinhos vindas de sua família, maior investimento da parte do homem para a construção de uma nova doca perto a Ponta Tempestade. Você ouvia, levando o cálice aos lábios em alguns momentos. O gosto do vinho descendo por sua garganta. Chegava a ser divertido, para você. Um divertido contido internamente quando as mulheres se retiravam. Aquilo não era uma negociação que requeria a presença delas. Não era sequer uma negociação que poderia requerer a sua. Nada seria concretizado. Um show, uma peça extremante bolada. Como todo a vida dos Vrettos em terra firme.  Com o anel em seu dedo anelas. O símbolo da casa no metal precioso. Seu amuleto, sua âncora na terra.

-Lorde Roux, como posso crer sem via de dúvidas no que me diz quando claramente existem provas que demonstram o oposto.- O tom de seu pai era calmo, sério, seguro. O cruzar dos dedos a frente do corpo em cima da mesa. O meio olhar lançado ao homem do outro lado da mesa. – Uma de suas filhas tem a visita constante de um sapateiro, visitas além das necessárias. Nem o senhor pode negar isso. A do meio está prometida a outro homem, ou ao menos estava antes de iniciarmos essa negociação. Não me foi dito o motivo ou explicado o porquê do fim de um acordo que poderia ser bem-sucedido. Gustav é um rapaz de respeito, de boa família, de bom sangue. Assim como sua filha apresenta as mesmas qualidades e algumas a mais. -Elogiar, tocar e incentivar. Antes de retirar a segurança da outra parte você devia fazer com que ela se sentisse invencível. –Contudo, não sou tolo ou novo para meramente aceitar a situação. E infelizmente enquanto o motivo não se apresentar a mim e a meu filho não poderemos continuar. O senhor deve entender, tenho uma reputação a zelar. Estamos negociando o futuro de minha casa, o futuro de meu herdeiro.

Depois dessas palavras você não prestou real atenção. O outro lorde falava, tentando dar sentido a frase dita, tentando dar um motivo. Incompatibilidade, problemas com o dote, outras tantas falas. Cain meramente movia a cabeça, observando como quem observa uma criança debatesse para salvar-se de algo. Ele sabia o motivo, você sabia o motivo. Vocês haviam sido o motivo da negociação previamente falha. Não diretamente, jamais diretamente. Sempre o perto o bastante para influenciar, nunca perto demais para serem encontrados. Nunca perto demais para a satisfação alheia poder manchar a imagem feita de sua casa. A imagem gerada por mais de quatro séculos de decisões, escolhas e necessidades. Uma imagem que os acompanhava ao saírem da casa, as palavras de Lorde Roux em melhorar os termos da negociando ecoando as suas costas.

-Pai.-O dizer necessário para que o mais velho lhe olhasse, depois de uma distância considerável ser percorrida para longe da residência previamente revistada. O acenar positivo de cabeça feito pelo homem, a mão que se movia até estar em seu ombro. –Vá, aproveite o festival. E se vir sua irmã assegure-se de que ela está bem.  Isso não é lugar para uma jovem..-Uma jovem de família, era o que ele queria disser. –Sim senhor. Estaremos de volta na hora combinada. –Porque nada mais devia ser dito, nada mais seria ouvido por ele. E era esse nada a mais que lhe dava a liberdade de afastar-se. Não haviam homens a segui-lo, não precisava ou aceitava. Tinha sua espada, o treinamento e nenhum desejo por uma briga. Queria vinho, queria a música e queria se misturar.

Definitivamente queria tudo isso ao ponto de primeiro visitar os barris enfileirados em meio a praça central. Um copo de madeira sendo pego, não era algo extremamente saudável, mas você não se importava. Não quando o barril para o qual se virava vinha acompanhado por uma jovem morena. –Um bom vinho sempre vale o esforço, especialmente um do festival.-Você dizia em um tom calmo, levemente rouco. Orbes azuis focados no vislumbre da moça, o meio sorriso no canto de seus lábios. – Ao menos do festival de Hahle, lhe asseguro que nossa reputação é bem merecida. –Como a imensa cara de pau que você tem para sorrir como um bom moço. Não que não fosse.- Se importa?-Perguntava com uma sobrancelha arqueada, a cabeça apontando o barril que ela usara poucos segundos atrás. Seu aproximar, abaixando um pouco o corpo para então abrir o barril e deixar o conteúdo preencher seu copo. O cheiro era bom, o gosto descia suavemente pela garganta. Um bom vinho, uma boa festa, uma boa garota.- É a primeira vez que vem ao festival milady?


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Mensagem por Loran Roseheart Ter Mar 14, 2017 5:14 pm

Loran Roseheart, o elfo
Uma águia branca cortava os céus de Hahle. Um animal reconhecido por muitos por causa de sua visão. A águia cortava o vendo em sua com alta velocidade buscando reconhecimento. Ela sobrevoava uma floresta densa, as folhas das árvores impedia não só sua visão de encontrar o solo, como também os raios solares de iluminar o interior. No solo vulto rápido atravessava a floresta sombria. Um ser com que se parecia a um humanoide com uma velocidade sobre humana. Seus pés ágeis o mandava para metros de alturas com um só impulso, suas mãos fortes e delicadas se agarrava a troncos frágeis que ao menor contato se partiria. Mas ele não era um humano comum, ele conseguia pular de galho em galho sem se preocupar em cair, ele estava conectado com a natureza e cada movimento era cuidado não só para sua segurança, mas também para ela.

A águia soltou um som agudo. Logo mais à frente um fumaça deixava a copa das árvores. Ela rasgou o céu em um rasante. Cortou folhas adentro encontrando seu companheiro. Voando ao seu lado exibiu um som profundo como um de alerta. O companheiro do animal fez um último alto até outra árvore e se escondeu atrás da mesma. - O que você viu? - Perguntou o humanoide. A águia bateu duas asas e mostrou a direção. E então ele também vira, uma carruagem estava revirada e homens portavam facas. Mas ao longe vira uma mulher e um homem amarrados a uma árvore bem fina. Aqueles homens eram assaltantes. - Você sabe o que fazer. - Dissera ao companheiro animal.

Este deixou o homem para trás e cortou o ar em direção ao problema a frente. A águia atacou os homens que portava as facas, seus golpes eram rápidos e eficazes. A águia se esquivava dos ataques dos assaltantes com facilidade. Um gueto deixou as cordas vocais da mulher presa, ao longe um outro homem preparava uma flecha. Este mesmo homem sorrira soltando a corda e vendo a flecha encontrar seu alvo. Antes que o contato fosse feito, um vulto fora contra essa mesma flecha no ar fazendo-a mudar o percurso. Em uma madeira uma outra flecha fora avistada. Os homens surpresos procuraram o atirador. O arqueiro se adiantou para trás de uma das árvores e se abaixou. As folhas a sua frente se agitaram e sentiu uma flecha cravar em sua cabeça.

A águia observava a movimentação de cima. Ao longe escondido por entre as árvores seu companheiro atirara a flecha que encontrara o arqueiro inimigo. Vira ele encurtar a distância e atirar mais uma flecha contra os dois outros assaltante. Ela vira a flecha errar, os assaltantes sentiram a flecha acertar o local a qual estava segundos antes. Um grito um único ataque. O humanoide deixou seu esconderijo e desferiu um golpe horizontal com sua espada. O golpe fora tão rápido e preciso que foi preciso de apenas um segundo para um dos assaltantes sentir a metade de seu corpo pender para o lado. Fora cortado ao meio. - O que você é? - perguntara o último assaltante antes ter uma flecha em sua boca.

- Vocês estão bem? - perguntara o humanoide as vítimas do assalto. Os homens olharam para o humanoide surpreso. Qualquer que fosse a razão para isso boa fora dita. O humanoide porem vira a diferença entre eles. Seu corpo era mais robusto e era maior que os demais. Sua orelha diferente dos humanos era maior e afiada na ponta. Ele sentira a fragilidade daquele corpo ao ajuda-los a se levantarem.  Eles eram diferentes do humanoide em todos os aspectos. - Por sorte eles não destruíram por completo a carruagem, ela conseguira se locomover, mas antes precisamos encontrar o cavalo. - ao terminar de falar a águia voltara. Em conjunto da mesma um som de trote fora ouvido. Ela trazer o cavalo para perto de seus donos novamente. - Uriel! - chamou o companheiro do animal que aterrissou suas patas em seus ombros. - Se permitam-me para onde vocês estavam indo? - perguntou ele.

Logo descobriu que ambos eram comerciantes de vinhos e era isso que carregavam na carroça. Informaram também que estavam indo para uma cidade próxima chamada Hahle, aonde estava acontecendo um evento muito conhecido, o festival do vinho. Ele não se surpreendera ao não reconhecer este evento e tampouco esse reino. Afinal ele não se lembrava de nada. A conversa prosseguiu e no final, o animal e seu companheiro seguiram viagem na companhia dos comerciantes.

No final da tarde chegaram ao reino de Hahle. O humanoide olhou para toda aquela estrutura espantado. Ele nunca vira nada igual, a população lhe chamara mais atenção ainda, nenhum era igual ao outro, e mais nenhum era igual a ele. Ele sentiu vários olhares em suas costas quando desceu da carruagem acompanhados pelos comerciantes. A praça estava completamente lotadas o que forçou-os a monta ali mesmo sua barraca de vinho. O humanoide acompanhado de seu animal provaram o vinho, e para surpresa dele reconhecera não do o sabor mas todos os ingredientes para fabricação do mesmo. Ele sempre fora ligado a natureza, mas nunca soubera o quanto. Ele deixou os comerciantes e seguiu praça adentro.

- Amor… Ele era um… - Dissera a mulher ao homem. O humanoide porem não ouvira, o som do local abafara a voz da pequena mulher

Este homem que passava por entre as pessoas com uma águia em seus ombros não lembrava-se de nada e nem de seu nome, mas outrora fora considerado o mais bravos dos guerreiros. Loran, o elfo capitão da guarda da luz.

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Mensagem por Jasmine Breyer Ter Mar 14, 2017 7:51 pm

 
 
Festival
Dust in the wind, all we are is dust in the wind






Just a drop of water in an endless sea. All we do crumbles to the ground though we refuse to see. Dust in the wind, all we are is dust in the wind

– Um bom vinho sempre vale o esforço, especialmente um do festival. - Jasmine despertara de seus breves pensamentos assim que ouvira uma voz masculina, não se deu o trabalho de olhar para o homem. Pensara ser apenas mais um bêbado qualquer, procurando companhia. – Ao menos do festival de Hahle, lhe asseguro que nossa reputação é bem merecida. – A jovem não pode deixar de dar um leve sorriso desdenhoso, mas não podia culpar o rapaz, ele não sabia que ela era uma nativa. - Se importa?-Jasmine o olhou de soslaio, fazendo um breve movimento com a cabeça.  


Enquanto ele servia-se, a jovem observou mais atentamente o homem. Um nobre, com certeza. Estava muito bem arrumado, as roupas eram de tecidos sofisticados e claramente foram feitas especialmente para ele. Não pode deixar de revirar os olhos, embora ele não estivesse fazendo nada demais, era naturalmente charmoso e elegante.      


– É a primeira vez que vem ao festival milady? – Novamente a voz do desconhecido a despertou, fazendo a jovem desviar o olhar rapidamente. Jasmine virou-se levemente na direção do homem, finalmente encarando os olhos azuis belíssimos do estranho, bebericou seu vinho sem pressa e umedeceu os lábios antes de então falar.  


– De forma alguma, milord Respondeu carregando levemente o ''milord''. – Costumava vir com os meus pais antigamente. – Concluiu simples, mas polida.  Jasmine não sabia as intenções do rapaz, permanecer na defensiva era uma característica que a mantivera sempre a salva. – E quanto a vossa senhoria? – Perguntou com um suave sorriso despretensioso nos lábios, desviando novamente o olhar em direção a multidão.  


Os olhos de Jasmine vagavam pelos rostos alegres das pessoas, contemplando os mínimos detalhes de suas ações. A sua frente, alguns cavalheiros cortejavam belas donzelas, mas sem deixar de indiscretamente olhar para outras moças. Os nobres – sempre fáceis de  identificar – mantinham sua postura arrogante, como se precisassem a todo momento afirmar sua superioridade. Permitia-se imaginar o que não faziam de errado quando não estavam em público, esfregando na cara do plebe suas vidas perfeitas.


Jasmine apreciava o gosto do vinho acariciando seus lábios a cada gole que dava, sentia a calidez deslizar por sua garganta e ser distribuída por seu rosto, lhe dando um leve tom corado. Mantinha-se imparcial ao lado do barril, a postura firme e serena não delatava a verdadeira essência da jovem caçadora.  

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Mensagem por Niklaus von Schrämm Sex Mar 17, 2017 2:02 am

I am not ruined. I am ruination.
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"Eu nunca vou me acostumar com isso", ele resmungava consigo mesmo, sobre o clima tropical de Hähle. Mesmo com mais de dez mil anos trafegando pelo reino dos humanos, mesmo até tendo nascido numa ilha dali, ainda preferia as terras frias do sul.

Era verão, o céu noturno estava límpido, salpicado por pontos brilhantes. Niklaus permitiu-se, por um par segundos, olhar as estrelas, lembrando-se de cada constelação que sua mãe lhe ensinara. E pensara também se ela teria se tornado uma delas; até sua atenção ser voltada para Helena, quando o chamou.

O fluxo à sua frente ficava cada vez maior, conforme alcançava a área central da praça. Povos de todas as raças — alguns que o vampiro conseguira identificar —, provavelmente dos quatro cantos do mundo, reuniam-se entre os mortais para um simples festival. Ver todas aquelas fontes ambulantes de sangue despertava, de fato, a sede. Mas, ainda assim, controlar o impulso selvagem dentro de si já não era mais tão difícil, considerando a prática diária por dez milênios e ainda sendo um líder entre os humanos — e isso definitivamente pedia por controle.

Ele levantou as mangas da camisa de seda negra até um pouco abaixo de seu cotovelo. Guiado por Helena, que o conduzia por entre a multidão, segurava firme uma de suas mãos, e a outra ostentava a taça contendo o líquido carmesim. Seguiam em passos lentos, tomando cuidado para não esbarrarem em ninguém.

Diferente dos demais, aquilo que o Schrämm ingeria não era vinho. Apesar de, aparentemente, serem semelhantes, o que bebia era o sangue de um bêbado que havia tentado aproveitar-se de sua namorada enquanto fora, anteriormente, pegar a bebida dela.

Quando finalmente pararam, o vampiro deixou a taça vazia em um canto qualquer, e seus braços agora envolviam a cintura de Helena.

Acho que não preciso dizer o quanto você está linda. — Deu de ombros, abrindo um sorriso.  Mas, em seguida, uma das mãos de Niklaus subiu até o colar no pescoço dela, a relíquia de muitos anos atrás, que antes pertencera a Alina, sua primeira vida. — Sabe, eu já cheguei a achar que havia te perdido para sempre... — O olhar então fora até o dela, e a mão fora sutilmente ao rosto da morena, acariciando-o.

note: post 1 | place: hähle | tagged: helena | music: here
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Mensagem por Jack Von Liestenchein Sex Mar 17, 2017 3:14 pm


.that taste purple

   
   
   

— Mas... E se eu perder o controle?


Questinou o loiro, confuso, enquanto encarava seu criador na carruagem. Ambos vestiam-se elegantemente, com seus sobretudos pomposos e botas de couro. Poderiam ser pai e filho, facilmente, com o cabelo pálido e pele branca. Mas a relação pela qual se relacionavam era muito menos pura que esta. O maior olhou com pouco interesse para o jovem e apenas deu ombros.


— Você morre. Simples. Vão estar, além dos humanos, os vira latas sem dono estarão lá. Basta um deslize seu e — o maior aproximou-se do pescoço do menor e fechou a mandíbula, fazendo um horripilante som de mordida.


O menor voltou seu olhar para fora, ignorando o arrepio que lhe assombrava. Jack não compreendia o porquê ainda tolerava aquele homem. Ele havia lhe transformado, sim, e era atraente, claro, mas exceto isso, era um grande embuste na vida do loiro. Apesar do maior saber tudo sobre a vida anterior do recém criado, pouco havia revelado de si. E isso irritava um pouco o loiro.


Mas deixando de lado tais pensamentos, viu no horizonte as muralhas que defendia Halhe, com suas torres de vigias altas e sinais de desgaste. A carruagem avançava entre as ruas de pedra e casebres sujos. O loiro decidiu não respirar desde que entraram na cidade, mas era incomodo não sentir o cheiro das coisas. Era como perder a visão, ou o paladar.


A medida que avançavam, Jack reconhecia as ruas que a pouco tempo, levavam ao seu lar. Havia vivido ali os últimos anos de sua vida humana, e era estranho voltar, mesmo que não fizesse muito tempo que partirá. Tudo havia mudado, embora permanecesse igual. Viu de relance ao fim da rua a loja que perteceu aos seus pais, e deveria ter pertencido a ele. Estava fechada, com o mato tomando conta, enquanto a vistosa vitrine possuía mais vidros quebrados que inteiros. Por horas, permanecia pensando em seus pais e o que havia motivado a fuga deles. Lembrava que ambos planejavam uma revolução contra os vampiros, para reerguer a cidade portuária. Teriam sido mortos? Será que o mesmo homem que havia lhe transformado matado seus pais?
Porém, mesmo com o loiro inspecionando a casa alguns meses atrás, não foi capaz de achar nada conclusivo. Nem cheiro de sangue, ou sinais de luta.


Porém foi interrompido com o parar da carruagem.


— Desça, criança. E comporte-se. Espero ver você vivo ao fim da festa.

Disse o mais velho, descendo da carruagem


Logo em seguida foi a vez de Jack. Estavam no começo da rua que levava até a praça central, mas já era possível ouvir música e a conversa. Mesmo com a chegada da noite, o povo se encontrava animado, com alguns desmaiados na calçada, outros admirando a noite limpa que fazia. Sozinho, Jack avançou até a aglomeração maior, sentindo alguns recurarem com a sua passagem. O menor nunca havia sentido tal poder, e sorrindo, avançou com ar de superioridade até uns dos tonéis de vinho. Ficou imaginando qual seria o cheiro da bebida, mas seu pacto de não respirar o segurou. Com tantos humanos ali, ficou imaginando o estrago que poderia causar. E quanto tempo levaria até que alguém lhe abatesse.


Tirou uma taça de prata do bolso interno de suas vestes (oras, não seria bobo de beber em qualquer recipiente que encontrasse) e serviu-se da bebida. Sempre foi um apreciador de vinho em vida, mas agora a bebida lhe parecia muito mais sublime. Sentia o gosto da uva rósea, e parecia que cada tanino do vinho se descava um sobre o outro. Bebendo a taça em um único gole, sentiu-se revigorado. Não era sangue, longe disso, mas era o mais próximo que havia encontrado entre as refeições humanas.


Após completar sua taça mais uma vez, se afastou de todos que dançavam, retirando-se até um escuro beco, que por sorte estava vazio. Podia enxergar toda a praça dali, embora a luz não fosse capaz de chegar entre as casas. Um lugar perfeito para um homicídio, mas ali o jovem resolveu ficar, analisando os que passavam, procurando quem sabe, uma vítima.

onde:halhe // quem: lot of peploe // tags: party

Thanks Rick's


Última edição por Jack Von Liestenchein em Seg Mar 27, 2017 4:32 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Carlisle Lockheart Ter Mar 21, 2017 11:44 pm




Evento
Uma festa no meio de um sol quente pra caramba era o que eu pensava enquanto me arrumava rapidamente em na taberna próxima da festa onde estava hospedado apesar de ser um Lord eu também era "humano" ou melhor dizendo generoso não querendo ficar em nada muito chique e por uma grande sorte ninguém havia notado que eu era um Lord o que me deixou mais confiante em falar com o povo e me misturar com eles.

Não era muito de festas então fui com uma roupa bonita e ao mesmo tempo bem simples já que não queria chamar muito atenção, porém, assim que cheguei na festa comecei a me misturar sentindo o cheiro de sangue das pessoas do local e logo me afastava um pouco indo para outro sombra sendo estava uma grande árvore. -Eu deveria ter feito uma boquinha antes de sair da taverna, que saco. - Dizia a mim mesmo tetando me segurar para não morder ninguém apenas observando a movimentação.

Até sentir um cheiro que me chamou a atenção e sendo assim logo fui atrás da mulher e assim que chegamos perto de um beco eu logo a empurrei para longe em seguida correndo em sua direção até ver outro rapaz junto de si. -Você quer um pouco ou é de outra raça? - Perguntava ao rapaz logo mordendo a mulher ali a sua frente tomando um pouco de seu sangue esperando o rapaz falar algo.

valeu @ carol!

Carlisle Lockheart
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Mensagem por Fenris Andriel Qua Mar 22, 2017 3:38 pm






The

Avenger

Eu não deveria ter saído de Leore!

Sinceramente eu ainda estava furioso com o fato de descobrir que o maldito Nethurin estava envolvido na morte do meu pai e, se tivesse tido a oportunidade,  eu mesmo teria posto fim a maldita vida dele, mas Aron fora mais rápido e conseguira condená-lo, além de tomar seu lugar como Lord.

Sinceramente eu não gostava do Duque Tinuviel. Era um homem muito insistente e, na minha opinião extremamente perigoso e traiçoeiro, mas parecia se preocupar realmente com as pessoas do vilarejo, além de estar começando a tomar medidas para a defesa da vila, o que muito me agradava. Gostando ou não, o infeliz sabia como trabalhar.

Só não esperava que ele me convidasse para fazer parte de sua comitiva ao festival do vinho.

Não era exatamente um convite, mas um trabalho. Eu era um doa agentes do Duque naquele festival, mas o infeliz tivera o desplante de me mandar primeiro, argumentando que eu seria seu batedor, um membro secreto do esquema de segurança durante o evento que era obrigatório para a nobreza.

Aristocratas e seus jogos...

Aparentemente minha missão inicial era o reconhecimento da área.  Eu não é rasgava m um pouco interessado na proposta, mas o maldito sabia me convencer. Bastou dizer que caso algum lobo saísse fora do controle próximo a ele eu teria total liberdade de agir como quisesse, que eu aceitei de pronto.

Mas sinceramente eu mesmo estava muito perto de sair do controle e atirar flechas na cabeça de todas aquelas pessoas andando de um lado para o outro. Será que todos têm que andar tão espremidos e naquele fluxo infinito? Não há um respeito ao espaço alheio e, sinceramente, eu cálculo que metade de seus bens já foram roubados naquela multidão.

Claro que eu não tive que lidar com isso. Para começo eu não tinha nada para perder e não tinha a menor intenção de fomentar o comércio com meus não tão preciosos tostões e depois, eu já havia torcido o dedo de três que tentaram dar uma de mão leve nos meus bolsos e isso sem que as pessoas percebessem o que estava acontecendo.

Era uma pena que a maioria fosse de crianças humanas, mas isso apenas faz parte do governo falho dos humanos.  Não havia muito a se fazer.

O Duque já havia pago minha estadia em uma estalagem, além, é claro de deixar um pouco de dinheiro para que eu me movesse com tranquilidade sem precisar recorrer a meus próprios recursos, mas não tinha porque gastar.

Me concentrei em entender como tudo aquilo funcionava e me mover como uma sombra pela multidão.  Eu tinha uma altura mediana, então não me destaca muito, minhas orelhas eram o que chamava atenção,  já que nosso povo não saaí muito da toca, mas havia tantas coisas para se ver que poucos devem ter se dado conta delas, além de não ser o único orelha-de-faca por ali.

Meu rosto era belo, mas minha expressão rabugenta provavelmente servia para distanciar os demais.

Algo me chamou atenção passeando pela multidão.  Um elfo com uma águia na mão, sua postura era de um guerreiro experiente, o que me fez sentir certo orgulho do meu povo.

Eu vi como as pessoas o olhavam com estranheza, mas na minha concepção não havia maneira melhor de se portar. A Natureza também devia ser aliada dele, provavelmente um bom elfo.

Eu sorri, pela primeira vez em alguns anos. Meu pai também era um homem como aquele que passeava pelas ruas movimentadas, um homem de verdade. Que não temia sua Natureza livre e independente.

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Mensagem por Wings of Deepest Roots Qua Mar 22, 2017 10:13 pm




A folha, que teimara o dia inteiro em permanecer presa entre filetes de madeira do pilar, foi subitamente soprada para o alto por um sopro de vento salgado do mar.  Ela girou nos céus avermelhados do pôr do sol, e mergulhou por entre a massa de comerciantes que fechavam suas tendas com o anoitecer. Apesar disso, o festival do vinho continuava vivo como nas primeiras horas de sua abertura. Centenas de cabeças de muitos reinos e terras distantes subiam e desciam de um lado para o outro, interagindo entre si, fazendo conexões antes improváveis, adquirindo os exóticos produtos de todos os lugares do mundo. E mesmo quando o sol se punha por trás dos prédios da praça central de Terus, o evento parecia apenas iluminar-se por novas luzes. Um grupo contratado de bruxos reuniram-se no centro da praça, ganhando a atenção dos passantes, e tambores foram rufados de algum lugar escondido. O grupo de gwrachs então levantaram as mãos, juntos, revelando seus braços pálidos por baixo de suas túnicas ritualísticas que nada passavam de frivolidade para climatizar os mais ignorantes sobre as maravilhas da magia, e um trombone soou, silenciando os tambores. De repente, um som forte como o de uma ventania espalhou-se por toda praça, ecoando enquanto uma onda de calor soprou a roupa dos bruxos. As inúmeras tochas cravadas pelos postes da praça incendiaram-se em um instante, espalhando pequenas labaredas pelo ar. Fora a primeira vez em que esse tipo de espetáculo foi visto no Festival do Vinho, e os mais conservadores podem ter torcido o nariz diante dos bruxos. Mas eles, alheios, ouvindo apenas os aplausos, se curvaram suavemente, para depois sumirem na massa de pessoas. O festival lentamente voltou ao ânimo central, enquanto novas caravanas de comerciantes abriam passagens, e outros bebericavam de garrafas de vinho para se prepararem para passar a noite vendendo seus produtos.  No centro da praça, um grande grupo de trabalhadores braçais montavam uma grande estrutura de madeira, com lonas de peles e escadarias para a grande apresentação de bardos, e o espetáculo final, uma cortesia da trupe itinerante de artistas dos Una Síoraí.
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Mensagem por Odëssea Waværet Qui Mar 23, 2017 12:31 am


because you are my weakness,
and yet my strength
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Diferente das outras pessoas ela não estava maravilhada com as belezas do festival, nem se a praça estivesse adornada com colunas de ouro ou se suntuosos elefantes desfilassem por entre as pessoas. Nada disso lhe chamaria a atenção porque a alegria dos humanos era algo que ela repudiava. Era alimentada pelo ódio, não estaria ali se eles tivessem respeitado seus limites, mas parece que havia uma paixão em destruir aquilo que não pertencia a eles. A transição do mar para terra tinha deixado algumas sequelas, a transformação fora extremamente dolorosa e recente, era comum os tropeços no meio de sua caminhada, às vezes as pernas não obedeciam ao seu comando e consequentemente o resto de seu corpo sofria com as quedas repentinas. A necessidade de agitar sua cauda havia sido um martírio, era como se parte de sua essência se esvaísse e tinha medo de esquecer quem ela era e como passou metade de sua vida.

Havia uma única coisa que ainda ligava ela com a sua real natureza, aquele evento. Sua missão era estar ali, ser os olhos e ouvidos de seu povo. Quando aceitou trilhar esse caminho não contava com os empecilhos que encontraria no meio do caminho, uma bruxa que sabia como fazer promessas fantasiosas que qualquer forasteiro gostaria de ouvir se fossem verdades propriamente ditas e não ao vento. E pelo contrário, não se arrependia de ter começado essa jornada. Até aqui ela só recebeu mais vontade de lutar e completar sua missão. Mas estava completamente mudada, sua aparência era de alguém que viveu uma vida de escravidão com todas as regalias do sofrimento na mão de um Lord que usava o sadismo como forma de ''pagamento''. A pálpebra apresentava um tom mais escuro que o habitual, sua pele havia perdido a maciez e a fina camada de escamas que revestia o seu corpo estava mais visível agora que a sereia passa mais tempo em terra do que em água.

O festival seguia forte com suas atrações, mas por ser perto do mar dificultava as coisas para ela. Era como ser puxada por uma linha imaginaria que abraçava o centro do seu interior, seus passos até então sempre foram direcionados para onde o mar se encontrava e se desviar dessa rota era como ser estrangulada por essa linha, ela evitava transitar pelo centro do evento. Estava ali por sua sorte e risco, não conhecia ninguém e não confiaria em nenhum estranho para revelar sua verdadeira natureza. Sabia dos perigos e se sua forma sereiana despertasse interesse em algum colecionador ou pirata, seu povo inteiro sofreria. Com os trapos que revestiam o seu corpo de fato estava protegida contra os olhares que poderiam gerar uma certa desconfiança. Os retalhos que davam forma ao seu vestido que inicialmente era de um tecido azul celeste desbotado pelos anos de uso, agora só restava setenta  porcento de sua originalidade.

Suas mãos pálidas afastaram uma mecha do cabelo frisado que atrapalhava sua visão, sua estadia em terra tinha sido bem aproveitada e naquele momento ela queria ter certeza de que suas alianças não passavam apenas de conversas ou de um simples aproveito de sua confiança para que os habitantes do novo mundo acabem com o que restou de sua raça. Parou repentinamente atrás de uma estrutura que harmonizava o evento, esquivou-se dos copos de vinho oferecidos por estranhos. A cara fechada não era um convite para qualquer conversa, ela estava ali para observar. Mas de algum jeito também teria que extrair algumas informações de grande importância para os seus planos. Teria que interagir e isso era o último item de sua lista até aquele momento.     


for [user=617,6]@Noah Vör Siegel[/user] [user=851,15]@Sadie Vör Siegel[/user] [user=619,6]@Elizabeth Löhnhoff Siegel[/user]
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Mensagem por Mike Wolf Dom Mar 26, 2017 6:06 pm

Não seria algo muito raro na minha rotina, andaria de cidade em cidade tentando procurar algo para preencher o meu coração, um sitio em que eu pudesse voltar a chamar de casa, apesar da minha verdadeira natureza e do que a minha família esperasse eu não queria me prender a isso, e é exatamente por isso que eu ando de cidade em cidade.
Estaria nos arredores entre Gardha e Tenrus a cochilar debaixo de uma arvore, acordaria me espreguiçaria e bocejaria apos um bom cochilo, olharia para cima e via alguma coisa presa a arvore, me levantaria e tiraria da arvore, seria uma espécie de papel anunciando algo "Festival de Vinhos" -Vinhos, humm sera que tem comida la também. Assim que tenho este pensamento alto a minha barriga dava um leve ronco, -Ok, ok ta decidido irei dar uma passada la.
Pegaria na minha sacola de viajante e partia em direção a Tenrus.
Apos meia hora de caminhada teria chegado a Tenrus não tardaria muito ate conseguir ver os preparativos do festival ia caminhando ate a praça central onde estaria la bastante pessoas no festival, assobia supreso -Uau isto realmente esta cheio, e eu a pensar que ninguém se iria interessar por vinho. Dizia juntamente com um leve sorriso.
Não demoraria muito ate sentir o cheiro a comida, olharia para o lado e la estaria uma banca servindo comida ao lado de uma com vinho, os meus olhos brilhariam ao ver isso. -Comida e vinho num único sitio estou começando a adorar este festival.
Me direcionava ate as bancas e pegaria um pouco de vinho e comida e ficaria a comer enquanto observaria o resto das pessoas, apreciando o festival.
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Mensagem por Pollux Vrettos Dom Mar 26, 2017 8:00 pm


Ouvir o tom usado em uma palavra tão corriqueira como aquela, ao menos em seu mundo, lhe fizera sorrir divertidamente com o canto dos lábios.  Não era doce, não era temeroso. Era irônico, polido de uma forma diferenciada. E aquilo não lhe incomodava nem um pouco. Nem todos gostavam do que você era, de onde você era. A alta sociedade era um misto de leões e hienas, pássaros e flores. Uma diversidade tão grande quanto o efeito que vocês causavam nas pessoas. Nela por exemplo, vocês certamente não causavam um amor inigualável.

Você bebeu um bom gole de vinho enquanto a ouvia falar sobre vir ali com a família, enquanto ela lhe questionava – ou melhor questionava a vossa senhoria. Divertido, você sentia isso em cada osso. Não divertimento debochado, mas sim entretido. Ela era uma faísca em meio a uma multidão. Em meio a um mundo onde metade das donzelas estariam deslumbradas ao te ver. Não que você buscasse ser o cavaleiro no cavalo branco, nunca seria de fato. Era intenso demais, debochado e sarcástico em excesso. Um que passava a ponta da língua suavemente pelos próprios lábios, sentindo o gosto do vinho que ali ficara. Umedecendo-os enquanto a observava por alguns segundos. O olhar desviado, a atenção na multidão. –Acho que podemos dizer que sou um frequentador de longa data do festival. Incentivo familiar e comercial.- O tom era leve, o cálice sendo levado aos lábios para um novo gole. – E entretenimento. Hahle pode ser uma cidade um tanto corriqueira no decorrer do ano, o festival é sempre uma ótima mudança de ares.
De pessoas, de raças e de focos. Não que você fosse dizer isso em voz alta. Como os cavalheiros mais a frente faziam. Instintivos, tratando o mundo seu redor como um tabuleiro de brinquedo. Humanos. Você podia fingir ser um deles, mas definitivamente não estava desesperado ao ponto de se portar como eles. – Vim com minha família. Meu pai veio a negócios e aproveitamos para mostrar ao noivo de minha irmã o famoso festival.- Se bem que para Kairoh até um lenço de seda devia ser novidade. Pollux, não comecemos com o cutucar. Você nem tem seu cunhado em vista para fazer isso ser minimamente divertido. Os olhos voltavam a se focarem na jovem, em um examinar silencioso do que fazer a seguir. Fora era o mar, podia variar dependendo de onde queria chegar. –Com sua licença milady, aproveite o festival. –O milady havia sido dito com um arrastado, um leve divertimento o seguindo. Não algo que ela pudesse levar para o pessoal, não mesmo. Seria um tanto impossível que ela o fizesse quando você fazia uma reverência exagerada propositalmente. Algo um tanto debochado para com o lorde que ela observava mais ao longe que tentava impressionar uma dama. Uma pena que ele devia ter taças de vinho demais no sistema para tal.

Com passos calmos você se afastara, esgueirando-se pela multidão. Provando vinhos, comida e trocando palavras com conhecidos. Alguns vinham a ser mais que isso, amigos de classe que logo era encontrado rondando o lugar. A alta corte podia ser tudo, menos grande. Era fácil reconhecer nomes, rostos e gostos.  Alguns que você olhava de forma verdadeiramente divertida, erguendo uma nova taça de vinho em um brinde ao festival. Outros você meramente sorria com o canto dos lábios, em um cumprimento necessário. E assim seu dia seguia, chegara a encontrar sua irmã perto do fim da tarde, divertidamente convidando o “casal” para juntarem a vocês em uma conversa agitada.

Quando o sol se escondera atrás do mar você estava sentado em uma mesa ao lado da praça, três amigos ao seu lado. O tom da conversa era divertida, as taças de vinho claramente sendo parte da divertimento do grupo. O riso leve que saia de seus lábios, o novo gole sendo dado na taça de vinho. Duas jovens passando ao lado de vocês, trabalhando naquilo que faziam melhor. O sentar de uma no colo de seu amigo, o passar dos dedos de outra por sua face. O morder do canto inferior de seus lábios em um mover negativo da face, vendo-a rumar ao outro jovem. Logo restava você e outro homem. Um gole de vinho depois ele saia da mesa em busca de um jovem camponesa que passava. Você rira para si com aquilo, a ponta da língua passando pelos lábios.

Os olhos cerravam por alguns segundos, deixando a sensação da brisa que percorria a praça ser apreciada por completo. Fresca, trazendo o sabor da maresia. Sabor que te tocava, limpava e definia. Você podia sentir o gosto do mar em seus lábios em meio ao abrir de olhos, em meio ao ver a figura de cabelos castanhos e vestido azulado entrar na taverna e sair. – Dificuldade para achar um lugar milady?-A sobrancelha arqueada se unia ao tom agraciado da pergunta, o sorriso no canto de seus lábios. – Eu lhe ofereceria um lugar se não desconfiasse que você não teria problema com minha humilde companhia. Ou seria com a nomenclatura. Milady, milorde, vossa senhoria. –O tom de falsa pergunta era mais para você do que para ela, uma pequena parte do vinho que lhe moldara. O repousar da taça sobre a mesa de madeira, orbes azuis focados nela. – Não, nomenclaturas são só nomenclaturas. Uma forma de ser educado para com alguém que não se conhece direito. Ao menos em minha educação. –O mover calmo da mão mostrando o assento ao seu lado, convidativa mesmo com a fala um tanto sarcástica.


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